A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

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quarta-feira, 4 de maio de 2011

Outra do meu fabulário predileto...

 figura obtida de http://www.apaginadomonteiro.net/textos_soltos.htm

Hoje comento outra pequena fábula de Esopo, que está à página 12 do livrete já aludido anteriormente. Chama-se "O corço e sua mãe".  Fala sobre um gamo novo que contende com sua paciente mãe. Conta-se que um dia um corço disse à sua mãe, "Você é maior do que um cão e bem veloz. Você tem também uma notável resistência e chifres para defende-la. Porquê então, Mãe, você tem tanto temor da matilha?" Ela sorriu e disse: "Eu bem sei disso tudo, minha criança. Mas tão logo eu ouço o latido de um cão eu me sinto desfalecer e fujo tão rápido quanto meus calcanhares podem me carregar". O compilador aduz à narrativa a moral da historieta: "Nenhum argumento, não importa quão convincente, dará coragem ao covarde".

Vejo todo dia pessoas que não tem, aparentemente, auto-confiança rogarem que os ajudemos (principalmente na instituição de ensino...) com algo que eles seguramente poderiam realizar sozinhos, se tentassem um pouco que fosse. Não sei  se um pouco é da índole do 'brazuca' que sonha a todo tempo angariar um patrocinador, um patrono, um 'costa-quente', como se dizia na minha terra. Quanto brasileiro vive tão-somente de uma cesta básica que alguém lhe presenteia todo mês... Seu horizonte é do tamanho do seu braço.

Do velho se diz, por vezes,  que ele (ou ela) já passou da hora de poder aprender algo novo, ou  mesmo que possa mudar sua natureza ('pau que nasce torto morre torto'). Eu, como já presenciei muita mudança em pessoas que se decidem a tal, não acredito neste determinismo que exclui a liberdade do Homem. A pessoa pode muito mais do que meramente acredita, e invariavelmente trazemos a nós mesmo a maior parte do nosso infortúnio. Mas, aqui, um expediente que muitos lançam mão é pespegar a outrem a culpa pela nossa desdita... 

E a moral da história ilustra o que de mais nefasto pode suceder ao homem: a racionalidade é posta de lado, a superstição e a mágoa dominam o pensamento do vivente, enredando-o em uma constante de danações da qual não se vislumbra saimento possível...