Mas o tédio que me caracteriza há tempos é com esta situação pós-moderna de violência e falta de caráter por parte das pessoas. Li ontem uma crônica do novel colunista do jornal Folha de São Paulo Leonardo Padura sobre a 'licença' que certos esportistas tem atualmente para burlar a ética. Eu já acho que a coisa não se restringe mais ao campo esportivo, mas a todas as áreas, posto que é uma marca destes tempos. Seremos conhecidos no futuro pelo mau-caratismo desenfreado e desabrido. Não é mais feio ou censurável ser aético (sobre o uso do termo, veja por favor http://www.recantodasletras.com.br/artigos/3593856 ). É a minha maior fonte de stress atualmente. Já comentei que a educação que recebi dos meus pais faz-me ficar, ao fim e ao cabo, chocado demais com as condutas periféricas. Quer ver? Desisti de combinar serviço com pedreiros e assemelhados. Ôo pessoal 'enrolado'; prometem na cara dura e nem aparecem! Sinto-me um idiota por confiar na palavra deles. Fico imaginando ser indenizado se gravasse a promessa solene que estes cascateiros fazem (pelo telefone ou vis-à-vis mesmo) e os acossasse com um processo judicial. Outro dia marquei hora com um mecânico especialista em eletricidade para fazer um serviço no meu bólide (meus amigos sabem que falo do meu querido Fusca) e quando chego lá, haviam 3 carros na minha frente! E vou dar um sopapo no mau profissional, que é o que ele merecia? Aí viro eu o culpado - violento e tal, e ainda por cima bem maior que o outro etc. Duvido se antigamente ele faria isso... Por medo ou por ser efetivamente ético/educado, coisa que a cada dia mais se perde pelo poviléu.
Mas o ápice desta falta de ética em nossos tempos aqui em brazólia são as falcatruas dos políticos e dirigentes democraticamente eleitos, coisa pela qual seremos lembrados por todas as futuras gerações. Não sei se um dia sairemos desta enrascada, mas que desanima, desanima! Lembro-me agora que há mais de dez anos meu amigo José Márcio já me dizia que Brasília tinha virado um balcão de negócios!
Para equilibrar nossa mente e não sucumbir, só procurando pessoas que comungam de nossos valores. Tenho encontrado lenitivo no Asilo, no Lions, no trabalho do Gideões. A leitura de boas obras sempre é seguro refúgio também, a Bíblia principalmente. Gosto de diariamente realizar meus estudos, e uso para isso 3 ou 4 devocionários (a editora Ultimato tem ótimos - www.ultimato.com.br - comprei lá um com textos selecionados de Martinho Lutero que é ótimo!), além das Institutas da Religião Cristã, de Calvino. Tenho relido também a Hermenêutica de Hans-Georg Gadamer (Os dois volumes de Verdade e Método, sua obra-prima), que empreguei na minha Tese, e matado as saudades. Quanto esclarecimento!
Mas creio que o que nos faz de certo modo macambúzios com nosso entorno é a saúde que, mais e mais (dado o processo de envelhecimento), se mostra fragilizada e comprometida. Isto nos tira o foco e o enlevo da vida, certamente. E só vejo duas estratégias possíveis para minimizar a inexorabilidade da tendência: boa alimentação e atividade física.
Amanhã Bilú chega (que saudades da baxinha!) e iremos passear no Shopping Center, que é a praia dos paulistas. Vamos, no Iguatemí, visitar a Livraria Saraiva, que é uma espécie de paraíso para mim, e ver as novidades. Pelo menos isso!