A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

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segunda-feira, 23 de maio de 2016

Bioethcs...


Ilustração obtida agora (via Google Images) de
http://www.unescobiochair.org/bioethics-human-rights/

Nossa, faz tempo que não escrevo aqui! Na verdade tenho escrito bastante, e publicado coisas esparsas, mas no face... É bem mais prático nestes tempos corridos, apesar de não permitir (lá) maiores adensamentos de pensamento, como aqui. Tenho me dedicado ao tema da Bioética, que é minha paixão central acadêmica atualmente. Fiz dela minha temática de pesquisa no Programa de Mestrado Acadêmico Interdisciplinar em Educação, Ambiente e Sociedade, do Centro Universitário UNIFAE, onde trabalho. É área apaixonante mesmo, e em expansão vertiginosa no mundo todo. Se colocamos o termo no buscador digital retorna 'milhares' de páginas, uma loucura.

 Um exemplo recente de implicação e desdobramentos abarcada por este tema é a infame 'pílula do câncer', como ficou denominada a fosfoetanolamina. A fosforiletanolamina ou fosfoetanolamina (fórmula C2H8NO4P , com massa molar 141,063 g/mol ) é um composto químico orgânico presente naturalmente no organismo de diversos mamíferos.

 Vejam o que informou recentemente um dos melhores informativos digitais, o Nexojornal, de endereço https://www.nexojornal.com.br/, com a reportagem

Liberada, proibida, mas nunca aprovada: o imbróglio da ‘pílula do câncer’, por André Cabette Fábio, em 21 Maio de  2016  :

 ( https://www.nexojornal.com.br/expresso/2016/05/21/Liberada-proibida-mas-nunca-aprovada-o-imbr%C3%B3glio-da-%E2%80%98p%C3%ADlula-do-c%C3%A2ncer%E2%80%99 )

O Supremo Tribunal Federal suspendeu na quinta-feira (19) a lei que permite a fabricação, distribuição e uso da fosfoetanolamina sintética, substância popularmente conhecida como “pílula do câncer”.


A decisão é temporária, e acata pedido da AMB  (Associação Médica Brasileira) contra a lei, aprovada pelo Congresso e sancionada pela presidente Dilma Rousseff no dia 14 de abril. O julgamento para decidir se a suspensão da lei é definitiva ainda não tem data para ocorrer. 


A 'fosfo' foi distribuída por 20 anos a pacientes de câncer pelo químico e professor da USP Gilberto Chierice. A substância era produzida no laboratório da universidade, na unidade de São Carlos, interior paulista. Com a suspensão da distribuição em 2014, pacientes passaram a exigir na Justiça o medicamento, dando início ao imbróglio.


Há vários relatos positivos de pacientes que dizem ter tido bons resultados no tratamento e uma intensa campanha pela comercialização do remédio. Mas os efeitos da substância são contestados por cientistas. Segundo estudos, o produto não tem consistência em sua formulação. Nas dosagens que vêm sendo utilizadas, a substância não demonstrou eficácia no controle de vários tipos de câncer. Sua liberação pelo Congresso vinha sendo alvo de duras críticas em razão do fato de a pílula não ter passado pelo processo regular de aprovação de um medicamento. 


A maioria dos ministros do Supremo acompanhou o voto do relator do caso, Marco Aurélio de Mello, segundo quem o Congresso, ao liberar a pílula, atuou em uma área que não é de sua responsabilidade, mas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). "

O que ocorreu nesta 'comédia', que seria risível (bem, o foi na percepção de muitos países estrangeiros...) se não fosse trágico, foi que misturou-se em graus variados mas perigosos uns tantos de ignorância pública sobre os mais comezinhos procedimentos de pesquisa científica, mais populismo oportunista de presidenta que estava na iminência de sofrer impeachment, mais parlamentares irresponsáveis, tudo somado com a proverbial atrapalhação que nossos sistema jurídico por vezes perpetra em nossas necessidades.

O resultado foi a imagem (principalmente nas dimensões científica, sanitária e jurídica) do país mais uma vez enxovalhado, e a todos assistindo de camarote, sem poder fazer 'nada'... Patético!!

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Férias... 2 (chove sem parar!)


Gravuras baixadas agora (via Google Images) de
http://planetminion.com/

1. Estou agora a falar de dois filmes, um que vi na Faculdade, hoje um clássico, Laranja Mecânica (1971), de Stanley Kubrick (1928-1999), e o último filme da saga Guerra nas Estrelas, recentemente lançado. O primeiro me impactou muito pela narrativa, e refleti muito depois de ler o livro sobre a violência massiva que descreve. Eu julgava com este experienciar que poderia ser útil na minha formação como psicólogo. Na época não existia no Brasil a violência onipresente - era mais ''política'' a coisa, creio eu. Acho que é um pouco por causa disso que hoje alguns mentecaptos - eles nem imaginam o que foi a ditadura -  desejam a volta dos militares... Já os filmes Stars Wars foram muito bacanas a princípio para mim, pela novidade e estética geral, mas hoje eu não iria ao cinema ver este último da série (meu mano mais velho, nerd incorrigível da velha guarda já foi ve-lo duas vezes em 3D, haja!!).  Sou mais ligado hoje em dia em filmes de outro gênero, tipo shambara, como já comentei (aliás, já comprei dois lançamentos lá na Livraria Saraiva).

2. Bom nas férias também é que leio ainda mais do que já costumo, e revejo alguns bons que eu li anteriormente. Acabei de reler aquele bom livro de Carl Sagan (1934-1996) que acho que já comentei, de nome Variedades da Experiência Científica (São Paulo: Cia. das Letras, 2008), que é muito bom para aprender um pouco sobre o Cosmos e a Ciência - e de quebra - 'polirmos' nossos preconceitos, e até mesmo contribuir para fazer de nós melhores pessoas espiritualizadas... Ele discute temas como ateísmo, cientificidade e cientificismo, e a nossa procura por Deus. Ele não se aprofunda, mas consegue passar uma postura elegante. Outro livro legal seria o Bioética, de Robert M. Veatch (3a. edição, São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014). Ótimo para quem trabalha com pessoas, principalmente na área da saúde.

3. Que chuva maravilhosa... ver filmes e ler, ler, ler... boas férias mesmo, inclusive porque o dinheiro está curto e não dá para viajar... Esta crise está chata; minha filha Marilia vai se casar agora lá em California; mas como pegar o avião para prestigiar a cerimônia com o US$ a 4,00 Reais? Impossível, que fazer... Quando puder vou levar meu abraço ao casal.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Bioética



Obtido agora (via Google Images) de
http://carfleo.com/tag/bioethics/

Tenho estudado esta temática ultimamente, e como ela é vasta (bem, como qualquer área de  investigação e discussão), com muitas nuances, dimensões, interfaces. É um campo muito gostoso de refletir, pois trata da vida do dia-a-dia, que a todos interessa. O legal nestes tempos cibernéticos é que temos muito material bom na web, à disposição de quem quiser.

'Navegando' há pouco descobri um material bem feito, muito útil para o iniciante: http://lejeuneusa.org/sites/lejeuneusa.org/files/prepress_manual_13050027.pdf   pois  traz os temas mais comuns que impactam o debate, não só entre estudiosos.

Mas se você deseja um livro ótimo, veja o que eu encontrei (colocando no Google a frase 'bioethics free book' ) e está disponível aqui:  http://bit.ly/1BZuwdJ    Um dos melhores livros que eu já vi.  Completo e ainda atual; um dos editores, o Prof. Peter A. Singer, muito conhecido na área, apesar de polêmico, é muito respeitado pelo seu ativismo em prol dos animais.

Mas vasculhando a web, que é algo bem acessível hoje (quando fiz o mestrado, a gente tinha que ir para as boas bibliotecas, como as das Universidades; fui muito abençoado em poder ter perto de mim a da UNESP e a da UNICAMP, fantásticas!), podemos encontrar muita coisa boa. Veja por exemplo http://www.ufrgs.br/bioetica/biosubj.htm    Ali temos um texto que faz parte de um contexto maior, criado por um dos maiores especialistas em Bioética no Brasil, o Prof. José Roberto Goldim. Nesta página vemos a referência do texto, que é: Goldim, J. R. Bioética e Interdisciplinariedade. Educação, Subjetividade & Poder,  1997; 4: 24-8. Vou fazer um pequeno resumo deste texto abaixo - com contribuições das outras páginas do site - para sua informação. Espero que seja útil.

Ética, uma área da Filosofia, abrange um catálogo articulado de conhecimentos oriundos da discussão racional da conduta humana, intentando explicar as diretrizes ditas ‘morais’ de forma racional, justificada (ou seja, fundamentada), utilizando-se da contribuição de outras áreas rigorosas, como as diversas disciplinas científicas. É uma reflexão sobre a moralidade; assim, podemos dizer que é como uma ‘filosofia moral’.

‘Moral’ é o conjunto de regras que o homem consolida ao longo das suas atividades do dia-a-dia, abrangendo a totalidade dos indivíduos dentro de uma cultura situada no tempo e espaço. Tais regras viram, grosso modo, orientar o bem atuar de cada pessoa perante os demais e suas instituições, tentando pautar com equilíbrio as suas ações e os seus julgamentos sobre o que seria moral/imoral, certo/errado, bom/mau. Assim, no aspecto prático do com-viver, Ética e Moral tem fins semelhantes, esclarecendo os fundamentos que esculpem o caráter das pessoas e suas virtudes, facilitando a aprendizado da mais apropriada maneira de agir em sociedade.

A Ética abrange teorização e a aplicação destas reflexões: a Ética Aplicada. Esta consiste no esforço de dar respostas apropriadas a problemas concretos – os dilemas - do existir cotidiano das pessoas, constituindo-se em uma reflexão (prática) com base na realidade concreta, situada. A Bioética, atualmente, é considerada como sendo a Ética Aplicada às questões da saúde e da pesquisa envolvendo seres humanos. A Bioética aborda problemas das pessoas – muitas originadas da evolução dos costumes e da emergência de novas tecnologias -  de forma rigorosa, mas também de maneira original; marcadamente secular, mas sem desprezar as contribuições da reflexão ética de cunho religioso; inter/multidisciplinar; contemporânea, mas sem esquecer as conquistas do passado; global (ampla e inclusiva) e articulada/sistemática. Desta forma, estimula novas dimensões de discussão e de reflexão, que podem possibilitar soluções adequadas para uma enormidade de questões.
Existem várias definições para o termo Bioética, do grego bios (vida) e ética. Uma das mais completas diz que Bioética é um conjunto de pesquisas, discursos e práticas, normalmente multidisciplinares, cuja finalidade é esclarecer e resolver questões éticas suscitadas principalmente pelos avanços e pela aplicação da medicina e da biologia. A Bioética, portanto, tem forte ligação com a filosofia (pois discute as questões éticas) e considera a responsabilidade moral dos diversos tipos de cientistas em suas pesquisas e práticas. É o estudo dos problemas e implicações morais despertados pelas pesquisas científicas em biologia e medicina, e suas determinantes psicológicas, legais e filosóficas. 
A Bioética discute questões como a utilização de seres vivos em experimentos; questões sobre a definição de morte e a retirada ou não de tratamento médico destinado a  prolongar a vida; diagnóstico pré-natal e aborto; a estocagem e uso de embriões humanos congelados;  o uso de tecidos humanos, fetais ou animais para a pesquisa científica; a investigação de possível contaminação pelo vírus HIV ou outras infecções; a expansão da engenharia genética e a destinação de escassos recursos de promoção da saúde etc. No âmbito das pesquisas com pessoas, toda investigação científica tem que passar por um Comitê para averiguar a eticidade dos procedimentos, como o que temos no UNIFAE.
Nas minhas aulas de Ética no Centro Universitário sempre relembro aos alunos e alunas que esta disciplina - como a disciplina-mãe, a Ética - visa, em grande medida, a despertar nas pessoas o senso do diálogo, visto que nossos valores e atitudes, bem como nossos sentimentos, são a matéria-prima da reflexão ética, mas utilizando precisamente a Razão para garantir que estes esforços possam efetivamente redundar em mais equilíbrio e justiça - harmonia - nas relações (por vezes conflituosas, dada os multifacetados interesses e expectativas) inter-humanas.