A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

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segunda-feira, 10 de julho de 2023

Apotegmas e outras quase-lucubrações.

 

1. Como meus pacienciosos leitores sabem, gosto de aforismas (ou apotegmas), estas frases que contém sabedoria condensada, como pílulas a serem periodicamente assimiladas, remédios para o correto pensar. Meus frasistas prediletos são Oscar Wilde e Millôr Fernandes. Costumo postar ocasionalmente estes 'lembretes' aos amigos queridos do WhatsApp. O correto pensar é como que uma virtude que demoramos a lapidar em nosso espírito - quantos malefícios nos determinamos a nós mesmos quando pensamos sem método! Tenho uma coleção de ditados escolhidos, reunidos numa lista que relembro de vez em quando...

2. Costumo acordar cedo, a não ser que vá deitar muito tarde (o que é raro). Se não tenho compromisso logo no início da manhã, fico mais um pouco acamado para tentar completar as recomendadas sete horas de sono. Tenho um recurso para eliciar soneca adicional: ligo o rádio, numa estação de notícias (geralmente Rádio Eldorado, da capital do Estado) ou peço à assistente digital para tocar música. Em geral seleciono Pearl Jam ou outro conjunto de rock assemelhado. Quando moço acordava e já levantava para as atividades mas agora, beirando os 70 anos, passei a gostar da preguicinha matinal, ainda mais se o tempo está frio...

3. Creio que já comentei aqui, mas depois que tive o vírus SarsCov2 no começo da pandemia, minha memória, que nunca foi lá aquelas coisas, piorou de vez. Tenho que fazer, com mais frequência do que gostaria, umas 'acrobacias'  mentais para relembrar algo importante. Para isso, ou a Ruth me socorre ou apelo para o bom e velho Google Search, além da agenda e/ou anotações. Mas em geral vou 'comendo pelas bordas' tentando desanuviar o tal nome ou acontecimento que 'evaporou'. Graças aos céus, quando desvio a atenção para outro assunto, justamente aquilo que teimava em não aparecer no meu campo atencional por vezes 'surge' como passe de mágica. Dou muita risada com esta nova faceta de minhas lucubrações... (por causa disso, desconfio que tenho repetido alguns temas aqui neste blog, mas conto com a compreensão dos amáveis leitores!). Creio que se a coisa piorar terei que lançar mão de um gravador digital que tenho, remanescente das coletas de dados em pesquisas de depoimentos que fiz quando docente na universidade, e andar com ele pendurado no pescoço. Coisa chata quando temos que relembrar o nome de pessoas...

4. Mantenho ainda o costume de ler ao menos 3 jornais diários todo santo dia, hábito que tenho desde jovem, pois meus pais incentivavam muito a leitura regular. Leio também livros, por vezes três ou quatro ao mesmo tempo (gasto dinheiro comigo somente com livros e algumas garrafas de vinho), artigos científicos e revistas de variedades. Prefiro ler as coisas em papel, rabiscando ou anotando nas beiradas, transformando meus percursos em uma espécie de 'diário de bordo' intelectual. Mas não perco tempo com coisas violentas ou mesmo quaisquer mídias que não primem pelo uso da racionalidade. Existe muuuuita bobagem hoje por aí, sintoma da falta de educação formal e/ou compromisso com a verdade.  Me aborreço com textos pretensamente eruditos, mas que acabam denotando a apoucamento intelectual do seu emissor... Tempos obscuros!

5. Como relatei na postagem anterior, efetivamente consegui 'aposentar' as bengalas, at last!! Ficaram no passado, com a graça do Pai Celeste... Demorou, mas depois de algumas providências estou com menos dores e consigo até dormir à noite sem precisar apelar para analgésicos. As dores não eram fortes, como no começo da recuperação da cirurgia de colocação de prótese, mas aborrecentes o suficiente para impedir conciliar o sono... Assim que voltar o tempo quente (este ano o frio está durando mais do que as duas semanas costumeiras) vou fazer natação para fortalecer minha musculatura geral. Atualmente só faço o Pilates, pois nem a bicicleta ergométrica estava conseguindo realizar. Mas não pensem que estou a reclamar: sou o mais feliz dos homens, e vocês sabem disso pelas minhas outras postagens... O que propiciou minha recuperação foi um tipo de massagem que realizei, que mobiliza a musculatura e demais estruturas conexas de modo profundo, como que 'descolando' aderências e cicatrizações imperfeitas. Curioso que "de uma hora para outra" minha perna e bacia passaram a doer menos, e isso com as mesmas rotinas que realizava anteriormente. Que bom ter por perto uma pessoa versada em Fisioterapia...

terça-feira, 24 de maio de 2022

Seis meses de artroplastia...

 

Dia 23 deste mês completei meio ano da abençoada cirurgia de colocação da prótese no lado esquerdo da bacia. Após vinte sessões de fisioterapia apropriada, e com as atuais atividades de Pilates e bicicleta ergométrica posso dizer que estou 90% recuperado. Tentei largar da bengala há algumas semanas mas há dias em que volto a apoiar na bendita, principalmente se tenho que andar bastante. Ainda sinto (por vezes) de modo algo estranho as renovadas estruturas aqui implantadas. É estranho ficar de pé e não sentir mais aquelas fortes dores que sofri por quase 3 anos. Parece que vai doer, mas nada acontece! Fiquei com certo 'condicionamento' em relação a algumas posturas e o próprio caminhar, consistindo em expectativas de dor, que gradualmente vão se esvanecendo. Soube que demora até um ano para a recuperação desta cirurgia ficar 'cem por cento'... 

Que época abençoada esta que tenho o privilégio de viver. Há décadas atrás não tinham ainda desenvolvido com o sucesso de hoje tal procedimento. Fui pesquisar e vi no site medicinadoquadril.com.br  uma extensa informação sobre o assunto. Sou grato às inúmeras pessoas que possibilitaram melhorar minha qualidade de vida. Imagine que antigamente a amputação da perna era uma alternativa para debelar o enorme sofrimento oriundo do avançado desgaste ósseo da cabeça do fêmur. Ou a pessoa era condenada a ficar imobilizada, deitada ou sentada até o fim da vida. Qualquer movimento, por menor que seja, faz doer!

Minha atitude só pode ser de agradecimento a Deus. Olho em torno e vejo tantas pessoas que, por uma razão ou outra, não tem condições de mitigar apropriadamente seu sofrimento. Mudei um tanto minha visão de certos atos extremos que algumas pessoas perpetram. Certos desgostos tiram o vivente do seu eixo, fazendo ocasionalmente as pessoas tomarem decisões que nos parecem absurdas, mas a mente em tais situações de aguda e/ou crônica tribulação já não está a funcionar apropriadamente... Ficamos, nesta desolação, próximos da insanidade, é o que parece...

Ainda tenho muito medo de cair - uma queda pode estragar toda a cirurgia, tendo que voltar à mesa de operações no Hospital. Como comentei aqui em posts passados, a recuperação é muito dolorosa, e ninguém avisa dos desafios que vamos percorrer, ainda que o imperativo seja fazer ou fazer a cirurgia. Sei de idosos que colocaram prótese e nunca mais saíram da cama. Imagino que uma das respostas seja o medo que paralisa a pessoa, impedindo-a de enfrentar a trabalhosa recuperação.  O ser humano é, cada um, uma caixa de surpresas, um universo único, ainda que sejamos muito assemelhados... Costumo dizer que, depois de quase 45 anos de formado em Psicologia, e tendo realizado muitos estudos pós-graduados, ainda me surpreendo - para o bem e para o mal - com a atitude de certas criaturas, em especial nas suas aflições... 

Esta nossa existência é um mistério, e arte de viver é uma disciplina que nem todos tem sucesso em aprimorar-se.  No meu caso, passar por esta atribulação me fez uma pessoa melhor, pois vi o quanto limitado e provisório sou. E se já orava pelas pessoas que me são caras, passei a orar mais pelos semelhantes que sofrem. Peço que nosso Pai Celestial dê a eles e elas firmeza e coragem, pois Ele não nos dá, a cada um(a) na sua condição, uma cruz maior do que possamos carregar. É a minha fé.

quarta-feira, 30 de março de 2022

Final de março...

Foto obtida via Google nesta data de
https://www.otempo.com.br/mundo/movimentacao-chinesa-pode-ajudar-a-conter-guerra-entre-russia-e-ucrania-entenda-1.2623978


1. O grande fato atual é a guerra da Ucrânia. Que tristeza! Quantas notícias, opiniões, narrativas e a velha politicalha a atazanar as pessoas cá de fora da confusão. Assistimos a tudo consternados, impotentes. Duas coisas gostaria, modestamente, de ressaltar. (a) Existem outros conflitos no mundo, determinando covardes perseguições, mortes, sofrimento, exilados/refugiados e tudo o mais. Na grande imprensa vejo que, em geral,  não houve repercussão da magnitude desta da Ucrânia. Será que uma razão para esta atual 'preferência' da mídia seria que se trata de população branca, de olhos claros? (os outros conflitos envolvem etnias bem distintas desta, principalmente pela cor da pele etc.). (b) Interessante a defesa do presidente russo sobre as razões de tal empreitada militar, alegando 'ameaças' a seu país. Mas quem, em sã consciência ousaria ameaçar um país com um arsenal atômico como a Rússia possui? Creio estar patente que as desalmadas motivações são outras. Em todo caso, temos tantas opiniões e análises que a cada vez ficamos mais confusos, ainda que tristes.

2. Outro fato inusitado recente foi o tapa, a bifa do ator norte-americano Will Smith num conhecido comediante durante a cerimônia de entrega do Oscar. Defensores e críticos de lado a lado se pronunciaram à mão cheia. A lição que fica possui duas constatações: atitude grosseira é muito fácil de ocorrer, o quanto mais deselegante e deseducado seja o perpetrador, e  violência nunca é solução para nada... Mas aponto que é complexo julgar as condutas envolvidas, pois nunca se sabe de todo o entorno psicológico/social implicado na sequência de fatos. E houve até quem postulou que, no show business - que visa lucro - tudo é ensaiado, feito de caso pensado, e tal performance bombástica seria tudo encenação. Vai saber. Que elevou a audiência geral, trend topics e que-tais,  elevou...

3. Finalmente, depois de tantas sessões de fisioterapia, começo a me enxergar não usando mais um adereço que fez parte de minha configuração nos últimos anos: a bengala. Considero-me 85% recuperado da massiva cirurgia de artroplastia do fêmur-quadril esquerdo. Mas não vou fazer mais nada de atividade física de impacto, pois o outro lado da bacia apresenta leve desgaste ósseo (na verdade, igualmente na cabeça do fêmur). Meu fisioterapeuta afirmou que, com fortalecimento, o mesmo não vai evoluir ao grau desta que necessitou de excruciante cirurgia, Insha'Allah!

4. Uma última palavra à minha querida mãezinha, que está muito doente. Que tenacidade nestes seus 92 anos e quanta vontade de viver! Sempre foi uma batalhadora incansável, apesar de sempre ter muitos problemas de saúde (mas nunca a vi maldizer a sina). Até agora se interessa por tudo o que ocorre, e quer ajudar as pessoas ou com a lida da casa. Meu pai se desdobra em cuidados, mas vejo-o já cansado de tanta providência sem sucesso. Oro sempre para que o Pai Celestial ampare este casal que sempre foi modelo de fidelidade cristã e fé inabalável. Quantas vezes os vi rezando juntos o têrço... Este ano soube que farão 70 anos de convivência, entre namoro, noivado e casamento feliz - são muito enrabichados até hoje. Uma lição de vida. Sou muito grato a Deus por termos, junto com meus queridos 2 irmãos e 2 irmãs, pais tão valorosos, tão dedicados à família. 

sábado, 11 de dezembro de 2021

Mistérios da vida...

Tradicional arte maçônica - Painel
(obtido via Google)

[ O som de fundo hoje é a radio Smooth Jazz 24/7, de Nova Iorque,
 sintonizado via App Radio Garden ] 

1. Os jornais dizem que em 2022, ano de eleições, teremos recessão. Só faltava essa para coroar um dos piores (des)governos que nossa sofrida terrinha sofreu nas últimas décadas. Meu critério para assim afirmar não é ideológico ou político: vejo os resultados que aí estão e estarão certamente por um bom tempo. Retrocedemos na maioria dos índices que mensuram nossa Qualidade de Vida. Somos em geral os brasileiro esperançosos e desejosos do melhor em tudo, mas temos sido há séculos muito azarados. Ou não sabemos votar mesmo. Paciência. 'Um dia' a coisa melhora. A gente pensa 'pior do que tá não pode ficar', mas entra ano sai ano as elites descobrem meios de ferrar ainda mais o povo. Mas, 'quem sabe'... Porém, desconfio que não estarei vivo para ver esta 'melhora'.  Só por Deus.

2. Gosto de vasculhar a internet à procura de certo tipo de propedêutica arte maçônica, expressa em painéis, que desde priscas eras pintados/desenhados em diversificadas superfícies ou mesmo bordados em tecido. Existem alguns, centenários, muuuito bonitos. A Maçonaria utiliza simbologia e alegorias para condensar/representar/motivar (o estudo de) seus conhecimentos, e é notável a quantidade que, ao longo do tempo, homens imbuídos dos mais elevados sentimentos tiveram tempo para consubstanciar, materializar estes valores para a posteridade. É um amplo exercício de atenção, investigação histórica, pesquisa atenta, que levam a uma satisfação extasiada ao percorrer com certo embevecimento a múltipla expressividade que tantos valorosos artistas e estudiosos utilizaram em suas obras. 

A Maçonaria é um movimento muito bonito de excelência do ser, mas incompreendida, vilipendiada, difamada. E como não há um 'proprietário' da marca, facilita-se todo tipo de picaretagem por facínoras. Mas para quem pesquisa seriamente a temática, logo pode separar o joio do trigo, saber o que é a Maçonaria regular, acreditada, e 'maçonarias' espúrias, caça-níqueis, fake-news. Hoje em dia parece não haver tanto preconceito assim, em comparação ao século passado. Creio que sofremos o mesmo tipo de irracionalidade de incultos que a doutrina espírita, religiões e religiosos e outros movimentos super bacanas, e isto (perseguição) maximizado pela rede de desinformação brutal que as redes sociais facilitaram, exacerbando os mitos urbanos, teorias da conspiração, birutices de toda ordem. 

3. Um docente irmão amigo despertou-me, lendo um de seus papers, a curiosidade sobre a obra de um filósofo francês (que até já veio aqui em Pindorama), André Comte-Sponville. A editora paulistana WMF Martins Fontes tem várias de suas obras editadas por aqui, com acabamento gráfico impecável. Eu soube deste celebrado autor há um certo tempo mas como já possuo tanta coisa para ler e um certo 'recorte' epistemológico, nunca senti necessidade de ler sua produção. Reconheço que sou um tipo de leitor de certo modo diferenciado, exigente, crítico, o que restringe o escopo de leituras e autores que me chamam a atenção. Confesso que este autor foi uma agradável surpresa, pela clareza de sua argumentação e sua prosa agradável, fluida, instigante. Existem alguns autores nacionais que me fazem lembrar do seu estilo, mas sua visão europeia é um plus. Gosto de ser 'desafiado' a pensar diversamente do que cotidianamente sou acostumado (levado a) a pensar, pois somos naturalmente 'preguiçosos', acomodados. 

4. Agora aposentado (e em especial nestes meses de forçada inatividade) tenho pesquisado podcasts. Existe uma vasta gama deste tipo de mídia disponíveis hoje em dia (com os mais variados assuntos e em diversos agregadores de podcasts), que já dão conta de muitas de nossas necessidades. Vários ainda são bem, digamos, amadores, mas temos também muitos patrocinados pelos grandes veículos de comunicação, recebendo tratamento bem profissional na sua produção. Assim, temos mais uma ampla opção para ficar bem informado/conscientizado sobre as coisas que nos são importantes (e também menos desculpa para justificar nossa alienação, inépcia, hebetismo ou ignorância sobre o mundo)

5.  Hoje temos 19 dias que realizei a cirurgia de ortoplastia, com enxerto ósseo. Daqui a 3  dias o médico virá à minha residência tirar os pontos, deixando portentosa cicatriz aqui do lado. Espero que  mesmo autorize e especifique algum tipo de fisioterapia (creio que algo passiva no início), talvez bike ergométrica e quem sabe exercícios na piscina. Passo os dias lendo, vendo TV  (além dos canais de streaming, estou em certa 'maratona', revendo meus 40 filmes chambara - filmes clássicos de temática samurai)  e alternando a cadeira da sala com a cama, pois me cansa ficar em uma só postura e aí começam as dores. Ainda tenho muito medo de fazer certos movimentos - a musculatura ficou dolorida; Ruth explicou que muitas camadas de tal tecido precisou ser 'recomposto/costurado' internamente depois de finalizado os procedimentos - e temo com isto danificar a instalação, que possui ainda compreensível instabilidade. Mas estou a cada dia fazendo um pouco (pouquinho!) de progresso; creio que em fevereiro poderei voltar a dirigir automóveis e a usar uma bengala somente. Mas para ficar 100%,  somente de seis meses a um ano!   Aff...

quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Ortoplastia, at last !!!!

 




imagens obtidas via Google

Finalmente sofri a infame artroplastia, com enxerto ósseo... é uma bênção ter nascido numa época que tal intervenção ficou até de certa forma 'banal' - no mundo todo milhares de cirurgias como esta ocorrem todo dia. Eu, em outras épocas, estaria condenado a ficar somente sentado ou deitado o resto da vida, sem poder realizar as coisas mais triviais. Realizei-a às 7 horas no dia previsto no renomado HPC - Hospital Poços de Caldas, com a equipe do ótimo Ortopedista Anelo Zenni Neto. O atendimento lá é de primeiro mundo, em todos os sentidos. Fui muito bem assistido e, por causa de minha idade, pude ter Ruth comigo o tempo todo.

O clima na sala de cirurgia era bem descontraído. aparentando sintonia fina entre eles. Acordei no meio do complexo procedimento e sentia em meu corpo (nada de dor) quando eles raspavam, furavam, serravam, escarificavam. É uma coisa muito estranha, mas minha confiança estava ok. Disse a eles na oportunidade que os estava escutando e creio que daí reforçaram o sonífero. Não foi necessário usar sangue ou passar a primeira noite na UTI como costuma ocorrer. Creio que o meu severo preparo físico anterior (sessões diárias ou sucessivas de Pilates, fisioterapia e bike ergométrica) facilitaram os trabalhos. Não consegui dormir bem na primeira noite, mas sabia que a recuperação é por demais problemática, trabalhosa. 

Dia 25 de novembro à tarde uma ambulância me trouxe a São João da Boa Vista. Foi necessário chamar os bombeiros para ajudar a colocar a maca aqui na sala (para assentar-me na cadeira elevada), pois minha casinha tem na frente uma pequena escada que impedia sua entrada normal. Os vizinhos ficaram curiosos ao ver 2 veículos deste tipo parados na esquina... Um dos bombeiros me reconheceu ter sido professor dele no curso de Administração. Ruth gostou de ver a agitação com tantos garbosos profissionais. 

Nenhuma cirurgia de grande porte como esta é algo que se deva subestimar. Toda nossa rotina acaba alterada. Tudo na casa fica "bagunçado" pois, além do cuidado motriz, físico com preservação da estrutura recém-implantada, nosso corpo demora para retomar o ritmo costumeiro de funcionamento. Tomo diversos medicamentos que alteram a flora intestinal. O sono por causa da dor (a enorme cicatriz está 'bonita' mas muitos músculos foram cortados...) demora a encadear-se e temos que apelar a soníferos, coisa que não gosto....

A cada dia progrido um pouco nos movimentos - creio que em 2 meses estarei mais desenvolto (mas li que demora de 6 a 12 meses para ficar 100%). O médico ao despedir na hora da alta disse que depois de 16 dias, quando for tirar os pontos, poderei iniciar a fisioterapia. Vou seguir com minudência as instruções, pois faz 3 anos que estou muito debilitado em minha qualidade de vida. O que gostaria de retomar o quanto antes seria o Pilates e a bike ergométrica. O segredo da vida feliz, harmoniosa é equilibrar alimentação saudável e não ser sedentário, combinado com a curtição dos amigos. Disseram que logo estarei correndo de novo, mas atividade de impacto nunca mais - quero morrer com esta prótese, pois ela tem tempo de duração, e não desejo voltar à mesa de cirurgia: o sofrimento é enorme. Só é pior ter a artrose, que não tem cura e progride inexoravelmente como foi no meu caso, desacorçoando o vivente até o limite.... Sim, confesso, chega-se a desejar a morte.

A grande bênção é ter uma esposa maravilhosa em todos os sentidos, que concede ao marido um desvelo e carinho em seu cuidado que faz toda dor parecer cousa pouca, de somenos. Imagino se eu não a tivesse certamente estaria em um Lar de Idosos, pois não tenho filhos ou netos para cuidar de mim. Meus irmãos tem seus problemas e próprias familias, e de uns anos para cá com meus pais tendo mais de noventa anos, os cuidados de nós cinco obviamente tem sido concentrado neles. Espero que doravante eu possa colaborar mais com meus manos no cuidado de nossos maravilhosos pais. Somos muito gratos a eles. 


sexta-feira, 8 de outubro de 2021

Chuva chegou... Outubro!

Willian Ricardo/ND+ (https://ndmais.com.br)

1. Chuva chegou! Como faz falta, realmente, esta bênção da natureza. Vemos em quase todo lugar as represas 'vazias' e cidades racionando o precioso líquido... que tragédia. E as previsões oriundas da tal mudança climática nos deixam bem preocupados. Bem, nem todos: vejo políticos (sempre estes implacáveis parasitas) não se importando com isso, pois "o deles já está garantido", como se diz por aqui... Não tem jeito. Benjamim Franklin certa vez disse que só havia duas certezas na vida: a morte e os impostos. Eu acho que são 3: junte a estes dois os políticos... pois em qualquer lugar deste planeta sempre vai ter um aproveitador para explorar os incautos. Triste sina!

2. Em 23 de novembro p.f. deverei sofrer artroplastia com enxerto ósseo -  a cirurgia de colocação de prótese na cabeça do fêmur junto à bacia, para dar conta de vez desta malfadada artrose, que já me incapacita há mais de dois anos. Meu médico opera no Hospital Poços de Caldas, que é um dos melhores da região. Estou fazendo prévia fisioterapia fortalecedora, além do Pilates e da bicicleta ergométrica diária. Espero que dê tudo certo. Imagino o sofrimento de antigamente quando não existia esta solução... isto é tipo de coisa que desacorçoa definitivamente qualquer vivente! 

3. A vida voltou ao normal, com a diferença do uso das máscaras e álcool em gel. Mas a economia está 'patinando', pois o baque foi feroz. Quantas empresas fecharam as portas, quantos empregos perdidos. Poucos segmentos se deram bem com esta pandemia. Vai demorar para recuperar, principalmente porque tivemos o azar de ter concomitantemente um (des)governo dos mais picarescos que se tem notícia, deixando o cidadão diariamente abesbílico com o festival de sandices em todos os níveis de administração. O mundo todo ri do brasileiro. Que urucubaca!

4. Tenho assistido na TV a cabo bastante produções cinematográficas (filmes e seriados) indianas, chinesas e coreanas, que inundaram o mundo de entretenimento streaming. Hoje em dia pode-se escolher entre diversos provedores, um melhor organizado que o outro, mas com oferta de milhares de obras. Algumas tramas são muito complicadas (que imaginação tem alguns roteiristas!) mas o que mais aprecio são os figurinos, os cenários, a interpretação esmerada. Os jornais e revistas com ótimos colunistas especializados ajudam a 'garimpar' preciosidades da sétima arte...

5. Recentemente um provedor de redes sociais deixou de funcionar por diversas horas, deixando seus usuários no maior prejuízo. Curiosa esta danação: já havia acontecido outras vezes este tipo de falha e, ao que parece, a maioria não vislumbrou ter um "Plano B" para o caso de novo evento similar. O amadorismo campeia impune, em especial nas empresas, de todos os tamanhos... Os jornais e programas de notícias adoram, pois assunto para pautar é o que não falta. Ah, e nem os humoristas se apertam, com as patacoadas dos políticos!

sexta-feira, 27 de julho de 2012

São 'Jão', que saudade!

Veja mais fotos como esta em bit.ly/LWPiRl
Autor: Leonardo Beraldo


Voltamos à querida São João - que falta faz nossa casupita (como diria o Sr. José Domingues); tinha 'quase' esquecido como é gostoso o nosso cantinho. Quanto mais velho se fica, mais se nos apegamos ao nosso pedaço. O chato foi chegar aqui e ver que nossos habituais prestadores de mega-serviços, como bancos, fornecedores de energia elétrica, operadoras de celular e que tais nos aprontaram 'surpresas', as quais temos que 'correr' para minimizar seus nefários efeitos sobre nossos bolsos. É só ver a seção de Economia/Negócios dos grandes jornais, nestes últimos dias, para ter uma ideia do que estou a falar. Não entro em detalhes, para não incitar a nenhum colhudo vir aqui tirar satisfações (se resolvesse...), mas sabemos que o Código de Defesa do Consumidor é muito desrespeitado em nossa terra. Mas também creio que tudo compreende um exercício de paciência que o Pai Celestial nos propicia - só pode ser. 



Por falar em jornais (leio-os todo dia, em papel ou virtualmente), o que me chamou a atenção ultimamente foi um comentário da imortal Íris Lettieri sobre a carência da finesse, da elegância, que se observa hoje em dia. É fato; já comentei aqui que não é mais feio ser inconveniente, chato, protervo ou mal-educado. Creio que, por uma distorção midiática natural de nossos dias, certas pessoas julgam que para ser assertivo, confiante de si, pessoa de sucesso, deve-se ter a iniciativa/coragem de quebrar as mais rudimentares, consabidas normas de convivência interpessoal (infelizmente, até na escola...). Lembrei um tanto disso quando estive nos Estados Unidos; não sei ao certo mas, segundo observei (como das outras vezes que lá estive), a média de civilidade me parece ser maior na população naquelas paragens, o que muito me apraz. 

Estou a preparar aulas, configurar meu tablet Kindle Fire, providenciar a preparação para o segundo semestre, que vai ter muitos feriados - problema adicional para acomodar os programas de curso. Por sua vez, Bilú tem somente mais dois semestres de curso de Fisioterapia (creio que, pela nossa idade, foi em muito boa hora em que a moçoila decidiu-se por esta carreira!); forma-se no meio do ano que vem - como passou rápido seus estudos... Lembro-me dela 'apavorada' em ter que decorar, logo no primeiro ano, o nome dos mais de 25o ossos (e seus ligamentos, etc.) do corpo humano. Esta sua segunda faculdade me parece que está sendo mais bem aproveitada por ela - pelo menos vejo muito entusiasmo e envolvimento, em especial agora que está mais desenvolta neste campo do saber. E, nesta última fase, seu curso contempla quase que totalmente estágios, aprendizagem eminentemente prática. 

Fim de semana se aproxima. Os dias vindouros serão de reuniões de Professores, finalização de materiais docentes e didáticos, programas de disciplina e apostilas. Dia 6 de agosto iniciam-se as aulas. Tenho pelo  menos mais sete anos destas atividades, até a aposentadoria (se bem que no ano que vem já posso requerer minha aposentadoria no sistema geral - INSS - cruz-credo! parece que faz pouco tempo que comecei a trabalhar, após a faculdade... ) no Instituto de Previdência do Município, já que sou Funcionário Público concursado da autarquia municipal de ensino superior UNIFAE. Já começo a planejar o que farei depois; tenho muitos planos - vamos ver o que consigo realizar, ao final e ao cabo... Tenho 'no forno' os projetos de alguns livros; com esta 'moda' de e-book, quem sabe tudo não fica, neste particular, mais desburocratizado? Antevejo grandes revoluções ainda no modo das pessoas se relacionarem consigo mesmo, no seu vivenciar comezinho e com o próximo, além do seu grupo familiar e mais especificamente na escola, a partir do uso destes gadgets e sua parafernália, inclusive os mais diversos e difundidos tipos de software. Não sei se vou estar naquele espaço para vivenciar estas grandes mudanças, mas quem sabe, com novos desafios, não 'estico' um pouco mais meu fazer docente? Vou ler mais sobre o assunto.