A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

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domingo, 14 de outubro de 2012

Dia do Professor!

Professor Girafales (Ator Rubén Aguirre Fontes)
Obtido agora de http://caras.uol.com.br

Amanhã é o meu dia 'profissional', mas não sei se tenho tantos motivos para comemoração. Meu trabalho não tem mais o prestígio de antes, bem, pelo menos aqui no Brasil. Veja na foto acima aquele que parece ser o professor mais famoso aqui atualmente... Quando eu era criança via a profissão com tanta deferência (lembro que eu tinha um tio professor do antigo Primário que era muito respeitado quando andávamos na rua) que eu me decidi por ela. Hoje, ser professor é motivo de piada, ainda que por vezes carinhosas, como a Escolinha do Professor Raimundo. Mas porque chegamos neste estado de coisas?

Um fator, creio, é a nossa propensão natural de esculhambar tudo. Sempre pensei que os militares levaram muito a sério a ameaça marxista aqui no nosso país. Você acha, vitoriosa a revolução comunista, que o brazuca típico, mesmo com sua 'adquirida' índole socialista (sei que generalizo um pouco, mas vejam hoje nossos petistas...), iria deixar de lado a Nossa Senhora Aparecida, o Padre Cícero ou o Carnaval? Se o brasileiro pode avacalhar algo, avacalhado será. O grau de amadorismo e irresponsabilidade que viceja aqui e acolá é espantoso. Quando a gente viaja para o exterior constatamos isto com muita clareza.

Outro fator é a complexidade desta pós-modernidade, deixando atônita e embasbacada desde a patuleia até as elites. Creio que a derrocada dos costumes contribuiu aqui, conjuntamente, um tanto para o desprestígio da educação - visto que esta parece não garantir mais a evolução do ser - mas por causa da complexão, instalou-se certo enfado - e desânimo -, pois não se consegue mais acompanhar, alcançar a velocidade das (constantes e velozes) transformações. < Algo me diz que já falei antes disso; se me repito, perdão! >

Quer ver um exemplo? Ontem estava a deambular no meu Kindle Fire (li jornal, revistas e papers, comprei livros, etc...) e parei quando achava que estava agindo como adicto... é fácil perder-se frente a infindáveis alternativas de navegação pela web. Mas dizem as notícias que, no futuro, todo e qualquer vivente terá um terminal deste tipo, oriundo da 'simbiose' entre computadores, smartfones e tablets, e tudo (vida pessoal, familiar e profissional) se dará/fará mediado por ele. Parece aterrador, em princípio, aos olhos dos mais velhos, mas para a molecada que vem vindo aí, será natural... Quem sabe se tudo isso, a avacalhação, o desânimo, o desrespeito, 'se supera' com as novas gerações!

Mas atualmente, com o desalento, decepção (principalmente com os políticos) e falta de expectativa de boa parte das pessoas, a Educação já não representa uma certeza, apenas (talvez) uma promessa, desgastada e sem perspectivas. E o principal operador da equação, o professor, fazendo parte do esquema, infelizmente. Alguns acham que a saída, dos tupiniquins aos tapuias, é o aeroporto, mas eu sou otimista (ainda).