A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Processualidade das coisas...



O meu frasista predileto, Oscar Wilde, disse certa vez ('Aforismos',  Clássicos Econômicos Newton, vol 2., Rio de Janeiro: Newton Compton, 1997, p. 40, 73) as seguintes frases: 

"O desenvolvimento é a essência do pensamento, assim como da vida".

"A finalidade da vida é o auto-desenvolvimento. Desenvolver plenamente a nossa personalidade, aí está a missão que cada um de nós deve cumprir".

Grandes verdades. O ser do humano do Homem se concretiza paulatinamente, e cabe a todos e a cada um realizar seu potencial, e isso, a cada dia. Nosso pensar, imperfeito, inacabado, parcial e tendencioso, tem que ser burilado no "praticar-se", a toda hora. Somos pedra bruta! O mundo é será sempre grande enigma, incógnita... e nós, muito, muito pequenos.

Para isso, tem que se ter paciência e, principalmente, humildade. Pois a grande armadilha que a mente prepara a si mesma é a sua prepotência implícita, que ilude facilmente o possuidor, imaginando este ou esta que vem a saber (e bem...) todas as coisas - o que é, convenhamos, líquida e certa quimera. 

Con-viver é difícil, e sei que a (paradoxal) imperfeição do pensar está na raiz destas dificuldades, cada vez mais tenebrosas nestes últimos dias. Não é mais valorizada a tarefa de se aperfeiçoar como pessoa; gente malcriada não é mais desprezada como antes, até é mais aceita nestes tempos de inclusão de tudo. Que fazer... temos que nos aprofundar, estudar, ainda mais nossos valores mais caros, naquilo que desde o berço trazemos de mais 'nosso', em especial os valores familiares e os religiosos. Não sei se tem volta ao 'fundamentos' - fazem parte do passado;  paciência!

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Felicidade

Foto obtida agora de

http://www.downloadswallpapers.com


Tenho andado muito feliz - é a nova residência, principalmente. Não imaginava mudar de domicílio - gostava demais do apartamento. Mas como já comentei, não se consegue mais conviver neste tipo de associação; as pessoas inconvenientes tiram toda a vontade de viver em condomínios de apartamentos. Vários amigos tinham se mudado anteriormente, o que acabou me motivando também. Mais um exemplo como os caminhos de Deus nos são incompreensíveis, por vezes - precisou acontecer muita coisa ruim para finalmente a coisa boa chegar a mim. Não é um paradoxo, aparentemente? Mas funciona assim no universo, ao que tudo indica. A nossa mente tendenciosa é que só fica a desejar tudo 100%, apropriado, bom, gostoso, sem desafios ou provações. Mas quando se aceita que tudo faz parte, inclusive a maldade ou coisa estragada, a vida vai se acertando, encaixando. É nossa sina. E se temos que engolir um sapo, não adianta ficar olhando para ele... Con-viver implica em engolir sapos diversos, quase todo dia. As pessoas estão mais mal-educadas, auto-centradas, egocêntricas, etc. Então, temos, ao final e ao cabo, que cultivar nossas virtudes e não atentar muito para a periferia não... É o que tento fazer, com mais dificuldade a cada ano que passa, pois a "envelhecência" já começou há tempos a tomar conta de mim!

Boa dica para meus alunos: A biblioteca SCIELO está agora com livros eletrônicos à disposição, free! Baixei o seguinte: RABELO, MCM., ALVES, PCB., SOUZA, IMA. Experiência de doença e narrativa [online].  Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 1999. 264 p. ISBN 85-85676-68-X. Veja em http://books.scielo.org Muito legal. Tem coisas muito bacanas lá... Vale a pena!

Fim de semana chegando; doravante só provas/avaliações de aprendizagem para meus alunos. Já entreguei todas as ferramentas para a Secretaria Geral. Em julho estaremos viajando para os Estados Unidos... Depois conto mais detalhes.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Espiritualidade

foto obtida agora de 
http://igrejapresbiterianadepicui.blogspot.
com.br/2010_06_01_archive.html

Uma das experiências mais impactantes que um ser humano pode vivenciar é a espiritualidade,  mesmo experimentar o estado numinoso da alma, conectada à Deidade. Nossa tradição ocidental determina a ascese cristã, afastada por muitos e abraçada pela quase totalidade dos que afirmam acreditar em Deus. Mas dentro desta rubrica 'cristão' muitas correntes se constituem. Observo que muitas tradições trazem uma interpretação incorreta, imprecisa, dúbia (pelo simples exame lógico de sua fundamentação e de sua práxis) do que Cristo quis ensinar como o Caminho.

Quem percorre esta modesta coluna, um simples blog (uma destas modernidades que mais nos traz aprazimento...) sabe que me considero calvinista, pois estudo e sigo as intelecções do controverso teólogo João Calvino sobre a nossa única regra de Fé e Prática, a Bíblia. Hoje digo que tenho paz em meu espírito, pois minha mente não mais contende em matéria de Fé, como antigamente. Tal embaraço pregresso me fez sofrer indizível padecimento, pois o estado de interna cizânia é por demais obnóxio para quem o vivencia - não se sai dele sem perseverante esforço, o que pode levar tempo. No meu caso durou décadas de procura, de perquisição, de pasmo e por vezes derriça (nos 2 sentidos...! )

O homem sempre terá necessidade vital de encontrar sentido em seu ser, o que continua sendo, para muitos (e para mim), suprido pela Religião. Ainda que atualmente caminhos alternativos possam ter sido propostos para endereçar esta questão do sentido do ser, não encontrei nada que suplantasse a espiritualidade (cristã), mesmo com meu treinamento científico (aliás, já comentei aqui, que não são mutuamente exclusivas a Religião e a Ciência, como o querem alguns). 

Minha vivência cristã, como de todo aquele que se esmera em descobrir a verdade a partir do mistério da cruz, não pode ser facilmente traduzida em palavras. Na verdade, a trajetória de relacionamento de qualquer crente com nosso Deus é muito particular, e parcas similaridades podemos identificar. Uns necessitam mais de referentes palpáveis para aquilatar suas experiências, outros menos. Minha história teve muitas 'idas e vindas', mas sempre vi como o Pai Celestial nunca se me apartava, sempre estava com seu olhar à minha espera. Custou-me organizar as idéias - ainda bem que encontrei um rumo fidedigno para discernir...

Minha atitude é de gratidão imensa ao meu Deus, pelo relacionamento de Pai, amigo (muitas vezes alegre!), pelo ensino terminante, esclarecedor, paciente, confortador de suas verdades eternas. 

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Subjetividade e solipsismo


gravura obtida agora de
http://ricardoaoki.blogspot.com.br/2011/09/dilemas-eticos-do-cientista-na.html

Vi há pouco um rápido depoimento de alguém, jovem, com dificuldades de lidar com suas prementes dificuldades. Evoco meus tempos de adolescente, onde me encontrava em situação similar. Considero que meu amplo 'entorno' à época - principalmente o contexto familiar - facultou assumir certas opções possíveis que permitiram suplantar os obstáculos que vislumbrava (muitos deles, vi depois, quimeras que eu pensava ser real...). Meu pensamento flainava por demais, insuflado pelas muitas leituras que 'perpetrava'. Era um turbilhão quase sem rumo. 

Que falta faz ter um caminho, um conselho, uma diretriz quando o raciocínio está turbado, comprometido. Quando se comenta da necessidade do jovem ter orientação, nunca se exagera - o pensamento desconexo, sem base, produz estragos por vezes irreparáveis, e um mero arrepender-se, no mais das vezes, não torna os acontecimentos...

Somos muito sós, e muitos não se acostumam consigo mesmos, parece que precisam de um alguém para pontuar, referenciar ou até modelar-se ('referenciar-se')... O fato é que precisamos nos encontrar, enfrentar nosso solipsismo e doma-lo, ordena-lo, sujeita-lo. Muito pensar desorganiza, desorienta, infelizmente. 

Tive sorte em não me desencaminhar? Meu raciocínio em seu processo de domação resultou em produtivo instrumento? Os céus me protegeram? Não tenho resposta certa para tais tipos de perguntas; provavelmente nunca saberei ao certo, mas lembro-me, em meus 'combates', que a palavra 'método' me auxiliou muito. Se uma opção é 'boa', então resolve um problema - é o meu critério. Se meu modo de pensar ou enfrentar a dificuldade não estava solucionando, não hesitava em abandona-lo... E eu também pensava que meus antepassados já tinham por certo descoberto muitas maneiras boas de enfrentar problemas iguais aos meus, portanto não deveria ficar perdendo tempo sozinho, e ir 'beber' na fonte - li muito os clássicos e os bons autores (os ruins ou que discutiam temas e assuntos corrompidos não me atraiam), e considero que minha mente foi bem instruída sobre como bem considerar o mundo e seus desafios.

Nascemos sós e morreremos sós, mesmo com pessoas por perto; assim, nós é que temos que ser nossos melhores amigos. Como costumo repetir aos meus alunos o ensino de Benjamin Frankin: só temos 2 certezas no mundo - a morte e os impostos. Tudo pode ser 'bom' ou 'mau', dependendo do viés com que se olha. Portanto, não precisamos catastrofizar nosso pensamento a cada obstáculo, a cada dificuldade. Se temos inteligência, é para nos pavimentar o caminho. Mãos à obra...

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Chimarrão...


gravura obtida agora de
http://blogdaiso.blogspot.com.br/2012/01/regras-do-chimarrao.html

Mas..., báh! tchê, que frio gostoso que está fazendo; fui correndo comprar uma cuia nova, um porongo bem adornado, como se deve (a anterior que eu tinha deu de acoitar cupim, póde??) ... Foi difícil encontrar aqui nesta terra, mas a encontrei numa charutaria, veja só, boa loja, sortida de diversos tipos. Peguei o costume de matear quando trabalhei com os Stefanello, gauchada boa de Cruz Alta (RS), lá em Mato Grosso do Sul, mais especificamente em Sidrolândia, cidade pequena nos anos 80 (não sei como estaria agora).

O mate já tinha comprado no domingo passado numa churrascaria perto de Campinas, uma erva descansada, verdinha que só ela - vou guardar na geladeira para conservar. Já tomei  muito chimarrão gostoso demais, parece que colocaram  açúcar... Mas sabemos que não se deve inventar com a secular tradição (veja alguns conselhos no blog cujo endereço emprestei a gravura acima), sob pena de criar inimizades... 'Nada a ver'...

Eu gosto de matear também porque tira um tanto a fome 'canina' que teima em me dominar; a idade vai fazendo a gente ficar mais sem-vergonha e, com isso, tendemos a cultivar uma barriguita (panturra, diz Ruth) incômoda. E ajuda na digestão, se bem que nunca tive problemas neste particular, posto que consumo verduras, frutas e legumes em profusão e me exercito regularmente.

A casa está 90% arrumada, depois da mudança do outro domicílio. Falta trazer umas estantes suspensas que ainda estão no antigo apartamento - o pessoal da marcenaria prometeu instalar até o fim da semana. Tenho umas 30 caixas no porão para serem desembaladas, cheias de livros - só a minha Britannica enche um módulo inteiro da estante cor de café. Cheguei a ter uns 3 mil livros (compro desde 1973, quando iniciei a faculdade de Psicologia) mas já doei metade para as Bibliotecas dos dois Centros Universitários aqui da cidade. É um dos poucos prazeres que me permito - gosto de livros; é a maior invenção da Humanidade. Agora vou procurar armazenar livros (em formato) digitais no tablet (ou microcomputador), pois em papel se nos exige espaço e certa logística... Ler é a maneira mais barata de arejar as idéias, colocando as 'ferrugens' pra correr... É altamente apaixonante! Quando ouço alguém dizer que não gosta de ler surpreendo-me; é muito estranho, realmente...

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Mudamos de domicílio!

foto obtida agora de 
http://mtmcz.blog.uol.com.br/

Cáspite! Mudamos de residência: antes um belo apartamento, com vista privilegiada; agora uma casa (antiga, mas mui bem reformada) com um imenso porão, arejada, otimamente posicionada quanto ao nascente e o ocaso. Hoje está muito complicado residir em condomínios - para mim foi o suficiente estes 7 anos que estou aqui nesta cidade. Não vou declinar as razões que me fizeram debandar daquela comunidade - são vários; alguns suportáveis, outros imponderáveis, um e outro insultuoso... Não tenho mais idade para pretender amansar certo magote de casmurros parvenus...

Na verdade, veja como o Pai Celestial conduz os eventos - grosso modo, se não fossem os achaques recebidos de uns indoutos à minha atuação como síndico, juntamente com alguns vislumbres temerosos quanto ao futuro da pregressa compropriedade, não teríamos nos motivado a empreender a cansativa mudança. Quantos endereçamentos  a alterar; quanta arrumação/desarrumação; a ampla modificação parece organizar certo 'putsch'  com o nosso andar, nosso viver previsível - não se acha mais nada, 'tudo' some ou está tão bem guardado que esquecemos; tem-se que desinstalar-instalar mil adereços e contar com a boa-vontade de diversos prestadores de serviços, etc... Um horror e, no meu caso, originado por horrores (as palavras tem cada uso!)...

O pior (oh, que tempos os nossos!) é ficar desplugado de internet, de telefone, de TV - algo horrendo (olha a palavra de novo...) eu sei, mas que fazer; um dia, no futuro, nossa posteridade com certeza vai rir de nossa angústia e ansiedade motivada por estas bugigangas eletrônicas, estas arapucas-antes-analógicas-hoje-digitais que moldam nosso viver e fazer. Ainda bem que temos telefone celular!

Espero estar com a casa arrumada daqui a algumas semanas, quem sabe... e isto, trabalhando ali e lá, preparando aulas, etc. Trocando pneu com o carro em movimento; arrumando o casco do navio navegando em alto mar. Complicado.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Basta uma só palavra...

imagem obtida agora de:
http://www.ecclesia.com.br/sinaxe/mateus-4.html

Hoje cedo me emocionei novamente (já falei desta perícope em 23 de dezembro de 2011...) quando da leitura e meditação da passagem que vemos em Lucas 7: 1 a 10. Vejo que isto revela o meu maior problema espiritual (e o cerne das minhas orações): minha formação acadêmico/científica determina que minha alma sempre se apoquente com detalhes mundanos sobre os relatos bíblicos, criticando-a, questionando-a. Normalmente não consigo evitar a emergência destes intimoratos movimentos. No final, quanto mais estudo e medito (em especial pelo ensino de Calvino nas sua magistral Institutas), sempre se reafirma em meu espírito a veracidade existencial/sobrenatural da Revelação para mim.

Como a Palavra tem o poder de nos mover o espírito, consoante nosso desejo de a assimilar, de a 'beber' como o vero alimento que nos dá sentido e alento... Procuro ponderar o celestial ensinamento, a partir da preparação da solitária oração, como aprendi. Escolho diariamente as primeiras horas da manhã para cumprir este mandato, onde o silêncio impera e quando nos encontramos, com sublimidade, imensamente gratos pela saúde, pela noite de sono reparador, e pelo desjejum; enfim,  vivenciando as inúmeras bênçãos que somos detentores, sem o merecermos.

Sou profundamente grato ao Pai Eterno por ter me resgatado do lodaçal  (Salmo 69: 2 e 14) onde pensava ser feliz, e me ensinar sempre o caminho que devo perseverar (Salmo 86:11).

Oro para que Sua vontade soberana seja a régua e o crivo onde minha vida deva prosseguir pois, como sei, sou dEle (Salmo 33:12).

sábado, 28 de abril de 2012

Rimbaud, Arthur (20/10/1854 - 10/11/1891) Poeta.

foto obtida de
http://bit.ly/IIdXuI
nesta data

Comprei recentemente interessante volume de uma editora fantástica, a L&PM, que que nos brinda com muitas obras importantes. De autoria de Jean-Baptiste Baronian, tem o nome de 'Rimbaud' (Porto Alegre: L&PM, 2011 - Coleção L&PM Pocket, vol. 975, 224 p.) com bem cuidada tradução de Joana Canêdo, e traz uma ótima ilustração da atormentada vida deste importante bardo francês, falecido precocemente. Quem quiser saber mais do sensível vate, pode inspecionar também os endereços http://bit.ly/KltD46 e http://bit.ly/3pHXY7.

Para quem deseja conhecer melhor a si e ao próximo, este tipo de literatura me parece importante. Faz-nos ver que todos, homens e mulheres, somos muito parecidos, e o quanto carecemos de instrução e aconselhamento, em especial na juventude. E também nos faz meditar num tipo de discurso - ou fala? - (no caso, o poético) que remete direto ao coração, importante nestes 'tempos pós-modernos', como se lê por aí (nem sei mais o que este termo efetivamente abarca, para ser sincero...). 

Últimas notícias... Compramos as passagens para a viagem de julho que faremos para conhecer a netinha Noemia Dutra. Vou rever o imenso aeroporto de Dallas em Fort Worth (http://www.dfwairport.com), na conexão para Los Angeles (eles moram em Fresno, CA).

Na próxima quinzena deveremos mudar de domicílio - vamos, Ruth e eu, para uma casa no centro da cidade. Estamos 'naquela' expectação... Espero publicar alguns posts antes da mudança, mas se ficarmos ausentes um tanto, é a mudação... período de certo aborrecimento, mas com a vantagem de deitar fora muitas 'excrescências' que vamos acumulando ao longo dos anos!

Agora, planejar aulas, produzir material didático, ler, programar o fim de semana (vou trabalhar todo o domingo, amanhã, num concurso...) e a 'semana furada' subsequente.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

docência...


foto obtida agora de
http://www.betomenezes.biz/?p=462
(também homenageando o grande Chico Anísio...)


Grande tarefa, a de colaborar para o aprendizado (ia dizer 'ensinar', mas acho que este é um termo complicado - quem se ensina é a pessoa; pode ser assim quanto mais pequeno é o aprendiz mas, quanto mais maduro fica o aluno, menos o professor 'ensina'... Por isso gosto de dizer que eu sou um 'educador' - um facilitador da aprendizagem, um colaborador que, além de técnicas e modos de pensar veicula também valores...).

Quanto mais trabalho nesta área (já se vão quase 35 anos... meu primeiro emprego foi na Universidade Metodista de Piracicaba, campus de Santa Bárbara do Oeste, SP) vejo quanto posso aprender. O grande problema hoje é (paradoxalmente, ainda que não para todas os estratos sociais e educandos), em especial para o ensino de terceiro grau, o excesso de informação, de fontes, de meios, de 'entendidos', de especialistas, de saberes e ''saberes". 

Preocupo-me muito com a formação de meus alunos, mas vejo que os mesmos não tem tanta assistência neste mister como seria necessário.  Hoje estava vendo/refletindo uma discussão interessante sobre a temática (veja em http://bit.ly/I5DA8E ) e vejo como é por demais complexa. Aqui, mais do que muitos outros assuntos, não cabe reducionismos, simplismos.

Creio que, para o docente, o labor de educar, donde também ele ou ela obtém a subsistência, acaba confundindo-se com o diuturno significar de sua existência. Como que não se deixa de ser docente quando a aula acaba - os valores humanos (portanto existenciais) que embasam o fazer do professor em sala de aula acompanham-no no trajeto para casa, no clube, nas demais coisas se faz no resto do dia - o educador vive sempre no 'fio da navalha', confrontado com a vida que o interpela, ali e acolá. Digo: se ele ou ela não se questiona a todo momento, já se alienou...

Na verdade, a escola é um fenômeno humano que não prepara somente para uma profissão, um complexo ofício, mas para um viver, ou seja, um modo de vivenciar a própria vida, que é em si interconectada, imbricada, compartilhada.  Enquanto as pessoas, com todos os seus papéis, não se conscientizarem desta verdade, o espaço da Escola (que, além do prédio e suas facilidades constitui-se com a burocracia e do conjunto de alunos, funcionários e professores - mas que se expressa muito mais do que esta simples somatória...) será visto de modo deturpado, ilusório.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Primeira Comunhão de Lívia, e PHOTOFUNIA!


Ruth, Firmina, Liv, José Antonio, Ana Laura e Geraldo

Fomos a Rio Claro neste domingo p.p. para prestigiar a cerimonia de Primeira Comunhão da Liv, Bilú, meus pais e o padrinho de batismo de Livia, o primo José Antonio e esposa. Em que pese a gente não ter podido ao menos almoçar junto (proverbial/habitual atenção e gentileza da ex-wife...), valeu a tentativa.

O que significa este ato: um grande passo dado pela Livia para o conhecimento do que o Pai Celestial deseja para ela.  Demos presentes para solidificar sua adesão e ajudar a pavimentar o caminho... Grande Privilégio!


 
Liv se encaminhando ao altar


Outro dia eu falei sobre o software Photofunia... eis abaixo algumas outras brincadeiras... have fun!
Ruth em Out-door!
Mandei fazer uma super foto de Bilú
para colocar num prédio!
Quadro a óleo de Ruth
Retrato de Ruth em crayon...


Liv em quadro na rua...
Quadro de Liv no Museu...
Foto de Liv em outro Museu!
Reunião na Rússia...
Foto na rua

Mandei fazer pintura a óleo!
Pintura à moda de Andy Wahrol...

terça-feira, 17 de abril de 2012

Fotografia...

Imagem obtida em 10 de abril de 2012 em:
http://www.imagemagica.org/doc_resultados.asp
(A ImageMagica é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público 
- OSCIP - sem fins lucrativos, que promove educação, cultura e saúde por
 meio da fotografia, criando condições para o pleno desenvolvimento pessoal
 e social e potencializando nos indivíduos o papel de
 transformadores da realidade).


Olha que foto bacana; adoro fotos, apesar de não andar de câmera a tiracolo. Confesso que, quando preciso, apelo para o dispositivo (pobre, reconheço...) do meu celular; quando se trata de efemérides, apanho minha câmera digital, com diversos 'megapixels'...

Fato notável recente foi a compra pelo Facebook do Instagram (um aplicativo de fotos para dispositivos móveis), o que fez diversos analistas levantarem os sobrolhos... Para quem curte brincar com fotos a partir de celulares ou tablets o colunista José Antonio Ramalho, na ultima Folha Tec (caderno de  midias digitais do jornal Folha de São Paulo) sugeriu alguns programetes como o pixlr.com e  o photofunia.com .

Aprecio a linguagem das imagens, é um outro mundo, diverso das palavras, apesar das inúmeras interfaces. É um exercício de análise para qualquer pretendente a Psicólogo(a). Tantas são as possibilidades como tantas as das muitas personalidades! Fica a dica...

Olha uma brincadeira que fiz (com um detalhe da
 foto da IMAGEMAGICA)  com o soft PHOTOFUNIA...

segunda-feira, 9 de abril de 2012

O assunto chato de novo...

Gravura obtida agora de
http://www.layoutsparks.com
(site muito interessante!!)

Volto ao tema da morte, comentando um fato que, a cada vez, mais se torna presentificado em nossas vivências: o elevado número de mortes nas estradas e cidades (em especial nos feriados), envolvendo uso imoderado de álcool.

O que mais chamou a atenção é uma recente decisão de nossos nobres juristas, ratificando o direito da pessoa não produzir prova contra si mesmo, portanto sendo lícito alguém negar-se a fazer o teste do "bafômetro"... Que país o nosso; enquanto isso, os assassinos motorizados podem continuar ceifando vidas e respondendo a processo em liberdade, pagando um montante que a autoridade policial determina. Sei que culpar não resolve, mas nossos políticos são o retrato de nossa sociedade 'amadora' como costumo dizer - aqui tudo é feito de qualquer jeito, improvisado, sem esmero, o que redunda em leis inócuas e abusos de todo tipo.

Para a sociedade fica a dor daqueles familiares que sobrevivem ao falecido (quando não morre, é comum as lesões dos acidentes deixarem a pessoa incapacitada, entravada no leito, vegetando, presentificando o enorme sofrimento) e enormes gastos num sistema de saúde que já não é 'aquelas coisas', para dizer sem querer ofender.

Quanto à morte... é o tema que, quanto mais velhos ficamos, mais se nos apresenta à consideração. Sei que meus pais são bem mais velhos que eu (e, curiosamente, encontrando-nos volta e meia, como agora na Páscoa, o tema vem à tona, ainda que meus genitores, cristãos esclarecidos, consideram, como eu, a morte como a libertação das agruras desta esfera, e a entrada na Beatitude) e eu, mais velho que meus filhos e netos, mas nada garante 'quem vai' primeiro... Não tem um ou uma que não se atemorize com a aniquilação final, com 'o abotoar do paletó', em 'vestir o paletó de madeira'... No fundo, é o desconhecido, o ignoto, aquilo que o bicho-homem mais teme!

Eu já tenho bem equacionada a questão - ninguém voltou do outro lado para dizer como é. Estes relatos de pessoas que 'estiveram lá', as narrativas de retorno ao corpo depois de estar morto, presenciando aura de luz, etc., não tem qualquer respaldo científico que evidencie crença inequívoca quanto à sua suficiente veracidade. Não é ceticismo tacanho; sabe-se que temos que ter normas e princípios para discernir, senão passa-se a acreditar em tudo e em todos, o que é, no mínimo, arriscado.

Como crente (e cientista, sabendo a diferença e alcance destes dois Magistérios) opto pela  explicação que outros já (brilhantemente) trilharam. Mas digo o meu critério: com Esopo (seculos VII e VI antes de Cristo), admirado fabulista, penso que "todas as verdades tem dois lados, e convém examinar muito bem os dois antes de se comprometer com qualquer um deles".  E como Cristo ensinou (está lá no evangelho de Mateus), Sufficit diei malitia sua, que quer dizer, A cada dia bastam as suas tribulações.


[para quem gosta do tema, sugiro ler o interessantíssimo artigo de Cezar Luís Seibt, 'Sêneca e a finitude da vida - o que a finitude pode ensinar sobre o viver', revista INTEGRAÇÃO, ano XV, nro. 59, outubro-novembro-dezembro de 2009, páginas 371 a 378. Neste artigo aprendemos que o modo de encarar a morte tem a ver com o modo de encarar o viver...]