A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Vida fugaz...

foto obtida agora (via Google Images...) de
http://www.fatoreal.com.br/espaco-livre/item/4278-vida-passageira

Estivemos neste fim de semana em Campinas, agora para um jantar comemorando o 'niver' de minha mãe. Só o mano mais velho não pode ir. Dormimos lá, Ruth e eu, na casa dos velhos e vontamos na tarde de domingo mesmo. Tentamos passar no Shopping Iguatemi para ver a Livravia Saraiva mas, por motivo deles estarem ampliando as instalações, não se conseguia vaga para estacionar nosso bólido (meu humilde carro), então viemos embora assim mesmo. Chegamos em tempo de descansar e irmos à Igreja, dando carona para a amiga Juvelina, que é muito engraçada.

Hoje à tarde temos reunião de oração de um grupo de membros da Igreja Presbiteriana da Vila Brasil. Igual aos dias em que vou barbear os idosos no Asilo, é uma oportunidade que espero com alegria, antevendo os momentos prazeirosos. São eventos que significam nossa vida e nos fazem sentir 'fazendo parte', merecendo nosso fugaz existir. Volta e meia sou lembrado da efemeridade da vida, que só aparentemente parece demorada. Mesmo para minha tia Cordélia, que fez 97 anos recentemente, se olharmos para o universo, não é 'nada', apesar de parecer demorado para a pessoa. Quanto aos meus quase 59 anos, passaram rapidamente demais, não obstante eu ter vivido intensamente quase todos os meus episódios, em especial o nascimento dos meus filhos. 

A lição que fica é atentarmos para o que realmente vale a pena. Quanto tempo se perde com ninharias, pequenices, coisas sem importância, mas que o fazemos 'valioso' somente pelas nossas enviesadas tendenciosidades. A vida, paradoxalmente, tem o condão de envilecer a si mesma, por nossa própria natureza corrompida e, se não ponderamos, sopesamos suas causas e efeitos, somos levados de  roldão numa voragem difícil de livrar.

Se o vivente não tem uma balaustrada, um corrimão confiável para se apoiar na caminhada, hoje, nestes tempos sem precedentes na história da Humanidade, o mesmo facilmente se perde, infelizmente. É o que vemos a todo instante... A Palavra de Deus é nosso castelo forte, que nos protege na borrasca... 

domingo, 18 de agosto de 2013

Dia dos Pais e outras coisas...

parte da turma reunida

eu e meus queridos irmãos, mais o patriarca GVD

Geraldo-Luiz Sérgio-Neiroberto-Luciano (deste, rara foto sorridente)

Dias dos Pais fomos em Campinas na vivenda do mano Sérgio, em Souzas; tarde muito agradável, em todos os sentidos. Fico muito feliz ao ver a alegria dos velhos com todos os filhos reunidos e na mais perfeita harmonia - sempre foi assim nestes meus 58 anos e sempre será. 

. . . 

Finalmente conseguimos debelar lançadiça vazadura na caixa-d'água que teimava em ocorrer nas horas mais impróprias. Dois encanadores já tinham subido ao telhado da casa e nada de identificar o vazamento de água, por incrível que possa parecer. Felizmente este último operário conseguiu identificar o filiforme derramamento que nos era pespegado na face tal como um revirete, e após certa corveia, resolveu o problema. De sobra, o responsável e aplicado fazedor sugeriu-nos a limpeza das placas de aquecimento solar que estavam empoeiradas, o que seguramente estava comprometendo o rendimento da produção de água quente, o que lhe rendeu polpuda gorjeta. Surpreendedor é nenhum dos trabalhadores antecedentes ter resolvido a dificuldade ou sugerido a limpeza que se fazia manifesto. Por Júpiter! que cambada de imprestáveis...

. . . 

Como é o nosso português... O (Carlos Heitor) Cony escreveu em sua coluna de hoje do jornal Folha de São Paulo que nossa presidenta Dilma 'perdeu ... o rebolado'. Toda a língua tem, quase para cada termo, locuções as mais variadas (veja, no dicionário, o termo 'língua' quantas as tem!!!). Fico a pensar um estrangeiro, ao ver o uso particular do termo acima, escrito ali e lá... Por isso que estudar o idioma e os modos de falar é tão fascinante...

. . . 

Ontem fomos às exéquias do ínclito Reverendo Odayr Olivetti na Igreja Presbiteriana Central (que é perto aqui de casa). Quanta falta ele fará! Tive oportunidade de conversar com ele algumas vezes - rapidamente vê-se que era ser diferenciado dos demais humanos. Uma pessoa escolhida, sem dúvida. A quantos ajudou a encaminhar a vida a Deus... Eu posso de certa forma me considerar um deles - quem leu e estudou As Institutas (de João Calvino) e a Teologia Sistemática (de Louis Berkhof), magnificamente traduzidas por ele, sabe do que digo. Foi acometido de grave enfermidade mas nunca se ouviu de sua boca alguma reclamação - parecia que nem estava doente! Ele era, além de colunista, pastor, pregador, escritor, um teólogo importante da Fé Reformada. Ah, e era rio-clarense, minha terra de adoção, assim como o grande Ulysses Guimarães... Grandes homens.

Foto obtida (via Google Images)


domingo, 4 de agosto de 2013

Amanhã reiniciam as aulas...

Anfiteatro da Pontifícia Universidade Gregoriana
(via Google Images...)

16: 17 horas... oportunidade de fazer uma bebida quente. Gosto de variar; agora fiz uma xícara de cevada; gosto de capuccino, de chocolate  e de chá também. Pego umas bolachas para acompanhar e...  tome digitação!

Estou aqui neste domingão preparando o reinício das aulas. Não posso avançar muito visto que estão modificando o site do UNIFAE, meu Centro Universitário - não estão disponíveis os links para os professores postarem materiais ou acessarem outras informações. Pelo menos tenho o antigo calendário escolar, mas fomos avisados de que haverá alterações. 

Está sendo planejado a constituição de novos cursos em nossa Instituição de Ensino Superior, o que nos manterá ocupados por muitos anos, assimilando todas as novidades - até curso de Medicina está sendo postulado, além de Farmácia e Engelharia de Software. Um tipo de curso como o de Medicina costuma mexer muito com a rotina de qualquer comunidade... 

A primeira semana de aula constuma ser bem 'morna' - os alunos estão mais com vontade de ficar colocando a 'conversa em dia' entre si. Eu levo minha parafernália multimidia e coloco imagens atrás de imagens, não dando muito tempo para o alunado se distrair. Este semestre resolvi colocar uma "carta de princípios" para discutir, de modo a harmonizar expectativas de parte a parte. 

Vou colocar em seguida uma parte desta carta, pois pode ser de utilidade. Há tempos estou compilando estas informações, coligidas a partir de planos de ensino de amigos, de cursos que frequentei e de planejamentos de curso estrangeiros que vi na web.  Omiti agora aspectos que são específicos da parte burocrática, e viso aqui passar uma ideia de como entendo a 'filosofia' da atividade docente no que tange a algumas dimensões do ensino e aprendizagem. Vou discutir com os alunos todos estes pontos, e outros que costumam 'dar problema', visto que a moçada hoje é mais 'tranquila' com relação a estas questões...

  1. O professor considera que o aluno universitário habitualmente experimenta uma espécie de ‘choque’ quando se defronta com a metodologia de ensino acadêmico, que pode diferir muito do segundo grau. Ele ou ela se confronta com posicionamentos teóricos que vão mexer com crenças arraigadas, apesar de muitas vezes ainda não ter tido contacto com os assuntos de forma mais sistemática. É natural o aluno sentir dificuldades (que variam em grau e tipo) nesta ou naquela disciplina.
  2. O estudante não deve esperar que o docente vá dar respostas a todos os questionamentos – a meta principal é o aluno sentir-se desafiado a aprender, com certo detalhe, o que os estudiosos propuseram sobre os diversos assuntos e seus principais aspectos, identificando os fundamentos que embasam suas visões. Isto envolve um processo complexo, que fundamenta a gradual aprendizagem de qualquer área de estudo, durante todo o curso (e continua mesmo após a formatura...).
  3. Muitos alunos parecem satisfazer-se somente com que o professor comunica ou trabalha em sala de aula. Na atualidade, qualquer área de estudo é vasta, e as aulas acabam abrangendo um pequeno percentual do conhecimento total que existe, inclusive pela limitada carga horária destinada durante a semana. Assim, o docente assume que cabe ao aluno autonomamente AMPLIAR seu conhecimento em todas as matérias, complementando-as com atividades extraclasse, realizando sua própria pesquisa e aperfeiçoamento nas diversas áreas, seja pela internet, seja por estudos dirigidos na Biblioteca, etc. O professor poderá contribuir nesta empreitada, se o aluno ou aluna desejar.
  4. Principalmente em sala de aula, o aluno deverá exercitar suas capacidades de argumentação crítica, ou seja, suas habilidades em oferecer razões sustentadas para seus posicionamentos, ao mesmo tempo em que aprimora suas capacidades em defender sua visão contra as críticas daqueles que discordam dele, ou daqueles que possuem posicionamentos alternativos. Um pressuposto de qualquer trabalho universitário é que um posicionamento, uma visão, requer o suporte de argumentos (assertivas) pertinentes, adequadas. O principal aprendizado do aluno será permitir que alguns de seus posicionamentos sejam alterados, modificados, em face dos argumentos de outros que (igualmente de modo fundamentado, justificado) dele discordam ou se diferenciam.
  5. Muito do trabalho docente é conscientizar o alunado no sentido da descoberta dos mesmos serem os sujeitos do processo educativo (e não o objeto). Assim, os alunos devem aprender a assumir suas responsabilidades dentro de uma caminhada vivencial que contempla, de um lado, o autoconhecimento e, noutro lado, o constante aperfeiçoamento e atualização de seus conhecimentos.  Dito de outro modo, espera-se que o aluno seja o gestor do seu próprio aprendizado, na medida do seu engajamento e necessidades pessoais, e este aprendizado será tanto mais rico quanto sua dedicação à disciplina, assiduidade, sentido ético e esforço em realizar um trabalho de qualidade.
  6. O docente age na situação de sala de aula como um ‘catalisador’, funcionando mesmo como um facilitador da aprendizagem do aluno. Não se considera mais hoje que o professor ‘forneça’ o conhecimento: ele coopera junto ao aluno no aperfeiçoamento gradual de suas competências e habilidades acadêmicas, intelectuais e sociais. A atividade em classe pretende ser uma experiência enriquecedora para ambos, orientador e orientando onde, antes de ser mera obrigação didática, pretende constituir-se num espaço para o exercício de (con)vivências interpessoais significativas.
  7. Qualquer disciplina abarca um conjunto de atividades humanas a serem praticadas, e não um mero corpo de fatos a ser memorizado. Se o aluno faltar e não se atualizar sobre as atividades ocorridas, dificilmente elas surgirão ‘espontaneamente’ em sua mente, concorrendo para que o aluno não satisfaça os critérios de aprovação propostos.
  8. Em princípio, o docente assume que a grande maioria dos alunos é daqueles que demonstram respeito pelos demais colegas, não se atrasando para o início das aulas ou não adentrando à mesma ruidosamente. O professor adicionalmente crê que os alunos possuam um mínimo de capacidade de planejamento de suas atividades intra e extraclasse, de modo a evitar que ‘necessitem’ retirar-se da sala de aula (mesmo que depois voltem), antes da mesma ter terminado.
  9. O professor acredita que cabe aos alunos grande parte da responsabilidade em criar, manter e cooperar para a existência de um clima de ensino-aprendizagem adequado em sala de aula, onde ocorram efetivamente produtivas e questionadoras (motivadoras...) discussão e reflexão.
  10. Fraude de qualquer natureza ofende o docente e os colegas do aluno, não beneficiando de modo algum o Curso, a Instituição de Ensino e seus funcionários. O docente acompanhará cuidadosamente as atividades, averiguando evidência de fraudes. Toda transgressão será devidamente penalizada de acordo com a política educacional vigente.  Em outras palavras, o docente espera que cada trabalho ou avaliação de aprendizagem seja da lavra própria do aluno. Plagiar, preparar trabalhos em nome de alguém ou faltar com a verdade dos fatos em provas e demais atividades será tratado de conformidade com o Regimento Acadêmico.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Pulcritude...

Às vezes fuço na web visando destrinçar a trama 'infinita' que se criou digitalmente, e isto em tão pouco tempo... Agora à pouco coloquei o termo 'pulcritude' no Google Images, e você não imagina a baralhada de imagens que se reúne ali, sem qualquer nexo entre elas, o que se poderia esperar a partir da palavra-chave. Não consigo atinar o critério da ferramenta!

Isto ilustra nossos tempos, sem dúvida, amálgama que define toda e qualquer existência. Já discuti isso aqui; fico a pensar como o jovem se posiciona frente tal mixórdia de polifacetadas dimensões e graus, sem falar nos gêneros... Sabe qual foi a chave para eu conseguir decifrar meu mundo? Sim, pois eu apanhei o começo de toda esta profusão de dados, informações, opiniões, ensinamentos e 'ensinamentos', orientações e disposições que assolam o vivente a cada segundo, sem manual de instruções... A chave foi precisamente estudar a Linguagem

Se tudo passa pela palavra, é ela a chave para decifrar o mundo, pois os horizontes que se formam a cada inspeção, a cada constatação, a cada interpretação - passos prévios a cada compreensão do que é - só podem ser discernidos apropriadamente se dominamos a ferramenta da palavra. 'Dominar' aqui é uma aproximação, pois não sei se conseguimos isso efetivamente. Talvez seja uma espécie de ilusão, uma quimera. Iniciei cedo na tarefa, seduzido pelas primeiras letras, e sou até hoje sôfrego leitor, e isto de todo tipo de texto - quem não se apaixona pela Literatura? Aprendi até, ao longo do caminho (principalmente no estudo da Hermenêutica - meu mestre foi Hans-Georg Gadamer), que cada um de nós pode ser considerado um tipo de 'texto', imagina!

Mas consigo 'respirar' hoje em dia, sem me deixar afogar por tanta coisa que me é despejada, ininterruptamente. Consigo identificar jogos de linguagem, suas figuras, as enunciações dos variegados discursos, as implicações e as possibilidades de entendimento. Já é algo que me acalma, e sempre me municia, a linguisticidade, de estratégias para realizar a compreensão. Quer um conselho? Aproxime-se da Palavra! 

Só para ilustrar: normalmente coloco uma figura no exórdio dos meus posts, mas desta vez nada coloquei - somente o título. Não defini o termo pulcritude, que não é de uso comum (e até não muito êufono, eufônico, convenhamos...). Aqueles que me acompanharam até aqui sem decifrar de imediato o termo, tiveram uma compreensão. Quem procurou, antes de tudo, o que significa o termo, terá outra compreensão de tudo aqui, pois creio que uma figura ou palavra ajuda a formar um entendimento prévio, e qualquer coisa que eu colocasse figurativamente como proêmio agiria para 'endereçar' as possibilidades de entendimento, concorda? Pois então... a figura agiria como um texto (complexo, denso, como certos termos...) para o entendimento prévio do que veio a seguir. É o mesmo que colocar um termo, desconhecido ou não. É isso. Fica o desafio.

domingo, 28 de julho de 2013

Domingão...


foto obtida agora (via Google Images) de
http://www.backtotheroots.com/blog/53

Imaginem que nesta semana tivemos muitas montanhas aqui no Brazil parecidas com esta acima retratada... Incrível, mas nevou em muitas cidades do sul - saiu nos jornais e tudo o mais... não precisamos ir mais para o exterior para ver neve... Felizmente a frente fria já amainou e o tempo volta a ser mais palatável.

Ligo a Tv agora à tarde e coloco o computador no colo para escrever no blog, ao mesmo tempo que vejo o jogo de futebol – estou curioso para ver como meu time vai atuar nesta sua desastrosa temporada. Coisa chata nosso time perder partida após partida, e “ninguém toma providência”!! Mas não sou do tipo fanático que sai perpetrando sandices porque nossa agremiação esportiva favorita vai mal... Paciência!

Ruth está a preparar uma carne assada e pede minha opinião – degustando... – de vez em quando para ver se o petisco está ‘no ponto’. Lombo de porco na cerveja, que delícia!! Depois de peixe, é a carne que mais aprecio.

Estou meio preguiçoso para escrever nestas ‘férias’, não sei bem o porquê. Não faltam ideias ou observações a refletir. Minha cabeça anda à mil; vejo cotidianamente coisas que merecem ser reportadas, mas o enfado é medonho, como já reportei aqui. Quando ando pela cidade, coisa que faço agora quase todo dia (pois moro atualmente no centro, numa gostosa vivenda), fico pensando em diversos temas que mereceriam uma crônica aqui, mas confesso que quando chego em casa não me lembro muito do que concebi na caminhada: é a idade ou um possível processo degenerativo...mas não me preocupo muito com isso; aprendi a receber toda Providência como um privilégio dos céus, não importa a valoração que se possa dar. Passo meus dias em feliz submissão ao meu Pai Celestial, soberano e misericordioso.

Hoje cedo após acordar fiquei matutando antes de levantar para fazer o café matinal. Os sonhos que tenho são muito curiosos: sempre ajo de modo diverso a que sou no dia-a-dia; não vou comentar detalhes para não dar munição aos freudianos de plantão... Mas o misturado de cenas e temas que ocorrem é intrigante nesta atividade neural – coisas do passado mesclam-se com coisas que vi ou vivi no dia em curso e por vezes com coisas que ainda vão acontecer... muito maluco tudo isso. Mas o que quero apontar é que eu não me deixo abalar por estes sonhos, mas outra pessoa, que se deixa impressionar ou não consegue atinar os porquês destas ‘mensagens’ oníricas, pode-se abater ou desanimar, mesmo desesperar. Existem ‘especialistas’ em interpretar sonhos, e certas ‘compreensões’ são bem risíveis; não sei de onde tiram tanta imaginação, e vemos que estas pessoas nunca estudaram nada de linguagem, teoria da narrativa ou semiótica.

De qualquer modo vamos encerrar o dia e iniciar a semana indo à Igreja, para o culto dominical – recarregar as baterias, significar, reequilibrar, louvar, agradecer. Coisa boa de se esperar para o fim da jornada – abarca para mim muito dos existenciais que valem a pena vivenciar. O resto é relativo!

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Frio e chuva

Foto obtida (via Google Images) de:
http://oddessey2000.com/index.php?/archives/2355-rainy-day.html
(um blog familiar interessante...)

Você acredita que um dia frio e chuvoso assim me anima a escrever, a sair e até a me exercitar? É que tenho lindas lembranças dos tempos em que eu treinava atletismo (lançamento de disco) no Esporte Clube Pinheiros, em São Paulo, nos idos de 1970, 1971, 1972, e sempre que ia (de trem) à capital estava um tempo nublado, chuvoso, frio - que delícia!

Mas agora aqui em São João o tempo está assim. Gosto de ficar olhando para fora, vendo na rua as pessoas passarem, os carros, os animais tomando chuva - quantas estórias, e eu aqui assistindo ou fazendo parte da cena, de certo modo. A vida é muito breve mesmo; vivemos um átimo, um estalar de dedos!

Metade das 'férias' já se foi. Ruth arranja 'coisa' para a gente fazer quase todo dia (hoje à noite vamos nuns amigos muito queridos da Igreja), e eu vou preparando as aulas, fazendo barba no Asilo, colocando a leitura em dia, visitando a parentela, passeando de motocicleta.

Minha vida foi feita de muitas mudanças radicais - ainda hoje, que começo a me sentir velho, sinto vontade de mudar radicalmente, sei lá; mas agora não é mais possível. Mudanças extremas talvez só quando aposentar. Já não se tem atualmente muito espaço para se aventurar, mesmo com planejamento. O mundo mudou demais para mim. Está tudo muito 'acelerado'; a gente não acompanha mais as alterações - vamos 'levando', ao que parece. Difícil manter a criticismo nesta borrasca toda. Somente a religião nos mantém firme...

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Retorno de sobrinho: festa familiar...

Liv e eu (corujíssimo...)

Sábado fomos a Campinas - comemoramos domingo a volta do sobrinho Ivo, filho do meu irmão Sérgio e da Marli Elisete de um período de estudos (intercâmbio) na Alemanha. Como sempre, churrasco a cargo de nosso cordon-bleu, Neirobert, marido de Lúcia. Ruth e eu apanhamos Lívia em Rio Claro antes, e ela vai passar umas semanas destas férias com a gente aqui em São João.  Vejam como está linda minha menina - já está mais alta que Bilú, e muito charmosa. Fico zoando com ela o tempo todo... Ela tem paciência comigo, decididamente! Voltamos hoje a São João, pois temos Reunião de Oração, visitas, trabalhos e planos a executar por aqui; segundo semestre se avizinha...

Em Campinas vi a notícia (no Globo News!!) que aqui tinha ocorrido pavoroso acidente automobilístico, ocasionado por 2 jovens alcoolizados que estavam fazendo 'racha' com suas respectivas caminhonetes a 170Km/h terminando, com esta imprudência (eu diria intuito criminoso) por assassinar 2 pessoas, na nova estrada que corta a cidade. Que tragédia para tantas pessoas. O chato é que parece que são, os rapazes, de famílias de certa posse, o que nos faz imaginar que talvez nem cumpram pena pelo quase premeditado assassínio. Tem dias que a TV nos desanima! Triste viver neste brazil...

O Ivo é o jovem de camiseta branca, à frente, quase no centro da 
foto, com sua querida irmã Paula apoiada em seu ombro.
O Neirobert é o sorridente de camiseta vermelha,
todo orgulhoso com a pequena neta Talita, esta que está ao lado
da esposa (minha querida mana) Lúcia, os únicos sentados 
(meus pais estão ao lado de Lúcia).
Sérgio e Marli estão na extrema direita da foto.
Eu e Bilú na extrema esquerda (nada de política...)

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Lapso e férias, digo, 'recesso'...

Leo (maridão da Valéria, pai da Mariana) e eu,
 responsáveis pela pipoca na Festa Junina do Lar São José,
asilo aqui de São João da Boa Vista onde já fiz
trabalhos de orientação de estagiários

Nóooossa, fazia tempo que eu não escrevia aqui, sorry! Acho que ninguém sentiu muita falta; ninguém reclamou, nem fez 'manifestação'... Mas estou de férias ou, como se diz, em 'recesso', pois minha universidade não trabalha em julhos - digo recesso entre aspas, pois nem todas as atividades estão paralisadas nesta Autarquia, somente as didáticas ligadas ao ensino-aprendizagem em sala de aula.

Mas quantas coisas aconteceram ultimamente... Além de certo enfado de minha parte (será uma espécie de sintoma das mudanças de temperamento que advém com a idade??) a sucessão de coisas me deixou aturdido. A mais acachapante foi o movimento, felizmente já amainado, das tais 'manifestações'. Li montes e montes de coisas sobre ela nos diversos meios impressos de comunicação, além da massacrante onipresença em todos os canais de TV. Tive a tentação de expor aqui neste espaço meus pensamentos, mas ia seguramente como que perpetrar uma espécie de pastiche, então desisti. Na verdade, foi o momento da emergência (uma conduta bem exemplar de nossas soeiras...), da eclosão de inúmeros entendidos e 'especialistas', a conceder entrevista, postar textos e comentários em todos os meios possíveis, tentando elucidar tal fenômeno, em todos os seus matizes sociológicos, antropológicos, psicológicos, econômicos, lúdicos, religiosos etc. ... um sufoco!! Muita coisa interessante, mas também muita bobagem foi dita; foi a festa dos jornalistas e analistas de plantão. Abusando do lugar-comum, seria cômico se não fosse trágico.

Guardei diversos recortes de jornais e revistas para relembrar um tanto da atmosfera de tais fatos, no futuro (tenho este costume; existem guardados preciosos no meu porão, tudo organizado em pastas suspensas nos meus arquivos...) quando estiver aposentado. Gosto de re-meditar certos acontecimentos, principalmente depois que a poeira já baixou bem. 

Gostaria de recomendar a leitura de um dos textos mais lúcidos e elucidativos destas coisas todas, curiosamente oriunda de um poeta (que admiro), o Ferreira Gullar. Em sua coluna aos domingos no Jornal Folha de São Paulo, no caderno Ilustrada (ano 93 nro. 30.769, 30 de junho de 2013, página E-10), publicou o texto "A vez do povo desorganizado", que recomendo  a leitura. Entre no site do jornal  www.folha.uol.com.br   e pesquise o autor; verás o texto fácil-fácil...

Semana gostosa - torneiro de Sumô rolando (quinze dias de curtição garantida!), novo disco do Black Sabbath no toca-disco (crédo, ia escrever vitrola - ainda tem no dicionário, sim!) mas acho que seria demais - estou velho, mas tenho que cuidar do que escrevo...


quarta-feira, 19 de junho de 2013

John Stott

John Stott

Recebi há tempos de meu amigo Nathanael um livro deste importante teólogo inglês, falecido há pouco tempo, que recomendo - é uma verdadeira aula sobre espiritualidade cristã. O livro é o famoso “A Biblia toda, o ano todo: Meditações diárias de Gênesis a Apocalipse” editado pela Editora Ultimato em 2007 - www. ultimato.com.br, de Viçosa (MG) - eles tem livros maravilhosos lá, e editam também uma ótima revista.  A oração que transcrevo abaixo se encontra no mesmo, e é muito bonita:  incorporei em minhas preces diárias...

Deus Todo-Poderoso e eterno,
Criador e Sustentador do universo, eu te adoro.
Senhor Jesus Cristo,
Salvador e Senhor do mundo, eu te adoro.
Santo Espírito,
Santificador do povo de Deus, eu te adoro.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
Tal como era no princípio, é agora e será para sempre, até o final dos tempos.
Amém.

Pai Celestial, peço-te que neste dia
eu possa viver em tua presença e agradar-te mais e mais.
Senhor Jesus Cristo, peço-te que neste dia
eu possa tomar a minha cruz e te seguir.
Espírito Santo, peço-te que neste dia teu fruto possa amadurecer em minha vida  –
amor, alegria, paz, paciência, bondade, mansidão, fidelidade, generosidade e autocontrole.
Santa, bendita e gloriosa Trindade, três pessoas e um único Deus, tem misericórdia de mim.
Amém.

(Do Pentecostes à Parusia: meditação sobre a Trindade, p. 296 – Mateus 28:19).
Saiba mais acessando http://ultimato.com.br/sites/john-stott/


Eu pessoalmente acrescentei, para a minha oração matinal, somente o termo SOBERANO, na primeira estrofe, segunda linha, após o 'Sustentador' - para ser mais fiel ao calvinista que sou...

quarta-feira, 12 de junho de 2013

noite estrelada...

Foto baixada agora (via Google Images) de
http://www.arcfile.com/tosaband/wp-content/uploads/2013/01/stars.jpg

Gosto muito de caminhar, em especial à noite. Quando volto da Universidade onde ministro aulas (por volta das 23 horas) não tem quase viv'alma nas ruas (nossa São João não é grande cidade, e ainda por cima tem uma lei que veda bares ficarem abertos depois de certa hora...) e a gente experimenta uma gostosa 'solidão'. Vejo muitas coisas impossíveis de captar quando passo de carro pelo mesmo caminho. Mas de noite é mágico!! O silêncio é o que mais me cativa. Quanto mais velho fico menos suporto barulho, que coisa...

Este final de semestre está me cansando, não sei se é pelo número maior de aulas que precisei assumir. Mas acho que o que me enfastia é a dificuldade que as pessoas tem em nos aceitar como somos - sempre acabamos por aborrece-las, ao que parece. As relações interpessoais estão muito custosas e antagonizadas...; parece que as agendas são a cada vez mais individualizadas, prescindindo cada qual do outro (o que é utópico). Vejo que me encastelo em meu solipsismo, acompanhado da leitura e da reflexão, que sempre me marcaram após a juventude. 

Sempre gostei de vivenciar minha subjetividade, explorando a maravilha que é a mente. Sempre entendi que se eu fosse ser alguma coisa, precisaria polir, acepilhar meus pensamentos. Ainda persigo tal tarefa, por demais trabalhosa. Às vezes acho que não é mais valor a ser alcançado pela maioria das almas, como antigamente. Ao se fiar na TV e outras mídias, tal meta não é prioritária. Fico cada vez mais me sentindo peixe fora d'água!

Mas é só olhar um céu estrelado para acabar com esta bobajada. Cada um responde por si!


quarta-feira, 5 de junho de 2013

Feriados, frio, preguiça e final de semestre...

Foto obtida agora, via Google Images, de
http://www.webdesigncore.com/2009/12/20/25-astonishing-sun-light-photography/

(visite o site, é muito legal, tem lindas fotos e outras coisas 'bem boladas'...)

Nossa, faz tempo que não escrevo aqui; viagens (por causa de feriado de Corpus Christi), passeios, preguiça (por causa do frio), trabalhos na Universidade, revisão do Trabalho de Conclusão de Curso de Bilú, trabalho voluntário... uff, quanta coisa! Mas fui a Rio Claro (buscar e levar a Lívia), a Campinas e a Poços de Caldas (estado de Minas Gerais), que eu simplesmente adoro.  Tenho raízes mineiras dos dois lados da família, como já é sabido.

Que foto bonita acima; que coisa artística, não é mesmo? Eu aprecio muito, como uma boa música. Ajuda a gente a enfrentar as notícias ruins que aparecem toda hora nos jornais ou na TV. Às vezes dá vontade de virar uma espécie de 'ermitão' e não frequentar as redes sociais e a mídia de um modo geral - parece que o que mais chama a atenção é má notícia... Tempos chatos estes que vivemos atualmente. 'Lá vem ele com o papo de velho de novo', dirão alguns. O que me 'salva', além das boas imagens, música e amigos do coração (a esposa reside em categoria especial...) é a boa leitura. Leio muito; em geral, mais de um livro, a cada vez. Tenho agora uns 8 que estou lendo concomitantemente. Assuntos diversos, mas habitualmente Filosofia, Religião e sobre o problema do Idoso, que é o assunto de minhas investigações recentes. Psicologia, já cansei um pouco do assunto. Neste particular, Hermenêutica ainda chama minha atenção (apesar de ser mais ambientado na Filosofia...).

Logo começam os jogos da Copa das Confederações. A única vantagem que vejo neste Pão e Circo oficial é que teremos mais oportunidade para evitar não fazer muito feio (mas faremos) na Copa do Mundo de Futebol, por causa da Seleção, dos aeroportos e da infraestrutura, entre outros. Mas seremos 'fatalmente' ridicularizados, mais uma vez, perante o resto do mundo. Esperemos para ver a magnitude da coisa. No fundo os brasileiros já estão acostumados, ainda que indignados. Mas com os políticos que temos, não tem solução.

Mais um fim de semestre se aproxima e aquela torrente de avaliações, correções de prova, chororô dos alunos e 'correria' para postar notas e presenças. Começo a ficar cansado. E ainda tenho mais 12 anos de trabalho, até a aposentadoria.. Ainda bem! Mas já estou começando a planejar como vai ser depois dos 70... Planejamento é tudo. Pena que o brasileiro não tenha este costume. Será que isto contribui para sermos tão atrasados??

sábado, 25 de maio de 2013

Friozinho 'ajeitado'!!

"Cold Blues", by alexiuss,
obtido agora, via Google Images, de
http://fc06.deviantart.net/fs10/i/2006/080/3/1/Cold_Blues_by_alexiuss.jpg

Linda imagem, não? Gosto muito de boas fotos; esta aí é ótima... Lembra-me a infância, quando passávamos temporada na Fazenda Boa Esperança, na cidade de Piraçununga (este vocábulo, de origem indígena - tupi -  quer dizer 'cachaça', aguardente de cana) , de propriedade do sr. Rolf Weinberg - não sei se erro na grafia do nome; era um dos judeus patrões do meu pai - muito boa pessoa, educadíssimo - na empresa que ele trabalhava na época (anos 60, começo dos 70).

'Adoro' o frio - sinto-me bem à vontade. Nesta semana os colegas foram 'encapotados' na Universidade; eu ia só de 'uniforme' mesmo: camiseta paquistanesa preta e calça jeans (como o Steve Jobs...) - não tem nada mais confortável. Só não uso tênis todo o tempo, pois gosto de mocassim.

Nestas férias que se aproximam vou fazer umas mudanças 'logísticas' aqui em casa; sairei das catacumbas, dos porões aqui do casaréu, e ocuparei uma dependencia na parte de cima. Lá em baixo, apesar do isolamento, não temos bom alcance do serviço de celular e da web (wireless). E também Bilú vai precisar de um cantinho para colocar seus apetrechos de trabalho de Fisioterapia, agora que vai se diplomar (é sua segunda faculdade; ela é Administradora de Empresas). Acho que tudo vai se acomodar bem, pois lá na 'antiga' sala tem até instalações sanitárias do lado - esta casa tem vários cômodos pelos 2 pavimentos, e 4 banheiros (!) ; é bem mais que suficiente para nós dois.

No fundo, eu e ela gostamos de sempre estar alterando as coisas aqui em casa e 'sendo alterados' por elas... Gostamos de mudança. É um truísmo que  única coisa fixa neste mundo é que tudo se altera, e não se pode lutar contra esta determinação. Mas Ruth gosta ainda mais que eu de mudar mobília e adereços - interessante esta persistente inclinação dela. Ela é muito zelosa do lar, como eu acho que tem que ser uma esposa; infelizmente, este valor não é mais comum entre as mulheres, atualmente. Sinal dos tempos.

Fim de semana agitado este aqui - temos visita de um jovem casal aqui em casa (ela é minha colega pesquisadora na Universidade) com sua filhinha, também de nome Mariana, como minha primeira menina. No domingo, almoçamos na Igreja. Semana que vem é Semana Cultural no UNIFAE, e vou dar duas palestras, e acompanhar mais uma (desta professora, a Valéria, que vem aqui em casa hoje), todos os temas voltados à Terceira Idade, linha de pesquisa do meu Grupo de Estudos (GP-CNPq) lá onde trabalho. Já elaborei as provas de final de semestre (que 'trabalheira' isso dá...) e me preparo para as férias. Como o tempo anda 'passando' rápido - sinal que estamos velhos! Ah, e na quinta feira próxima vamos buscar Lívia para passar o feriado e fim de semana conosco. Saudades... falo com ela quase todo dia pelo celular, mas ficar junto é mais legal!

Revisando o texto, vi que coloquei muitas aspas nas palavras - será cacoete (acepção 06 do Dicionário Eletrônico Houaiss, por favor... )? Costumo ficar 'polindo' as palavras, pois elas são tão limitadas-poderosas... mas o fato é que aprendi a ama-las, com certo temor e reverência. É a grande experiência que um vivente pode ter, no plano mais elevado do saber. São como que chaves para boa existência; abarcam aquela classe de objetos que ninguém consegue nos subtrair, nos impedir de desfrutar. É a grande invenção da Humanidade - o resto são derivações, derivativos, derivatórios... gosto destes jogos de linguagem!

Já fui fazer a barba dos velhinhos; hoje tinha um lá que não gosta de tomar banho e as atendentes me 'ordenaram': "se ele não for tomar banho, não faça a barba dele!!" Eu disse "Fulano, se você não tomar banho não vou fazer sua barba"... e ele disse que ia 'me matar'...  demos muitas risadas, todos que estavam perto...  Ao final, duas mulheres atendentes, santas senhoras, com toda a paciência e boa vontade (como ocorre sempre lá no asilo Lar São Vicente de Paulo) vieram e o convenceram a se banhar (acho que ele faz certo charme, denguice, mas não posso afirmar; ele é simpatico comigo e ficamos depois dando risada da sua teimosia...). O gozado é que eu estava comentando jocosamente com o senhor sentado na cadeira na hora "puxa, faz muito tempo que duas mulheres não me convidam para ir tomar banho..." e não vi que uma das moças estava por perto e ela disse, deixando-me "sem graça":  "... Não seja por isso!!" O fato é que naquele Asilo a camaradagem é enorme, ainda que o serviço seja ininterrupto àqueles 76 idosos que lá residem. Azáfama diária... E só aumenta a demanda de lar de idosos e asilos no Brasil. A Irmã Superiora das Freiras que administram o lar, a querida Irmã Davina, disse-me que se houvesse outro asilo igual àquele a ficar pronto, num momento já estaria com todas as vagas preenchidas, tal é a fila de espera de famílias para colocar lá seus idosos. Que coisa; é o envelhecimento da população, que caminha célere... E eu no meio da turma!

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Dia frio e sem Bilú... e fábula

Foto obtida agora, via Google Images, de
http://www.canadascapital.gc.ca

Aqui estou, mais uma vez, 'solteiro'; Bilú foi com as colegas para a Capital, numa feira profissional. Vou ter que sair à cata de comida, etc. A gente se acostuma mal; é nossa sina de macho-dependente-de-patroa, que fazer. Talvez faço tempestade em copo d'água; o fato é que aprecio muito a companhia dela - parece que estamos casados há décadas! Alma gêmea.

Mas tem uma fábula do libreto habitual (Jack Zipes' Aesop's Fables, London: Penguin, 1996; CXLVIII: "The Blacksmith and His Dog", p. 155) que relata que certa vez um ferreiro tinha um cachorrinho e, enquanto o profissional martelava o metal, o cão dormia. Mas quando se sentava para jantar, o cachorro acordava. "Seu preguiçoso!", dizia o caldeireiro, jogando para o animal um osso. "Você dorme apesar do barulho da bigorna, mas desperta ao primeiro tinido dos meus dentes..."  Moral da estória: Existem pessoas alertas, dispostas quando a comida está na mesa, mas que fazem ouvidos surdos quando chamadas a trabalhar...

As pessoas variam enormemente no seu temperamento e disposição. Eu acredito muito na formação do caráter desde criança, pois um bom exemplo, digno e sincero molda a personalidade pelo resto da vida. Todos os meus irmãos concordam com a perene influência que nossos pais nos legaram. Todos somos diligentes e bem realizados na vida, em todos os sentidos, assim como os velhos. Deus foi muito misericordioso com todos nós, e creio também que nossos antepassados nos favoreceram, com sua obediência e temor, perante o Pai, pois Ele é muito compassivo com meus pais e irmãos, e com nossa descendência. Vem à minha mente muitas escrituras, como O teu nome, ó SENHOR, dura perpetuamente, e a tua memória, ó SENHOR, de geração em geração (Salmo 135, 13). Meus avós e bisavós foram pessoas excepcionais, ouço e sei em meu coração. Sei que vou conhece-los (quem não tive oportunidade aqui nesta esfera) e muitos outros de onde vim. Sei que somos do Senhor.

Não que o que façamos possa granjear benefício de Deus, como numa espécie de 'comércio' espiritual. Deus nos elege e nós, gratos pelo sacrifício expiatório do Cristo, salvos por Ele de uma vez por todas, realizamos as boas obras que nos foram preparadas de antemão. Estes mistérios só são compreendidos depois de cuidadoso estudo da vera Palavra, e esta não está ao nosso alcançe, a não ser que o Santo Espírito nos conceda, pela misericórdia do Pai.  

terça-feira, 21 de maio de 2013

Galeria - não é bonito?

Pintura obtida agora via Google Images de
http://pt.aliexpress.com/item/POP-Modern-abstract-Oil-Painting-wall-art-paintings-B918/491287865.html

Pintura obtida agora via Google Images de
http://pt.aliexpress.com/item/POP-Modern-abstract-Oil-Painting-wall-art-paintings-B917/491287817.html

Pintura obtida agora via Google Images de
http://pt.aliexpress.com/item/new-abstract-oil-paintings-wholesale-oil-painting-Modern-art-adornmentA516/485238272.html

Pelo que pude notar, são pinturas realizadas por orientais... Que mundo realmente globalizado!! Bom, agora vou ver a segunda semana do meu campeonato de Sumô. Depois coloco mais notícias...

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Vivendo...

Gravura obtida agora (via Google Images) de
http://www.thehindu.com/news/cities/chennai/the-city-on-canvas/article16940.ece

Olha que pintura legal; adoro pinturas, principalmente aquelas de paisagens, mas tem estas 'modernistas' que também tem algo a nos dizer, seguramente. 'Cada qual no seu quadrado', pois gosto não se deve ficar discutindo, apenas meditando...

Domingo fomos a Campinas para o Dia das Mães. Todos os irmãos juntos, foi muito legal - mais bacana ainda ver a felicidade dos velhos. Que Deus possa nos conceder este privilégio ainda por muitos anos. Foi bom ver minha mãe fazendo todas as coisas, como antigamente; as dores de coluna parecem que estão minoradas com um novo tratamento fisioterapeutico que ela está fazendo. Celebrar é sempre bom, significa nossa ínfima existência. Nosso viver, creio, em especial nos dias de hoje, pode efetivamente alçar maiores patamares quando nos permitimos o ilapso; fora disso, a abusurdeza impera.

Ficar sentado hoje em dia frente a uma tela de computador é a maior experiência que alguém possa vivenciar. Imagino o que as pessoas do futuro vão pensar de nós, nesta fase de excessivo predomínio destes terminais e seus infindos conteúdos. Veja por exemplo a gravura que ilustrei acima - captei num site de jornal da Índia, que em si é um mundo à parte, um vasto continente humano, apesar de não tão grande (pelos nossos padrões brasileiros...) em extensão territorial. É um lugar que não almejo visitar; prefiro o Japão ou aqueles países mais culturalmente evoluídos da antiga Cortina de Ferro... 

Em especial os jovens, vejo que muitos passam 'horas', como que mesmerizados, digitando furiosamente os diversos sites - muitos se esquecem até de alimentar ou banhar-se. Hoje a portabilidade destes terminais diminutos (não só os notebooks e netbooks - principalmente os celulares smartphones) é uma 'praga' - em sala de aula muitos estão ali presentes fisicamente mas não assistem à aula: ficam 'navegando' pelas sucessivas telas, mandando mensagens e vendo TV...  A profusão de dados e informações é mais que caudalosa, é asfixiante (esta palavra, em todos os sentidos, principalmente o figurado). Já o disse aqui: o maior problema hoje é 'separar o joio do trigo' a partir de tanta coisa que surge... Quando não se tem criticidade/criticalidade, tende-se a aceitar qualquer coisa como verdadeira... e aí os problemas se sucedem.

E com isso tudo os valores vão se transmutando, tornando-se coisas de certo modo estranhas, sem termos muitas vezes pontos de referência para bem julgar. No futuro, fatos como a legalização da união de pessoas do mesmo sexo, uso de células-tronco, inseminação artificial, eutanásia, aborto contraceptivo e outras pós-modernidades serão talvez eventos corriqueiros, tratados como banalidades, quem sabe? Tudo muda, tudo se transforma - é a única coisa 'fixa' da vida, a alteração. 

Ao final e ao cabo, creio que o grande desafio de hoje é ser uma pessoa do nosso tempo, mas sem perder nossas raízes, posto que entranhadas de tal forma em nosso Ser, que as bruscas alterações nos despersonalizam. E a velocidade das mudanças se acelera a cada passo; é muita coisa para se analisar ao mesmo tempo. 'Voltemos ao básico', sugerem alguns, mas isso pode significar encastelar-se em nosso feudo mental particular. Somos seres mais que sociais, e não dá para cancelar esta nossa determinação. Estamos condenados a nos congregar, mas enfrentando o risco de não nos reconhecermos "de repente", se nos alienarmos do que está a ocorrer. Cada um ache sua barra de ferro para apoiar-se na travessia do nevoeiro, pois o outro lado está à nossa espera, mais dia, menos dia... 

sábado, 11 de maio de 2013

Comentários do sábado...

Man (Elderly) Unidentified
Fotógrafo:  Holsinger, Rufus W., 1866-1930 (Holsinger Studio, Charlottesville, Va.).
Obtida em 21/abril/2013 via DPLA - Digital Public Library of America (www.dp.la), de 
UNIVERSITY OF VIRGINIA LIBRARY - http://www.library.virginia.edu
(Special Collections, University of Virginia Library, Charlottesville, Va.) 
Endereço do arquivo: http://search.lib.virginia.edu/catalog/uva-lib:1039734

Vejam que foto incrível; eu estava pesquisando arquivos para compor outro blog - um blog acadêmico para um projeto no Centro Universitário que trabalho, sobre o envelhecimento, e encontrei a figura acima. É uma espécie de 'mistério' esta pessoa, não é mesmo? Imagino o quanto deve ter vivido, trabalhado, amado, viajado, etc. mas uma vida da qual nada se sabe,  mas também  'igual' a tantas outras, inclusive a nossa, em certo sentido... Quer ver? Será que os netos dos meus netos saberão (ou se interessarão) pela minha pessoa, lá no futuro? Creio que não. Nossa vida é um átimo, um quase-nada no existir de tanta coisa concomitante e passageira... Somos nem um grão de areia, uma partícula de pó, talvez. Deus nos retira desta vida com um estalar de dedos. Me sinto como uma pulga, às vezes. Mas nada de imaginar depressão ou revolta nestas palavras... é algo que constato sem emoção, podem acreditar. Na ordem da grandeza do Universo, não somos nada mesmo. Por isso que acredito que a humildade é a virtude cardinal no relacionamento com o próximo. Causa-me espécie quando vejo um reles semelhante arrogando-se soi-disant importância, em geral indevida. Que desimportante!

Outro dia, cansado de estar no 'socovão' aqui de casa, fui degustar um café comprido num simpático botequim aqui do centro. Uma balzaquiana estava a falar ao telefone celular, de um modo que impunha a todos do local a participação em sua comunicação. Cheguei a imaginar que era simulada a conversa, tal os disparates, a palermice. Mas creio que era uma espécie de (real) performance teatral, para impressionar os circunjacentes... Que triste espetáculo, e tão comum hoje em dia. E como falava alto no aparelho, a moça. Curioso mesmo são os olhares cúmplices e complacentes (com um sorriso por vezes amarelo) que as contíguas pessoas trocam nestas horas. É quase mágico!

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Fim de semana...

Foto de Utah obtida agora (via Google Images) de
http://www.goodfon.com/wallpaper/414007.html

Ontem fomos a Mogi Mirim, aqui perto, para uma reunião em familia... Bons papos, comida ótima preparada pelo nosso Cordon-bleu, o Neirobert... Foi aniversário da Talita e apresentação do irmãozinho Jorge (filhos da Julia, filha mais velha do Nei e de minha irmã Lúcia). Toda a paz e saúde do mundo para eles e seus pais; ahh... e também para os vovôs corujas, ótimos anfitriões! Meus pais e o mano Serginho também estavam lá. Lia, a outra irmã, estava em Piracicaba a trabalho, e o mano mais velho Luciano estava comemorando o natalício de uma de suas filhas em outra cidade.

No sábado fomos a uma festa de 15 anos linda, linda. Emocionante na hora da bênção, realizada por dois sacerdotes católicos. Os pais estavam radiantes; imaginem a Beatriz, impecável, muito bonita, inteligente. Impossível não lembrar que não pude fazer isso com minhas meninas, que coisa... pensamentos que não podem se instalar em minha mente. Xô! (até este termo - uma interjeição... - tem no Houaiss!!)

O semestre vai se escoando; o tempo passa célere entre os dedos - é a idade, seguramente, que faz presente esta percepção bem concreta... por isso que muitos ficam estressados, esta contemporânea afecção, com a enormidade de coisas para fazer, e tão pouco tempo. Quem não sabe se organizar, adoece mesmo! Quer ver um exemplo? Tenho um destes celulares smartphones, plugados na web o tempo todo. A toda hora o dito faz 'plim-plim', sinalizando a chegada de uma mensagem, que pode, sabe-se-lá, ser essencial, determinante para o sucesso de uma empreitada. Uma pessoa com nível mínimo de ansiedade (do tipo 'e se eu deixar de ver algo importante?') não se permite perder a oportunidade de se atualizar e 'corre' verificar o que há de novo. E, se faz isso a todo instante, resultado: não produz, pois sempre está a interromper o que está fazendo. Isto tudo gera, no limite, um incremento na ansiedade geral que pode acabar ficando insuportável, ao longo do tempo. Eu, psicólogo, tenho salvaguardas para lidar com isso, mas quem não pode obter este tipo de adestramento? E a vida moderna tem computador, telefone, TV, inúmeras 'traquitanas' eletrônicas, digitais, que nos enlouquecem, é só a gente deixar...

Porisso que temos que nos resgatar, voltar às coisas básicas, ler despreocupadamente um bom livro, desfrutar um poema, passear em belas paisagens, cultivar os amigos, nos reconectar com a Natureza e, o mais importante, vislumbrar o Pai Celestial em tudo e em todos (mesmo que às vezes isto seja difícil). Este exercício é uma espécie de 'vacina' contra estas vicissitudes normais do viver atual. Desejo sucesso para você!!

sábado, 27 de abril de 2013

A morte...

Gravura obtida agora (via Google Images) de
http://alesfuck.deviantart.com/art/Death-is-Coming-176501316

As notícias recentes dos meios de comunicação de massa mostram como tirar a vida do semelhante banalizou-se, trivializou-se. Facínoras adentraram um consultório odontológico na região metropolitana da Capital e, após atemorizar a dentista e seu cliente, atearam fogo àquela profissional, ceifando cruelmente sua vida, pelo motivo dela não ter dinheiro no banco.  Não podemos imaginar a dor dos familiares, em especial dos pais da jovem profissional. É revoltante; estamos a ponto do povo começar a fazer justiça com as próprias mãos, o pior dos cenários. Sei que estes bandidos são muito valentes quando estão armados ou em bandos, mas quando são eles mesmos as vítimas, acovardam-se.

Conta o fabulista ("The Old Man and Death", in: Jack Zipes' Aesop's Fables. London: Penguin, 1996, p. 150. Fábula CXLIII) que um macróbio, que havia percorrido uma longa caminhada com um enorme feixe de lenha às costas, extenuou-se de tal modo que jogou seu fardo ao solo e desejou morrer, de modo a libertar-se de sua miserável, deplorável condição.

A Morte veio rápida ao seu lado e perguntou o que ele queria. O velho replicou: "Por favor, bondoso senhor, tenha a caridade de me ajudar a levantar e colocar esta carga  em minhas costas!"  Como 'moral' da estória o autor ensina que uma coisa é chamar a morte e, outra, perceber que ela está chegando...

Mas coisa estranha esta de pensar que um dia vamos falecer. A aniquilação é uma das maiores fontes de pavor entre as gentes, seguramente. Creio que nem tanto pelo pessoalmente (e irreversível) inusitado do evento, mas mais pelo desconhecimento do que possa existir do 'outro lado do rio', como se diz. Sei de pessoas que experimentam caliginoso sobressalto e batem na madeira quando aparece o tema. À vezes quando brinco com alguém e digo 'mais um dia perto da morte!' noto o desconforto e contrariedade estampados instantaneamente... Acusam-me de ser tétrico, funéreo, e outros adjetivos mais incisivos. 

Porque não discutir algo que todos enfrentaremos (e que está ficando a cada dia mais corriqueiro)? Como Benjamim Franklin ensinou, só existem 2 certezas na vida, a morte e os impostos. O resto, depende... Dizem que religiosidade é um tipo de resposta que o homem inventou para lidar com esta inelutável convicção, e faz certo sentido. Eu creio até que, por causa desta certeza, possa existir pessoa que chega às raias de perder a razão ou 'acelera' ou realiza o encontro final, pela insuportável angústia da 'espera'. E discutir a morte ajudaria a lidar com a perda de entes queridos, pelas inúmeras situações que a modernidade propicia neste sentido como a violência, o trânsito, o stress...

Já escrevi aqui que, para o crente sincero, que estuda a Palavra, tal problema inexiste. Como diz São Paulo na sua carta aos Filipenses 1: 21, " (...)  o viver é Cristo e o morrer é lucro" (NVI). Estamos aqui e vivamos uma vida reta; se o Pai nos chamar, é para nos coroar, para morarmos junto dEle - podemos ter maior esperança, maior contentamento? Ouvi certa vez que, quando abrimos os olhos, do outro lado, Cristo, nosso mestre e irmão, está de braços abertos para nos receber com um abraço. Não pode existir nada melhor! Quantas coisas eu teria para conversar com Ele! Mas depois iria procurar Lutero, João Calvino, John Stott, meus avôs e outros queridos para abraçar!

Com o conforto e as benesses que algum vivente possa deter, esvair-se-lhe a vida, abruptamente ou não, deve ser bem decepcionante. Por isso que o budista ensina que devemos aprender a nos desapegar de tudo nesta esfera pois, quando o exício, a libitina aparecer, até do exacerbado apego à vida vamos conseguir nos livrar também... O certo então é vivermos os momentos intensamente e contentes, como se fosse o último!

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Sem temor

Hoje cedo em meus estudos bíblicos diários, li passagens muito importantes, que tocam fundo meu coração. Como dependemos de Deus para nos firmar! Oro sempre como diz o Salmo 143: 8  'Faze-me ouvir a tua benignidade pela manhã, pois em ti confio; faze-me saber o caminho que devo seguir, porque a ti levanto a minha alma'.  Mas nem todos tem a certeza de Davi, que versou  também (salmo 54: 4): 'Eis que Deus é o meu ajudador, o Senhor está com aqueles que sustêm a minha alma'. 

Uma perícope escrita há muito, mas que assimilo como dirigida a mim, é a que vi em Isaías 46, versos 3 e 4. Impossível não se sentir acolhido, e confiante com as palavras que Deus nos dirige: 'Ouvi-me, ó casa de Jacó, e todo o restante da casa de Israel; vós a quem trouxe nos braços desde o ventre, e sois levados desde a madre. E até à velhice eu serei o mesmo, e ainda até às cãs eu vos carregarei; eu vos fiz, e eu vos levarei, e eu vos trarei, e vos livrarei'. Veja como o Pai Celestial nos considera - não somos todos os restantes da casa de Israel? Ele nos carrega nos braços desde o ventre de nossa querida mãe; Ele, que nos fez, nos conduz, nos sustém e nos livra - quer dizer, nos salva! Como Ele nos tem amor, nós, que nada fizemos para merece-Lo...

Muitos dizem não saber deste Deus que parece nem existir... tão distante aparenta estar, aos olhos de muitos. Na verdade, Deus está mais perto do que imaginamos, mesmo ao alcance da mão...  A qualquer um que tenha um pouco de boa vontade, Cristo diz (João 14: 8 a 10):

Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta.
Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? 
Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?
Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim?
As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras. 

Cristo nos convida (Mateus 11: 28): 'Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei'. Estas palavras ainda hoje soam incompreensíveis ao mundo materialista, hedonista, consumista, mas sabemos o que significa, se O buscarmos de todo coração. O Caminho é pedregoso, difícil, desafiador, mas pleno de contentamento, de esperança e certeza, principalmente neste mundo cada vez mais conturbado, difícil e entristecedor. 

Quanto mais vejo o mundo, eu me coloco sempre como o imperfeitíssimo Simão Pedro que respondeu, após uma pergunta do Cristo (João 6: 68): 'Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna'... 

Tenhamos todos certeza: não somos órfãos nem desamparados - Deus nos chama pelo nosso nome, somos dEle...

Mas agora, assim diz o SENHOR que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel
Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu.
Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão;
quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti. 
(Isaías 43:1-2)

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Dia de solteiro e memorabilia

Fotinho de Aline França, obtida agora (via Google Images) de

http://www.flickr.com/photos/rockaline/4793283176/


Tô 'solteiro' hoje; Bilú foi com as colegas num programa acadêmico na Capital (quem diria - só faltam 2 meses para ela se formar em sua segunda faculdade...) e só volta tarde da noite. Umas das sobrinhas dela trouxe, há pouco, uma marmitinha, uma 'quentinha', como se diz, para eu 'enganar' o estômago (Bilú tinha dado dinheiro para elas me socorrerem, vejam só... a gente não "véve sem mulé" mesmo, como diz a música caipira!). Mas eu não esperava a gentileza, a surpresa - eu iria comer em algum botequim... (já vejo a expressão de Ruth a me zoar: ô dó!... )

Sempre fui pessoa, desde criança, a ficar matutando o que queria ser na vida. Sempre me impressionei com a complexidade da existência e, quanto mais eu lia - 'devorava' livros e livros que haviam em casa e outros que comprava (meus pais sempre me deram dinheiro para isso) - mais me assombrava, ao mesmo tempo que agradecia a Deus pelo privilégio de aprender. Divertia-me com a inscícia que a média dos meus conhecidos revelava sobre coisas que eu já 'dominava'. Mas não gostava de me gabar disso; guardava tudo em meu coração. Hoje vejo que as letras, as palavras, sempre me fascinaram - cheguei até a escrever poesias modernistas, sob influência do grande Manuel Bandeira, que eu admirava. Ainda é muito do que me move.

Depois das leituras teológicas/eclesiásticas matinais, li de novo uma crônica do cineasta e dublê de cronista Arnaldo Jabor que saiu no Estadão de terça feira (OESP, ano 134, n. 43.645, "Um coração triste", 'Caderno_2', 18 de abril de 2013, p. D_8) - não costumo ler este articulista, pois a maioria de seus textos são eufuísticos, gongóricos, empolados, rebuscados, o que me cansa sobremaneira. Mas este, mêmore de sua babá, foi poético, natural, bem humano, como eu gosto. Senti saudade dos meus filhos, e tristeza por nunca poder estar por perto quando eles precisam de mim. Não consigo entender o gozo que as ex-mulheres podem sentir ao ver a tristeza do pai afastado do convívio da prole (até consigo sim, mas  sou movido aqui mais pela intelecção profissional, o que me impede de externar).

De qualquer modo, o dia vai se arrastar com certa e aborrecida dilação; tenho reunião do nascente Grupo de Pesquisa mais à tarde; depois, corrigir provas; arrumar-me para as 4 aulas noturnas; enfim, a 'vida funcionária', como dizia o grande Pedro Nava (como não gostar de "Baú de Ossos" ?).  Será que o leve resfriado - que já está sendo debelado - ajuda neste meu sorumbatismo?  Pelo menos, o friozinho, que já se insinua por entre as frestas da janela da sala,  vai me animando, enquanto beberico um vinho chileno, de tênue trescalo... Evoé!!