A V I S O


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segunda-feira, 7 de março de 2011

Emily Dickinson


          Mais uma dica (dentro do espírito do Dia Internacional da Mulher, e homenageando Bilú em particular...) de poesia da melhor qualidade. Na próxima vez comentarei alguém da língua pátria, prometo! O fato é que adoro todos os jogos de linguagem, e isto transcende países e idiomas... 

          Emily (Elizabeth) Dickinson, poetisa lírica americana, nasceu em 10 de dezembro de 1830, em Amherst, Massachusetts, e ali faleceu em 15 de maio de 1886. Era a segunda de três crianças, que permaneceram próximas até a idade adulta: Lavínia permaneceu na casa paterna, não tendo se casado, e seu irmão mais velho, Austin, viveu em uma casa da vizinhança depois de seu casamento com uma amiga de Emily.  Seu avô Samuel Fowler Dickinson foi um dos fundadores do afamado Amherst College, e seu pai, Edward Dickinson,  serviu como tesoureiro da instituição de ensino de 1835 a 1872. 

          Emily começou a escrever poesia em 1850 e sua correspondência revela uma pessoa tímida, refinada mas alegre, mesmo jocosa, vivaz e animada. Sua temática poética, expressa em figuras de fala doméstica e pessoal, íntima, envolvia a natureza, a morte e o amor. Vemos um contraste evidente entre a vida reclusa na casa onde nasceu e morreu, e a profundidade e intensidade de sua poesia que denota, desvela uma mulher sensível, apaixonada, arguta e espirituosa. Tinha a saúde frágil e não publicou sua poesia em vida (na verdade somente sete dos seus mais de 1.700 foram publicados antes de sua morte, cinco deles no periódico Springfield Republican), tendo sua irmâ Lavínia publicado postumamente sua vasta obra. 

          Esta poesia encontrei no site especializado http://www.completeclassics.com  (mais especificamente no endereço http://www.completeclassics.com/p/m/poem.asp?poem=364713&poet=3053&num=181&total=1114) e recomendo que você veja com seus próprios olhos a beleza e enormidade da obra. 
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Could live—did live

Could live—did live—
Could die—did die—
Could smile upon the whole
Through faith in one he met not,
To introduce his soul.

Could go from scene familiar
To an untraversed spot—
Could contemplate the journey
With unpuzzled heart—

Such trust had one among us,
Among us not today—
We who saw the launching
Never sailed the Bay!