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Memórias, comentários e meditações ocasionais de ex-professor universitário (aposentado) Bücherwurm. AVISO - CAVEAT LECTOR (WARNING): We use cookies to personalise content and ads, to provide social media features and to analyse our traffic. We also share information about your use of our site with our social media, advertising and analytics partners who may combine it with other information you’ve provided to them or they’ve collected from your use of their services. PANTA REI (Heráclito)
A V I S O
I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.
quarta-feira, 30 de novembro de 2022
Fim do mês... divertimentos e reclamações.
domingo, 30 de outubro de 2022
Votação 2022 em 2o. turno e outros blás...
quinta-feira, 8 de setembro de 2022
Fragmentos 3...
quarta-feira, 31 de agosto de 2022
Solipsismo... ou Fragmentos (2)
domingo, 31 de julho de 2022
Fragmentos... (1)
1. Acabo de voltar de uma visita ao Shopping Center (é como aqui chamamos os que os norte-americanos chamam de 'Mall'...) e como vemos pessoas mal-arrumadas, mal-vestidas lá - cada jaburú, meu Deus!... É uma pena o(a) brasileiro(a) em geral não cuidar mais de sua apresentação pessoal em espaços públicos. Quando ministrava aulas na Universidade eu sempre refletia este aspecto com meus alunos: quando da postulação a alguma vaga de trabalho, este quesito é de suma importância pois, como se diz, "a primeira impressão é que fica". Mas muitos zombavam de mim, dizendo que agora a época é outra e que tatuagens, alargadores de orelha, piercings e roupas 'descoladas' (p. ex. as puídas e rasgadas) são ok. Esquecem-se (e creio que isto será por muito tempo ainda) que as organizações empresariais são entes algo conservadores...
2. Tenho escutado muito pelo respectivo App web a rádio Eldorado FM 107,3 mhz de São Paulo (Capital) - "a rádio dos melhores ouvintes". Pertence ao grupo do jornal O Estado de São Paulo e é realmente diferenciada, destinada a um nicho específico de ouvintes. As músicas, nacionais e internacionais, são escolhidas a dedo... Tem diversos programas culturais e o noticiário das 6 horas da manhã é incomparável, ótimo! Recomendo.
3. Tornei agora um antigo aparelho celular destinado primaria e alternativamente a ouvir música e outras mídias (tem som estéreo este modelo!) e para guardar, via App-gravador, os oportunos e convenientes lembretes auditivos. Minha memória já não andava boa e agora, depois que tive o tal de Covid-19, parece 'zerada'... A idade nos vem realmente, a cada vez, mais e mais chegando!! Volta e meia constato que precisamos auditar - e nos acautelar - as nossas progressivas deficiências e dependências... Paciência.
4. Outro dia destes fui num dos nossos melhores supermercados e vi um gajo de meia idade, dono de uma reluzente SUV de 7 lugares, estacionar indevidamente na vaga de pessoa deficiente. Fiquei a imaginar qual a indigência moral que autorizaria tal criatura a descaradamente perpetrar tal desfaçatez. Talvez ele, do alto do patamar financeiro que parece possuir, acredite ter mais direitos que os demais. Para coroar sua incivilidade, saiu na contramão... Estava acompanhado de crianças e adolescentes - que mau exemplo para elas! Normas básicas de convivência parecem hoje em dia não ter mais seu devido valor. Por outro lado, creio que se houvesse efetiva vigilância para transitar naquele espaço o boçal ficaria menos encorajado a delinquir, pois geralmente são covardes em seu abjeto oportunismo. E hoje em dia assistimos impotentes a estas vilanias, pois - sabe-se lá - certos celerados podem estar armados e/ou sentirem-se autorizados a punir com violência qualquer admoestação, ainda que válida... Só por Deus!
5. O período de férias está a findar-se. Que saudades dos tempos de outrora quando nos liberavam (ainda que momentaneamente) das tarefas escolares... Era só brincar, viajar, visitar a parentela de outras cidades. Tesouros da memória que nos embalam e fazem apreciar o viver, ainda que modesto!
terça-feira, 24 de maio de 2022
Seis meses de artroplastia...
Dia 23 deste mês completei meio ano da abençoada cirurgia de colocação da prótese no lado esquerdo da bacia. Após vinte sessões de fisioterapia apropriada, e com as atuais atividades de Pilates e bicicleta ergométrica posso dizer que estou 90% recuperado. Tentei largar da bengala há algumas semanas mas há dias em que volto a apoiar na bendita, principalmente se tenho que andar bastante. Ainda sinto (por vezes) de modo algo estranho as renovadas estruturas aqui implantadas. É estranho ficar de pé e não sentir mais aquelas fortes dores que sofri por quase 3 anos. Parece que vai doer, mas nada acontece! Fiquei com certo 'condicionamento' em relação a algumas posturas e o próprio caminhar, consistindo em expectativas de dor, que gradualmente vão se esvanecendo. Soube que demora até um ano para a recuperação desta cirurgia ficar 'cem por cento'...
Que época abençoada esta que tenho o privilégio de viver. Há décadas atrás não tinham ainda desenvolvido com o sucesso de hoje tal procedimento. Fui pesquisar e vi no site medicinadoquadril.com.br uma extensa informação sobre o assunto. Sou grato às inúmeras pessoas que possibilitaram melhorar minha qualidade de vida. Imagine que antigamente a amputação da perna era uma alternativa para debelar o enorme sofrimento oriundo do avançado desgaste ósseo da cabeça do fêmur. Ou a pessoa era condenada a ficar imobilizada, deitada ou sentada até o fim da vida. Qualquer movimento, por menor que seja, faz doer!
Minha atitude só pode ser de agradecimento a Deus. Olho em torno e vejo tantas pessoas que, por uma razão ou outra, não tem condições de mitigar apropriadamente seu sofrimento. Mudei um tanto minha visão de certos atos extremos que algumas pessoas perpetram. Certos desgostos tiram o vivente do seu eixo, fazendo ocasionalmente as pessoas tomarem decisões que nos parecem absurdas, mas a mente em tais situações de aguda e/ou crônica tribulação já não está a funcionar apropriadamente... Ficamos, nesta desolação, próximos da insanidade, é o que parece...
Ainda tenho muito medo de cair - uma queda pode estragar toda a cirurgia, tendo que voltar à mesa de operações no Hospital. Como comentei aqui em posts passados, a recuperação é muito dolorosa, e ninguém avisa dos desafios que vamos percorrer, ainda que o imperativo seja fazer ou fazer a cirurgia. Sei de idosos que colocaram prótese e nunca mais saíram da cama. Imagino que uma das respostas seja o medo que paralisa a pessoa, impedindo-a de enfrentar a trabalhosa recuperação. O ser humano é, cada um, uma caixa de surpresas, um universo único, ainda que sejamos muito assemelhados... Costumo dizer que, depois de quase 45 anos de formado em Psicologia, e tendo realizado muitos estudos pós-graduados, ainda me surpreendo - para o bem e para o mal - com a atitude de certas criaturas, em especial nas suas aflições...
Esta nossa existência é um mistério, e arte de viver é uma disciplina que nem todos tem sucesso em aprimorar-se. No meu caso, passar por esta atribulação me fez uma pessoa melhor, pois vi o quanto limitado e provisório sou. E se já orava pelas pessoas que me são caras, passei a orar mais pelos semelhantes que sofrem. Peço que nosso Pai Celestial dê a eles e elas firmeza e coragem, pois Ele não nos dá, a cada um(a) na sua condição, uma cruz maior do que possamos carregar. É a minha fé.
sexta-feira, 22 de abril de 2022
Esparsos comentários...
quarta-feira, 6 de abril de 2022
A virtude da coragem.
Escrevo novamente sobre a Ética da Virtude, abordando um outro tópico específico para aprofundar. Seria interessante ao leitor averiguar as minhas outras postagens sobre Ética, em especial a minha anterior publicação que se pode ler através deste link: https://reflexoesparsas.blogspot.com/2009/01/#3785834747266441385 , para contextualizar o assunto. (copie-o, cole e dê-lhe enter em outra aba do seu navegador)
Hoje diremos algo sobre coragem, talvez a virtude que suscite mais admiração nas pessoas (sendo seu oposto, a covardia, uma das mais execradas...) - pois quantos heróis a Humanidade cultiva, em todo tempo e lugar! Observamos coragem quando vemos alguém determinado a auferir metas importantes (por vezes percebidas como incertas, duvidosas mas valiosas) frente a situações (internas ou externas) adversas. Como sempre, gosto de averiguar como os dicionários definem o termo. Precisamos sempre ter esta preocupação 'linguística' pois, como alertou importante filósofo, os maiores de nossos problemas no fundo são problemas de linguagem, do linguajar. Quando definimos bem os termos que usamos, afastamos muitas de nossas dificuldades, principalmente as da (apropriada e necessária) compreensão...
Coragem seria demonstrar índole resoluta frente a riscos ou perigos: algo como a intrepidez, a bravura, mesmo certa firmeza de espírito para lidar com situações extremas, difíceis. Um complicador para uma análise positiva desta virtude é o fato dela servir para tudo, para o bem e para o mal. Dificilmente alguém consideraria meritório a maldade ou o fanatismo, ainda que corajosas. Então parece que, para ser estimada, levada a sério e louvada, a coragem tem que ter uma faceta moral positiva: se a pessoa faz algo corajosamente, mas pelos motivos julgados errados ou reprováveis, de nada adiantou ser corajoso. Se sou corajoso visando o bem de outro(s), e não agindo egoisticamente, minha coragem ao que parece é, em princípio, valorosa, virtuosa. Exemplo: é preciso ter coragem para assaltar um banco, mas ninguém em sã consciência apreciaria este tipo (imoral) de coragem, próprio dos valentões...
Temos certa dificuldade em conceber ou imaginar a intencionalidade de uma pessoa que tem coragem. Os estudiosos no assunto identificam a bravura 'tipo' física, como os policiais, bombeiros ou soldados realizam. Outro 'tipo' (coloco aspas simples pois, em geral, esta maneira de dar classificação a partir de tipos pode ser enganosa, visto suas fronteiras serem por vezes sorrateiras, ilusórias como um eflúvio, e também poderem ser combinadas, amalgamadas) seria a bravura psicológica, quando a pessoa enfrenta, p. ex., aspectos dolorosos de si mesmo (como numa provação grave, tal como uma doença). Outro 'tipo' seria a bravura moral, como no caso de alguém manter determinada postura intelectual ou emocional impopular, difícil ou ameaçadora. Somos muito sensíveis ao desprezo do outro!
Alguns autores colocam a presença concomitante do medo como um diferenciador dos tipos possíveis de coragem ou assemelhados. Consideram que destemor (p. ex., do imprevidente), ousadia (p. ex., do apaixonado) ou arrojo seriam diferentes de bravura, pois enfrentar o perigo, apesar do medo, isto sim seria bravura, coragem. O valente supera os instintos naturais do medo, enfrentando resolutamente o amplo entorno assustador ou mesmo altamente, como se diz, complicado.
Outro elemento possível na equação da bravura seria a perseverança, que identificamos naquelas pessoas que trabalham duro, focadas em atingir metas, apesar dos obstáculos, ainda que haja o perigo de serem considerados perfeccionistas. Outros autores (sob o contexto da moral) ainda identificam características constitutivas de autenticidade ou integridade num verdadeiro corajoso, e até também o entusiasmo...
Outro aspecto misterioso é que, como toda virtude, a coragem só existe aqui e agora, no presente. Posso ter sido corajoso anteriormente, mas ser covarde agora; nem posso prometer ser corajoso no futuro... (posso lá não vir a se-lo). A coragem é ato oriundo da intenção e decisão do (preciso) instante contextualizado - uma instância determinada que me interpela.
Vejam quantas dimensões - e existem outras - podemos identificar para realizar a compreensão do vem a ser a natureza da verdadeira virtude da coragem. Parece certo que esclarecer situacionalmente os seus termos (os conceitos) seja uma atitude profilática (e propedêutica) no sentido de evitar julgar/entender estas multiformes condutas pelos meios errados!
quarta-feira, 30 de março de 2022
Final de março...
sábado, 26 de fevereiro de 2022
Tragédias periódicas e outros comentários.
(obtido de https://noticias.r7.com/ em 21/02/2022)
1. Quantas notícias tristes acerca dos desmoronamentos na cidade de Petrópolis, estado do Rio de Janeiro! Agora que o tempo começa a passar e a ampla comoção começa a ser "esquecida", principalmente pelos órgãos de comunicação (sim, a guerra da Ucrânia agora domina o noticiário...) creio que aí sim deveríamos colocar em pauta novamente o assunto e pressionar as excelentíssimas autoridades para que tomassem decisões efetivas para minorar o sofrimento. Todo ano escutamos tais tragédias, com perdas de muitas vidas, resultado de uma enormidade de fatores, principalmente a omissão dos políticos. Difícil não se emocionar com as estórias das famílias impactadas, uma mais triste que a outra. A impressão que fica é que a vida humana, a cada dia, tem seu valor mais diminuído: parece valer quase nada. Como somos frágeis e desamparados... Num instante podemos deixar de existir, restando na memória dos sobreviventes somente saudade dorida e permanente.
2. Minha recuperação da artroplastia tem sido errática: após uma fase praticamente sem dor, ultimamente tive que apelar para remédios, principalmente à noite. Tenho feito com minudência minha Fisioterapia e Pilates (bicicleta ergométrica minha fisioterapeuta aconselhou-me suspender por um pouco, até o quadro geral ficar mais claro...) mas sem forçar, sem ocasionar dor - ordens médicas. Tenho uma hipótese para o retorno de tal estado dolorido deve-se à postura de minha perna na hora do sono. Como devo, dormindo de lado (que é a melhor posição), colocar um travesseiro ou almofada espessa entre as pernas, sinto que, ao me movimentar durante a noite, a perna com a prótese acaba perdendo o apoio apropriado, prejudicando o próprio sono, inclusive. Voltei a amarrar a almofada na perna, e parece que dormi melhor esta noite - mas pode ter sido também por causa da medicação - prefiro relaxante muscular a analgésicos. Outro dia teimei em não tomar nenhum remédio - temo pelo meu fígado - e demorei muito a conciliar o sono. Vai demorar para tudo ficar cem por cento...
3. Iríamos, toda a Sociedade, retomar no começo deste mês de fevereiro as atividades em geral que preveem certo ajuntamento, como as reuniões da Arte Real, mas o recrudescimento da pandemia, via a variante Ômicron, obrigou-nos a deixar tudo como está por pelo menos mais um mês. Em que pese a esta altura quase 90% da população no Estado de São Paulo estar vacinada (ainda que certa parcela não tenha completado toda a série de aplicações) as internações e mortes voltaram a aumentar, obrigando as medidas restritivas. Mas, se não surgir outra variante, outra cepa de virus mais mortífera, julgam as autoridades que a tendência doravante é amainar as contaminações e, por decorrência, abrandarem-se mais um tanto as restrições sociais. Quanta saudade dos outros tempos! Creio que doravante o povo, tão cioso de sua 'liberdade', vai valorizar mais a convivência...
4. Já comentei anteriormente isso: depois que tive que a Covid-19, minha memória que nunca foi ótima, por falta de sono reparador, ficou pior, ao que parece. Mas, otimista que sou, vejo um lado positivo nisso... Muitas séries de TV que apreciei em canais de streaming não retiro do meu catálogo pessoal, e volto a assistir as mesmas, um ano ou tanto depois! Recentemente encetei apreciar a ótima série policial 'Bosh' (2016, com 7 temporadas de 10 episódios cada), da Amazon Prime Video. O ator Titus Welliver interpreta um detetive durão, marrento, mas apreciador - olha só - de smooth jazz, o que me atraiu ainda mais. Muito bem filmado, com enredos impactantes em cada temporada. Outra série que retomei, agora da operadora Netflix, foi a mui interessante 'Tokyo Stories: Midnight Diner', de 2019, com duas temporadas de 10 episódios cada. Enredos de 25 minutos, com tópicos bem humanos, mas engraçados por vezes. Ali, outra série japonesa que retomei também, 'Samurai Gourmet' (2017), diferente de tudo o que você possa ter visto, com ótimos atores. Fala sobre as descobertas gastronômicas de um recém-aposentado disposto a novas vivências.
Até mais...
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022
Virtudes... a Temperança.
Voltemos ao nosso assunto sobre a Ética das Virtudes. Analiso brevemente a temperança que, conforme os dicionários, seria a qualidade de quem é moderado, comedido (em especial nos dia de hoje em relação às comidas ou bebidas mas, ao que parece, nem tanto com os modos à mesa...), equilibrado, parcimonioso. Esta importante e pouco apreciada virtude, que regularia pela Razão nossos apetites ou desejos sensuais, permitiría-nos assim desfrutar melhor das benesses ao nosso alcance, posto que seria portanto um gozo mais esclarecido, dominado, cultivado, apreciado de modo equânime. Nem tanto ao mar nem tanto à terra, diria alguém.
Temperantes, somos senhores de nossos prazeres, não escravos, pois desfrutamos ali juntamente a nossa própria liberdade. Intemperantes, nos tornamos vassalos de nossos corpos, de nossos desejos, de nossos incontroláveis hábitos, aprisionados em sua força ou fraqueza... Se sou temperante, consigo contentar-me com pouco, visto que não é questão de quanto, mas sim do poder que me concedo ao apreciar, e este decididamente um apreciar superior. Revela o temperante um árduo trabalho de vasculhar o desejo sobre si mesmo, visando não a superação ou mera satisfação a partir dos nossos limites, mas sim visando a respeita-los. O intemperante está sempre triste, pois nunca se satisfaz com o necessário e suficiente para viver numa sociedade de abundância relativa, mas a cada momento deseja (e sofre, pela percebida incompletude) mais e mais...
Duas prisões aqui nos sujeitam: quando nos comparamos com o outro (em seu aparente ou efetivo desfrute de algo) e na ilusão da especificação, determinação-quantificação de algo para que venha a nos satisfazer efetivamente. Nossa régua, nosso standard, ilustrado ou estabelecido p. ex. pela moda, propaganda ou pela vaidade de emular (possível) felicidade do outro, fatalmente entorpece nosso julgamento. O outro ou outra 'sempre' parece ser mais feliz ou realizado que a gente. Tais armadilhas podem estar na raiz de muitos adoecimentos que observamos em sociedade. Por exemplo, nunca consigo entender, por mais que examine as muitas hipóteses, porquê tantas criaturas utilizam substâncias que alteram a consciência... Consumir algo que altera a química de nosso ser em si já deveria ser algo a se duvidar ou desconfiar. Mas mais e mais vemos pessoas se entorpecendo, insatisfeitas, fragilizadas.. Falta instrução, orientação ou amor-próprio?
As forças do ser do homem voltadas por natureza para a autoconservação, aperfeiçoamento e realização são aquelas mesmas forças que podem desnaturalizar o homem para a autodestruição. Assim, creio que a introspecção metódica da pessoa se impõe como chave para o correto situar-se perante este mundo com tantas 'tentações' - se nos conhecermos melhor poderemos estabelecer e respeitar os limites do desfrutar libertador das coisas que - ao final e ao cabo - não nos pertencem, mas que insistimos em possuir, ocupar, 'domar'. Ledo engano!