As atribuições do CEP são de papel consultivo e educativo, visando contribuir para a qualidade das pesquisas, bem como a valorização do pesquisador, que recebe o reconhecimento de que sua proposta é eticamente adequada. Se o investigador científico trabalha com pessoas, deve dispor de um protocolo de pesquisa que seja o resultado de cuidados tanto técnicos (relacionados à discussão científica de um tema de pesquisa) quanto de cuidados dos sujeitos da pesquisa. Tenho muitas tarefas a executar e presentemente estu na fase de ajustar os relatorios do Comitê, os formulários e informativos das rotinas. Existem muitas providências que fazem parte do sistema CEP, além de julgar os protocolos de pesquisa. É o que faremos em boa parte de nosso trabalho doravante no UNIFAE. Que o Pai Celestial me ampare em tão complexa tarefa.
Passeamos, Ruth e eu, em Poços de Caldas, como sempre fazemos, dede a manhã - hoje o motivo foi o dia dos namorados - e Bilú faz questão de ganhar algum presente. Sempre acerto levando-a a escolher um sapato ou bolsa; como (quase) todo ser feminino, ela é alucinada por estes adereços. Como digo sempre, não tente entender a mulher - elas não seguem a Lógica, e são por demais complexas... Antes que digam que sou machista, arremato: "Mulher não foi feita para ser compreendida, foi feita para ser amada..." É um vuco-vuco quando digo isso em sala de aula, mas todas gostam quando dou o veredicto final - devemos ama-las e pronto!
Não pude deixar de me emocionar (Ruth depois me confessou que também se comoveu): bem do nosso lado, na hora do almoço, uma adolescente deixou cair a bandeja de comida dela, esparramando ruidosamente o prato, talheres e bebida ao chão. As atendentes acorreram logo - limparam o local, abateram a despesa, mas a moçinha ficou inconsolável, e nem quis mais se alimentar. Ficou em sua solidão derramando lágrimas silentes e digitando o celular. Um casal que a acompanhava não teve a sensibilidade de orienta-la nesta hora; tivemos, Ruth e eu, a percepção da jovem senhora ser a sua mãe, acompanhada de um amigo - talvez um pretendente, posto que o homem não parecia (pela atitude e pelas feições) ser seu pai. Eu faria tão diferente se fosse a minha filha (lembrei-me na hora das minhas 3 meninas - como eu ansiava protege-las!); ela não ficaria se sentindo desamparada daquele modo. Mas 'fazer' um filho é muito diferente de educa-lo. Sei que não sou boa referencia para ninguém pois fui forçado a divorciar por 2 vezes, mas enquanto meus filhos estiveram comigo procurei cumprir o melhor que pude meu dever de pai. Uma das coisas mais lindas que ouvi na vida foi meu filho dizer que ele iria criar seus filhos do mesmo modo que eu o criei (e eu o criei do modo com que meu pai criou meus irmãos e a mim, com diálogo e mão firme, num lar cristão).
Demorei a escrever aqui - muitas provas (elaborar e corrigir) e as providências do Comitê de Ética, principalmente, entremeadas com os dias que vou ao Asilo e às minhas leituras. Tenho uma carga elevada de leitura, auto-imposta, mas essencial em todos os sentidos - papers, jornais diários, revistas, Bíblia (Esta me toma, hoje em dia, a maior parte do tempo - quanta oportunidade de aprendizado espiritual 'perdi', não bebendo da Fonte! Mas também tive que me preparar bem para isso...). Tenho esta rotina desde jovem, e é o que me mantém vivo, em especial a leitura da Palavra.
Nestas férias de Julho terei, ao que parece, que assessorar meu filho que vai vir aqui ao Brasil a trabalho. Mas estou vendo também se faço a cirurgia de desvio de septo nasal, que já deveria ter feito há tempos. Vamos ter que planejar e articular os diversos projetos. E não vou ter o mês inteiro de inatividade acadêmica, 'por causa' do Comitê de Ética e também por causa do meu Grupo de Estudo do Idoso. Tenho que dar conta disto tudo, mas sei que o Senhor me ampara; procuro andar no Seu Caminho...