A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

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terça-feira, 24 de maio de 2022

Seis meses de artroplastia...

 

Dia 23 deste mês completei meio ano da abençoada cirurgia de colocação da prótese no lado esquerdo da bacia. Após vinte sessões de fisioterapia apropriada, e com as atuais atividades de Pilates e bicicleta ergométrica posso dizer que estou 90% recuperado. Tentei largar da bengala há algumas semanas mas há dias em que volto a apoiar na bendita, principalmente se tenho que andar bastante. Ainda sinto (por vezes) de modo algo estranho as renovadas estruturas aqui implantadas. É estranho ficar de pé e não sentir mais aquelas fortes dores que sofri por quase 3 anos. Parece que vai doer, mas nada acontece! Fiquei com certo 'condicionamento' em relação a algumas posturas e o próprio caminhar, consistindo em expectativas de dor, que gradualmente vão se esvanecendo. Soube que demora até um ano para a recuperação desta cirurgia ficar 'cem por cento'... 

Que época abençoada esta que tenho o privilégio de viver. Há décadas atrás não tinham ainda desenvolvido com o sucesso de hoje tal procedimento. Fui pesquisar e vi no site medicinadoquadril.com.br  uma extensa informação sobre o assunto. Sou grato às inúmeras pessoas que possibilitaram melhorar minha qualidade de vida. Imagine que antigamente a amputação da perna era uma alternativa para debelar o enorme sofrimento oriundo do avançado desgaste ósseo da cabeça do fêmur. Ou a pessoa era condenada a ficar imobilizada, deitada ou sentada até o fim da vida. Qualquer movimento, por menor que seja, faz doer!

Minha atitude só pode ser de agradecimento a Deus. Olho em torno e vejo tantas pessoas que, por uma razão ou outra, não tem condições de mitigar apropriadamente seu sofrimento. Mudei um tanto minha visão de certos atos extremos que algumas pessoas perpetram. Certos desgostos tiram o vivente do seu eixo, fazendo ocasionalmente as pessoas tomarem decisões que nos parecem absurdas, mas a mente em tais situações de aguda e/ou crônica tribulação já não está a funcionar apropriadamente... Ficamos, nesta desolação, próximos da insanidade, é o que parece...

Ainda tenho muito medo de cair - uma queda pode estragar toda a cirurgia, tendo que voltar à mesa de operações no Hospital. Como comentei aqui em posts passados, a recuperação é muito dolorosa, e ninguém avisa dos desafios que vamos percorrer, ainda que o imperativo seja fazer ou fazer a cirurgia. Sei de idosos que colocaram prótese e nunca mais saíram da cama. Imagino que uma das respostas seja o medo que paralisa a pessoa, impedindo-a de enfrentar a trabalhosa recuperação.  O ser humano é, cada um, uma caixa de surpresas, um universo único, ainda que sejamos muito assemelhados... Costumo dizer que, depois de quase 45 anos de formado em Psicologia, e tendo realizado muitos estudos pós-graduados, ainda me surpreendo - para o bem e para o mal - com a atitude de certas criaturas, em especial nas suas aflições... 

Esta nossa existência é um mistério, e arte de viver é uma disciplina que nem todos tem sucesso em aprimorar-se.  No meu caso, passar por esta atribulação me fez uma pessoa melhor, pois vi o quanto limitado e provisório sou. E se já orava pelas pessoas que me são caras, passei a orar mais pelos semelhantes que sofrem. Peço que nosso Pai Celestial dê a eles e elas firmeza e coragem, pois Ele não nos dá, a cada um(a) na sua condição, uma cruz maior do que possamos carregar. É a minha fé.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Naturais momentos tristes...

Foto obtida agora via Google Images de
http://quentinmccall.com/ten-steps-to-healing-from-bitterness-and-resentment/
(muito legal este blog, de um palestrante cristão muito conhecido)

Hoje relembrei importante lição sobre uma majoritária vivência humana, importante para o 'sentir-se vivo'... Quando as coisas saem erradas, ocorrem de modo que não esperávamos, ou quando as más notícias nos surpreendem, ficamos  tristes, por vezes aterrados. Para o cristão esta experiência pode se traduzir em profundo aprendizado de relacionamento que devemos ter com o Pai Celestial.

A primeira noção que devemos apreciar neste âmbito é que é normal, natural sentir-se deprimido, entristecido com estas situações - o nosso corpo parece responder de modo autônomo. Muitas pessoas odeiam entrar neste estado, mas ele é tão natural quanto a alegria ou a saudade. Sim, pode ocorrer que ela venha 'do nada', sem razão ou motivo - e temos de igual modo que investigar seu porquê. Pode ser necessário a ajuda de um terapeuta para debelar o incômodo físico, mas o maior problema situa-se na mente, ou na alma, se você preferir. Veja a camiseta acima: ela diz que a amargura, a mágoa é (um tipo) de veneno que tomamos e que se espera (por vezes) que outra pessoa vá morrer... É horrível passar por isso, e precisamos dar conta da provação. O problema é como lidamos com o sentimento.

Vi no devocionário hoje cedo que o cristão deve meditar um aspecto desta vivência de tristeza, de amargura natural que todos passamos: onde estamos a derramar nossas lágrimas? Se a jogamos no chão, nos ombros de pessoas (que acreditamos vá nos fazer suplantar a dor), no lenço ou no travesseiro pode ser que elas vão secar sem que as coisas mudem para mudar também nosso sentimento. Quantas vezes não queremos que primeiro  se mude o cenário, os fatos, as pessoas ou as notícias para daí sim a gente tornar o sentimento? É uma espécie de 'mágica' o que queremos.

 Agora, o cristão que faz jus ao nome deve saber que nossas lágrimas devem ser derramadas aos pés do Senhor, e crer que Ele nos dará a paz que necessitamos. Não, isto nunca se assemelha ao processo 'mágico' aludido acima, pois ser cristão não implica inação; aprendi certa vez com um importante líder que, 'imediatamente' após a oração, devemos fazer de tudo para que a bênção rogada se realize...  Ou seja, nunca se deve abster de fazer o que temos (nós e, por vezes, somente nós) que fazer. Isto implica sempre estudar a Palavra para saber o que necessitamos saber (para todos os momentos, inclusive para os tristes).

Nossa fé em Cristo determina que, pela confiança nEle, teremos o auxílio, o amparo que necessitamos em qualquer situação, mesmo as inesperadas, as temidas, as entristecedoras.  Isto é um ensino espiritual - não espere que o mundo materialista e determinista vá entender o processo e as implicações conexas. No limite, trata-se de uma experiência pessoal, pertencente ao Convênio (Pacto), à Aliança que todo cristão adentra ao aceitar Jesus como seu Salvador. O mundo exige fatos, demostração inequívoca (ou estatística) do relacionamento causa-e-efeito entre os fenômenos, mas no campo que estamos aqui refletindo, o requisito primeiro é a fé. Isto estabelece um patamar diferenciado de julgamento, de consideração das coisas, dos sentimentos e pensamentos. O cristão acredita e tem certeza que o Senhor vai ajudá-lo (soberanamente) a superar a situação, a Seu tempo e modo.

Estas vivências não se demonstram - somente podemos dar nosso depoimento. Cada um deve passar por ela e julgar. Quando se procura a Deus em primeiro lugar (e não uma pessoa e/ou suas idéias...) demonstramos que confiamos nEle. Quando procuramos alguém, pode ser que esta pessoa não nos ouça como necessitamos, mas podemos ter certeza que Ele nos ouvirá. Não podemos passar pelas experiências espirituais com os olhos do mundo - nunca nos satisfaremos com as 'justificativas', com as suposições especulativas, com as expectivas causais, deterministas que o senso terreal  solicita ou fornece. 

No domínio do mundo, temos que 'ver para crer'; ou seja, demonstrado os fatos e sua ligação, aí (então) cremos. No reino espiritual, temos que ter em mente que a questão é pessoal (entre Deus e nós, sua especial criação), e que a equação se inverte. O que ocorre é que a todos é feito o convite: "vem, e vê" (João 1: 46; 11: 34; Lucas 6: 47; Apocalipse 6: 3 e 7; 22: 17)... ou seja, experiencie, vivencie o relacionamento com Deus, experimente a graça (sobre graça) imerecida, e saiba do fundo do coração que, se tiver a fé, aí então 'verá', conhecerá, saberá.