A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

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segunda-feira, 24 de maio de 2021

386a. postagem... quanto texto! Hoje, algumas digressões linguísticas.

Baixado via grupo de WhatsApp ...

[ Hoje o fundo musical é um artista inglês, Peter Gabriel (nascido em 1950), notório ativista dos direitos humanos, mas mais conhecido anteriormente por co-liderar a banda de rock progressivo Genesis, e tendo posteriormente seguido bem sucedida carreira solo. O CD tem o nome de 'D 111089', 16 faixas escritas todas pelo Autor, publicado em 1.990 pela gravadora Geffen (Los Angeles, USA). O grande sucesso deste CD foi a faixa 3, 'Sledgehammer', ]

1. Existe um livre-pensador nacional que eu muito aprecio: Millôr Fernandes (nome de batismo Milton Viola Fernandes, 1923-2012). Este intelectual foi famoso desenhista, cartunista, humorista, dramaturgo, escritor, poeta, tradutor e jornalista. Aliava sabedoria e humor em suas reflexões. Numa obra dele, publicado em 1.977 pela Edibolso (São Paulo, SP) denominada 'Reflexões sem Dor' - que tenho encadernado aqui em capa dura, para proteger a preciosidade - lemos, à p. 05: "Achar que podemos deixar alguém nos restringir parcialmente a liberdade é igual achar que podemos perder parcialmente a virgindade". Ou seja, em que pese a jocosa comparação, muitas pessoas ao fim e ao cabo se auto-enganam ao terem tolerância ou resignação frente certas atitudes e decisões que acabam por nos descaracterizar, cercear enquanto cidadãos, tanto no micro quanto no macro. 

Hoje em dia assistirmos a turbulências tenebrosas, em especial no âmbito político, problematizados pelo segundo ano de pandemia do famigerado patógeno Sars-Cov-2. Estamos algo anestesiados, amortecidos pelos sucessivos tombos e rasteiras que temos levado, e parece que a sociedade - notadamente nossos representantes nas casas legislativas, e nem falo nos demais poderes da República - tem dificuldade em discernir os seguidos descalabros que se perpetram à sorrelfa. Onde iremos parar, Deus meu? 

2. Eu tenho o costume diário de averiguar as colunas de Obituário, nos jornais e em revistas eletrônicas. Sempre achei que aprendo muito no exame das vidas de pessoas,  notáveis ou não pois, ainda que estes textos, que sabemos um tanto laudatório omita, por educação ou estilo, coisas depreciativas do finado, exprimem lições positivas para o nosso existir. Se soube da pessoa antes do passamento, posso aquilatar algo do escrevente ou do desfecho. Sei que alguns acharão excêntrico, mas diz um pouco do que sou...

3. Uma pândega o quadrinho acima, não? Rimos pela idiotice da aproximação terminológica, de fácil identificação categorial (falo de categorias lógicas, remetendo ao 'erro categórico' tão magistralmente discutido pelo filósofo inglês Gilbert Ryle). Mas existem confusões linguísticas no dia-a-dia que não discernimos tão facilmente, e isto é mais comum do que se imagina. Curiosidade: muito do que discuto em psicoterapia com meus analisandos se resume a repensar, criticar a irracionalidade (lógica) estes mal-entendidos linguísticos, 'reaprendendo' a pensar as situações de modo apropriado, funcional, racional. Sim, por vezes, as pessoas não são efetivamente portadoras de nomenclaturas pretensamente diagnósticas com as quais certos profissionais gostam de etiqueta-las... somente veem os acontecimentos de modo tendencioso, enviesado, o que lhes traz desadaptações, desfuncionalidades emocionais. 

4. Quinta-feira passada comprei pela Amazon 6 livros, que me foram entregues ainda ao final do dia seguinte. Volta e meia me presenteio com estes mimos, pois ler é um dos meus maiores (e primevos) prazeres, sim, desde que me conheço por gente. Três destes livros - 'A arte de querer bem', 'TerramareaR', e 'Crônicas para ler na Escola' (Editoras Estação Brasil, Companhia das Letras e Objetiva) - são de crônicas, da autoria de Ruy Castro, jornalista, articulista e escritor muito conhecido. Este genero literário é o que mais aprecio! Tem muito do humano de cada um de nós, e nada mais legal do que ler para afastar a solidão...


sexta-feira, 29 de março de 2013

Semana Santa

“Ecce Homo”  - 'Eis o Homem' - de Antonio Ciseri (1871)m
obtido agora (via Google Images) de
http://www.livinglutheran.com/photos/good-friday-meditation.html#.UVYNnhdwroI


Esta semana se comemora um fato muito especial, o sacrifício expiatório de Jesus, em favor dos seus eleitos. Este mistério ainda vai constanger a muitos, pois vai contra a lógica mundana - quanto de nós se disporia a morrer em favor de outros (talvez, alguém, em lugar de um inocente ou justo) mas, morrer por pessoas que não merecem? 'Loucura'... Fico a imaginar que se Deus tivesse estabelecido outro tipo, modalidade ou estilo de plano de salvação, haveria mesmo assim oposição, desconfiança, descrença, inconformismo, etc. do mesmo jeito... 'porque não ser de outra maneira', e quejandos...

E, no entanto, este acontecimento é o cerne de toda a Fé cristã, que se completa com a ressurreição, ocorrida depois de 3 dias. Quanto mais o homem se aboleta na segurança da Ciência, menos propenso fica a considerar, meditar, acreditar nestes mistérios. O desafio, creio, é justamente este, ao que me consta - lançar fora toda a necessidade de certeza terreal que teima em nos enlevar, posto que estas realidades são de outro gênero, que mal descortinamos. É este o problema das pessoas que não se concedem assumir a crença: juntam 'tudo' no mesmo patamar de consideração. Para mim é um exemplo de erro categórico, como bem ilustrou o notável filósofo inglês Gilbert Ryle. 

Mas, no fundo, crer no sacrifício expiatório e no Plano de Salvação é algo muito pessoal, que devem, todos e cada um, vivenciar de modo privado, sem a cavilagem que teólogos e cientistas pretendem despender ao considerar estas coisas. Quanto mais o engenho  humano desejar apreender tal sublime mistério, mais ele se torna inacessível. Minha chave foi abordar a Fé pelo lado do coração, deixando o intelecto como primacial - aí, sei que consegui a real intelecção. Não se consegue explicar o coligido de  sentimentos, constatações, impressões, descobertas, revelações e desvelamento que obtemos, vivenciamos, quando nos dispomos seriamente a encalçar o Caminho. Ao eleito, depois da divina convocação, aí precisamente considero que é loucura o desviar-se dele, do Caminho, do convite, do chamamento. Ou trata-lo levianamente, sem a seriedade que encerra. Quem se dispõe a ouvir o Chamado sabe do que se trata. É um trajeto sem volta... Louco quem desiste dele ou o renega!