A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

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quinta-feira, 27 de março de 2025

Pistas do sentir-se de bem com o mundo...


https://www.pensador.com/frases_sobre_felicidade/


Sou uma pessoa feliz. Aprendi a contentar com o pouco que tenho e sistematizei uma maneira de ver o mundo de ta modo que dificilmente me entristeço. Hoje vou dar uma pista, um dos fundamentos de minha maneira de considerar as coisas que não posso mudar, ou seja, que estão fora de mim, em tese, "fora" do meu poder de altera-las. Óbvio que o acesso a muitas coisas que aprecio me fazem "feliz", como a música, a companhia de gente boa, etc., mas o modo de pensar é o segredo de ser feliz, pois visualizamos o mundo melhor do que ele em geral se apresenta e, grosso modo, minimizamos ou impedimos assim as chances da infelicidade se apresentar...


Uma conceituação que me ajudou muito em treinar minha mente foi o conatus, que é um dos pilares fundamentais da filosofia de Baruch de Spinoza (1632-1677), filósofo holandês de origem portuguesa, cujo pensamento se distingue pela busca de um sistema filosófico racionalista e monista. Spinoza (em português Bento de Espinosa - a familia dele veio para Holanda de Portugal) foi um dos pensadores mais influentes da era moderna, e sua teoria ética e metafísica, expressa principalmente em sua obra magna, Ética, oferece uma visão profunda da natureza humana, do universo e da moralidade. O conatus, ou "impulso" ou "tendência", é uma ideia central em seu sistema filosófico e está diretamente ligado à sua concepção de substância, livre-arbítrio, emoções, ética e à busca pela felicidade. No pensamento de Spinoza, o conatus pode ser compreendido como o esforço ou a tendência fundamental de cada ente para preservar sua própria existência. A palavra "conatus" vem do latim e pode ser traduzida como "esforço" ou "tendência". De forma simplificada, é a força interna que move todo ser a buscar a autossustentação e a perpetuação de sua natureza. Em sua obra Ética, Spinoza formula o conatus como a essência de cada coisa, afirmando que cada ente no universo possui uma tendência natural de continuar existindo conforme suas próprias propriedades essenciais.


Spinoza propõe que existe uma única substância, a qual ele chama de Deus ou Natureza (Deus sive Natura), que é a causa de si mesma e que contém todas as coisas que existem. Esta substância única se manifesta em tudo o que existe no Universo, e cada coisa particular que existe, seja ela uma pedra, um ser humano ou um planeta, é uma modificação ou modo dessa substância. Cada modo da substância, ou seja, cada ser ou objeto particular, possui o conatus como a tendência intrínseca à sua natureza. Isso significa que o conatus não é algo externo ou imposto de fora, mas uma força interna e essencial que está diretamente ligada à própria definição do ser, uma força vital que busca preservar a existência e aprimorar-se dentro dos limites da natureza. No caso dos seres humanos, o conatus é descrito por Spinoza como a tendência fundamental para a preservação e aumento do poder de agir. Para ele, a essência humana é definida pela razão e pelo desejo de autoconservação. Cada ser humano, então, está em busca de aumentar o seu próprio poder, o que pode ser entendido como o esforço para atingir a plenitude da sua natureza. 


Spinoza vai mais longe ao sugerir que o conatus também está intimamente relacionado ao desejo (ou amor), sendo este o desejo de perseverar na existência. Isso implica que os seres humanos, como todas as coisas no universo, são movidos por essa força essencial que, no entanto, é experimentada por nós de maneira mais complexa e mediada pelas emoções. Spinoza considera que as emoções humanas são modulações do conatus. Ele os chama de 'afecções' e os define como os modos pelos quais o conatus se manifesta, sendo sempre uma experiência interna do indivíduo em relação à sua autossustentação. As emoções, então, são a resposta do indivíduo à sua interação com o ambiente, sendo causadas pela adequação ou inadequação do ambiente à sua natureza.  Spinoza distingue entre emoções positivas (como o prazer e a alegria) e emoções negativas (como o sofrimento e a tristeza), e argumenta que as emoções podem ser controladas ou melhor compreendidas quando se entende a relação entre o conatus e o mundo ao redor. A felicidade, no pensamento de Spinoza, é entendida como o aumento do poder de agir de um indivíduo, e esse aumento está diretamente relacionado ao domínio das emoções e ao uso da Razão para entender melhor o que é benéfico ou prejudicial ao conatus.


Um dos aspectos mais intrigantes do conceito de conatus é a maneira como ele se relaciona com a liberdade. Em muitos sistemas filosóficos, a liberdade é muitas vezes associada ao livre-arbítrio, à capacidade de agir de forma independente. No entanto, Spinoza rompe com essa concepção. Para ele, a verdadeira liberdade não é a capacidade de agir de maneira arbitrária, mas sim a capacidade de agir de acordo com a Razão e, portanto, de agir de maneira que favoreça o conatus de forma racional e consciente. A liberdade, portanto, em Spinoza, está diretamente relacionada à compreensão da Natureza e à ação conforme a Razão. Quanto mais uma pessoa compreende as leis da natureza, tanto do universo quanto de si mesma, mais ela é capaz de agir em conformidade com o seu verdadeiro conatus, o que resulta em um aumento do seu poder de ação. Dessa forma, a liberdade verdadeira é encontrada na compreensão do que é natural e necessário, e não na capacidade de agir contra essa ordem. Em sua moralidade, Spinoza propõe que a virtude é um meio de aumentar o poder de agir, que é essencialmente a preservação do conatus. A virtude, para Spinoza, não é uma obediência a um código moral externo, mas sim uma expressão do aumento do poder de agir de um indivíduo conforme sua natureza racional. A moralidade e a ética no pensamento de Spinoza não se baseiam em mandamentos ou proibições externas, mas na Razão como um guia para viver de acordo com o conatus, ou seja, com o esforço natural de preservação e realização do ser. De acordo com Spinoza, viver eticamente significa viver em harmonia com as leis naturais do Universo, reconhecendo que a felicidade é alcançada através do conhecimento e da Razão, e não através da satisfação de desejos irracionais ou contraditórios ao conatus. Isso implica que a ética spinozista é essencialmente uma ética do autoconhecimento e do entendimento do próprio ser dentro de um Cosmo causal e interconectado. Obviamente que um razonar adequado se adquire com treinamento, dedicação e persistência.


O conceito de conatus em Baruch de Spinoza é fundamental para entender sua filosofia, pois reflete sua visão do universo como um sistema dinâmico e interconectado, onde cada ser possui uma tendência essencial à auto-sustentação e ao aprimoramento de sua natureza. Esse conceito abarca não apenas a metafísica e a ética spinozistas, mas também oferece uma perspectiva única sobre a liberdade, as emoções e a felicidade. A liberdade verdadeira, segundo Spinoza, não é a ausência de determinação externa, mas a capacidade de agir em conformidade com a Razão e de realizar o pleno potencial do conatus, levando ao aperfeiçoamento tanto do indivíduo quanto da sociedade como um todo.


sexta-feira, 12 de julho de 2024

Sumiço... e mais apotegmas

imagem obtida agora de 
https://www.clinicadamemoria.com.br/como-o-tdah-pode-afetar-a-vida-da-pessoa/

Sim, andei muito sumido, e tinha prometido postar aqui com mais regularidade! Hmm... bem, essa era minha expectativa. Nem vou contar o inúmeros eventos que surgiram (a maioria boa) e que me mantiveram entretido, para não aborrecer o eventual leitor. Digo isso porque tem um tanto tem a ver com saúde (papo chato de pessoa idosa - vou fazer 70 anos em outubro, não digo o dia), o seja, assunto nem sempre interessante, aliás, aborrecente ao extremo. Mas estou bem, feliz e realizado. Como sabe o caro leitor, ter uma esposa como a Ruth faz a vida ser alegre de ser vivida.

Tenho explorado minha conta (e a Loja) do Kindle Amazon e baixado (e lido) muitos livros. Quando adolescente e em toda minha vida acadêmica fui 'devorador' de livros. Entendi desde cedo (e, como tudo devo a meus pais, que deram o exemplo e incentivaram a que, meus irmãos e eu, estudássemos muito) que o mundo imenso (principalmente o mundo social) e 'ameaçador' se mostra menos perigoso quanto mais preparado sua mente, seu intelecto for, e o alimento do espírito é a leitura. Meus modelos (anos 60) foram principalmente Rui Barbosa, Machado de Assis, Olavo Bilac, Monteiro Lobato, e eu adorava folhear jornais (meu pai a vida inteira assinou Folha de São Paulo e o Estadão) e Enciclopédias - em casa tinha várias - a que eu mais gostava era a Britannica Junior. (depois passei a consultar a Encyclopaedia Britannica do meu pai. Desde cedo meu pai incentivou a todos estudarmos inglês, e computação, que dizia ser "coisa do futuro". E meus dois manos seguiram carreira em Engenharia Eletrônica e processamento de dados - o mais velho no ITA - Instituto Tecnológico da Aeronáutica (São José dos Campos) e o do meio na Universidade Federal de São Carlos. Eu acabei fazendo pós-graduação (uma das seis, além do Mestrado e Doutorado em Psicologia) em Análise de Sistemas, mas sou da área de Humanas-Saúde. 

Não bastasse isso Ruth e eu assumimos nosso lado doramista, assistindo dramas coreanos, principalmente, nas plataformas Netflix, Amazon Prime, Rakuten Viki, Disney Plus e até Pluto TV... viciante mesmo - até fiz meta de ficar menos 'grudado' nas telinhas.  

Mas o que tomou mais meu tempo é a velha paixão da leitura. Sempre me fascinaram as palavras. Nossa mente é a maior bênção dos Céu, pois é a ferramenta primacial para decodificar a realidade tão complexa. E sempre me empenhei em capacitar meu intelecto com as melhores informações, visando inclusive me instrumentalizar como Educador. Acabei percorrendo quase a totalidade da minha vida laboral executando diversas atividades nos três períodos, até me aposentar. Hoje ajudo em casa, sou Diretor na Apae de minha cidade, Conselheiro na organização para-maçônica de moços DeMolay, pertenço ao Lions Clube, à Maçonaria (serei Secretário nesta nova Venerança), e colaboro nas organizações para-maçônicas de moças Estrelas e Arco-Íris.... Estava meio desanimado durante e logo após a pandemia Sars-Cov19 então agora tenho muitos desafios (é assim que me proporciono vivenciar minha existência).

Continuo indo periodicamente a Campinas visitar meus pais Geraldo (96 anos) e Firmina (94 anos). Estão bem, meu pai com as dificuldades da idade longeva e minha mãe enfrentando a grave doença (agora está bem, ainda que com sequelas). Ano passado comemoraram 74 anos de vida comum (um ano de namoro, um de noivado, e 72 de casamento), uma bênção - fico admirando como eles dão tanta risada com as memórias e a gratidão a Deus pela família que constituíram e se dedicaram integralmente. Somos cinco filhos muito abençoados!

A única coisa que estou de certa forma falhando é retomar minha atividade física. Doravante, agora que não tenho mais dores ósteo-musculares, só piscina e bike ergométrica. Findo este inverno vou encarar mesmo, inclusive para firmar novas dietas (minha e da esposa) visando perder peso, 'culpa' da Ruth, muito habilidosa e caprichosa nas artes culinárias....

Transformei, com a ajuda de um Irmão maçom muito capaz, dois lap-tops antigos em Chromebooks, 'ressussitando' os aparelhos que estavam chatos de se usar (Ruth tem para seus compromissos um outro microcomputador, bem atualizado, com memória flash e processador top). Nada como evitar mais gastos com providências que se tornam nesta pós-modernidade quase que obrigatórios. Minha próxima meta neste sentido é equipar-me com um novo tablet, pois o atual que possuo é bem antigo e, curioso, antigamente a memória do mesmo era suficiente para interagir com os diversos programas e rotinas,  mas com as várias atualizações de sistema operacional da Apple ao longo dos anos, o iPadDos acabou 'roubando' um terço da memória do equipamento, destinando pouco espaço para os meus aplicativos.... Resultado - a gente tem que ficar trocando de máquina com poucos anos de uso. 

Não prometerei mais nada... estou achando que minha imagem é de hmm... "cascateiro", como se diz na minha querida Rio Claro, que saudades. Mas agora meu amor por São João da Boa Vista excedeu até a paixão por São Paulo, terra natal. 

Mas já 'falei' demais por hoje... Mais alguns apotegmas:


A fé sobe pelas escadas que o amor construiu, e olha pelas janelas que a esperança abriu.  (C. H. Spurgeon)

Amar e pensar: eis a verdadeira vida das almas. (Voltaire)


Tato é descrever os outros tal como eles se julgam. (Abraham Lincoln)


Sua tarefa não é de prever o futuro, mas sim de o permitir. (Antoine de Saint-Exupèry)


É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos. (Fernando Pessoa)


Se algum homem procura por grandeza, permita que ele esqueça a grandeza e pergunte pela verdade, e ele encontrará ambas. (Horace Mann)


Na vida, não vale tanto o que temos, nem tanto importa o que somos. Vale o que realizamos com aquilo que possuímos e, acima de tudo, importa o que fazemos de nós!  (Chico Xavier)


A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás, mas só pode ser vivida olhando-se para a frente. (Sören Kierkegaard)


A realidade humana não existe primeiro para agir depois;  mas, para a realidade humana, ser é agir. (Jean-Paul Sartre)


Devemos julgar um homem mais pelas suas perguntas que pelas respostas. (Voltaire)

terça-feira, 2 de janeiro de 2024

Primeira do ano... só apotegmas! (03)


Em minha última postagem do ano passado não adicionei meus aforismos prediletos, pois achei que já estava grande o comunicado, e o pessoal hoje em dia não tem paciência para ler textos grandes... sinal dos tempos!

Fico refletindo sempre estes ditos sintéticos; ajudam a decifrar um pouco nossa breve e trabalhosa existência. Veja bem: eu não disse "difícil" existência, e sim "trabalhosa"... Reside nestas simples aplicações corretas de termos um tanto de nossa felicidade, cada um em sua condição, sua circunstância!

Mas aqui vão mais alguns, para começar bem o ano:


Ninguém deveria ser o mundo inteiro de ninguém. (Elle Kennedy)


Arte é algo fora do comum comentando o comum. (Camille Paglia)


A cabeça é redonda para o pensamento mudar de direção. (F. Picabia)


Algumas pessoas espalham alegria onde vão, outras, quando se vão. (Oscar Fingal O'Flahertie Wills Wilde - meu frasista predileto!!)


A história não tolera as derrotas.  (Charles Snow)


É no conhecimento que existe uma chance de libertação. (Leandro Karnal)


E DISSE o Divino: “Ame seu inimigo!” E eu o obedeci e amei a MIM MESMO!  (Khalil Gibran)


Chorar sobre as desgraças passadas é a maneira mais segura de atrair outras. (William Shakespeare)


A palavra deixou de ter conteúdo e de ter qualquer coisa dentro, é pronunciada com uma leviandade total. (José Saramago)


Felicidade é  acreditar que você vai ser feliz. É Esperança. (Caroline Kepnes)

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Observações aqui da rua e das pessoas...

Meu espaço Garage Barbershop São João
 e a minha cadeira de barbeiro...

1.  Ultimamente 'deu' de aparecer uns mosquitinhos chatos ao final da tarde. Graças a Deus não resistem'' a um ventinho que determino no ventilador de coluna que tenho aqui ao meu lado. Acho que é o início da Primavera; toda Natureza fica mais 'saidinha' mesmo... até os cachorros da rua estão mais serelepes.

2.  A fase musical da semana é o conjunto australiano AC/DC; tenho vários CDs deles e o som é bem 'paulêra', como se diz. Até as 19 horas vou ter escutado "um monte". Curiosamente, um dos integrantes da banda ficou senil e um outro surdo. Que fim melancólico para a banda que marcou época... Mas soube que o guitarrista (que para mim é a alma do conjunto) anda perpetrando som por aí.

3. Está bem agradável meu espaço - principalmente porque tenho visto/encontrado muito mais pessoas do que antes. Um amigo me deu uma boa 'dica' e vou conseguir um convênio, não é legal? É um dos caminhos que vou perseguir para 'turbinar' a clientela - convênios. Mas de qualquer maneira meu horizonte neste sentido é amplo, pois é o boca-a-boca que traz customers. Deus tem misericórdia de mim, seguramente. Mas o que está mais deleitoso aqui é o fato de poder trabalhar de bermuda (uma roupa apropriada para o nosso clima, em vez de fatiotas enfarpeladas que alguns costumam usar, suando em bicas...) e ver o grande amor de minha vida quando desejar. É só subir a escada, ou a chamar da calçada a moçoila...

4. Consegui uma boa cadeira  para trabalhar. Profissinais há que gastam 'fortunas' no artefato, verdadeiras obras de arte... A minha veio da China mesmo (é a coisa mais fácil encomendar um container recheado com qualquer coisa que chega logo no destino...) como tudo atualmente. É bem acabada, com assento amplo; tem estrutura reforçada, 'clean', e com detalhes de metal polido que dão certo charme. Comprei em Campinas na mega-loja Ikesaki. É reclinável e tem pé de apoio, para conforto do usuário. Mas precisei complementar o conjunto com uma caixa de madeira na qual encaixei a base, pois sou alto e previ que, com crianças a coisa iria 'apertar', pois mesmo com o sistema hidráulico sobe-desce que a cadeira possui, a extensão da amplitude ainda ficava pouco ergonômica para mim. Agora ficou muito bom e tenho alternativas apropriadas de acordo com a figura do cliente. 

5. Estou escrevendo e lendo mais, nos intervalos dos atendimentos, que agora, no início, estão apoucados. O que fiz agora foi cancelar alguns mimos, como assinaturas de periódicos  e mesmo a TV a cabo (que era 'combo' com o telefone fixo - o número 019-3633-8412 não existe mais - e nem funcionava direito mesmo; agora somente o celular, zap-zap e e-mail...) de modo a adequar meu orçamento nestes tempos 'bicudos'. A crise chegou para todo mundo, mas eu, como não tenho dívidas, não temo o futuro. Com a graça de Deus tenho um cenário pouco (ou quase nada) ameaçador, financeiramente falando. Minha esposa é muito industriosa e econômica. Nossos dois carros são bem velhos (é de 1974 o Fusca - não paga imposto IPVA - e 1999 o Toyota, com imposto bem baixo) mas conservadíssimos e não dão 'oficina', só a manutenção obrigatória, pois são máquinas de precisão, como se diz. Com segurança não se brinca, como aprendi com meu pai. Gasto pouco com água e energia elétrica (tenho sistema de aquecimento solar em casa - a despesa com chuveiro elétrico é 'metade' da conta... ), bem como com convênio médico. E tenho pouquíssimas 'necessidades'; algumas são bem prosaicas, o que me permite desapegar facilmente, como aprendi nos meus estudos zen-budistas... Meu 'segredo' de ser feliz é, de um lado, o cultivo da mente, esta maravilha do Universo e, de outro, minha numinosa espiritualidade.

Boa semana a todos e todas...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Felicidade e outros papos...



Obtido agora (via Google Images) de
https://www.linkedin.com/pulse/2014082015131-1442738-is-happiness-a-choice-or-is-happiness-dependent-upon-pleasing-circumstances

1. Já conversei sobre este tema aqui; estava divagando há pouco com minha mulher sobre ser feliz. Disse a ela que não me considero um homem de posses (tenho quase nada!), o que é grande parâmetro para a maioria, mas me considero muito feliz.  Como comentei noutro post no passado, creio que ter estudado a filosofia budista Zen me ajudou muito. Hoje em dia credito na maior parte meu estado de espírito à minha conversão cristã efetiva, minha 'pérola de grande valor'. Na verdade,  (para) 'ser feliz' precisa(-se) de pouco: agora, fim de tarde, chuva querendo cair, acabo de fazer um café prá gente, do modo tradicional (moendo o grão, água de pote de barro, sem açúcar  etc. - já falei disso noutra conversa...), carreguei o Spotify (alternando reggae e jazz) no tablet e recostamos em nossas cadeiras preferidas, desfrutando a mútua presença. Eu não preciso de mais nada. O 'mundo poderia acabar agora'...

O fato é que a gente tem que aprender a domar nossa própria mente, pois ela tanto facilita quanto paradoxalmente nos dificulta o viver feliz. Eu aprendi a rir de mim mesmo, a aceitar meu muitos erros. Aprendi a identificar à minha volta os ‘instantificadores/desencadeadores’ de felicidade, como ouvir boa música, por exemplo. Mas é um duro aprendizado o ser feliz. Temos que busca-lo, não vem facilmente.

A principal coisa que me felicita: a vida e os ensinos de Jesus. Quanta estória bonita, e a doutrina; profundas palavras... Ocorre d'eu ficar estudando bom tempo uma perícope. Tem elocuções fantásticas!

2.  Tenho preferido ultimamente mais minha conta no Facebook para colocar as ideias. Convido-o(a) para ir lá ver: postei sobre desemprego, zika virus, política, Previdência e microcefalia, entre outros assuntos. É mais prático, com esta correria toda que o início das aulas determina. Como assino 3 jornais digitais, logo cedo eu vejo coisas que merecem ser compartilhadas. Que coisa esta modernidade - eventos/facilidades que poquíssimos divisaram...  Maluco!

3. Estou ministrando neste semestre uma disciplina diferente no Programa de Pós-Graduação - Mestrado acadêmico Interdisciplinar em Educação, Ambiente e Sociedade, na Instituição de Ensino Superior que trabalho (Área de Concentração: Desenvolvimento Humano nas Sociedades Complexas). A matéria denomina-se Educação, Direitos Humanos e Cidadania. Foi muito interessante pesquisar estes temas para compor o conteúdo e cronograma. O legal é que neste semestre tenho somente cinco alunos. Lembro do meu Mestrado e do Doutorado, onde o número reduzido de colegas permitia um aproveitamento excepcional. Espero que consiga realizar assim também para meus discentes. Tive ótima impressão da pequena turma logo no início.

4. Terei a partir deste semestre dois orientandos no Mestrado. Sempre orientei alunos na maufatura de Trabalhos de Conclusão de Curso, Iniciação Científica e Estágios, mas Mestres serão os primeiros. Novos desafios...

Vista parcial do prédio principal do UNIFAE:

UNIFAE - Centro Universitário das Faculdades Associadas  
de Ensino - FAE (Autarquia Municipal)
São João da Boa Vista (SP)

sábado, 17 de outubro de 2015

Gideões... e calor insuportável !!

Obtido agora de
http://www.gideons.org/sendtheword/ecard-personalization 


1. Ontem Bilú e eu fomos ao encontro de confraternização dos Gideões da nossa região, na casa do irmão Edson, que nos brindou com um apetitoso churrasco e suas deliciosas guarnições. Marcamos uma reunião de oração e trabalho em minha casa semana que vem. Sim, além de distribuir a Palavra de Deus, Gideões significa também um ministério de Oração.

 2. Tem surgido na mídia diversas notícias envolvendo assuntos bioéticos. A mais impactante foi, recentemente, a polêmica envolvendo uma substância química, a fosfoetanolamina que, segundo consta, é um componente metabólico precursor de fosfolipídio, apresentando a sua molécula a massa molecular de 141,1 g/mol, sendo um fostomonoéster. Se você colocar no Google o termo, verás quanta coisa tem sido ventilada sobre esta substância e a cura do câncer nestes últimos dias. Hoje também saiu reportagens, como a do jornal Estadão (no Caderno Metrópole, página A-14)  Mas o que realmente vai interessar, ao fim e ao cabo, é o que a ANVISA publicou - ver em http://bit.ly/1VXRA6n  A lição que fica, após lermos tudo e acompanhar o caso, é que somos realmente muito atrasados: povo, instituições e, mais lamentavelmente,  algumas de nossas autoridades judiciárias...  Estes últimos parecem mesmo adeptos do "quanto pior, melhor".

3. O calor chegou forte nestes primeiros dias de primavera. Já uso o ar-condicionado à noite como se estivesse no verão. Diz-se que, por causa do El Niño, a coisa vai ser mais 'brava' este ano. Eu já acho que, há tempos, o clima tem sido cada vez mais inclemente neste particular...

4. Na edição 330 da revista Ciência Hoje (http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch ; se você digitar http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/2015/330 poderás ler uma versão resumida da ótima revista)  leio uma interessante notícia à páginas 18 e 19  - que, ao que parece, não está nesta opção resumida - sobre a possibilidade do Alzheimer ser transmissível. Tal observação foi levantada pesquisando-se cadáveres de doentes cujas pessoas tinham tomado hormônio do crescimento humano contaminado por príons, uma forma anormal de proteína. Este hormônio é normalmente extraído da hipófise (ou glândula pituitária) de cadáveres. Esta notícia de Ciência Hoje baseou-se em trabalho publicado na prestigiada revista Nature (veja em http://www.nature.com/nature/journal/v525/n7568/full/nature15369.html )

5. Leio, instigado pela coluna do biólogo Fernando Reinach no jornal Estadão,  que existem duas felicidades, a de longo e a de curto prazo ( http://bit.ly/1yjT41O ). Para mim, a religião está na essência da questão, pelas vivências que cumpri até aqui. Mas é um assunto por demais polêmico, apesar de atual (mas no fundo é tão antigo tema quanto a própria humanidade). O que se vê é que, mais e mais, as pessoas, de um modo geral, estão insatisfeitas e infelizes.  Mas creio que uma chave para seu entendimento é que ser feliz  vem 'de dentro', não 'de fora' - é algo que se constrói experiencialmente, ou seja, de modo personalístico, idiossincrásico. Sigo sempre aquilo que o sábio Epiteto disse: não são as coisas que são problemas, e sim o quê você pensa sobre estas coisas. E o mundo está cheio de filósofo/sábio/religioso ditando reflexões sobre esta temática; cumpre examinar, complementarmente ao que eu disse antes, nossos quase-devaneios neste particular, para discernir nossas ideias e afastar os grandes equívocos. Não há outro caminho!

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Espinosa (1632-1677)


Gravura obtida agora (via Google Images) de

Gosto de ler sobre as pessoas (especialmente filósofos, pois muito influenciaram a Psicologia) que contribuiram para a formação do pensamento ocidental e até do Oriente. Vejo que eram pessoas iguais a cada um de nós, apesar de terem intelectos por vezes muito privilegiados. Mas, reafirmo, sofreram igualmente das muitas mazelas e percalços que colorem nossa humana vida...

Outro dia vi um aforismo deste importante e polêmico filósofo, expoente maior do Racionalismo do século XVII. Os ingleses nomeiam-no Benedict (hebreu: Baruch) de Spinoza, mas seu nome português era Bento de Espinosa, visto que seu pai e avô (também sua mãe) eram de Portugal - apesar dele mesmo ter nascido em Amsterdam, na Holanda. Sua família - eram judeus - refugiou-se lá devido à perseguição da Inquisição, oriundo da Espanha. 

Foi um pensador que se interessou por uma infinidade de temas, oferecendo posições que influenciaram muitos intelectuais de seu tempo e da posteridade. Faleceu moço, antes de completar 45 anos, segundo consta, pela saúde frágil, e problematizado pela deposição de poeira de vidro em seus pulmões, que inalava no trabalho como polidor de lentes em sua loja.

Ele afirmou que 'a felicidade é a compreensão lógica do mundo e da vida'. Grande verdade, o quanto se pode averiguar o contexto e a dimensão enorme de cada termo que compõe o apotegma. Só para ilustrar o que pretendo ponderar sucintamente aqui - não quero cometer um estendal... , 'felicidade', que hoje é um termo muito discutido, debatido, encerra inúmeras concepções, definições as mais diversas, o quanto seja a perspectiva, a época, o viés de quem o considera. Esta particularização (quase que uma 'redução') que é colocada pelo nosso preclaro filósofo é apenas uma entre tantas... 

Quando estudei Hermenêutica no Doutorado (e olhe que, nesta disciplina, me limitei a um - renomadíssimo - autor, o alemão Hans-Georg Gadamer), fiquei pasmado com a discussão ampla que o termo 'compreensão' encerra, coisa que um não-especialista nem sequer imagina  a extensão. E quando apensamos o termo 'lógica' a esta compreensão, imagina-se a dificuldade para realizar o pleno entendimento da equação verbal. Pois 'mundo' e 'vida' são fenômenos ou realidades tão imensas, desmedidas, que julgo que somente a abordagem oferecida pela Lógica não poderia contempla-las... Sei, a Razão deve presidir todo esforço, por mais ingente que seja, de compreender, mas ela, a racionalidade, é tão limitada! Como o limitado pode entender o ilimitado? Sei que não temos outra saída a não ser empregar a Razão, mas quero aqui dizer que não se deve esperar muito dela...

O que quero afinal apontar é que muitos entendem - a partir de raciocínios como o ilustrado no aforisma -  que bastaria a racionalidade para dar conta de entender o mundo e a vida, levando o vivente a conquistar a tão-sonhada felicidade. Mas, a cada vez, o que vemos neste mundo, mais e mais dominado pela Ciência e sua tecnicidade, é o quanto infeliz o Homem é. Os fatos parecem contrastar o que estabeleceu o insigne pensador. 

Pensadores outros julgam identificar o que falta na equação, que é precisamente o sentido que estas coisas tem ou deveriam ter para o Homem. De nada adianta saber, se o quê se sabe não representa, não significa (existencialmente) algo que efetivamente importa para o vivente ou à Vida enquanto tal. Aqui entra, na minha concepção, a Religião, para dar conta da perspectiva, do sentido do mundo ou da vida, para a pessoa, lastreando, fundamentando para ele ou ela a posse da Felicidade. Bem sei; o mundo atual, em grande medida (em parte devido à defesa e/ou adoção de posições às quais alude o aforismo em tela), julga que este domínio já não se faz necessário - poderia mesmo ser dispensável.

De tudo o que já estudei, investiguei, vivenciei, vejo que é uma miopia deixar esta dimensão da religiosidade/espiritualidade de lado. Somos seres de sentido - as coisas tem que significar, a cada um de nós. Basear somente na racionalidade a compreensão do mundo e a vida não nos fornece 'felicidade', talvez o seu arremedo. Concedo que esta apreensão é algo particular, idiossincrático, pessoal. Cada um tem que trilhar seu caminho. Mas, preste atenção - veja também quem ou o quê se escolhe levar nesta caminhada...

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Felicidade

Foto obtida agora de

http://www.downloadswallpapers.com


Tenho andado muito feliz - é a nova residência, principalmente. Não imaginava mudar de domicílio - gostava demais do apartamento. Mas como já comentei, não se consegue mais conviver neste tipo de associação; as pessoas inconvenientes tiram toda a vontade de viver em condomínios de apartamentos. Vários amigos tinham se mudado anteriormente, o que acabou me motivando também. Mais um exemplo como os caminhos de Deus nos são incompreensíveis, por vezes - precisou acontecer muita coisa ruim para finalmente a coisa boa chegar a mim. Não é um paradoxo, aparentemente? Mas funciona assim no universo, ao que tudo indica. A nossa mente tendenciosa é que só fica a desejar tudo 100%, apropriado, bom, gostoso, sem desafios ou provações. Mas quando se aceita que tudo faz parte, inclusive a maldade ou coisa estragada, a vida vai se acertando, encaixando. É nossa sina. E se temos que engolir um sapo, não adianta ficar olhando para ele... Con-viver implica em engolir sapos diversos, quase todo dia. As pessoas estão mais mal-educadas, auto-centradas, egocêntricas, etc. Então, temos, ao final e ao cabo, que cultivar nossas virtudes e não atentar muito para a periferia não... É o que tento fazer, com mais dificuldade a cada ano que passa, pois a "envelhecência" já começou há tempos a tomar conta de mim!

Boa dica para meus alunos: A biblioteca SCIELO está agora com livros eletrônicos à disposição, free! Baixei o seguinte: RABELO, MCM., ALVES, PCB., SOUZA, IMA. Experiência de doença e narrativa [online].  Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 1999. 264 p. ISBN 85-85676-68-X. Veja em http://books.scielo.org Muito legal. Tem coisas muito bacanas lá... Vale a pena!

Fim de semana chegando; doravante só provas/avaliações de aprendizagem para meus alunos. Já entreguei todas as ferramentas para a Secretaria Geral. Em julho estaremos viajando para os Estados Unidos... Depois conto mais detalhes.