A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Homofobia...

Existe um site muito bom, divulgador da verdadeira Teologia Reformada.  É de lá http://monergismo.com/?p=2752 , que tirei este texto, que reproduzo aqui in totum:

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Universidade Mackenzie : Em Defesa da Liberdade de Expressão Religiosa

Publicado em 19 de novembro de 2010 – 6:00

          A Universidade Presbiteriana Mackenzie vem recebendo ataques e críticas por um texto alegadamente “homofóbico” veiculado em seu site desde 2007. Nós, de várias denominações cristãs, vimos prestar solidariedade à instituição. Nós nos levantamos contra o uso indiscriminado do termo “homofobia”, que pretende aplicar-se tanto a assassinos, agressores e discriminadores de homossexuais quanto a líderes religiosos cristãos que, à luz da Escritura Sagrada, consideram a homossexualidade um pecado. Ora, nossa liberdade de consciência e de expressão não nos pode ser negada, nem confundida com violência. Consideramos que mencionar pecados para chamar os homens a um arrependimento voluntário é parte integrante do anúncio do Evangelho de Jesus Cristo. Nenhum discurso de ódio pode se calcar na pregação do amor e da graça de Deus.

          Como cristãos, temos o mandato bíblico de oferecer o Evangelho da salvação a todas as pessoas. Jesus Cristo morreu para salvar e reconciliar o ser humano com Deus. Cremos, de acordo com as Escrituras, que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23). Somos pecadores, todos nós. Não existe uma divisão entre “pecadores” e “não-pecadores”. A Bíblia apresenta longas listas de pecado e informa que sem o perdão de Deus o homem está perdido e condenado. Sabemos que são pecado: “prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, contendas, rivalidades, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias” (Gálatas 5.19). Em sua interpretação tradicional e histórica, as Escrituras judaico-cristãs tratam da conduta homossexual como um pecado, como demonstram os textos de Levítico 18.22, 1Coríntios 6.9-10, Romanos 1.18-32, entre outros. Se queremos o arrependimento e a conversão do perdido, precisamos nomear também esse pecado. Não desejamos mudança de comportamento por força de lei, mas sim, a conversão do coração. E a conversão do coração não passa por pressão externa, mas pela ação graciosa e persuasiva do Espírito Santo de Deus, que, como ensinou o Senhor Jesus Cristo, convence “do pecado, da justiça e do juízo” (João 16.8).

          Queremos assim nos certificar de que a eventual aprovação de leis chamadas anti-homofobia não nos impedirá de estender esse convite livremente a todos, um convite que também pode ser recusado. Não somos a favor de nenhum tipo de lei que proíba a conduta homossexual; da mesma forma, somos contrários a qualquer lei que atente contra um princípio caro à sociedade brasileira: a liberdade de consciência. A Constituição Federal (artigo 5º) assegura que “todos são iguais perante a lei”, “estipula ser inviolável a liberdade de consciência e de crença” e “estipula que ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política”. Também nos opomos a qualquer força exterior – intimidação, ameaças, agressões verbais e físicas – que vise à mudança de mentalidades. Não aceitamos que a criminalização da opinião seja um instrumento válido para transformações sociais, pois, além de inconstitucional, fomenta uma indesejável onda de autoritarismo, ferindo as bases da democracia. Assim como não buscamos reprimir a conduta homossexual por esses meios coercivos, não queremos que os mesmos meios sejam utilizados para que deixemos de pregar o que cremos. Queremos manter nossa liberdade de anunciar o arrependimento e o perdão de Deus publicamente. Queremos sustentar nosso direito de abrir instituições de ensino confessionais, que reflitam a cosmovisão cristã. Queremos garantir que a comunidade religiosa possa exprimir-se sobre todos os assuntos importantes para a sociedade.

          Manifestamos, portanto, nosso total apoio ao pronunciamento da Igreja Presbiteriana do Brasil publicado no ano de 2007 [LINK http://www.ipb.org.br/noticias/noticia_inteligente.php3?id=808] e reproduzido parcialmente, também em 2007, no site da Universidade Presbiteriana Mackenzie, por seu chanceler, Reverendo Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes. Se ativistas homossexuais pretendem criminalizar a postura da Universidade Presbiteriana Mackenzie, devem se preparar para confrontar igualmente a Igreja Presbiteriana do Brasil, as igrejas evangélicas de todo o país, a Igreja Católica Apostólica Romana, a Congregação Judaica do Brasil e, em última instância, censurar as próprias Escrituras judaico-cristãs. Indivíduos, grupos religiosos e instituições têm o direito garantido por lei de expressar sua confessionalidade e sua consciência sujeitas à Palavra de Deus. Postamo-nos firmemente para que essa liberdade não nos seja tirada.

              Este manifesto é uma criação coletiva com vistas a representar o pensamento cristão brasileiro.        Para ampla divulgação.

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Assino embaixo!

Adendo em 07 de Janeiro 2010 -  Saiu a edição nro. 328 da Revista Ultimato (www.ultimato.com.br Ano XLIV, Jan/Fev 2010, que, aliás, ficou bonita com a nova identidade visual e lay-out)  onde lemos, à página 15, interessante complemento - "Homofobia: não cabe ao cristão discriminar" - ao que vemos acima. Compensa ler... É bom quando as coisas ficam claras!


sábado, 25 de dezembro de 2010

Natal...

          Mais uma foto garimpada na web. Meu sonho era morar num lugar assim, bem perto da Natureza (às vezes penso se isso não significa para mim "longe das pessoas"...; a cada dia que passa vejo como meus semelhantes se tornam mais e mais complicados de se conviver - muito implexo para minha cabeça!).
          Ontem ocorreu a tradicional troca de presentes na casa do mano Sérgio, sempre eletrizante e divertida. Hoje cada um está no seu canto; amanhã a maioria se reencontra para o 'niver' do patriarca Geraldo (que logo após pega um avião e vai  com a Firmina passar o Ano Novo com seus irmãos em Belo Horizonte). Penso em comprar algo, uma lembrança, porém nosso pai não gosta que a gente compre presentes para ele. Coisa de pai preocupado com os filhos se preocuparem com ele... Só quem é pai pode imaginar tal quizila da parte dele...
           Volto domingo depois do almoço para as festividades na Comunidade Presbiteriana onde congrego. Devo intensificar minha participação nas ações neste âmbito - tenho muita coisa a fazer, a realizar ali, com os membros da igreja. Que o Pai Celestial me auxilie, pois do contrário nada posso! Estou muito esperançoso, grande expectativa de minha parte...
          Novidades no Centro Universitário onde trabalho. Por questões orçamentárias, tive minhas aulas algo diminuidas para o próximo semestre. Espero que seja condição passageira. Este negócio de ter nosso income reduzido é sempre desagradável; rouba nosso sono, ainda que somente por um ou dois dias. Vou ter que procurar mais coisas para fazer para 2011....
          Estou coletando material para perpetrar um paper neste inicio de ano. Será sobre a diferença de valores entre as atuais gerações, especificamente sobre o gap entre professor e aluno, que observo mais contundente, a cada período letivo. Vou retomar um tema que já discuti em escritos anteriores. Depois de tantos anos, vejo-me 'deixando' mais e mais alunos de DP (coloco o termo entre aspas porque, no fundo, é o aluno que se deixa alcançar pela medida  acadêmico-administrativa). Acho muito degastante estes procedimentos, inclusive pelo fato de continuarmos a ministrar aulas para os mesmos alunos em anos subsequentes. A convivência já é por demais trabalhosa neste tipo de papéis interconectados, imagine com pendências tratadas de modo exacerbadamente emocional pelo alunado...
          Que o Natal seja uma ocasião de reflexão, além da confraternização e de troca de presentes...

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Humildade


          Li hoje um artigo do professor Paul Freston, publicado na revista ULTIMATO (Ano XLIII, novembro/dezembro de 2010, nro. 327, p. 48 a 51), sobre um tema objeto de uma recente pregação que ministrei em minha congregação, a humildade. Esta feliz coincidência, que ajuda a solidificar minhas concepções sobre a temática, inspirou-me a colocar aqui este artiguete, onde espero contribuir para esclarecer porque muitos não entendem ou não procuram desenvolver esta virtude fundamental.

          Quero comentar, adicionalmente, um problema que aflige a cristandade (e isso desde o inicio), especificamente com relação àqueles chamados a pastorear. A carnalidade, forte e avassaladora (bem apropriado este termo!) como é, deturpou e continua a deturpar de modo trágico o mandamento do Cristo neste particular do apropriado pastorear. Temo, e que me corrijam se me engano, que a raiz do problema esteja, nestes homens, na falta de uma virtude teologal, a Fé, que determina a que não tenhamos, como suponho, outra virtude fundamental, a humildade.

         Hoje vemos muitos líderes, pastores, bispos, élderes, padres, ‘apóstolos’, presbíteros, anciãos (etc...) que não são líderes como Jesus determinou. Ele disse expressamente que quem deseja ser o ‘maior’ no reino de Deus, este seja o servo, o servidor de todos. Claro está, como Cristo falou (e fez), que quem quer liderar, seja o primeiro e o maior servo. O Líder cristão serve, toma sempre a iniciativa de servir (não precisa a isso ninguem solicitar, mandar), dá o exemplo e age, efetivamente, como o servo de todos. O que se observa atualmente é ‘líder’ como sendo o servido, o ‘maioral’, aquele de detem certa espécie de poder sobre um número ‘x’ de ovelhas, com igrejas enormes, por vezes gigantescas, ministérios imensos onde estes ‘pastores’ reinam e são servidos por muitos (por vezes de modo vitalício!). Pastores ‘de púlpito’, que são admirados pela oratória, ou ministros que se preocupam mais com a posição, suas tarefas ‘elevadas’, e com o encômio, além do salário e/ou benefícios do cargo.

          Mas porque isso acontece? O problema é que a carne determinou e determina cotidianamente a corrupção do ensinamento bíblico. Muitos dos líderes não são humildes como Cristo é. Desde os primórdios de nossa relação com nosso Pai Celestial a importância da HUMILDADE tem sido ressaltada, e ouso dizer que, ao olhos de Deus, é uma das virtudes mais importantes. No dicionário, lemos seus principais significados: 1. É virtude que nos dá o sentimento da nossa fraqueza.  2. Singeleza, modéstia, pobreza. 3. Respeito, reverência; submissão. Para compreendermos, vejamos seu contrário, o ORGULHO: 1. Auto conceito, brio, sentimento de dignidade pessoal. 2. Conceito elevado ou exagerado de si próprio; amor-próprio demasiado; soberba (altivez, arrogância, presunção ).

          A própria Bíblia procura situar a importância de descobrirmos o que significa esta virtude. Em Provérbios 15: 33 lemos  Quem teme o SENHOR está aprendendo a ser sábio; quem é humilde é respeitado. A conduta de quem é humilde, piedoso, revela-nos alguém como pessoa confiável, equilibrada, que conhece o sentido de sua existência. Mais adiante em Provérbios 22, 4 este conceito é reforçado: Quem teme o SENHOR, e é humilde, consegue riqueza, prestígio e vida longa. Apenas na fé bíblica a humildade é tida como virtude. Para as outras religiões, para muitos filósofos, e também no imaginário de muitas das pessoas comuns, a humildade é relacionada à falta de honra, pois sugere fraqueza, falta de iniciativa, ou mesmo subserviência; todos acreditam nestes tempos pós-modernos que a pessoa - em especial um líder - tem que ser pró-ativa, assertiva, auto-suficiente e outros termos modernos...

          Há muita confusão para definir-se de modo adequado qual seja a parte boa desta tal de HUMILDADE. Mas isto não é um problema dos dias de hoje. Há muito tempo o homem anseia por entender a importância desta virtude, e os Profetas, conscientes de sua importância, tem tentado nos comunicar a vontade de Deus a respeito.

          Miquéias, um dos grandes profetas do oitavo século antes de Cristo, viveu no tempo de Isaías. Natural de uma pequena cidade de Judá, no Reino do Sul, ele viu que Judá corria o perigo de sofrer o mesmo castigo que Israel, o Reino do Norte, havia sofrido. Miquéias fala contra os pecados do povo de Judá e de Israel. Mas ele também fala da bondade de Deus: o Deus que castiga o seu povo é o Deus que perdoa. O Profeta Miquéias indica, de modo veemente, a necessidade de entendermos a ligação da HUMILDADE e certos valores celestiais importantíssimos: Mq 6, 8  "O SENHOR já nos mostrou o que é bom, ele já disse o que exige de nós. O que ele quer é que façamos o que é direito, que amemos uns aos outros com dedicação, e que vivamos em humilde obediência ao nosso Deus.

          O que significa HUMILDADE, de um modo simples? Sabermos todos que somos inteiramente dependentes do nosso Criador – temos que reconhecer o ABISMO que existe entre  o Deus soberano e nós. ABRAÃO sintetizou bem em uma frase esta constatação. Na Bíblia de Almeida, Revista e Atualizada, em GENESIS  18, 27  lemos: Disse mais Abraão: Eis que me atrevo a falar ao Senhor, eu que sou pó e cinza.

          Ainda na antiguidade, mesmo com tantos ensinos e exortações, a dificuldade permanecia. O apóstolo Paulo era muito preocupado como nossa vida espiritual, e escreveu muitas cartas com conselhos práticos aos primeiros cristãos. Uma delas foi endereçada aos cristãos de Filipos, que era uma cidade que ficava na província romana da Macedônia; hoje faz parte da Grécia. A igreja de Filipos foi a primeira fundada na Europa por Paulo, na sua segunda viagem missionária (Atos 16, 12 a 40). Anos depois, quando estava na prisão (1, 7), Paulo escreve esta Carta aos Filipenses. Ele havia recebido notícias de que havia sérias dificuldades entre os cristãos de Filipos e estava muito preocupado com as falsas doutrinas que alguns ensinavam lá. E estava preocupado também por saber que alguns líderes da igreja tinham ficado contra ele. Ao mesmo tempo, ele havia recebido ajuda dos cristãos de Filipos e escreve a carta, não somente para tratar dos sérios problemas da igreja, como também para agradecer aos filipenses tudo o que tinham feito em seu favor.

          A carta mostra o grande amor que Paulo tinha pelos filipenses e fala da alegria, união e firmeza que devem ser marcas dos seguidores de Jesus Cristo. Paulo diz que, acima de tudo, todos devem imitar o exemplo do próprio Cristo, que seguiu o caminho da humildade e da obediência a Deus, caminho este que o levou à morte na cruz e à altíssima posição de Senhor de todos. Filipenses 2, 1 a 3: Por estarem unidos com Cristo, vocês são fortes, o amor dele os anima, e vocês participam do Espírito de Deus. E também são bondosos e misericordiosos uns com os outros. Então peço que me dêem a grande satisfação de viverem em harmonia, tendo um mesmo amor e sendo unidos de alma e mente. Não façam nada por interesse pessoal ou por desejos tolos de receber elogios; mas sejam humildes e considerem os outros superiores a vocês mesmos.

          Ser HUMILDE é a postura lógica daquele que  é cônscio do pecado, pelos seus efeitos. E aquele que almeja liderar, pastorear, não deveria saber isso de antemão? A HUMILDADE está no cerne da vida piedosa, como sendo a pessoa mansa, religiosa, sem pieguismo ou extremismos. Mas o grande problema de quem não cultiva a HUMILDADE ( e isso é trágico entre a liderança) é que a sua capacidade de aprender fica comprometida, e isto não só do aprendizado das coisas terrenas, mas principalmente das verdades eternas! E porque isso ocorre?

          Sabemos que, de acordo com o conhecimento mundano, dos homens, o problema conhecimento é enigmático pois o mesmo homem é limitado e a realidade é polifacetada, multimensional, ou seja, complexa. Como podemos chegar à verdade? Nenhum mortal é dono da verdade posto que entra em contato somente com parte da totalidade da realidade, e através da representação dos fatos e fenômenos ou as impressões que causam.

          Há VERDADE quando percebemos e dizemos aquilo que se desvela, que se manifesta aos nossos sentidos: existe certa conformidade entre o que julgamos e aquilo do que do objeto se constata, se observa, se apropria em nossa mente. Se conhecemos partes da realidade, não temos como conhecer toda a verdade, a verdade absoluta. Muitas vezes as aparências enganam e emitimos conclusões equivocadas (o erro). Para chegar-se à verdade precisa-se então de EVIDÊNCIAS – manifestações claras, transparentes, da essência da coisa – este é o critério da verdade. Se se obtém evidência inequívoca, então pode-se acreditar.

          CERTEZA é o estado de espírito que consiste na adesão firme a uma verdade, sem temor de engano. Fundamenta-se na evidência, no desvelamento da natureza e da essência da coisa. Havendo evidência (objeto, fato ou fenômeno se desvelando com suficiente clareza) pode-se afirmar com certeza (sem temor de engano) uma verdade. Aqui reside o eterno drama humano - como ter certeza das coisas?

          ‘CRER’, acreditar, é uma forma de assentimento que se dá àquilo que se julga como verdades, que pode ser um estado de espírito objetivamente insuficiente, embora subjetivamente se imponha com grande convicção: (1) Pode ocorrer Ignorância (ausência de conhecimento) quando não existe qualquer desvelamento, não existe na realidade, ao alcance da não, aquilo que se deseja saber. (2) Pode ocorrer Dúvida, que é um estado de equilíbrio entre afirmação e negação sobre o fato ou fenômeno. (3) Pode ocorrer também a situação de Opinião , que é um estado de espírito que afirma com temor de se enganar. O valor da opinião depende da maior ou menor probabilidade das razões que fundamentam a afirmação. Em geral não se tem evidência forte, inequívoca do fato... Porém, no estado de OPINIÃO, não se tem compromisso...

          E como ficamos com relação ao conhecimento ( ou, conhecimento certo, com certeza) da vontade de Deus? Diante do mistério (o oculto enquanto sugerido) duas atitudes podem ser tomadas: (1) refletir e, com auxílio de instrumentos, procurar obter conhecimento via procedimento que seja científico ou filosófico, ou (2) aceitar as explicações de uma autoridade que tenha vislumbrado o mistério e o desvendado. Implica numa atitude de diante de um conhecimento revelado e que, pelos sinais que a acompanham, reveste-se de verdade autêntica. Para muitos (ao que parece, alguns pastores inclusive), os sinais que estão assinalados na Bíblia, nossa autoridade,  não são convincentes. Muitos dizem - "não existe verdade absoluta, tudo é relativo"... Não se pode ter certeza de nada.  Para citar uma conhecida anetoda, no mundo, como ensinava Benjamin Franklin, só existem duas "certezas": a morte e os impostos...

          O problema é a postura de inflexibilidade, altivez, arrogância, - ou seja, falta de humildade - que rechaça qualquer outra coisa, qualquer que seja a fonte, que confronte nosso “conhecimento” - O CONHECIMENTO DO MUNDO. O conhecimento do mundo, para ser certo ('dar certeza'), exige comprovação tácita, empírica, 'científica', factual, cabal, como São Tomé exigiu... Por outro lado, quem tem a virtude da HUMILDADE, da PIEDADE, é aberto, submete-se (sabe que nem tudo é comprovável cientificamente), venera, respeita... Sabe que existe algo superior a nós... e tem mais - sabe quem tem preferência para Deus? Veja ISAIAS 61, 1:  O SENHOR Deus me deu o seu Espírito, pois ele me escolheu para levar boas notícias aos pobres. Ele me enviou para animar os aflitos, para anunciar a libertação aos escravos e a liberdade para os que estão na prisão. (Em algumas versões, está escrito em lugar de “pobres” que Deus prefere os mansos, os quebrantados, os humildes)  Isto é reforçado e ratificado pelo Apóstolo Pedro (com uma citação sua de Provérbios 3, 34): em  I Pedro 5, 5  lemos “E vocês, jovens, sejam obedientes aos mais velhos. Que todos prestem serviços uns aos outros com humildade, pois as Escrituras Sagradas dizem: “Deus é contra os orgulhosos, mas é bondoso com os humildes!”

          Mas, eu não espero convencer aqui pela racionalidade destes meus argumentos e das muitas passagens dos evangelistas sobre o tema. O principal argumento que tenho aqui, fundado na Bíblia autoritativa (veja bem, eu não escrevi  'autoritária'  ou 'autoritarista'...), é o fato de que Jesus foi e é o nosso modelo de conduta, e Ele nos exige mudança de vida, mudança de visão, mudança de espírito. Em especial com relação à HUMILDADE, o Senhor e Mestre sempre foi um notável professor:  um dos feitos mais memoráveis, em todos os tempos foi o acontecimento do LAVA-PÉS. Nesta passagem, Jesus simbolizou com perfeita integridade o significado e mensagem do seu memorável Ministério.

          Jesus nos convida à humildade como sendo o padrão de pessoa, como um modo de ser, como quem vê o mundo com os olhos da mansidão e isto, este convite, é-nos feito de modo bem claro, como vemos em MATEUS 11,  28 a 30: Venham a mim, todos vocês que estão cansados de carregar as suas pesadas cargas, e eu lhes darei descanso. Sejam meus seguidores e aprendam comigo porque sou bondoso e tenho um coração humilde; e vocês encontrarão descanso. Os deveres que eu exijo de vocês são fáceis, e a carga que eu ponho sobre vocês é leve.

          Esta carga, os deveres, o jugo que CRISTO nos propõe se tornam leves e suaves, se temos fé, mas isto, a FÉ, só se possui se tivermos HUMILDADE. Sim, Jesus é o nosso modelo, e não é impossível de se seguir, como alguns, baseando-se no conhecimento do mundo, querem sugerir – “Só Jesus conseguiu, só Ele tem poder para isso!!!”, é o que dizem. O exemplo d’Ele foi pleno, e em várias dimensões e situações:  Ele, Deus que se fez carne, em vez de aceitar a glória, Ele dava testemunho da Sua dependência total do PAI CELESTIAL como fonte de sua própria sabedoria e poder; em vez de apegar-se à gloria, ele atribuía toda a gloria ao PAI. Isto é muito bem demonstrado no Evangelho de João, nos capítulos 5 a 8.

          Portanto, o imperativo de todo o Novo Testamento é imitarmos a Cristo - a vida do fiel, do cristão deve ser uma vida piedosa, uma vida de humildade, e isso a começar de nossos líderes, daqueles que são comissionados a pastorear, não importa sua denominação. (Aliás, que vergonhoso que alguns proclamem do púlpito, que  ‘esta igreja “x” é a única igreja verdadeira e que salva as pessoas’.... mas quem salva não é Jesus?? – ou a Igreja de Cristo agora virou sinônimo de instituição humana com determinado nome??)

          O discípulo fiel, que efetivamente tem FÉ, sabe que deve travar uma batalha contínua contra o orgulho, que é a raiz do pecado, aquele egoísmo que origina o egocentrismo, a auto-exaltação, a presunção de si; origina a obstinação, a auto-confiança exacerbada, a glorificação pessoal, a necessidade de ser servido, ‘paparicado’, em vez de servir, como Cristo fez e ordenou.  Sabemos onde termina tal tendência, tal deturpação – frustração, decepção, e até desespero!

          A humildade bíblica, como JESUS ensinou, não diminui as realizações pessoais nem aumenta as falhas de ninguém.  A humildade não é um tipo de masoquismo sutil que se deleita na sua própria humilhação, no rebaixamento estéril da pessoa. Não significa ser covarde, protegendo-se por meio de um servilismo ultrajante ou ainda auto-anulação. HUMILDADE também não é uma virtude puramente particular que, como pensam alguns, “somente poucos  a desenvolvem”; – é, sim, o resultado de perseverante estudo e oração, e de uma prática de vida que tem DEUS por centro, reconhecendo, de modo agradecido, a concessão gratuita de dons por parte do Pai Celestial para todos nós.

          Humildade é reconhecer também a soberania de Deus em nos capacitar, a cada um, para o serviço que precisamos realizar. Isso necessita fé por parte da pessoa!

          Fé significa confiar, acreditar, significa FIRMEZA, estabilidade, constância. é um conceito central no pensamento bíblico, pois lida com a relação de Deus com os homens, com o PACTO que temos todos com Ele.

          Fé não se reduz, como vimos, ao intelecto, como uma certeza científica, ou mesmo crença, que temos na mente – esta, até os demônios tem, e tremem... ( creio que, em relação a religião, a maioria parece ter mais mesmo é opinião...).  A Fé não é uma parte isolada de nossa experiência religiosa mas, precisamente, pelos seus frutos, determina todas as demais ações do homem e da mulher. Para tanto necessitamos exercitá-la, fortalece-la, e contamos com a Providência para isso, conforme nos esclarece TIAGO, no capítulo 1 verso 3:  Meus irmãos, sintam-se felizes quando passarem por todo tipo de aflições. Pois vocês sabem que, quando a sua fé vence essas provações, ela produz perseverança. E como uma pessoa pode entender este aparente paradoxo (ser feliz na provação), se não for humilde, pelo exemplo do Cristo? Muitos, per ipso,  não entendem mesmo o que significa o requerimento de Cristo para quem O  deseja seguir - primeiro, negue-se a si mesmo, segundo, tome a sua cruz e, terceiro, 'siga-Me'...

          Assim, vemos que humildade liga-se à Fé, e Fé, em decorrência, liga-se ao amor, como o Apóstolo Paulo ensina, em GALATAS 5, 5 e 6: Mas nós temos a esperança de que Deus nos aceitará, e é isso o que esperamos pelo poder do Espírito de Deus, que age por meio da nossa fé. Pois, quando estamos unidos com Cristo Jesus, não faz diferença nenhuma estar ou não estar circuncidado. O que importa é a que age por meio do amor

domingo, 5 de dezembro de 2010

Rasgando papéis...

          Olha que foto linda, obrigado Microsoft! Esta ponte 'estaiada' ('estai' é um termo da construção naval, mas o pessoal emprestou a palavra, visto que a ponte é apoiada por cabos...) de São Paulo é um show, definitivamente! E agora no Natal a iluminação está diferente, vale a pena ver...
          
          Hoje peguei o arquivo para arrumar; prenúncio de fim de ano - ajunto muita coisa durante o ano que deve ser gerenciado, senão meu apê fica atascado de coisas descartáveis... Joguei fora cartões postais e coisas que  guardava desde os anos 70. Não adianta ficar se apegando no passado,  com a desculpa de ficar rememorando, tentando driblar a arteriosclerose... Vivamos o momento presente! O meu viver hoje é com a Ruth; eu só tenho a Ruth, meus filhos não me pertencem e vivem afastados, tem a vida deles. Como já comentei em outro post, que fazer, é meu destino ficar apartado... Minhas ex-mulheres acham que me diminuem; vingam-se, acreditam, de mim, por terem me expurgado da vida dos rebentos, mas se enganam. Aceito a soberania de Deus e transmuto a vivência de vidas separadas em ensinamento e gratidão. Oro por elas; no fundo, são criaturas, como direi, usando um galicismo, parvenu. Abusando do francesismo, digo que não, não me considero aqui rempli de soi-même; aprendi a aceitar, é um processo como tantos outros que temos que curtir...

          A família tem trocado e-mails sobre a véspera, o dia de Natal e o dia 26 de dezembro, que é o niver do Vô Geraldo. Neiroberto vai ficar com a familia dele no dia 25. Ele se encaminha para tornar-se o patriarca de sua linda família. Minha irmã Lúcia é a única dos 5 filhos que continuou casada; dá certa inveja, no bom sentido. Que belo casamento, formam um lindo casal, e merecem toda a felicidade do mundo, bem como seus filhos Niniu, Júlia, esperando o primeiro filho, e a Lígia, que vai visitar meu filho José Geraldo lá em Utah neste fim de ano. Como o tempo passa...
       
          'Deixa' eu desligar o computador, é quase uma hora da madrugada; não sinto sono, mas vou deitar assim mesmo, não costumo mais ficar curtindo este silêncio irresistível. Quando são seis horas da manhã acordo automaticamente... E sono não se compensa!
 

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Fim de semestre letivo

          Vocês já perceberam que aprecio muito fotografias. Gosto de colocar aqui imagens que garimpo pela internet. Penso que é um bom lembrete do quanto é maravilhosa a Natureza e que, apesar de ficar 'congelada' numa pequena janela a enorme complexidade implícita do evento, do momento, a mesma não deixa de nos sensibilizar, nos emocionar.
     
          Todo fim de ano é aquela 'choradeira': alunos que ficaram de exame, ou de DP (dependência), ou que querem agora recuperar o que a si próprios sonegaram durante o ano. Que coisa aborrecida tudo isso, tira a beleza da docência, o que vai nos cansando ano após ano (mas não vou comentar;  já perpetrei peroratione sobre isso outro dia).
         
          Durante o dia fico pensando coisas legais para postar aqui, mas distraio-me seguidamente e esqueço o que tinha para dizer; creio que devo ter um gravador para não me deixar trair a memória, que já prega peças. Sempre inspeciono esta importante competência - detestaria ser um incômodo aos demais pelo meu exagerado esquecimento... Tenho que me acautelar. Tomo todos os cuidados para evitar a decrepitude, os efeitos deletérios da senilidade, o quanto possa nos incapacitar de conviver com o próximo.   [[Quando tinha 30 anos praticava muita Meditação, tendo investigado e praticado bastante o Zen-Budismo (cheguei a fazer votos no Zen-budismo Sotô) e o Yôga, em suas diversas manifestações - e eu era muito mais concentrado, 'focado', atento... Creio que vou voltar a praticar; tenho ainda meu 'zafu', a almofada zen que ganhei da  minha amiga - onde andará?? - Helena Hiromi Hayashia ]]   Creio que uma especial dentre tantas coisas que meus pais me passaram é a de ter a capacidade do 'desconfiômetro' - verificar sempre se não estamos nos portando inconvenientemente... Que vergonha ficar 'pagando mico' perante os outros! Mas isto é um valor já não tão cultivado nos dias de hoje, como podemos ver diuturnamente...

          Outro dia tive a lembrança de um fato ocorrido com minha mãe - todos temos tantas lembranças com elas, não é mesmo? Os pais são fundamentais também, mas no meu tempo, nossas mães ficavam a maior parte do tempo com a gente... Agradeço a Deus todo o dia meus pais terem consensuado aquela maneira tradicional de criar filhos... Eu pude fazer isso no meu primeiro casamento, mas no segundo, que fazer... Mas a Livia é uma doce menina, o que não me faz sentir culpa ou qualquer arrependimento em relação à minha convivência com ela em sua infância. 

          Quando eu era pré-adolescente via muita TV. Havia já bastante filme americano dublado, em branco e preto. Meus favoritos eram Combat e The Rebel. O primeiro era sobre a campanha americana na II Grande Guerra, e o segundo narrava as aventuras de um soldado americano sulista após ter terminado a Guerra Civil americana. Sobre este último, num dos episódios, o personagem era abraçado e louvado por um homem nobre, pertencente ao Norte, ex-inimigo, a respeito de uma ação que o ex-soldado tinha praticado anteriormente. Como eu não tinha entendido, perguntei à minha mãe e foi aí que recebi as minhas primeiras instruções sobre o que era a honra e o decorrente proceder ético, conjunto de qualidades morais que nos fazem aparentemente agir contra  nós, mas que, no fundo, embutem elevada apreciação no que diz respeito aos valores de uma vida civilizada. Nunca mais esqueci estas lições.

          Acho que vou fazer um chá; aprecio bastante o tipo Earl Grey tea. Pequenos prazeres, mas que tem que saber realizar... É um aprendizado que tive nos meus tempos de ensinamentos budistas: simplicidade e o valor das pequenas coisas, pequenos momentos só nossos.
          Para terminar, uma homenagem ao Millôr Fernandes, um grande erudito popular brasileiro,  por vezes também frasista temido.  [[ Tenho encadernado comigo um de seus livros, chama-se Reflexões sem dor, uma edição em papel quase-jornal, publicado em 1977 pela Editora Edibolso, 94 p., um clássico! ]]  Acima vemos uma das suas famosas charges publicada nos jornais - seu traço é inconfundível. Soube agora há pouco que o palhaço Tiririca, o deputado mais votado nas últimas eleições, foi absolvido das acusações que ameaçavam sua diplomação no Congresso. E foi lapidar esta ilustração do notável escritor e chargista sobre o clima que podemos legitimamente esperar doravante quanto aos nossos dignos representantes no parlamento... Não lhes falta mais nada!

sábado, 20 de novembro de 2010

ecos de um churrasco...

           Vocês acreditam que todos os dias vejo pôr-do-sol assim da janela do meu apartamento? São João da Boa Vista é famosa pela sucessão incrível de entardeceres luminosos, um mais lindo que o outro!

          Escrevo agora aqui porque Marilia, minha filha quase-psicóloga, me 'cobrou' escrever mais neste blog; estava pensando mesmo em 'aparecer', ainda que com a correria de provas e avaliações e bancas e supervisão...

          Outro dia fomos, Bilú e eu, num churrasco da classe dela de Fisioterapia. É  um pessoal legal, a maioria jovem, na flor da idade, como se diz. Demos muita risada. Mas o que mais me chamou a atenção foi quando algumas garotas foram comprar uma garrafa de tequila. Incrível o grau alcoolico destes destilados. Enquanto uma boa garrafa de vinho tem 13 graus, aquela botija - eu conferi - apresentava incriveis 38! Os jovens arranjaram um limão, cortaram em pedaços longitudinais, colocavam na boca para sorver o sumo e pimba - um bom gole da bebida, colocada antes num copinho tipo 'dose'. Vi quando repetiram a golada várias vezes. A turma mais velha (Bilú, eu e as amigas mais 'chegadas' dela) ficou só olhando...

          Dali a alguns minutos já presenciamos umas quatro garotas bem alteradas, e rapazes também. Que cena, "seria cômico se não fosse trágico". Fiquei com medo de algum jovem passar mal e correr risco de afogamento, pois estavam na piscina. Avisei que não iria fazer respiração boca-a-boca em ninguém... Mas, ao que parece, é que se vê diuturnamente nas 'raves & baladas' e encontros da moçada em festas e acontecimentos tipo rodeio/shows artísticos. Estamos todos mal-ajambrados, como se diz... O que vai ser deste povo??

          Ultimamente só tenho assistido filmes de desenho animado. Vocês acreditam que eu não tinha ainda visto Kung Fu Panda e Wall-e ?? E o mais patético é que fico emocionado, até o Toy Story e Formiguinhas me deixaram com certo abalo... Diz-se que é normal assim que ficamos velhos, então, graças aos Céus!!
          Uma homenagem ao Bilú e Livia (meu pai observa a bagunça ao fundo...) em foto tirada  de celular, no apartamento dos meus pais. Tenho também umas fotos da Livia fazendo careta (dizem que sou o culpado por ela ser bagunceira) mas não mostro aqui, apesar de serem muito divertidas. Fotogênicas, não?

          Terminei meu último curso do ano da Especialização em Estudos Bíblicos do CPAJ/Mackenzie. A disciplina desta vez compreendeu estudos sobre as cartas do Apóstolo Paulo. Foi muito bom; aprendi bastante, quanto a gente ignora.... Em janeiro retomamos para o último ano - serão mais seis disciplinas e c'est fini....  Depois farei, como disse já anteriormente em outra postagem, o Bacharel em Teologia, a não ser que nossa UNIFAE seja encampada pela UNESP - aí seguramente terei outras prioridades... alea jacta est!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Dicas & ocorrências...

"Vive de tal modo com os homens como se Deus te visse; fala com Deus de tal modo como se os homens estivessem ouvindo" Atenodoro de Tarso - Filósofo estóico grego, falecido em 07 DC.

          Mui belo este pensamento, adotei em meu rol de valores "fundantes". Vou divulgar na igreja!

           Vixe! Já é meio de Novembro, provas dos alunos e quase época dos exames de fim de ano. Já disse que quando vemos o tempo correr célere é porque estamos já macróbios, grandevos... Pelo menos as chuvas caem quase todo dia, que coisa abençoada!
       
           Outro dia um ex-cliente me telefonou, como faz todo ano, para agradecer seu 'aniversário' de ter parado de beber (é o seu quarto telefonema). Como de praxe, elogia-me o trabalho psicoterapeutico realizado e a oportunidade de ter resolvido de modo perene um problema que o afligia.  Na verdade, o grande mérito é dele, pela coragem e disciplina que demonstrou. Este exemplo não me surpreende, pois já vi várias pessoas, nestes meus trinta e dois anos de psicoterapeuta, realizarem coisas que dantes duvidavam poder cumprir. Mas inegavelmente é como que um 'rito de passagem' para quem o vivencia, um vero 'renascimento', na maioria dos casos!

          Estou terminando, à locé, mais um ano de estudos no Centro Presbiteriano Andrew Jumper, que abarca as Pós-Graduações em estudos teológicos e bíblicos do Mackenzie, em São Paulo.  Já fiz Especialização em Estudos Teológicos e estou na metade da Especialização em Estudos Bíblicos (esta é minha sexta especialização, além do Mestrado e Doutorado; já penso o que vou fazer depois - penso em realizar Teologia pura mesmo). Neste mês, o tema foram os estudos sobre a obra de Paulo apóstolo. Que homem fantástico, quantos desenvolvimentos ele determinou, em especial para toda a cristandade. Muito polemizado também...

         Outro dia recebemos a visita dos sogros do meu filho, Gary & Sue. Vieram com Michelle. Encontramo-nos todos na casa do meu irmão Serginho, o mano mais querido da familia...
  
          Que simpatia, que amabilidade! Quando os visito em Salt Lake City (Utah) não sabem o que fazem para me agradar... Sou eternamente grato a eles por cuidarem com tanto amor de J.G e dos meus netos! Estas pessoas que nos fazem permanecer motivados e gratos pelas muitas bênçãos da Providência.

           Comentei com eles que considero que a minha cruz aqui, minha (seguramente merecida) provação nesta esfera é ter sido privado do privilégio de acompanhar o crescimento de qualquer dos rebentos que tive. É muito triste envelhecer sem a companhia dos filhos e netos. O que me consola um tanto é aquela passagem onde dizem ao Cristo - teus irmãos aí fora te procuram - e Ele responde algo como - minha família são vocês, minha família é quem me ama. Creio também que, já que tudo (tudo mesmo, inclusive as tristezas, malefícios, infortúnios e toda espécie de óbices) aproveita para aquele que é fiel, que estou sendo preparado para o que o Pai Celestial me tem  reservado no futuro. Não conto com ninguém para me amparar em minha velhice; planejei  isto desde jovem e terei três aposentadorias para ver, com todas juntas, se não me reduzo, ao fim e ao cabo, a um mero estorvo, para ninguém, em minha esperada decrepitude...

          Descobri, deambulando pela web, uns sites bem maneiros (pensava que este termo era gíria, mas consta no Aurélio, originado do latim tardio manuariu, significando 'manejável', olhe só!!) e que agora compartilho: este primeiro é bem interessante, http://www.newsvine.com ,  um site onde qualquer um pode escrever sobre o que ocorre no mundo, sobre uma variedade enorme de ocorrências - parece bem 'cool', como se diz em inglês, e bem cuidado, bem 'sério'... O outro é um buscador tipo google, mas mais elaborado e seletivo nos achados: http://blekko.com . Só experimentando para ver... Ah, e tem o site http://www.scientificamerican.com , incrível, e o brasileiro http://www.inovacaotecnologica.com.br , sobre ciência e divulgação científica. Imperdível.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Resumo de alguns conceitos pactuais

                                                                            
Recentemente adquiri um livro, com bem cuidada edição, da Editora do site MONERGISMO.COM (que recomendo a todos inspecionar): Keeping God's Covenant, de Herman Hanko e David J. Engelsma, s/l: British Reformed Fellowship, 2006. (95 p.) Fiz abaixo um pequeno resumo dos conceitos centrais explanado no primeiro capítulo, assunto melhor detalhado nos capitulos seguintes do livro, que recomendo a leitura, aliás, bem agradável. Os autores, docentes e ministros da Palavra, tem o dom da escrita clara e objetiva, aliado ao rigor e fidelidade teológica reformada. Estes conceitos irei utilizar numa palestra que ministrarei a casais em atividade na igreja em breve.

GUARDAR O CONVÊNIO -  SALMO 105: 7 e 8
 
Ele é o SENHOR nosso Deus; os seus juízos estão em toda a terra.
Lembrou-se da sua aliança para sempre, da palavra que mandou
a milhares de gerações.
 
            Para alguns, a verdade da Aliança é familiar; para poucos pode ser controversa; para muitos é virtualmente desconhecida.
            Nós todos temos de estar convencidos da importância do Pacto: muitos não praticam a santidade de uma vida cristã como expressão da guarda co Convênio; eles devotam sua vida a Jesus ou imitam a vida de Cristo, ou ainda, obedecem a determinadas regras estabelecidas na Bíblia.
            Digo esta verdade celestial: de  acordo com as Escrituras, o Convênio é de imensa importância a todos nós que nos proclamamos cristãos, visto que, entre outras coisas, todas as bênçãos que recebemos do Pai Celestial são bênçãos pactuais. E como é isso?
       
            Quando Deus planejou a salvação de seu povo em Israel do Antigo Testamento, providência que culminou com a vinda do Messias e a redenção, este mesmo Deus começou seu trabalho fazendo um Pacto com Abraão e sua posteridade conf. vemos em Genesis 12.  A partir deste ponto, a história do Antigo Testamento é uma “história pactual”.
            Desde que esta trajetória tem Jesus como meta, ele veio ao mundo para coroar o Convênio, e sob os auspícios do Convênio. É o que Zacarias explicou sobre o nascimento de Jesus, como vemos em Lucas 1: 72 e 73.  “...para lembrar seu sagrado Pacto, o solene juramento (algumas Bíblias dizem aqui “a solene promessa”) que fez ao nosso pai Abraão”.
            Todo o trabalho salvífico de Jesus foi realizar o Pacto – o novo Pacto – com a comunidade dos eleitos, e com cada pessoa em particular. É o que vemos em HEBREUS 8: 6 a 13, onde o Paulo cita uma passagem de Jeremias que se encontra no cap 31, versos  31 a 34:

Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de uma melhor aliança que está confirmada em melhores promessas.
Porque, se aquela primeira fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para a segunda.
Porque, repreendendo-os, lhes diz: Eis que virão dias, diz o Senhor, Em que com a casa de Israel e com a casa de Judá estabelecerei uma nova aliança,
Não segundo a aliança que fiz com seus pais no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; Como não permaneceram naquela minha aliança, Eu para eles não atentei, diz o Senhor.
Porque esta é a aliança que depois daqueles dias Farei com a casa de Israel, diz o Senhor; Porei as minhas leis no seu entendimento, E em seu coração as escreverei; E eu lhes serei por Deus, E eles me serão por povo;
E não ensinará cada um a seu próximo, Nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece o Senhor; Porque todos me conhecerão, Desde o menor deles até ao maior.
Porque serei misericordioso para com suas iniqüidades, E de seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais.
Dizendo Nova aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, perto está de acabar.

            Pela sua morte vicária, Jesus adquiriu o direito, em nome do povo de Deus, de receber o convênio.
            Pelo seu Espírito e Palavra, Cristo realiza efetivamente o Convênio com cada pessoa do povo de Deus, individualmente. Assim, Hebreus 8: 6 nomeia a Jesus como o “Mediador do Convênio”.
            Sim, somos chamados a guardar o Convênio. Nenhuma tarefa que possamos ter é maior do que o dever de guardar o Sagrado Pacto.
            Mas o que é este Pacto, o Convênio, a Aliança, bênção que vemos percorrer toda Bíblia de forma uniforme, como uma verdadeira unidade??
            O Pacto de Deus com seu povo é um relacionamento único de amizade, de camaradagem íntima, e  amor mútuo. Este era o Convênio anunciado a Adão e Eva no Paraíso, imediatamente após a queda, e também o Pacto de Abraão. Foi também administrado a Israel e a nós todos. Mas não é um tipo de acordo como aqueles que fazem entre si os homens de negócio...
            Nós aprendemos sobre a natureza deste Convênio na Bíblia: ela nos ensina sobre o Pacto, de modo claro e inequívoco, revelando em detalhes em quê consiste esta bênção.

            PRIMEIRO: em toda passagem de escritura onde está implícita a idéia de Pacto, em especial onde se desenvolve novos aspectos do Convênio, as mesmas palavras são empregadas: “EU SEREI SEU DEUS E VOCES SERÃO MEU POVO”.
              Isto está em GENESIS 17:7, no estabelecimento do Convênio com Abraão; em EXODUS 20:2, no prefácio dos dez mandamentos; como apontamos, está também em JEREMIAS 31: 33, no novo convênio para Israel e Judá,  e em APOCALIPSE 21:3, quando João vê a nova criação e a Igreja Gloriosa.
              Estas palavras são claramente a “fórmula do Convênio”, que descreve o Pacto como uma ligação de Amor, sendo esta fala similar quando o homem diz a uma mulher: “eu serei seu marido e você será minha esposa” ;  é similar também quando um homem diz a uma criança “eu serei seu pai e você será meu filho”.
             SEGUNDO, as duas instituições terrenas com as quais a Escritura compara o Convênio são ambos relacionamentos íntimos de amor: a relação matrimonial (veja Ezequiel 16:8) e a relação entre pai e filho (veja Êxodo 4: 23).
             TERCEIRO: uma das mais belas experiências que podemos ter na terra é a relação de companheirismo afetuoso com os amigos, a nossa vida familiar, e também a enriquecedora vida conjugal. Agora, a intimidade com Deus, que precisamente é o Convênio, é, nesse sentido, ainda mais o nosso maior Bem, o mais alto privilégio de amizade, e a suprema bênção para a Humanidade.
             QUARTO: enquanto relacionamento com nosso Pai Celestial, o Pacto não é um meio para alcançar um estado interno maior ou melhor, e, sim, consideramos que o Convênio é precisamente a meta, o fim em si mesmo. A Bíblia ensina que o Convênio é eterno – GENESIS 17: 7 – “Estabelecerei  a minha aliança  como aliança eterna entre mim e você e os seus futuros descendentes, para ser o seu Deus e o Deus dos seus descendentes”.  Também em HEBREUS 13: 20 – “O Deus da paz, que pelo sangue da aliança eterna trouxe de volta dentre os mortos o nosso Senhor Jesus, o grande pastor das ovelhas”.
             Em comunhão com Deus, uma comunhão de crianças com seu Pai Celestial, o Pacto reflete a própria vida divina de Deus – Deus não é um ermitão isolado, ele vive numa comunhão de pessoas.
            Sua rica vida é uma vida Triúna, a vivência de amor do Pai, e do Filho e do Espírito Santo João 1, 18 : Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou.
            QUINTO – Jesus estabeleceu as bases do Convênio com sua morte sacrificial, obtendo para o povo de Deus o direito de serem filhos de Deus.

            Ascendido aos céus, Jesus criou a vívida ligação entre cada alma do povo de Deus e Deus, mediante o seu Evangelho e o Espírito Santo.
            A realização do Convênio era a oração de Jesus, conforme João 17: 21 -  “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste”.
            A esta oração Deus responderia no dia seguinte, pela redenção da cruz. Assim, como dissemos, Jesus é chamado o Mediador do Convênio (Hebreus, 9: 15).
            Desde que Jesus é o mediador do Convênio, o único caminho para o Convênio, a única experiência do Convênio é a Fé em Jesus o Cristo. OU SEJA, nós vamos  para o Pai somente pela Fé em Jesus – João 14: 5 a 10 :

Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho?
Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.
Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto.
Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta.
Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?
Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras.

            Mas há que se ressaltar, de modo claro, um outro aspecto no qual o Pai Celestial estabeleceu o Convênio em Cristo: - Deus fez o Convênio pessoalmente com Jesus!
           O Convênio não é feito com o eleito diretamente, é feito diretamente com o Cristo; o Convênio é realizado conosco somente e tão somente porque pertencemos a Jesus.
            De acordo com GENESIS 17: 7, Deus fez concerto, um pacto com Abraão e “sua semente”.  

            Nós podemos pensar aqui em Isaac ou os demais filhos de Abraão, mas a semente de Abraão é Jesus, como aponta Paulo em GÁLATAS 3: 16  Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua descendência. Não diz: E às descendências, como falando de muitas, mas como de uma só: E à tua descendência, que é Cristo.

             Deus fez a promessa do Convênio a Cristo, ele estabeleceu seu Convênio com Cristo como o cabeça, o principal do Convênio; assim,  ele é nosso representante de todo o povo de Deus.
            Disso sabemos – da mesma maneira que o Convênio da criação (Pacto de Obras) no Paraíso foi feito com Adão como principal, como cabeça da raça humana, da mesma forma o Convênio da Graça foi realizado com Cristo como cabeça da nova raça humana dos eleitos de todas as nações.
            ROMANOS 5: 12 e vers. seguintes compara Adão e Cristo como os dois principais cabeças dos Convênios através dos tempos. Isto implica que o Pai Celestial realiza seu Convênio com aqueles que Ele elegeu em Cristo para a Salvação; em outras palavras, Deus não fez seu Convênio com todos os homens sem exceção – ver GÁLATAS, 3: 29  “E se vocês são de Cristo, são descendência de Abraão e herdeiros segundo a promessa”.
            Portanto, a promessa, o Convênio e sua herança são para aqueles que são de Cristo.
            Estabelecido em Cristo, o Convênio é gratuito, gracioso, é o verdadeiro Convênio da Graça, como as Confissões Reformadas o nomeia.
            Não é Convênio do trabalho do homem, ou oriundo do desejo humano, ou ainda oriundo do valor do homem.
            O Pai Celestial decretou o Convênio em seu Celestial Conselho, somente pela Graça.
            Deus confirmou o Convênio na Cruz de Cristo, somente pela Graça.
            Deus estabeleceu o Convênio no coração dos eleitos e seus filhos crentes (os filhos da promessa – Em  ROMANOS 9: 8 lemos  - Isto é, não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa são contados como descendência.
            Deus mantém o Convênio e o aperfeiçoa com todos aqueles que são de Cristo, preservando-os, somente pela Graça.
            O Convênio é incondicional, não depende do pecador. Se dissermos que o Convênio é ‘condicional’, negamos a salvação somente pela Graça.
             À luz do que constitui o Convênio, um vero relacionamento amoroso entre o Pai Celestial e seu povo, estabelecido em Cristo, de modo gracioso, nós podemos entender corretamente o que a Escritura diz quando nos admoesta a guardar o Convênio.
            Os dez mandamentos são obrigações pactuais. EXODO 34: 28 chama os dez mandamentos como “as palavras da Aliança” (ou seja, do Pacto, do Convênio). 
            
             ASSIM, os cristãos são chamados a guardar o Convênio, a observar os termos do Convênio, a realizar o que o Pai Celestial requer dos parceiros do Convênio, vivendo o tipo de vida que serve ao Convênio.
            Como vimos em uma citação do apóstolo Paulo, JEREMIAS (em cap. 31: 33) profetizou:
Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o SENHOR: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.
            Amar a Deus em nossos corações , e obediência a todos os mandamentos não são trabalhos do pecador dos quais dependem o Convênio. AO CONTRÁRIO, eles são bênçãos de Deus à Igreja eleita e seus membros, no labor divino de estabelecer Convênio conosco.
            
            PORTANTO, obedecer à Lei não é mera condição junto ao Convênio mas, antes, um privilégio e uma bênção do Convênio.
             
            Nossa santificação – e isso é o que significa guardar o Convênio – não é nosso trabalho sobre o qual a salvação depende, ou nossa colaboração ao trabalho de Deus.
              
            Convencidos de que é necessário guardar o Convênio, visto que o Pai Celestial assim o ordena, sabemos agora que é o caminho pelo qual somos efetivamente salvos, além do mais porque glorifica a Deus, que é o fim principal do Convênio.
           
             Somos advertidos contra o grave pecado de quebrar o Convênio, como está em Hebreus 6, versículos de 4 a 8, ou ainda mesmo no capítulo 10, versículos de 26 a 31 : 

Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados,
Mas uma certa expectação horrível de juízo, e ardor de fogo, que há de devorar os adversários.
Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas.
De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue da aliança com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?
Porque bem conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança, eu darei a recompensa, diz o Senhor. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo.
Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo.
             
            Quem quebra o Convênio, violando e transgredindo o pactuado, é culpado e atrai sobre si a maldição do Convênio.

     EM RESUMO - COMO GUARDAMOS O CONVÊNIO?

             PRIMEIRO – Obedecendo aos dez mandamentos: SALMO 103:  17 e 18

Mas a misericórdia do SENHOR é desde a eternidade e até a eternidade sobre aqueles que o temem, e a sua justiça sobre os filhos dos filhos;
Sobre aqueles que guardam a sua aliança, e sobre os que se lembram dos seus mandamentos para os cumprir.
           
             SEGUNDO – amando a Deus sobre todas as coisas, e isto com todo nosso coração e mente. Para amar a Deus precisamos conhecê-lo e, quanto mais os estudamos na Palavra, mais desejamos vir a conhecê-lo.
           
             TERCEIRO – achegando-nos ao Pai Celestial de modo apropriado – Hebreus 10: 22 e 23 :

Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa,
Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que promete. 

            QUARTO – aceitando e vivendo a incondicionalidade bilateral do Convênio, na Igreja, na sociedade, no nosso Lar e, aqui, em especial, na união conjugal, uma das maiores bênçãos proporcionadas por Deus aos homens.  Somos advertidos de que esta aceitação da incondicional bilateralidade abrange por vezes sacrifícios, sofrimento e dores – MARCOS 8: 34   E chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Aula para futuros formandos


          Os tempos são outros, seguramente, e vejo como os jovens tem dificuldade em discernir sinais para tomar as decisões certas para seu encarreiramento. Já se disse que a overdose atual de informação (o termo mais preciso aqui seria  'dados', visto que tudo o que ocorre por aí nada mais é que fatos ou fofocas que demandam interpretação do leitor, para DAÍ sim se considerar informação - algo útil para quem dela se utiliza) faz as pessoas sentirem-se desorientadas, inseguras, confusas... Falta à pessoa parâmetro para bem julgar, diferenciar o "joio do trigo".  E isto mais drástico para os mais imaturos, sem experiência, sem desenvolvimento. Quanto mais donzel (sic) o pensamento, maior risco para seu detentor, neste cenário pós-moderno (para usar um termo da moda...).

Mas, neste âmbito, alguns temas podem ser úteis para a reflexão:

1. O cenário: a economia em geral modificou-se radicalmente nas últimas décadas, ou seja, as empresas e os postos de trabalhos se transformaram (isso vai continuar, só que mais rapidamente).
2. Existe certa crise da falta de qualificação profissional frente ao mercado de trabalho cada vez mais dependente do uso de conhecimento (o 'quê'), e uso de ferramentas mentais e instrumentais - digo máquinas -  de computação (o 'como'). Isto implica em maior possibilidade de demissões e/ou redesenhos de cargos, para aqueles que não acompanharem a tendência.
3. TRABALHO não é mais sinônimo de segurança. As relações empresa-empregado não são mais duradouras como antigamente.  Pode-se esperar que a pessoa terá vários empregadores (às vezes bem diferentes) num futuro bem próximo, o que já ocorre bom boa parcela da população.
4. Hoje se requer um trabalhador bem preparado, com níveis elevados de Inteligência emocional e domínio de vários tipos de TECNOLOGIA, além daquelas habilidades de relacionamento interpessoal que as antigas famílias passavam aos seus rebentos (e que hoje muitas já não oferecem). Isto cria um descompasso enorme entre o que se espera de um bom colaborador e o que as pessoas acreditam que devam fazer nos diversos segmentos laborais.
5. Vemos hoje ainda, por incrivel que pareça, empresas que “se contentam” com indivíduos medianos, medíocres. Não se apercebem que assim agindo perpetuam sua condição de empresa medíocre também. Aprendi pelo exemplo da MICROSOFT que ela é o que é porque Bill Gates desde o início decretou que sua empresa SÓ teria pessoas bem acima da média, em todos os sentidos.
6. Outro cenário importante que muitos ainda não estão atentando:  o aumento da expectativa de vida média das pessoas. A população está ficando mais velha e isso a passos largos, o que vai determinar profundo redesenho das relações econômicas, além dos declinados acima.
7. E, por fim, fechando esta minha humilde lista, observamos a tendência firme da maior participação das mulheres no mercado de trabalho e nas Universidades, o que implica em reformas perenes na maneira que os generos se relacionam. Veremos ainda outras revoluções nos costumes, algo diversas do que encontramos recentemente.

          Veja o quadro abaixo. Ela sumariza algumas mudanças críticas, sem retorno...  (digo 'crítica', significando, no quadro de referencia organizacional, àquelas mudanças que determinaram/determinam amplamente os resultados das coisas que delas dependem)

ATÉ DECADA 
DE 70
ENTRE ANOS
70 e 90
ATÉ O ANO 2000
DESDE 2000 ...
EXPERIÊNCIA
ALTA ESCOLARIDADE
PERFORMANCE
TRABALHO EM EQUIPE
TRANQÜILIDADE
CONFIANÇA
CURIOSIDADE
TRAB. POR PROJETOS
TEMPO DE CASA
“POLÍTICO”
INDEPENDENTE
MOSTRA RESULTADOS
DEPENDÊNCIA
CRIATIVIDADE
GERA MUDANÇA
AUTODIDATA NO SEU DESENVOLVIMENTO
CARREIRA SOLIDA
COMPETITIVIDADE
COOPERADOR
GLOBALIZADO
RESISTENCIA À MUDANÇA...
APTO A MUDAR! A PESSOA SE ADAPTA...
MULTIPLICADOR
FACILITADOR, COM  SOLIDARIEDADE
SALÁRIO FIXO
SALÁRIO VARIÁVEL
SALÁRIO POR OBJETIVOS E METAS
MELHORIA CONTÍNUA E BONUS; AÇÕES
POUCO CONHECIMENTO
ELEVADO CONHECIMENTO
COMPROMETIMENTO
LIDERA MUDANÇAS; CONSULTOR INTERNO
LEAL  À  EMPRESA
ESPECIALISTA
GENERALISTA
MULTIESPECIALISTA

          Analise este quadro com cuidado - veja como cada dimensão evoluiu, com dráticas alterações de perfil.  Este quadro pode ajudar a determinar algumas necessidades imperiosas (muitas destas determinações mão são claramente discernidas, num primeiro olhar...) para o profissional que se prepara para enfrentar o mercado de trabalho, estabelecendo alguns CRITÉRIOS pessoais para o mesmo se auto-avaliar constantemente:
  1. Ficar atento às oportunidades que surgem e que o profissional mesmo “determina”...
  2. Montar um PLANO DE CARREIRA, com objetivos e metas situados no tempo.
  3. O trabalho tem que ser adequado à VOCAÇÃO, o que envolve pesquisa permanente de interesses e aperfeiçoamento de habilidades (sabendo que a somatória delas é que forma o núcleo da sua Motivação).
  4. COMPETÊNCIA PROFISSIONAL é a somatória de estudo e treinamento. Isto pressupõe capacitação constante !! 
  5. IDONEIDADE. Isto mais do que nunca será um diferencial neste mundo cansado de corrupção e conluios. 
  6. A pessoa deve possuir saúde física e mental (adornadas com energia e simpatia), e isto se conquista com alimentação correta, atividade física, atitude positiva de vida, religiosidade e alguma terapia, pois ninguém deve se 'endeusar'... 
  7. Toda pessoa cônscia deve ter uma reserva para tempos turbulentos. Isto se planeja a longo prazo e com medidas amplas e coordenadas. 
  8. Construir e manter o NETWORKING. Ninguém é uma ilha, realmente.