A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

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quinta-feira, 12 de junho de 2014

Ética em Pesquisa, dia dos namorados e Copa



Platão e Aristóteles
Gravura obtida agora (via Google Images) de
http://www.biographile.com/the-personality-divide-are-you-more-like-plato-or-aristotle/25239/

Fui designado como Coordenador do Comitê de Ética em Pesquisa lá do UNIFAE. Este comitê é um colegiado multi e transdisciplinar, independente, que deve existir nas instituições que realizam pesquisa envolvendo seres humanos (existem comitês para analisar protocolos de quem usa animais em pesquisa, mas tais comitês não se confundem - pelo menos aqui em brasólia), criado para defender os interesses dos sujeitos da pesquisa em sua integridade e dignidade e para contribuir no desenvolvimento da pesquisa científica dentro de padrões éticos. O CEP, como se abrevia, é responsável pela avaliação e acompanhamento dos aspectos éticos de todas as pesquisas envolvendo pessoas - e isso compreende analisar também a metodologia. Este papel de averiguar investigações científicas com humanos está baseado nas diretrizes éticas internacionais (Declaração de Helsinque, Diretrizes Internacionais para Pesquisas Biomédicas envolvendo Seres Humanos CIOMS) e brasileiras (Resolução do Conselho Nacional de Saúde número 466/12 e complementares). De acordo com estas diretrizes: “toda pesquisa envolvendo seres humanos deverá ser submetida à apreciação de um CEP”. 

As atribuições do CEP são de papel consultivo e educativo, visando contribuir para a qualidade das pesquisas, bem como a valorização do pesquisador, que recebe o reconhecimento de que sua proposta é eticamente adequada. Se o investigador científico trabalha com pessoas, deve dispor de um protocolo de pesquisa que seja o resultado de cuidados tanto técnicos (relacionados à discussão científica de um tema de pesquisa) quanto de cuidados dos sujeitos da pesquisa. Tenho muitas tarefas a executar e presentemente estu na fase de ajustar os relatorios do Comitê, os formulários e informativos das rotinas. Existem muitas providências que fazem parte do sistema CEP, além de julgar os protocolos de pesquisa. É o que faremos em boa parte de nosso trabalho doravante no UNIFAE. Que o Pai Celestial me ampare em tão complexa tarefa. 

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Hoje começou a Copa de Futebol aqui no Brasil - não estou muito confiante com nossa Seleção, mas o brasileiro é mais patriota nesta hora do que em outras situações que assim o mereceriam. Não gostei do jogo; tomara que nossa Seleção se ajuste com o andamento dos jogos. Mas temos divertimento certo por um bom tempo. Por exemplo, amanhã temos Holanda versus Espanha, espero espetáculo melhor do que vimos hoje, certamente!

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Passeamos, Ruth e eu, em Poços de Caldas, como sempre fazemos, dede a manhã - hoje o motivo foi o dia dos namorados - e Bilú faz questão de ganhar algum presente. Sempre acerto levando-a a escolher um sapato ou bolsa; como (quase) todo ser feminino, ela é alucinada por estes adereços. Como digo sempre, não tente entender a mulher - elas não seguem a Lógica, e são por demais complexas... Antes que digam que sou machista, arremato: "Mulher não foi feita para ser compreendida, foi feita para ser amada..." É um vuco-vuco quando digo isso em sala de aula, mas todas gostam quando dou o veredicto final - devemos ama-las e pronto!

Não pude deixar de me emocionar (Ruth depois me confessou que também se comoveu): bem do nosso lado, na hora do almoço, uma adolescente deixou cair a bandeja de comida dela, esparramando ruidosamente o prato, talheres e bebida ao chão. As atendentes acorreram logo - limparam o local, abateram a despesa, mas a moçinha ficou inconsolável, e nem quis mais se alimentar. Ficou em sua solidão derramando lágrimas silentes e digitando o celular. Um casal que a acompanhava não teve a sensibilidade de orienta-la nesta hora; tivemos, Ruth e eu, a percepção da jovem senhora ser a sua mãe, acompanhada de um amigo - talvez um pretendente, posto que o homem não parecia (pela atitude e pelas feições) ser seu pai. Eu faria tão diferente se fosse a minha filha (lembrei-me na hora das minhas 3 meninas - como eu ansiava protege-las!); ela não ficaria se sentindo desamparada daquele modo. Mas 'fazer' um filho é muito diferente de educa-lo. Sei que não sou boa referencia para ninguém pois fui forçado a divorciar por 2 vezes, mas enquanto meus filhos estiveram comigo procurei cumprir o melhor que pude meu dever de pai. Uma das coisas mais lindas que ouvi na vida foi meu filho  dizer que ele iria criar seus filhos do mesmo modo que eu o criei (e eu o criei do modo com que meu pai criou meus irmãos e a mim, com diálogo e mão firme, num lar cristão).

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Demorei a escrever aqui - muitas provas (elaborar e corrigir) e as providências do Comitê de Ética, principalmente, entremeadas com os dias que vou ao Asilo e às minhas leituras. Tenho uma carga elevada de leitura, auto-imposta, mas essencial em todos os sentidos  - papers, jornais diários, revistas, Bíblia (Esta me toma, hoje em dia, a maior parte do tempo - quanta oportunidade de aprendizado espiritual 'perdi', não bebendo da Fonte! Mas também tive que me preparar bem para isso...). Tenho esta rotina desde jovem, e é o que me mantém vivo, em especial a leitura da Palavra.

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Nestas férias de Julho terei, ao que parece, que assessorar meu filho que vai vir aqui ao Brasil a trabalho. Mas estou vendo também se faço a cirurgia de desvio de septo nasal, que já deveria ter feito há tempos. Vamos ter que planejar e articular os diversos projetos. E não vou ter o mês inteiro de inatividade acadêmica, 'por causa' do Comitê de Ética e também por causa do meu Grupo de Estudo do Idoso. Tenho que dar conta disto tudo, mas sei que o Senhor me ampara; procuro andar no Seu Caminho...

O Senhor firma os passos de um homem, quando a conduta deste o agrada;
ainda que tropece, não cairá, pois o Senhor o toma pela mão.
Salmo 37: 23 e 23  ( Nova Versão Internacional)

terça-feira, 31 de julho de 2012

190a. postagem... Jet lag


Nóossa! difícil acreditar que já coloquei 190 textos neste espaço... Tá certo que muitos eu já tinha em minhas andanças acadêmicas, mas 'imagina' quanto mais eu vou colocar até mais à frente! Minha grande motivação é fazer disto aqui uma espécie de diário geral, não propriamente biográfico, para meus netos, bisnetos e (quem sabe, se se interessarem..., o que acho muito difícil) meus tataranetos me conhecerem melhor. Muitos deles serão estrangeiros, e talvez isto também os incentivem a conhecer a língua portuguesa e suas maneiras de falar.

Meu pai me falava um pouco de seu pai, o Dr. Lucas de Souza Dutra, engenheiro agrônomo, formado pela tradicional Faculdade de Agronomia Luís de Queiróz (USP), em Piracicaba, SP. Na verdade meu pai era uma pessoa reservada (hoje é muito mais acessível), super amorosa e dedicada à família, mas que não tinha costume de conversar bastante (não sei se idiossincrasia dele ou resultante de sua formação familiar) - mas conversava bem quando necessário. Nunca tive barreiras com ele, a  não ser aquela que eu mesmo dispunha, pelo respeito e temor natural que tinha (e tenho) pelos meus pais. Minha mãe já conversava mais, pela natural propensão das mães, proporcional ao seu zelo pela prole, e minha mãe era muito ligada aos filhos, todos. 

Mas sei que, naturalmente, ninguém se interessa por quem foi seu antepassado mais longínquo, a não ser que tenha algum aspecto de realeza envolvido... Quando muito, gostamos de nossos avós, se conviveram conosco e foram legais com a gente. Mas tataravôs e seus antepassados, que temos em comum, não é mesmo? Muito pouco (infelizmente). Assim, nestes tempos cibernéticos, que facilitam mais as coisas, espero que meus netos ensinem aos seus filhos que eles tiveram um ascendente interessante, eu mesmo, e aqui ficam minhas memórias, ideias, fabulações, reclamações e valores. Espero que possa ajudar na educação e reflexão dos mesmos. Minha mãe que suscitou em mim esta espécie de reverência com os antepassados, pois ela costuma falar muito dos queridos parentes que ela privou quando criança e jovem. Nunca falou mal de nenhum, e sempre ressaltava suas qualidades, o que sempre imprimiu boa impressão em mim, e desenvolveu em meu espírito um interesse adequado por aqueles a quem devemos a vida, ao fim e ao cabo.

Mas o que me motivou escrever inicialmente hoje foi o tal de jet lag. Se olharmos nos dicionários, veremos diversificadas definições - mas, resumindo, é aquele desconforto que sentimos em nosso organismo pela diferença de fuso horário que a viagem internacional por vezes determina. Não senti nada quando fui para a California mas, na volta, fiquei (Ruteca também) uns dias desorientado e bem cansado. O maior problema que vi foi com o sono - quando era uma da madrugada ainda eu estava bem desperto, sem sono. E, às 6, 7h da manhã, quando a luz me faz acordar naturalmente, sentia que não tinha ainda descansado o que necessitava. E isto, creio, acabava por 'bagunçar' meu funcionamento geral. Nem tirar certo cochilo à tarde remediava muito, ao que parece. Mas com o passar dos dias tudo se acertou. Nesta semana me sinto muito melhor, princialmente tomando agora um vinho chileno Carta Vieja... Até tomo uma cervejinha Itaipava quando está calor ou um licor após as refeições, mas um vinho é tudo de bom!

 

Ainda bem que as aulas se iniciam dia 6 de agosto - imagino que seria muito ruim se começasse assim minhas classes, com este estado de jet lag... A lição que fica é que precisamos respeitar nosso corpo e conhecer nossas disposições, para bem saber aliviar o efeito ambiental que nosso corpo expressa, em confronto com nossas mais íntimas e biológicas determinações!

Sábado iremos passear em Poços de Caldas (Minas Gerais), lugar que muito apreciamos. Pensamos anteriormente, Bilú e eu, um dia morar lá, mas tememos perder assim certo encanto que temos com aquela cidade. O melhor é, refletimos, ser sempre visitantes, para só ver o lado bom de tudo. E, também, quando lá nos dirigimos, tendemos a ficar mais no centro da cidade, onde se resume boa parte da sua sedução. Invariavelmente passamos pelo Shopping Center, para tomar um café e ver as lojas e as pessoas. Minhas raízes são mineiras (tanto do lado do pai como da mãe) e gosto do modo de falar das pessoas de lá, e de sua hospitalidade, além da comida, ahh, uma 'loucura', principalmente os doces! Fica difícil manter certa silhueta, com a fartura que temos lá, principalmente naquele Mercado Municipal e suas lojas...