A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

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sexta-feira, 19 de abril de 2013

Dia de solteiro e memorabilia

Fotinho de Aline França, obtida agora (via Google Images) de

http://www.flickr.com/photos/rockaline/4793283176/


Tô 'solteiro' hoje; Bilú foi com as colegas num programa acadêmico na Capital (quem diria - só faltam 2 meses para ela se formar em sua segunda faculdade...) e só volta tarde da noite. Umas das sobrinhas dela trouxe, há pouco, uma marmitinha, uma 'quentinha', como se diz, para eu 'enganar' o estômago (Bilú tinha dado dinheiro para elas me socorrerem, vejam só... a gente não "véve sem mulé" mesmo, como diz a música caipira!). Mas eu não esperava a gentileza, a surpresa - eu iria comer em algum botequim... (já vejo a expressão de Ruth a me zoar: ô dó!... )

Sempre fui pessoa, desde criança, a ficar matutando o que queria ser na vida. Sempre me impressionei com a complexidade da existência e, quanto mais eu lia - 'devorava' livros e livros que haviam em casa e outros que comprava (meus pais sempre me deram dinheiro para isso) - mais me assombrava, ao mesmo tempo que agradecia a Deus pelo privilégio de aprender. Divertia-me com a inscícia que a média dos meus conhecidos revelava sobre coisas que eu já 'dominava'. Mas não gostava de me gabar disso; guardava tudo em meu coração. Hoje vejo que as letras, as palavras, sempre me fascinaram - cheguei até a escrever poesias modernistas, sob influência do grande Manuel Bandeira, que eu admirava. Ainda é muito do que me move.

Depois das leituras teológicas/eclesiásticas matinais, li de novo uma crônica do cineasta e dublê de cronista Arnaldo Jabor que saiu no Estadão de terça feira (OESP, ano 134, n. 43.645, "Um coração triste", 'Caderno_2', 18 de abril de 2013, p. D_8) - não costumo ler este articulista, pois a maioria de seus textos são eufuísticos, gongóricos, empolados, rebuscados, o que me cansa sobremaneira. Mas este, mêmore de sua babá, foi poético, natural, bem humano, como eu gosto. Senti saudade dos meus filhos, e tristeza por nunca poder estar por perto quando eles precisam de mim. Não consigo entender o gozo que as ex-mulheres podem sentir ao ver a tristeza do pai afastado do convívio da prole (até consigo sim, mas  sou movido aqui mais pela intelecção profissional, o que me impede de externar).

De qualquer modo, o dia vai se arrastar com certa e aborrecida dilação; tenho reunião do nascente Grupo de Pesquisa mais à tarde; depois, corrigir provas; arrumar-me para as 4 aulas noturnas; enfim, a 'vida funcionária', como dizia o grande Pedro Nava (como não gostar de "Baú de Ossos" ?).  Será que o leve resfriado - que já está sendo debelado - ajuda neste meu sorumbatismo?  Pelo menos, o friozinho, que já se insinua por entre as frestas da janela da sala,  vai me animando, enquanto beberico um vinho chileno, de tênue trescalo... Evoé!!