A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Eclesiastes, 2: 26a

Rei Salomão
Ícone no monastério de Kizhi, na Russia
http://pt.wikipedia.org


Hoje cedo na hora matinal de estudos, um versículo de Eclesiastes me sensibilizou - diz "Ao homem que é bom diante dEle, Deus dá sabedoria, conhecimento e alegria, ..."  Na versão da notável Bíblia do Peregrino, do Padre Luís Alonso Schökel, lemos "Ao homem que Lhe agrada Ele dá sabedoria, ciência e alegria; ...". Que consoladora promessa. O que mais me espanta é que li isso diversas vezes quando jovem, mas só agora atentei, quer dizer, signifiquei em meu espírito a verdade deste versículo. 

O contraponto conhecimento (ciência) versus sabedoria, complementado com a alegria é o que interpela minha consideração. Sabedoria é saber bem aplicar aquilo que se conhece, o que se sabe, isolado ou no conjunto de outros conhecimentos (ciência). Mas saber bastante e ser sábio, sem ter a alegria, parece contradição. Quantos vemos que se julgam inteligentes, mas não tem alegria (ou pouco aparece, mas logo se vai daquelas almas). Em minha vida prestei mais atenção à alegria, apesar da importância do conhecer e de ser sábio; cedo acautelei-me de ser sábio aos meus olhos - armadilha por demais ilusória, hábil sedutora que é.  Li nas Seleções um provérbio que dizia "ria e tudo mundo vai rir com você; chore e você vai chorar sozinho..."; desde então vi que tola estratégia é ter pena de nós mesmos, ou nos fazer frágeis aos olhos dos outros, ou dar certo tom triste, macambúzio, em nossas relações. As pessoas, notadamente os brasileiros, se afastam de criaturas assim.

Mas, procurando o conhecimento e a sabedoria, como ser feliz neste mundo enganador, competitivo, de árdua labuta, de doenças e desgraças cotidianas? Nossa índole faz-nos esperar do Destino recompensas constantes se somos 'bons', trabalhadores, estudiosos, honestos, etc...  Nessa hora o homem comum olha ao alto e, se atenta para outra dimensão de verdades, que não se alcança necessariamente pelo muito esfalfar com os livros, pode começar a municiar-se de recursos para compatibilizar estas 'contradições', a aparente contraposição sabedoria-alegria. Digo aparente, porque é nossa mente em sua quichaça que assim dispõe, posto que, no fundo, inexiste necessariamente contradita entre conhecimento e felicidade, alegria - mas são coisas que diferem tanto no grau quanto na essência. 

Aquilo que confere sentido às nossas concepções e nossa práxis precisamente é o que nos faz, nos determina alegres, com, sem, ou apesar de nosso conhecimento e sabedoria do mundo. Quando se reconhece o homem ou a mulher possuidor de uma natureza, uma disposição suscetível às coisas espirituais, pode abrir-se a outra categoria de verdades, que não são, em princípio, discerníveis com os rudimentos do conhecimento empírico ou mesmo da cogitação e do razoar sobre esta humana vida (posto que parece em geral absurda e injusta).

Esta, a abertura ao transcendente, continua a ser a solução aos dilemas e ao Absurdo da existência, desde que o homem se conhece por Homem. E neste percurso a pessoa chega, ao fim e ao cabo, a Deus, que Se revela a quem O busca com sinceridade, humildando-se. Somente Ele pode nos dar aquela alegria que não se dissipa, que não se esvai, que nos faz, a todos e todas, quiescentes e serenos. Mas como saber de Deus, tão Santo e 'distante' ? Olhe para Jesus, que deixou muitas instruções e pistas de como Deus é... Se O buscarmos em primeiro lugar, com destemor, aquilo que paradoxalmente cremos que nos fará felizes, o conhecimento e a sabedoria, precisamente  nos serão então acrescentados, mas não o conhecimento enganador, que só divisa absurdos, mas a Sabedoria que não se esgota, e que nos faz efetivamente felizes.

http://www.everypicture.com/prints/barry-moser/2936/king-solomon.html

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

200a. postagem... Reflexão Esparsa


ainda no cafofo de Rio Claro...

Hoje escrevo a 200a. postagem... Parece que faz pouco que comecei, por curiosidade, a rascunhar coisas aqui. Coloquei pensamentos, reflexões, orações, relatos de viagem, comentários, desabafos, perorações, instruções, artigos, minha tese (em partes, porque é extensa) e outras 'coisitas'.  É o meu passatempo predileto; aproveito para dar recados, a quem interessar possa.

A gente envelhece e fica mais preguiçoso; eu, que consegui (por vezes não por meu mérito total) tudo o que almejava na vida, sinto que me faltam objetivos mais definidos, como foram o Mestrado e Doutorado, quando era mais jovem. Sim, penso em escrever livros, mas falta identificar para que público, apesar de diversos projetos. O último que perpetrei foi um livro de memórias de um provecto amigo, que deve ser lançado até outubro, novembro, o mais tardar. Na verdade, isto foi mais divertimento e certo zelo por um casal de idosos carecente de atenção, que conheci há alguns anos.  Mas preciso 'urgente' de um novo projeto intelectual. Quem sabe agora que temos novo Reitor em nosso Centro Universitário, eu possa me engajar em algo profícuo neste sentido. Mas não sei não. Agora vem alguns feriados; vou meditar mais sobre isso. 

Vou planejar um curso rápido de produção de texto e treinamento de habilidades de apresentação de monografias, para alguns alunos que estão a requisitar... Mas é algo que faço 'numa sentada'; preciso de algo 'de fôlego', como se diz. O problema é que muita coisa me chama a atenção. Ruth fica aturdida com a quantidade de livros e folhetos e revistas que leio 'ao mesmo tempo'.  É que tudo me deslumbra. Sempre me maravilhei por esta diversificante realidade que estamos lançados, e isto desde novo, assim que me dei conta. Preferia ler a jogar bola ou ir a festas. Eu amava a Enciclopaedia Britannica que meu pai tinha em casa (já comentei isto em post anteriores). O problema é que assim se lê muita coisa 'antes da hora', e nos conscientizamos  precocemente de coisas que mais nos deixam ansiosos que tranquilos. Mas valeu tudo a pena, certamente.

Pelo menos sei o que sucede comigo. O enfado intelectual se contrapõe a um enorme enlevo espiritual, que me preenche. Quedo-me a cantarolar hinos; tenho já há muito o estado de alma numinoso. O que mais me deleita é a leitura dos clássicos protestantes, e os da Reforma, em especial. Quanta clareza de idéias, quanto conforto e contentamento. Creio, vejo agora, que é sobre esta temática, sobre este tipo de assunto, que vou  iniciar meus escritos 'de fôlego'. Sim, preciso de algo que me entretenha, que me exercite o intelecto, mas que me signifique também.  Poderia escrever algo de cunho acadêmico, mas presentemente não tenho incentivo algum; escrever por escrever não me atrai. Já publiquei artigos acadêmicos em revistas acreditadas - sou professor de Metodologia, Produção de Texto Científico - este desafio não me assusta, ainda mais depois que escrevemos uma Tese de Doutorado.

Sim, prometo a mim mesmo projetos de livros sobre espiritualidade, mesmo até Psicologia da Religião, que seja, mas sobre as coisas do espírito. Já tenho novo objetivo de vida. Bons projetos para o tempo que me resta!

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Maquineta...

(foto ilustrativa do site)

Chegou o equipamento, finalmente! Até que não demorou muito, na verdade. Comprei no site Americanas.com este belo equipamento para fazer musculação. O mais legal é que o preço, de dois mil e quinhentos reais, estava em promoção por $999,00... e em dez pagamentos, sem juros no cartão de crédito! Fica até mais gostoso se exercitar assim.

Com a idade, a gente começa a perder massa muscular e necessitamos de puxar ferro, como se diz... Pedi ajuda para meus alunos do curso de Engenharia de Materiais para monta-lo, pois só de olhar o manual tipo faça-você-mesmo dava certo medo - eu iria demorar um mês para montar o equipamento sozinho (se conseguisse). Sempre tem uns 'segredos' ocultos para facilitar a montagem de coisas de certa complexidade, e que é de conhecimento de quem tem experiência, vivência. Felizmente um aluno cordial, o Felipe,  se prontificou e numa parte da tarde o montamos sem problemas. Toda atividade tem seus macetes, seus truques, como se diz em minha terra, artifícios desconhecidos de iniciados ou inocentes... E eu não estava enganado - agora que vejo montado o equipamento, bonito de se ver, previa a dificuldade que teríamos,  a partir da confusão de todas aquelas peças...  Já me exercitei e o conjunto é  bem planejado e construído, de boa marca. 

Houve escolha de novo Reitor do Centro Universitário onde trabalho, num processo um pouco tumultuado. O Prefeito Municipal aqui da cidade deve sacramentar um nome da lista tríplice até a semana que vem, na segunda votação que ocorreu ante-ontem e ontem pelos membros do CONSU - Conselho Universitário. Tomara que novas mudanças tragam mais ânimo e novos projetos. Educação superior tem se renovar  sempre, pois a velocidade destas mudanças hoje em dia é de surpreender a qualquer um. O último Reitor, professor Samonetto, multiplicou os cursos de graduação, introduzindo vários novos, em dois mandatos (oito anos), inclusive criou um Mestrado aprovado pela CAPES. Mas não temos ali nada de ensino a distância ou outras modalidades além do ensino presencial. Hoje no Brasil mais de um milhão de jovens estudam no sistema de ensino remoto, pela internet, principalmente. E temos agora outros recursos, como tablet e outros mídias, que podem auxiliar ainda mais o processo ensino-aprendizagem. Vamos ver o vem por aí; 'todo mundo' está na maior expectativa. Eu tenho pelo menos mais 7 anos de trabalho lá, e espero contribuir muito ainda....

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Festa de aniversario da vó Firmina

Firmina de Souza Vieira Dutra

Ontem houve festinha aqui em casa. Todos os meus irmãos estiveram por aqui, alguns com epígonos; a maioria dos sobrinhos são casados, não podem comparecer, principalmente por causa da distância de seus domicílios e a presença de nenês...

A gente não esquentou a cabeça com os comes e bebes - tudo foi 'terceirizado', até as mesas e cadeiras, para a gente poder conversar mais, e nem lavar muita louça foi necessário - graças às guarnições descartáveis, que gostosa modernidade!

Lívia esteve presente, que bom!!

Tia Lia (minha mana caçula) me trouxe um ótimo equipamento de fitness - um 'eliptical', para agitar braços e pernas. É um ótimo equipamento, e este da mana Lia Cristina é de ótima marca.  À noite mesmo me exercitei; suei bastante e dormi com dores musculares difusas; creio que aquele mini-tramp não estava mais exigindo boa performance de mim... Mas vou usa-lo para aquecer a máquina quando fizer musculação: comprei das Americanas ponto com uma estação pessoal, para até 25 exercícios; deve chegar semana agora. A gente vai ficando velho e perdendo massa muscular - já observo isto na minha 'carcaça'...


Tia Lia (conhecida design de jóias de Campinas)

Ainda bem que parece que o tempo vai mudar, ficar um pouco mais úmido. Esteve muito seco ultimamente; li num hebdomadário que a presente secura determinou, junto com uma massa de ar seco, que o percentual de umidade do ar em nossas paragens assemelhava-se ao que tem no deserto... Sei que é verdade pois a sensação que eu tenho é a mesma que observo lá em Salt Lake City: lábios ressecados e respiração dificultada, principalmente à noite. Mas comprei um aparelho que fica emitindo incessantemente vapores dágua e espero, dagora em diante, que este meu calvário não me deixe amofinado, pois não bastasse o desconforto, tenho desvio de septo, o que dificulta a respiração na hora do sono...


a hora do parabéns...

Que o Pai Celestial nos abençoe com muitos e muitos encontros assim; a vida vale a pena ser vivida em conjunto, na família, cultivando laços que o tempo pode desfazer aqui, mas que tem ecos na outra vida! Muita saúde para minha mãe e a todos nós...

Fim de semana agora vamos todos a Campinas (sim, minha família é bem festeira!) dar uma festinha bota-fora para o Ivo, segundo filho do mano Sérgio, que vai ficar um ano na Alemanha... Tem coragem o rapaz. Mas, realmente, quem quer um dia ser engenheiro tem que ir para lá ver a importância que tem esta profissão. Talvez seja por isso (falta destes profissionais) que somos um país não muito adiantado economicamente...

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Correria e futuro...

foto obtida agora de
http://www.rotamogiana.com/

Nóossa, faz um 'tempo' que não escrevo aqui; correria com tantas aulas para preparar e atividades complementares (outras nem tanto) de minha vida feliz. Revi um site muito legal, abrigado no megasite UOL, se não me engano, é o www.olhardigital.com.br ; vale a pena visitar e manter-se informado!

Vou dar palestra para um pessoal que gosto muito, aqueles que tem algum tipo de limitação (ficou muito feio dizer 'deficiência', porque é meio reducionista e ilusório... ) e aqueles que estão avançados na idade - ou seja, vale para mim também e para você, com certeza. Como tudo na vida, as coisas que postulamos sobre o outro e suas qualidades ('positivas', 'negativas', 'excessivas', 'em defict', etc.), comparando conosco, na verdade variam em número e grau, então constituem sempre relatividades. Vou falar sobre como manter-se ativo e feliz neste mundo tão mutante e aceleradamente transformado/transformador - principalmente pelos avanços da tecnologia - que inter-vivenciamos cotidianamente.

Domingo agora vai haver festança em casa. Meus manos e os pais vem para festejar mais um niver da Dona Firmina; Livia vem também, não vai ser legal? Ela chega já no sábado com seu padrinho José Antonio, aquele sobrinho bacano, bacanudo, que ganhou o apelido carinhoso do vô Niniu, pai de minha mãe (quem acessar este blog no futuro - será que ainda vai subsistir quando eu não estiver mais por aqui?? - vai achar interessante a quantidade de usages [the way in which words or phrases are actually used, spoken, or written in a speech community http://www.thefreedictionary.com ] em português que emprego aqui nos meus textos!). Farei um post sobre isso, certamente.

Pensei em falar sobre o Mensalão - mega julgamento do STF sobre políticos supostamente corruptos, conforme noticia-se pela mídia. Mas não vou perder tempo; só imagino como a população vai reagir se tudo acabar em pizza... Dá certa canseira continuar por aqui com tudo isto acontecendo sempre, o caos das greves, a incerteza do dia-a-dia em muitos aspectos; crédo, que horror, comentei com a patroa hoje mesmo o 'trabalho' que dá viver, mas não se pode pedir 'pare o bonde que eu quero descer' , como entoava certa canção tempos atrás... [mas o que chama mesmo minha atenção é ali no Supremo Tribunal Federal, a mais alta corte do Judiciário, um poder essencialíssimo, o embate surdo de certos egos inflamados que por lá viceja...]

O antídoto para tudo isso só vejo, hoje, na Religião. Mas na apropriada religiosidade, aquela que promova uma espiritualidade conforme a Palavra, coisa (a religiosidade) que está muito deturpada em certos setores e seitas. Ficamos escandalizados com o que se lê nos jornais e com o que vemos em certos canais de TV. Como o povo é enganado, vilipendiado!

Como é gostoso começar o dia estudando as Escrituras, orando e preparando nossa alma para  as coisas da jornada! Impossível não se condoer com aqueles que estão em trevor... e são tantos; somente podemos fazer nossa (pequena) parte. O que nos conforta é a convicção da Soberania celestial e sua Consolação. O que um devoto (e assumo neste termo também 'intrinsecamente esclarecido') cristão constata aqui é o imperativo da oração, motivo de escândalo para muitos; que fazer. Cumpramos nossa obrigação, lembrando sempre da pergunta que Cristo fez ..."que te importa a ti?" (João 21: 22)

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Gestão de Projetos - GP e a Copa do Mundo

http://thehubbh.com.br/

Estou ministrando esta nova disciplina para os cursos de Engenharia ('nova', como docência para mim, pois a a complexa atividade é em si antiga e existe nos currículos há tempos...). Em junho eu já sabia que iria ser o professor encarregado da mesma neste segundo semestre e tratei de trazer muitos livros lá dos Estados Unidos sobre o assunto. Como tem obra sobre esta temática por lá; fiquei pasmo! Bom, os Estados Unidos é o paraíso para as disciplinas de Administração de Empresas - eles levam isto muito a sério por lá, e tem inquestionável tradição neste âmbito do saber.

Recentemente foi traduzido em português a 'bíblia' sobre o assunto, a obra "Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos" - conhecido como 'Guia Pmbok', que é uma marca registrada; é a 4ª edição (2012), de autoria do Project Management Institute. Foi publicado pela Editora Saraiva - é edição digital, para ser lido na plataforma de leitura de livros eletrônicos da editora. Vale a pena conferir, pois é obra de referencia obrigatória...

Eu tinha comprado o tablet da Amazon, o Kindle modelo Fire, como já tinha comentado aqui em post passados, e aproveitei para baixar no mesmo diversas obras sobre GP. Para mim, que leciono elaboração de projetos de pesquisa científica nas disciplinas de Metodologia  Científica (no curso de Psicologia) foi uma agradável constatação da importância da ferramenta. Estes domínios - pesquisa científica e gestão de projetos -  tem imbricações interessantes, o que me facilitou a tarefa de preparar aulas e materiais didáticos. Aliás, vejo identidades extensas nos dois campos: eles lidam com orçamento, com prazos, com pessoas, com ferramentas de gestão bem semelhantes. 

Creio que esta área de GP é de adoção natural para os engenheiros, e creio também que boa parte da decantada falta destes profissionais no Brasil deve-se à existência de muitos projetos de investimento e surgimento de diversas plantas de produção, onde invariavelmente se constata a insuficiência de profissionais especializados para realizar a gestão da implantação, execução e finalização dos projetos, em diversas áreas.  E a Presidenta Dilma está a lançar mais um pacote de estímulo ao investimento... 

Mas o que me preocupa mesmo é que 'logo' serão realizadas aqui a Copa do Mundo e as Olimpíadas, e sabemos  que muitas providências (principalmente aeroportos...) sumamente necessárias já deveriam estar com seus projetos sendo executados há muito, para garantir que estes eventos estivessem com todo apoio direto e secundário à disposição, em tempo hábil. Mas o que se vê é a encontradiça demagogia dos políticos, e certamente seremos motivo de riso no mundo todo. Tragédia anunciada, podem anotar - inclusive pelo caos que estamos vendo em todos os setores estratégicos, por causa das greves de diversas categorias de servidores federais. Nosso país é maravilhoso, mas certos setores deixam muito a desejar...

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Barbeiro!

gravura obtida agora de

http://quaseumrickblaine.blogspot.com.br/2008/12/dois-barbeiros-geniais.html


Toda semana vou no Asilo São Vicente de Paulo, uma vez como Supervisor de Estágio de alguns alunos do curso de Psicologia, e outra vez como voluntário, para ajudar a fazer barba e cabelo dos homens. É muito divertido; nem vejo a hora passar. Hoje eu atendi diversos asilados, e o bom é que eles nunca reclamam, pois 'não sabem' que eu nunca fiz um curso qualquer que seja nesta arte (mas vou fazer - tem uma escola aqui perto e acho que tenho que aprimorar...). Digo 'não sabem' porque hoje aconteceu um fato muito hilariante.

Normalmente os idosos estão em estágios diversos de senilidade, de alterações físicas e mentais que os incapacitam, de diversas maneiras. Mas alguns idosos estão bem intelectualmente, ainda que com o corpo enfraquecido, por problemas da idade ou por doenças. Um dos que atendi hoje, com 81 anos começou a dizer: "esta gilete não está boa..." (e era aparelho novo; o pessoal do Asilo compra tudo do melhor para assistir aos idosos!); depois, quando tirei os pelos maiores, passei a usar a máquina elétrica que o presidente do Asilo comprou para usar com eles. O idoso falou "esta maquininha  também não está boa" -  e eu no melhor do meu desempenho, juro... Por fim ele perguntou em que salão de barbeiro eu trabalhava. Eu disse que trabalhava para Jesus, ao que ele (nascido e criado em São João) replicou que não conhecia. Eu disse que meu Patrão não era muito exigente, e perdoava todos os meus deslizes e incapacidades naquele mister.... Podem ser idosos, mas não são bobos, realmente... Mas dei muita risada - procuro conversar muito com todos eles, e acho que é uma boa estratégia, pois alguns idosos que não conversam muito nas atividades de estimulação que fazemos terças e quintas, ali comigo fazendo barba até contaram seus nomes e pensamentos sobre o time de futebol que gostam! 

Na saída (os idosos almoçam a partir das 10 horas da manhã), contei a anedota para o Toninho, presidente do Asilo (que eu chamo carinhosamente de 'chefe' - mas é um amor de pessoa; ele serve ao Asilo há mais de 40 anos, enquanto que sua esposa e filhas tomam conta da loja de sapatos que ele tem no centro), para a Superiora das Freiras que tomam conta da parte da Enfermaria e serviços gerais, Irmã Davina - uma serva de Deus, realmente, a quem chamo carinhosamente de 'chefa' e para a Assistente Social do Asilo, Imaculada, grande profissional, com astral sempre elevadíssimo, com quem aprendo muito. Todos rimos bastante, pois todo dia sabemos de coisas para nos divertir com os 76 idosos assistidos naquela modelar instituição. E como a gente se apega àquelas criaturas, pessoas cada qual com sua história, umas tristes e outras até que alegres...

Agradeço muito a Deus a oportunidade que Ele preparou para que eu pudesse servir ali, por pouco que seja, ao meu semelhante. Sempre pensei em fazer isso e, principalmente, para a pessoa idosa, que me dá muita pena, ao ver como alguns estão 'acabados' e limitados pela velhice. Penso nos meus pais, com mais de 80 anos, relativamente conservados, lúcidos, e  fico emocionado pelas muitas histórias de pessoas sós, sem o amparo de familiares,  e que terminam suas vidas em instituições asilares, nem todas atenciosas e bem aparelhadas como o Asilo São Vicente de Paulo, aqui de São João. Oro ao Pai Celestial para que me conserve para que eu possa ter o privilegio de servir àquela Instituição por muitos anos ainda, pois me sinto muito abençoado e fortalecido quando cumpro minha tarefa lá. 

(idem...)

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Ipês amarelos de Agosto

Imagem obtida agora
Ipê amarelo (Yellow Ipe - Tabebuia alba)
photo by RicardoATB on Flickr
fotopedia.com

Esta época me traz agradáveis lembranças. Muita gente diz que agosto é mês de desgraças, de cachorro louco, etc., mas para mim é o mês dos Ipês amarelos. São Soão aqui tem muitos ipês plantados em nossas ruas, e é um desfile de belezas. Uma amiga de Rio Claro costumava ligar para mim nesta época e dizer "Lucas... os Ipês!!!" ... ela ficava maravilhada e passou esta riqueza para mim também. Impossível não prestar atenção!

Para ser feliz não nos falta muito, aprendi sempre. Hoje fui no Asilo onde vou semanalmente trabalhar como docente e como voluntário (em outro horário) e conheci um morador 'novo' na casa - apesar dos seus 68 anos. Batemos longo papo. A tristeza é que ele tem que fazer hemodiálise, já há um mês. Mas seu espírito está muito forte, pois compartilhou comigo de sua fé, o que sempre cumpriu em sua vida. Agora que a esposa se foi, há alguns meses, sua saúde piorou e ele precisou ser internado lá pelos filhos.  Mas está muito bem, apesar das dificuldades extremas. E muitos de nós, reclamando de bobagens... Convidei-o para ver os ipês na calçada em frente ao asilo, e ele ficou alegre como eu.

Este domingo vamos a Campinas, para o dia dos Pais. Todo ano nos reunimos lá. Um mano ou outro, com seus filhos (netos do pai Geraldo), por vezes começam a 'faltar' na ida ao patriarca. Mas é o ritmo natural da vida. Livia vai estar lá comigo, ainda bem, pois os outros meus 3 filhos estão longe, longe. Mas isto não me deixa triste - são os desígnios celestes. Olho sempre o copo meio cheio.; aprendi, pela Graça de Deus, a não 'ver' o(s) copo(s) meio vazio... Não bastasse isso, o Pai Celestial sempre nos provê ipês amarelos para nos lembrar das pequenas coisas que são imensas em sua significação, se o quisermos. Nos provê também, a muitos de nós, um pai terrestre para nos amar e ama-los. Não se pode estimar a imensidão destas bênçãos, o que nos torna sumamente gratos a Ele, pela Sua eterna e soberana misericórdia a nós, que não merecemos. 

foto obtida agora de
http://www.essaseoutras.com.br

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Descobertas

Imagem obtida agora  de 
http://www.vidasustentavel.net/energia-alternativa/google-investe-em-parque-eolico/

Gosto de brincar de pesquisar na web. No Google images, digitei meu nome e apareceram milhares de imagens, boa parte geradas por mim ou oriundo de pessoas ligadas. E descobri que tenho um jovem homônimo, aparentemente lá em Portugal - não parei para aprofundar a questão, não sou muito curioso ou apegado a certas surpresas. Mas, ainda que não surpreendente, demonstra como é fácil nestes dias arranjar informações, e como a complexidade avança a passos largos.

Falo sempre aos meus alunos sobre o futuro, e boa parte fica com olhar de pastel quando pergunto onde eles estarão daqui a 10 ou 15 anos. Eles estranham eu dizer que deve-se começar a planejar agora onde e como queremos estar daqui a X anos. Quer ver um exemplo? Incrível para mim é a quantidade de alunos que não estudam inglês. Como esta moçada pensa se preparar para os anos vindouros, onde a concorrência estará mais e mais, acirrada?   (se bem que, se eu fosse jovem hoje, seguramente além de continuar a estudar inglês, estudaria também mandarim..., sim, segundo o Houaiss,  o principal dos dialetos da língua chinesa, falado em todo o Norte da China e nas províncias do Centro, do Oeste e do Sudoeste, tomado como língua oficial - em chinês, putonghua -  e que se baseia no dialeto pequinês, com pronúncia de Beijing)

Mas este fenômeno da elevada complexificação de tudo confronta-se com a inexorável banalização e paradoxal simplificação das coisas. Explico. A cada vez que a pessoa se depara com enorme complexidade, a mesma tende (falando sem detalhar muito, no espírito desta croniqueta...) a simplificar a interpretação, criando atalhos mentais, construindo um compreensão provisória que acaba sendo a definitiva, ainda que tosca, parcial, da realidade considerada difícil, trabalhosa (leia-se desanimadora) de se alcançar. E vai-se tocando a vida assim mesmo, de interpretação a interpretação (e suas enviesadas compreensões). E as coisas ficam banais, porque ficam precisamente comuns, sem expressão vivencial.

Ao longo do tempo a pessoa vai construindo um tecido de entendimento do mundo que não lhe favorece em muito sua (con)vivência, pois nunca mais se conseguirá alcançar a voragem da atual inundação constante de dados e informações que se despeja ininterruptamente, aqui e acolá. Quando divisei isto, há alguns anos, voltei às raízes, voltei a ler os Clássicos, rememorei - e rememoro - muitas coisas que percorri em minha vida (tenho muitas coisas registradas, e muitos objetos guardados), precisamente os liames de vivências altamente significativas que construíram o que sou. E isto, ao mesmo tempo em que enfrento o dia-a-dia das novidades, dos novos embates, das novas descobertas. Assim, posso ver mais claro; consigo referenciar comigo mesmo o que estas coisas novas tem, e as situo (ou seja, realizo a intelecção da minha experiência situada, datada) no seu devido lugar. Espero com isso manter a sanidade no tempo que me resta...

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Reinício das aulas - segundo semestre

Image: FreeDigitalPhotos.net

Gosto de levantar cedo. Faço logo o café de Bilú e a chamo para tomar, na cozinha (antes levava na cama, mas ela julgou melhor dirigir-se à dependência apropriada), com as torradas de praxe. Como ela não gosta de conversar pela manhã - temos que respeitar; algumas criaturas (mormente as do belo sexo) demoram a despertar adequadamente - eu comecei a ler logo cedo minhas meditações e reflexões religiosas, após a leitura da Bíblia, bem como a leitura das Institutas de Calvino, e um ou outro livro de Teologia Reformada. Agora virou hábito, e isto ajuda a nos disciplinar os feitos. Raro (íssimo) o dia em que isto não se cumpre. 

Inciaram-se as aulas. Neste semestre, 6 classes para ministrar, 3 de Psicologia, uma de Ciências Contábeis e duas de Engenharia. Boa parte do dia invisto na preparação de aulas. Gosto de planejar a didática dos conceitos, a progressão das argumentações, a dinâmica das telas ou das apostilas. Creio que sou perfeccionista - fico 'polindo' frases e telas (de MS powerpoint), à exaustão. Às vezes  fico a perguntar a validade de tal obstinação, se a clientela parece não se importar... Mas não se consegue fugir fácil de nossa determinação, aquela inclinação arraigada há muito. 

Semana agora vai ter Dia dos Pais. Vamos, Ruth e eu, passar com meu sogro no sábado e com meu pai (e meus irmãos) no domingo. Falei com Liv hoje e parece que ela quer comemorar também comigo. Terei que buscá-la no domingo, e depois devolver. Canseira toda que estas distancias implicam; que fazer. Mas vida em família é investir tempo e convivência, pois não há riqueza maior. Nem posso pensar em reclamar da ausência dos outros filhos meus - sou tão abençoado por Deus, em tudo, que seria ingratidão tal apego. A vida recombina estas contradições, e procuro ver em tudo o ensinamento dos Céus, sem catalogar 'bom' ou 'mau' (segundo o meu critério do que seria mais apreciável para mim), pois a nossa régua é por demais enviesada, e o Pai Celeste tem outros planos para nós, ao que parece. Nosso dever é esforçar para compreender e disciplinar nossa sujeição filial a Ele, que tudo faz concorrer para nosso bem. 

Estou saudoso do trabalho nos asilos. Em que pese às vezes termos 'más notícias' quanto ao passamento de um ou outro idoso, a princípio eles não costumam 'aprontar' com a gente. É chato saber da perda de um ou outro asilado que costumamos ver semanalmente - muitos, a gente se afeiçoa mesmo, por várias razões. Mas mesmo isso nos faz lembrar que somos pó, e ao pó voltaremos, posto que somos quase-nada.


Sítio do Tio Zezé, nas
cercanias da Estância de Socorro (SP)

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Saudades da viagem aos EUA

Um dos prédios governamentais de Utah, em SLC

Esta semana, para variar, quedei-me vendo as mais de 500 fotos que tirei da recente viagem aos Estados Unidos, para conhecer a Noemia e rever a patota. Impossível não reviver certas emoções. A capital de Utah, Salt Lake, é muito legal de se visitar, principalmente o centro. Apesar de ter bastante habitantes, parece ter muito, muito menos - e esta percepção creio que tive por causa do trânsito, bem calmo, tranquilo, diferente do que vejo em nossas cidades do mesmo porte. Mas vendo a quantidade de Wall Marts - além de outras redes de grandes supermercados, como Costco (www.costco.com) , Smith's (www.smithsfoodanddrug.com) e outras - cheias de gente comprando, comprando... Tem que ter demanda para esta oferta toda. Cada 'loja' destas que a gente vê parece nossas grandes "lojas-âncora" que vemos em nossos maiores shopping centers, como aquele Shopping Dom Pedro, de Campinas, mas a maioria das instalações é maior: a oferta de produtos e a variedade é bem mais ampla. O que você imagina tem lá, uma 'loucura'. Por isso é que achamos que os americanos são consumistas - tem muita coisa em promoção e a gente acaba sentindo certo 'impulso irresistível' para sair da loja com coisas que não temos efetiva necessidade - uma ameaça para o bolso, sem dúvida.

Centro de visitantes, no Square Temple - SLC

Outra coisa que me lembro foram o tamanho dos inúmeros quadros religiosos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Vários eram gigantescos, com paisagens belíssimas. Muitos membros da Igreja lá são afamados pintores, e é uma arte muito incentivada por lá. Nem tentei ir a algumas galerias para não passar 'nervoso', mas sei que tem também empresas especializadas em vendas de fotografias, estas muito apreciadas. Cheguei a ver algumas, de passagem, mas achei muito caro!! 


O que é muito bonito é a devoção que os mórmons tem de Jesus Cristo. Diferentemente dos protestantes, eles não tem problemas em usar imagens (pintadas ou em escultura) da Deidade em seu louvor, ensino ou adoração, apesar de não ser costumeiro encontrar figuras nas capelas, estas normalmente bem simples, sem ostentação. A arquitetura das mesmas são muito bonitas, práticas e, detalhe que também impressiona - eles sempre usam material de primeira qualidade em tudo, o que me parece muito sábio, pois dura mais e minimiza os gastos de manutenção. 


Mas a maior saudade que dá é da família, incluído os sogros do meu filho, os outros avós dos meus netos, todos pessoas amabilíssimas, gentis, educadérrimas e, não bastasse, gente bonita e charmosa também. Gary e Sue tem mais dois filhos além de Michelle, que não estão na foto.  Os pais de Sue infelizmente são falecidos (cheguei a conhece-los, maravilhosos também), e os de Gary são vivos, muito bacanas e simpáticos, como toda a família Jones. A gente acaba se apegando também, principalmente pelo amor que eles todos devotam à criançada, e isto fruto também de sua religião, que coloca a Família em primeiro lugar. Todos tem lugar em minhas orações diárias. Boas lembranças. Guardo em meu coração todas estas bênçãos que recebemos, sem merecer, fruto do amor do Pai Celestial por todos nós. 

Hoje reiniciei meus exercícios diários em minha 'mini-tramp' - uma cama elástica individual, destinada à prática de corrida estacionária. É a melhor equação que divisei para o meu caso - não consigo mais correr na rua, como fiz toda vida, mesmo com tênis especial, com borracha macia, etc.; doem-me as juntas, principalmente os joelhos. Já fiz até artroscopia num deles, e temo ter problemas novamente - fadiga de material, creio... Mas recomendo o uso desta ferramenta - barata, cabe em qualquer lugar, manutenção quase-zero e não tem impacto nenhum, possibilitando atividade física sem dor, e o que é mais legal, praticando em frente à TV, vemos um ou dois programas e, quando percebemos, já se foram pelo menos os 60 minutos necessários para manter o sistema cardio-vascular em dia. Eu uso extensores de borracha e pesos metálicos para tonificar os músculos dos membros superiores, enquanto dou meus pulos... Muito legal!

Mas retornei com tudo na ginástica não só por causa dos perigos do sedentarismo. Engordei uns quilinhos com esta viagem aos States - culpa dos litros e litros de refrigerante que o pessoal lá toma diariamente. Coisa rara ver o pessoal lá tomar pura água - tem 'mil' tipos de beberagens industrializadas à disposição, uma mais interessante que a outra. Eu quase sempre almoçava salada com peito de frango mas, com o ar seco, entornei litros de refri. Um horror, mas sabia que era por pouco tempo; aqui não compro mais este tipo de bebida, impliquei... Doravante, somente água mineral gaseificada, como a maravilhosa Água Prata, do vizinho município de Águas da Prata. 


terça-feira, 31 de julho de 2012

190a. postagem... Jet lag


Nóossa! difícil acreditar que já coloquei 190 textos neste espaço... Tá certo que muitos eu já tinha em minhas andanças acadêmicas, mas 'imagina' quanto mais eu vou colocar até mais à frente! Minha grande motivação é fazer disto aqui uma espécie de diário geral, não propriamente biográfico, para meus netos, bisnetos e (quem sabe, se se interessarem..., o que acho muito difícil) meus tataranetos me conhecerem melhor. Muitos deles serão estrangeiros, e talvez isto também os incentivem a conhecer a língua portuguesa e suas maneiras de falar.

Meu pai me falava um pouco de seu pai, o Dr. Lucas de Souza Dutra, engenheiro agrônomo, formado pela tradicional Faculdade de Agronomia Luís de Queiróz (USP), em Piracicaba, SP. Na verdade meu pai era uma pessoa reservada (hoje é muito mais acessível), super amorosa e dedicada à família, mas que não tinha costume de conversar bastante (não sei se idiossincrasia dele ou resultante de sua formação familiar) - mas conversava bem quando necessário. Nunca tive barreiras com ele, a  não ser aquela que eu mesmo dispunha, pelo respeito e temor natural que tinha (e tenho) pelos meus pais. Minha mãe já conversava mais, pela natural propensão das mães, proporcional ao seu zelo pela prole, e minha mãe era muito ligada aos filhos, todos. 

Mas sei que, naturalmente, ninguém se interessa por quem foi seu antepassado mais longínquo, a não ser que tenha algum aspecto de realeza envolvido... Quando muito, gostamos de nossos avós, se conviveram conosco e foram legais com a gente. Mas tataravôs e seus antepassados, que temos em comum, não é mesmo? Muito pouco (infelizmente). Assim, nestes tempos cibernéticos, que facilitam mais as coisas, espero que meus netos ensinem aos seus filhos que eles tiveram um ascendente interessante, eu mesmo, e aqui ficam minhas memórias, ideias, fabulações, reclamações e valores. Espero que possa ajudar na educação e reflexão dos mesmos. Minha mãe que suscitou em mim esta espécie de reverência com os antepassados, pois ela costuma falar muito dos queridos parentes que ela privou quando criança e jovem. Nunca falou mal de nenhum, e sempre ressaltava suas qualidades, o que sempre imprimiu boa impressão em mim, e desenvolveu em meu espírito um interesse adequado por aqueles a quem devemos a vida, ao fim e ao cabo.

Mas o que me motivou escrever inicialmente hoje foi o tal de jet lag. Se olharmos nos dicionários, veremos diversificadas definições - mas, resumindo, é aquele desconforto que sentimos em nosso organismo pela diferença de fuso horário que a viagem internacional por vezes determina. Não senti nada quando fui para a California mas, na volta, fiquei (Ruteca também) uns dias desorientado e bem cansado. O maior problema que vi foi com o sono - quando era uma da madrugada ainda eu estava bem desperto, sem sono. E, às 6, 7h da manhã, quando a luz me faz acordar naturalmente, sentia que não tinha ainda descansado o que necessitava. E isto, creio, acabava por 'bagunçar' meu funcionamento geral. Nem tirar certo cochilo à tarde remediava muito, ao que parece. Mas com o passar dos dias tudo se acertou. Nesta semana me sinto muito melhor, princialmente tomando agora um vinho chileno Carta Vieja... Até tomo uma cervejinha Itaipava quando está calor ou um licor após as refeições, mas um vinho é tudo de bom!

 

Ainda bem que as aulas se iniciam dia 6 de agosto - imagino que seria muito ruim se começasse assim minhas classes, com este estado de jet lag... A lição que fica é que precisamos respeitar nosso corpo e conhecer nossas disposições, para bem saber aliviar o efeito ambiental que nosso corpo expressa, em confronto com nossas mais íntimas e biológicas determinações!

Sábado iremos passear em Poços de Caldas (Minas Gerais), lugar que muito apreciamos. Pensamos anteriormente, Bilú e eu, um dia morar lá, mas tememos perder assim certo encanto que temos com aquela cidade. O melhor é, refletimos, ser sempre visitantes, para só ver o lado bom de tudo. E, também, quando lá nos dirigimos, tendemos a ficar mais no centro da cidade, onde se resume boa parte da sua sedução. Invariavelmente passamos pelo Shopping Center, para tomar um café e ver as lojas e as pessoas. Minhas raízes são mineiras (tanto do lado do pai como da mãe) e gosto do modo de falar das pessoas de lá, e de sua hospitalidade, além da comida, ahh, uma 'loucura', principalmente os doces! Fica difícil manter certa silhueta, com a fartura que temos lá, principalmente naquele Mercado Municipal e suas lojas...