A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

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terça-feira, 22 de julho de 2025

Maçonaria e a Jornada Interior: Diálogos com Carl Gustav Jung

Roteiro para estudos sobre conceitos de Imaginação, Rituais e o Inconsciente Coletivo

 A Maçonaria sempre foi um campo fértil para o cultivo da interioridade, da simbolização e da construção do ser. Seus ritos, alegorias e instruções silenciosas encontram ecos poderosos nas grandes tradições filosóficas e espirituais da humanidade. No entanto, no limiar da contemporaneidade, o desafio é re-encantar os símbolos com sentido, abrindo espaço para novas leituras que não destruam o antigo, mas o fecundem.

É nesse contexto que o pensamento do psiquiatra suíço Carl Gustav Jung (1875–1961) se apresenta como um manancial instigante. Ao compreender o ser humano como um ser simbólico e ao valorizar a imaginação ativa, os arquétipos e os processos de individuação, Jung fornece à Maçonaria uma lente poderosa para rever e revitalizar sua ritualística e sua pedagogia interior.

Este pequeno roteiro de ideias fundantes propõe-se como um convite inicial. Um mapa, não o território. Um compasso, não o traçado. Um caminho que possa iniciar o leitor — maçom ou interessado — em uma jornada simbólica enriquecida pelos insights da psicologia profunda, a partir da caminhada de estudo pelos conceitos aqui elencados.

Maçonaria: Simbolismo e Transformação

A Maçonaria é, antes de tudo, uma escola de símbolos. Seus ritos não apenas comunicam valores, mas transformam o iniciado através de experiências que apelam à totalidade do ser. No entanto, sem uma chave hermenêutica adequada, tais símbolos podem se tornar esvaziados. É aqui que entra o olhar junguiano: o símbolo é mais que um signo — é a porta para o inconsciente.

  • Simbolismo como linguagem da alma

  • O rito como drama arquetípico

  • Imaginação como ponte entre o visível e o invisível

Carl Gustav Jung: Ideias Fundamentais

Jung compreendeu que o inconsciente não é um depósito de resíduos mentais, mas um espaço criativo e estruturante da personalidade. Seus principais conceitos — arquétipos, inconsciente coletivo, sombra, anima/animus, Self — fornecem uma gramática para interpretar os símbolos maçônicos com profundidade.

  • Arquétipos: imagens primordiais da experiência humana

  • O inconsciente coletivo e a tradição iniciática

  • A individuação como caminho espiritual

O Iniciado e a Jornada do Herói

A estrutura iniciática da Maçonaria coincide, em muitos aspectos, com o percurso simbólico descrito por Jung como processo de individuação. O Aprendiz é aquele que desce ao interior da terra (símbolo da psiquè), o Companheiro confronta a sombra, e o Mestre reencontra o Self — o centro divino interior.

  • Iniciação como rito de passagem psíquico

  • A descida ao “inconsciente” como laboratório alquímico

  • Jung e Joseph Campbell: convergências com o mito maçônico

A Imaginação Ativa e o Rito Maçônico

A “imaginação ativa” em Jung é a prática de dialogar conscientemente com imagens interiores. Isso ressoa com a vivência ritualística da Maçonaria, onde o símbolo não é só compreendido intelectualmente, mas encarnado pelo gesto, pelo silêncio, pelo espaço-tempo sagrado.

  • Do símbolo ao arquétipo vivo

  • Visualização, meditação e silêncio ritual

  • O templo como projeção psíquica

A Sombra e a Ética Maçônica

Jung advertia que ignorar a sombra — o lado rejeitado do eu — conduz ao fanatismo e à alienação. A Maçonaria, ao instar o homem ao autoconhecimento, pode assumir uma postura junguiana ao encorajar a integração da sombra como base para uma fraternidade genuína.

  • Reconhecer o lado obscuro: moralidade não dogmática

  • O altar interior: reconciliação de opostos

  • Fraternidade como laboratório ético de individuação

O Self e a Pedra Angular

O conceito junguiano de Self — totalidade que integra o consciente e o inconsciente — guarda estreita relação com o ideal maçônico da Pedra Angular: aquilo que sustenta o templo invisível do ser. A Maçonaria oferece, assim, um arcabouço simbólico para o florescimento da totalidade interior.

  • O Self como núcleo do ser

  • Pedra bruta e Pedra cúbica: evolução interior

  • Da multiplicidade à unidade: vocação mística da Maçonaria

Implicações Práticas e Recomendações Rituais

Esta seção propõe sugestões concretas de como os insights de Jung podem enriquecer a prática ritualística maçônica:

  • Leitura junguiana dos graus simbólicos

  • Oficinas de imaginação ativa para maçons

  • Meditações guiadas com os símbolos do templo

  • Círculos de estudos simbólico-psicológicos

Uma Alquimia Espiritual Contemporânea

A obra de Jung não pretende substituir a tradição maçônica, mas iluminá-la por dentro. Ao invés de mera análise racional, propõe uma hermenêutica simbólica que honra o mistério, o silêncio e o sagrado. Sua linguagem oferece à Maçonaria um caminho de renovação que dialoga com os tempos atuais sem perder a profundidade ancestral.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Deus vê o coração!

Foto obtida agora (via Google Images), de
http://www.godtalkstoyou.com/

Hoje aprendi algumas passagens biblicas que gostaria de compartilhar. Neste mundo pós-moderno, de tantas (algumas 'velhas'...) novidades, continua o dilema do homem de como se relacionaro com o Pai Celestial.  Uma chave preciosa para mim vejo em 1 Samuel 16: 7 (Almeida Corrigida e Revisada Fiel):

... o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura,  (...) ; porque o SENHOR não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o SENHOR olha para o coração.

Esta palavra é assaz impactante, pois nos leva a um patamar de consideração totalmente diverso do que estamos acostumados em nosso dia-a-dia. Em nossa pequenez, tendemos, à vol  d'oiseau, a pensar nosso relacionamento com Deus à semelhança do que temos com qualquer outra criatura, e somente adicionando no nosso cogitar alguns outros contornos mais ou menos mágicos, celestializados, segundo nosso limitado entendimento. Mas o fato é que temos que treinar nosso parco entendimento para compreender o que Deus espera de nós neste particular. Como podemos entende-Lo se não O buscamos eficazmente? Nossa idéia dele já é obtusa no nascedouro, como podemos escuta-Lo? 

O preguiçoso tende em sua busca averiguar uma espécie de ersatz do Deus sugerido, mas tão distante aos seus olhos. Mas Ele se nos aparenta distante por causa de nossa miopia espiritual... Nossa relação com Ele não fica mais clara quando sabemos que Ele nos considera primeiro em nossa índole, nosso caráter, em nossa intenção, em nossa intimidade, em nossos afetos, ânimo e emoções? Eu entendo que temos primeiro que nos considerar, nos estudar, averiguar porque precisamos deste 'deus' que buscamos, para daí começarmos a entender como Ele se nos deixa conhecer... 

A boa notícia é que Ele ordenou a confecção de um meio e método para sabermos Quem Ele é: Sua Palavra eterna, materializada mediante o trabalho de amanuenses escolhidos desde sempre, a Bíblia. Mas aqui também temos que meditar o modo de nos achegarmos a ela, posto que, por força de nossas imperfeições, alterações e defeitos foram nela colocados, além dos diversos estilos literários com que foi escrita. Mas vale a pena... Poucas coisas aqui na Terra tem o poder de conceder refrigério ao nosso coração!

Minha prece diária se inicia como disse Samuel (1 Samuel 3: 9)  '... Fala, SENHOR, porque teu servo ouve!'  E rogo para que ele sempre me capacite para tal, pois minha vida depende disso!