A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

Mostrando postagens com marcador miríade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador miríade. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

429a. postagem!

Marina Colasanti (26 Set 1937 - 28 Jan 1925)

          Coloco smooth jazz na caixinha de som. Pronto, estou apto a fazer minhas tarefas; para lavar louça gosto mais de ouvir rock tipo Pearl Jam ou ainda melhor, Velvet Revolver. É só pedir para a Alexa (da Amazon).  Música é bom para tudo... Sempre gostei de boa música, mas não sou daquelas pessoas fanáticas que vivem de fone de ouvido o tempo todo, em tudo quanto é lugar. Misericórdia!

          Faleceu Marina Colasanti.  Quanta crônica gostosa, que finesse, entre outras virtudes desta prolífica escritora. Alma ímpar que deixou o mundo mais pobre com sua ausência, mas rico com suas dezenas de obras. Sempre acreditei que a boa literatura tem algo de curativo, sanador para nossas almas, e li muita coisa boa, que me fizeram uma pessoa melhor, me conhecendo melhor. Somos abençoados com tantos autores ótimos, viventes únicos que nos ajudam a desvendar o misterioso e desafiador viver. 

          Sou constituído de muitos Lucas, diversos em diferentes fases, tão mesclados que custo a entender esta existência e sua parafernália toda. Inclusive ter tido CoVid-19 bem no início da pandemia contribuiu para bagunçar-me ainda mais - o mais chato é que a memória ficou bem prejudicada, exigindo muito mais esforço. A continuidade do corpo ao longo do tempo nos confunde fazendo crer que somos uma única pessoa, mas a todo tempo vemos tantas 'pessoas' habitando os mesmos corpos (alguns até bem bonitos) que por vezes a atitude é só de ficar observando... Ainda bem que a leitura e a reflexão/meditação e até a contemplação estão aí para nos ajudar a botar ordem na casinha. 

          Eu gostava mais de escrever, quero dizer, ainda gosto bastante mas uma de minhas facetas é ir a fundo de tudo que faço e depois de saber/vivenciar muito daquilo, parece que tenho que partir para outros desafios que se descortinam... Uma vez acreditei que minha vocação no fundo seria ser jornalista, pois tudo me fascina, e gosto de ler e pesquisar miríade de coisas

         Chuva tem caído quase todos os dias... que bênção as árvores e as plantas todas verdinhas... Quando fui em Utah nos Estados Unidos a coisa mais impactante foi notar o tom marrom e amarelo de quase tudo naquele deserto seco. Outro 'mundo'

E tome mais alguns apotegmas, que esqueci de colocar da última vez...

É preciso dizer a verdade apenas a quem está disposto a ouvi-la. (Sêneca)

Colha o dia, confie o mínimo no amanhã. (Horácio)


O primeiro dos bens, depois da saúde, é a paz interior. (Abraham Lincoln)


Os homens ofendem ou por medo ou por ódio. (Nicolau Maquiavel)


O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre tudo o que diz. (Aristóteles)


Há mais pessoas que desistem do que as que fracassam. (Henry Ford)


Puede uno amar sin ser feliz; puede uno ser feliz sin amar; pero amar y ser feliz es algo prodigioso. (Honoré de Balzac)


A maior sabedoria é a de conhecer-se a si próprio. (Galileu Galilei)


Não são as ervas más que afogam a boa semente, e sim a negligência do lavrador. (Confúcio)


A finalidade da ciência não é abrir a porta do saber infinito, mas colocar um limite à infinitude do erro. (Bertold Brecht)

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Ética da Virtude (de novo...); a polidez.

As quatro virtudes cardeais
( obtido de https://www.freemason.pt/vicios-e-virtudes-na-visao-maconica/ )

[ pedi à Alexa da Amazon tocar  James Taylor, como fundo musical... ]


A virtude, como explicou Aristóteles, é uma maneira de ser, mas no caso humano principalmente, como coisa adquirida e duradoura - é o que somos porque assim nos tornamos. A  virtude, como ensina o filósofo André Comte-Sponville, ocorre na intersecção da hominização (processo e fato biológico) com a humanização - uma exigência da Cultura, resultando em nossa capacidade de agir bem. Muitos filósofos se debruçaram sobre esta temática, como Montaigne, Spinoza, Confúcio, Rousseau... Aprendemos que por virtude devemos entender um esforço para se portar apropriadamente, de acordo, concorde com o Bem. A virtude, ou melhor, as virtudes, são os nossos valores morais vivenciados, atuados

Foi-me agradável surpresa constatar que minha centenária confraria dispôs-se a considerar, desde sua consolidação, a Ética como a chave para alcançar a excelência social (via as próprias conquistas individuais). Virtude seria uma qualidade pessoal que se conforma com o considerado reto, correto e desejável. Creio que uma das características que identificam o verdadeiro obreiro da Arte Real é o polimento de caráter que se expressa via virtudes, como por exemplo na dignidade nas atitudes finas, gentis, próprias de um gentleman, um cavalheiro que todos apreciam estar junto, um parâmetro escrupuloso de civilidade. Vou dedicar algumas publicações aqui neste blog expondo minhas reflexões que, espero, possam ajudar na intelecção de algum(a) interessado(a) neste tema de virtudes como expressão ética.

Como primeiro aspecto de virtude a ponderar, proponho a polidez. É um modo de agir que noto de certo modo escasso hoje em dia.  Nestes tempos turbulentos, chega a ser encarada como virtude ser polido, ter modos, etiqueta, urbanidade, um ser quase circunspecto. Alguns nem consideram polidez uma virtude, pois é pejada de formalidade, de aparato. Um fascista polido não altera a exclusão inerente do Fascismo que representa. Mas com tanta cizânia, intolerância, radicalismo, terraplanismo e outros 'ismos' hoje em dia, ser polido torna-se qualidade necessária à boa e saudável con-vivência. Mas, apesar de ser qualidade, vemos que pouco valor tem isoladamente. Um canalha polido é-nos ainda mais revoltante, pois traduz-se numa  contradição em termos

Mas ser polido parece ser  primeiro requisito que identifica certa preocupação, consideração de alguém para com o outro. Parece constituir-se no primeiro degrau rumo à moralidade. Como nenhuma virtude é natural, a pessoa deve tornar-se virtuosa. Vejo um aspecto de aprendizado (propedêutico) comportar-se com polidez como veículo, recurso para aquilatar-se melhores condutas. Não necessariamente alguém está respeitando um semelhante quando usa "por favor" ou "desculpe",  mas a talvez simulação de respeitabilidade pode tornar-se, por vários fatores, um hábito 'honesto', autêntico no futuro... Por isso insistimos com as crianças para comportarem-se polidamente, ainda que elas (com habitual relutância) não façam ideia por um bom tempo do valor de assim agirem com os demais.

Assim, como ninguém nasce com virtudes, a partir de doses 'homeopáticas' de seus (diversos) elementos podemos 'costurar' numa pessoa, pouco a pouco, as bases para que ela possa cultivar per se outros modos de ser mais complexos, que poderemos ao fim e ao cabo identificar como 'virtude'. Aristóteles já antigamente ensinou que "é praticando ações justas que nos tornamos justos". Definir/ensinar (a cada vez) para um vivente o que seria 'justo' envolve miríades de situações, exemplos, condutas e intencionalidades que, ao longo do tempo, poderão formar na mente de alguém um parâmetro estável para decidir-se agir com Justiça no seu fazer e (co)relacionar-se.

Por isso a importância da Família, onde lá, com paciência bem-humorada, começam (ou deveriam começar) os petizes a vivenciar o respeito dos usos e das boas maneiras...