A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

sábado, 12 de novembro de 2011

fim de ano

Fim de ano na Ilha da Madeira
(foto obtida agora no site http://www.baixaki.com.br)

          Nossa, semana que vem iniciam-se as provas finais no Centro Universitário. Mês seguinte, os exames dos 'recalcitrantes', e merecidas férias... O tempo passa, nesta voragem dos fins dos tempos, cada vez mais rápido (pelo menos é assim que vislumbro, que sinto...) e não atinamos suas consequências. Hoje fui a Mogi Mirim no almoço de casamento de sobrinho José Antônio -  o 'casório' foi ontem; Ruth foi mas eu não pude, pois tinha que ministrar 4 aulas no UNIFAE - levei à tarde Lívia a Rio Claro e voltei a São João da Boa Vista, desta vez por Piraçununga (é assim que se grafa no Houaiss, significando cachaça; não sei se o nome da cidade é, no uso corrente, grafado, como desconfio, 'Pirassununga'...), pela estrada que vai a Aguaí, cidade perto daqui. Que 'périplo'... é muita kilometragem e só fico agradecendo ao Pai Celestial pelo livramento, pela bênção de poder fazer tudo isso em segurança! Sei que se Ele assim dispusesse, eu seria ceifado num átimo, num estalar de dedos (nem isso...) visto tantas são as situações, e Ele é Soberano, está no comando total, como dizemos na Igreja.

          Amanhã tenho, antes de ir à Igreja, muita correria, muito 'trabalho braçal': relatórios, corrigir trabalhos, averiguar o site americano de concessão de vistos de viagem ao exterior, examinar papers e outros documentos, elaborar aula da Escola Dominical (classe dos adultos), uff!, um 'monte' de coisas! É raro poder ficar em frente à TV por puro deleite, regalo, de 'papo para o ar'... Quanto tempo faz que não assistimos um filme no DVD, como assinala Ruth... Ainda bem que nas férias 'tiramos o atraso'...

          Quinta feira tivemos curso de Brigadista (noções de combate a Incêndio e Primeiros Socorros) aqui no condomínio. Isto é necessário para renovarmos a licença de funcionamento. Quantas instruções interessantes! Graças ao auxílio de um condômino de boa alma, conseguimos reunir o número necessário de 'alunos', face à existência de 96 apartamentos aqui. A meta agora é expandir as atividades para aperfeiçoar nossa segurança, em todos os sentidos.

          Sexta feira ministrei, representando nosso Centro Universitário, mais uma palestra sobre Auto-conhecimento e  Gerenciamento de Stress para os Policiais Militares da Vigésimo Quarto Batalhão da PM, sediado aqui em São João. Gosto deste trabalho, pois podemos cooperar para o aperfeiçoamento de tantos bons profissionais, que muitas vezes são injustiçados em suas atividades. A sociedade tem uma dívida enorme para com a Polícia Militar, frente à abnegação e dedicação destes homens e mulheres que, não raro, dão a sua vida em prol do bem comum. Ainda temos mais dois encontros similares, até o fim do ano.

sábado, 5 de novembro de 2011

Quarta netinha...

Noemia Marie Dutra
*02 de Novembro 2011, Salt Lake City (Utah)

          Estamos em festa, as Famílias Jones e Dutra - nasceu mais um membro! Como de praxe, digo que ela é muito parecida com meu filho, que coisa linda; lembro-me de quando ele nasceu, em 04 de novembro de 1982, lá em Rio Claro, no Hospital Evangélico. 
Minha filha Marília com a nova sobrinha
Marília é muito 'coruja' com a sobrinhada...

          Ficamos aqui orando ao Pai Celestial para que Ele abençôe esta nova pessoinha; que ela tenha todo o amor do mundo e o acompanhamento de seus pais em todos os seus passos. Os irmãos Drake (o mais velho) e Gavin estão 'babando', como o pai. Que 'inveja', imagino a felicidade!

 Drake Boyd, JD & Gavin Ross, os 3 Dutras...
 Meu filhão é 'agarrado'  nos meninos como eu era com ele!
(JD conta que os 2 são muito 'arteiros'...)

Olha os dois garotos com a irmãzinha; imagino o trabalho que ela vai ter com os dois manos e mais o pai 'pegando no pé' dela por causa de namorado, etc... Coitadinha!

Espero que Deus me abençôe num futuro próximo para que eu possa acompanhar o crescimento destes meus netos lá nos Estados Unidos. Tenho que ajudar meus filhos com a filharada... Bem, não esqueço que ainda tenho a Lívia - ela está com 10 anos e, 'imagina', daqui a uns 15 anos quem sabe também já encaminhou sua vida - ela já disse que ter 'muitos' filhos. Ela adorou a nova sobrinha - ela se dá muito bem com crianças, nenês especialmente; se tudo der certo iremos todos o ano que vem conhecer lá a nenezinha....

          Quando aposentar (faltam somente 8 anos) irei sempre para a América do Norte ver a turma. Marilia - quem sabe até lá também vai estar casada...- vai me dar outros netos e vamos fazer 'aquela' bagunça. Nada como curtir a familia - o tempo vai passando e os cenários vão se alternando, é a lei da vida. Oro para que o Pai Celestial me conserve com saúde para eu poder ver meus netos ainda por muitos e muitos anos!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

GO - Grupo de Oração

barns grand tetons mountains
Obtido nesta data de
http://rst.gsfc.nasa.gov/Sect6/Sect6_6.html

          Hoje à tarde houve mais um encontro do GO das segundas feiras (tenho outro, às quintas feiras, sempre aqui no meu apto.), que a cada semana se reune alternativamente na casa de cada membro. Sempre é edificante, um bálsamo!
         
          Todos nós sabemos que ORAÇÃO é como se fosse o ‘fôlego da alma’, que nos é dado por Deus Pai, Filho e Espírito Santo, graciosamente, para nutrir nossa relação vital com Ele, para ajudar a constituir o sentido de nossa existência e cultivar a vida entre as pessoas. A oração é uma das maneiras mais belas de vivermos a Fé Cristã: pela oração reconhecemos a total dependência para com nosso Pai Celestial.
  
          A intenção destes GO é propiciar uns aos outros um tempo de compartilhamento, agradecer e orar pelas nossas necessidades e de pessoas que nos solicitam, e realizar um pequeno estudo dos ensinamentos da Bíblia, tanto do Antigo como do Novo Testamento. Não realizamos normalmente qualquer tipo de pregação com esta atividade ecumênica, que é aberta a todos (qualquer um pode convidar quem quiser para comparecer). O desejo é somente reunir cristãos e/ou demais interessado(a)s em compartilhar suas orações e interceder por aqueles que necessitam, além de apreciar as verdades e tesouros do Evangelho.

            Uma reunião típica se inicia com um bate-papo informal, segue-se o breve entoar de hinos (um ou dois) e o registro em livro próprio das intercessões solicitadas para o grupo. Após, são oferecidas orações audíveis pelos membros presentes que desejam orar e, em seguida, há a leitura e debate sobre os ensinamentos contidos em uma passagem bíblica. Habitualmente quem hospeda a reunião de oração serve chá (ou refrigerante) e biscoitos (ou bolo, etc.) ao final, antes do papo final e das despedidas.

           É comum o pessoal comunicar que 'estava esperando a semana toda'  pela segunda feira, para participar do GO. Sentimos falta mesmo do encontro, quando não se pode participar, por um motivo ou outro... É uma hora abençoada!

          Quem sabe você não se anima a organizar um GO em sua casa - faz um bem danado!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

aula... e dica de site de imagens grátis!

Image: vorakorn kanokpipat / FreeDigitalPhotos.net

           Olha só que imagem incrível! Obtive -a agora, grátis, no site citado acima (conforme instruções dos mesmos) que tem milhares de imagens, uma mais linda que a outra... Para quem aprecia fotografias, um 'prato cheio'!!

          Ontem ministrei auma aula sobre técnicas de psicologia humanista-existencial, da vertente rogeriana, para alunos do sexto semestre. Para mim foi um momento especial. Pude esclarecer muito do meu modo de ser como docente, coisa que muitos alunos tem dificuldade de discernir. Fico feliz em poder ser cristalino e autêntico em minhas relações com eles. Como sempre digo, penso não somente no aqui-agora da vivência da sala de aula, mas n'eles como meus colegas e profissionais logo-aí, no próximo futuro...

          Esta minha experiência choca-se com uma constatação que a cada vez se apresenta à minha pessoa. Os relacionamentos hoje em dia estão com tonalidades que eu desconhecia até a poucos anos. Não sei se a velocidade das diuturnas e polifacetadas exigências e/ou o fluxo cada vez mais "bombardeante" dos dados e informações que caem sobre nossa cabeça que cooperam, no seu conjunto, para nos deixar cada vez mais alienados de nós mesmos nestas relações que somos confrontados a cada minuto. Constato isto por inúmeros 'sinais' (que denomino 'sintomas'), sendo talvez o mais insidioso o fato das pessoas 'não escutarem' o que você diz. Parece que somos, no mais das vezes, platéia para discursos solipsistas, ensimesmados, apartados. O outro definitivamente parece, nestes tempos pós-modernos, transmutado no 'inferno' a que aludiu Sartre. Mas eu acho mesmo que (por nossa humana deficiência intrínseca neste amplo, complexo entorno social hodierno) transformamo-nos, para cada qual de nós mesmos, em vera inferneira para nossa mútua compreensão e enfrentamento... Será que tem jeito?

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Caramba, esqueci...

ilustração obtida nesta data de
http://hypescience.com/com-o-erro-se-aprende-a-errar/

          Chateação! Segunda feira fomos, Ruth, Lívia e eu, a Campinas apanhar nossos passaportes e nem me dei conta de pagar boletos que venceram no fim de semana e no dia aprazado. Agora terei que ir de banco em banco (onde o título está em cobrança) pagar cada 'fatura', pois tem juros, etc... Ah, estas modernidades! E o pior é que fiquei à noite descansando - lendo e vendo TV - da maratona que foi o dia (fomos também ao shopping Iguatemi, o melhor da cidade; almoçamos com os irmãos num almoço festivo na casa dos meus pais...) e poderia ter pago via web facilmente as pendências. Quando se envelhece ficamos mais esquecidos, realmente, mas parece que este problema não me apoquentava quando jovem (ou eu não lhe dava a devida importância, não sei dizer...).

          Agora, quarta feira cedo - 6 e 30 da manhã (hora que normalmente já acordei 'faz tempo'...) - feriadão, com este silêncio adorável, ouvindo o chilreio dos pássaros lá fora (como tem pássaros aqui! ah, também  lagartos, alguns grandes...) coloco minhas idéias em ordem. A mesa está uma bagunça, com  papéis para arquivar, livros e diversos objetos e outras coisas para processar. Ao meio dia temos churrasco para nos divertir, com gente jovem, todos colegas de faculdade de Bilú. Antes, farei minha ginástica diária (ou quase...): pular no mini-tramp uma hora, frente à TV, 'escaneando' os canais...

          Ontem à noite, véspera de dia comemorativo do Dia das Crianças, pouquíssimos alunos foram à aula. Ministrei a somente 5 estudantes, e fiquei mais uma vez triste pelas pessoas que não puderam privar da estimulante aula. Discorremos sobre um importante assunto - as condições da relação de ajuda, segundo Carl R. Rogers, dentro da disciplina de Psicologia Humanista-Existencial - entendimento primacial dentre as práticas psicoterapeuticas neste campo do saber. Notei que outros cursos lá de nosso Centro Universitário não tiveram uma presença sequer, e isto em várias classes. Não entendo este tipo de 'desânimo' de nosso alunado. Na verdade nem sei se é desalento ou um tipo de preguiça que se nos assalta cotidianamente, pela enormidade de compromissos e estímulos que esta pós-modernidade nos determina. Mas para esta moçada fugidia esta evasão (pode ser entendida aqui esta palavra especificamente ou no sentido figurado, veja só a polissemia...) é-lhe de certo modo desastrosa: não volta mais esta vivência, esta significativa intelecção. Nem digo pela falta que fará na avaliação de aprendizagem que procederemos ao final do semestre, mas pela oportunidade perdida de segura vivência que cooperaria para moldar, de modo modelar, sua vida profissional.

          A razão desta digressão se perfaz, se apresenta sempre à minha consciência visto que a enormidade de dados e informações (no âmbito mais técnico estes termos tem significações diversas!) impõe novo tipo de escravaria ao cidadão - não dispomos naturalmente de cabedal apropriado para lidar com esta enxurrada... Muitos, ouso dizer - a maioria -  não sabem o que fazer com tanta opinião e conhecimento expressos em revistas, jornais e livros, TV, informes acadêmicos, documentos, relatórios técnicos, ou seja, textos diversos que nos são 'despejados' ininterruptamente... Como formar, em meio a esta torrente, um senso crítico? Creio que este desafio, o criticismo (à vezes leio 'criticidade' - existe?), é o maior que se impõe aos educadores daqui para a frente...

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Steve Jobs



          Impossível passar em branco... Que bonito ver uma pessoa passar por este mundo e deixar a sua marca! Sei que cada pessoa tem sua importância, e não tem sentido fazer comparações - esta 'briga' é de cada um consigo mesmo. Mas este rapaz - um ano mais novo que eu - inegavelmente contribuiu para que o mundo ficasse bem melhor. Eu não conheco os produtos da Apple - se fosse mais barato ou eu necessitasse para meu trabalho seguramente os teria examinado, mas não é necessário experimenta-los para saber de suas inegáveis qualidades. Steve foi um gênio na inovação, no marketing e na comunicação. Mas não é somente pelas inovações e produtos que Steve vai ser lembrado.

          Existe um video no YouTube ( http://www.youtube.com/watch?v=D1R-jKKp3NA ) onde Steve faz um discurso para formandos na universidade americana de Stanford, em 2005. Vale a pena assistir (está em inglês). Na página de um dos jornais de notícia da TV Globo apanhei uns trechos traduzidos deste discurso que irei comentar brevemente ( http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2011/10/confira-frases-marcantes-do-co-fundador-da-apple-steve-jobs.html ).

          Ele abordou ali muitas coisas interessantes, que valem para todos nós, e fico pensando em meus alunos - gostaria que alguns deles lessem e meditassem nisto...  "Às vezes a vida te bate com um tijolo na cabeça. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me fez continuar foi que eu amava o que eu fazia. Você precisa encontrar o que você ama. E isso vale para o seu trabalho e para seus amores. Seu trabalho irá tomar uma grande parte da sua vida e o único meio de ficar satisfeito é fazer o que você acredita ser um grande trabalho. E o único meio de se fazer um grande trabalho é amando o que você faz. Caso você ainda não tenha encontrado  [o que gosta de fazer], continue procurando. Não pare. Do mesmo modo como todos os problemas do coração, você saberá quando encontrar. E, como em qualquer relacionamento longo, só fica melhor e melhor ao longo dos anos. Por isso, continue procurando até encontrar, não pare".   Esta coisa de fazer com amor as coisas que nos são caras é importantíssimo! Vejo com tristeza que alguns alunos estão fazendo seu curso sei lá o porquê. Passam uma impressão ruim do resultado de seu estudo para seu ser, seu futuro... No meu tempo de faculdade, a imensa maioria de meus colegas era apaixonada pela Psicologia, e os professores adoravam dar aulas em nossa classe porque a gente era comprometido e discutia com ardor os assuntos; líamos os textos, preparávamos as tarefas, prestávamos muita atenção e participávamos de tudo quanto surgia na Universidade... Muitos de meus colegas de classe fizeram Mestrado e Doutorado... Parece que tem mais gente 'perdida' hoje ou é porque estou ficando velho??

          O que mais me tocou neste discurso foi ele discutir sobre a morte, tema que me fascina:   "Lembrar que eu estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que eu encontrei para me ajudar a fazer grandes escolhas na vida. Por que quase tudo – todas as expectativas externas, todo o orgulho, todo o medo de se envergonhar ou de errar – isto tudo cai diante da face da morte, restando apenas o que realmente é importante. Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira para eu saber evitar em pensar que tenho algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir o seu coração.   (...)   Isto foi o mais perto que cheguei da morte e espero que seja o mais perto que eu chegue nas próximas décadas. Tendo passado por isso, posso dizer agora com mais certeza do que quando a morte era apenas um conceito intelectual: ninguém quer morrer. Até mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para ir para lá. Ainda, a morte é um destino que todos nós compartilhamos. Ninguém conseguiu escapar dela. E assim é como deve ser porque a morte é talvez a melhor invenção da vida. É o agente que faz a vida mudar. É eliminar o velho para dar espaço para o novo. Neste momento, o novo são vocês, mas algum dia não tão longe, vocês gradualmente serão o velho e darão espaço para o novo. Desculpa eu ser tão dramático, mas é a verdade".  (aviso: os 'links' já vieram com o texto...) 

          Que lições magníficas! Concordo em genero, número e grau! Sinto-me reconfortado em ver que penso como ele... Ainda hoje vemos como estas questões humanas da finitude e o aniquilamento são existenciais; constituem, também, nossa maneira de ser. Veja como ele conecta esta perspectiva da cessação de tudo com as questões vitais de se entregar de coração à vida, de mudança, das expectativas,  das perdas, e de se 'ter' que agradar as pessoas... Gostei da posição que ele teve ao falar do enfrentamento da morte, como que prenunciando, anos atrás, o que ele passou agora. Percebo que ele deve ter divisado este seu momento (que é-será de cada um) de modo digno, uma maneira especial de coroar a sua existencia enquanto esteve entre nós. Uma grande pessoa, sem dúvida. Todos morremos um pouco ontem, mas com ele, seu legado e sua presença celebramos a vida!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

não costumo disseminar 'spam', mas este...

(recebido pela web) Ele está com celular!!! Ô modernidade!
"Se a moda pega"...

          Recebi da amiga Naísa esta piadex, que achei sintomática de nossos tempos; tem o seguinte texto (meus escrúpulos fizeram-me editar algumas palavras, mas o sentido é  o mesmo):

Homem: Deus?
Deus: Sim?...
Homem: Eu posso lhe perguntar algo?
Deus: Claro, meu filho !!
Homem: O que é um milhão de anos para o Senhor?
Deus: Um segundo!
Homem: E um milhão de dólares?
Deus: Um centavo.
Homem: Deus, o Senhor poderia me dar um centavo?
Deus: Espere um segundo....


          Muito legal, podemos extrair milhares de ensinamentos, dependendo do olhar do vivente... Acho que muitas pessoas hoje pensam que para falar com nosso Pai Celestial o que precisamos é de um tipo de equipamento que nem o ilustrado na foto! E o tipo de pedido mais comum acho que é esse ilustrado acima! Que Deus nos livre!! 

          Na semana que vem temos o Dia da Criança. Lívia me intimou a busca-la para passar a semana toda comigo (ela não vai ter aula na escola), que bênção!  Vou colocar fotinhos aqui com os inevitáveis comentários...

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Hino "Unido com Cristo"

Imagem obtida, nesta data, de:
http://pjarquifloripa.com.br/site/apos-reformas-
cristo-redentor-e-reaberto-ao-publico/

          Ontem na Igreja Presbiteriana do Jardim Ruth e eu nos emocionamos quando foi entoado o hino Unido com Cristo (nro. 115 do Hinário NOVO CÂNTIGO, da IPB, de D. W.Whittle & S. L. Ginsburg). Ruth disse que relembrou fortemente a imagem de sua falecida mãe - D. Lourdes - entoando o hino com sua bela voz. Realmente é tocante. O refrão diz assim:

Cada momento me guia o Senhor;
Cada momento dispensa favor;
Sua presença me outorga vigor;
Cada momento sou teu, ó Senhor!

          Realmente é de arrepiar... Sou grato a Deus por Ele nunca ter me abandonado - sempre senti, mesmo quando não era - já faz tempo... - mais do que um avantesma, um reles pecador (isto o sou ainda), que haveria um dia de restaurar minha pobre existência nos ditames dEle. Minha mãezinha (junto com meu querido pai) nunca deixou de interceder pelos seus filhos, e sei que a petição de um justo pode muito, pois Ele responde, a seu tempo e sob sua inefável Soberania, nossas orações. Gratas lembranças!

          Tenho falado teteté (outro dia aprendi este termo no dicionário e achei 'o máximo'; que língua esta nossa!) com Lívia e ela quer passar a semana de 9 a 15 aqui conosco. Que bênção - irei apanha-la já no dia 8 de outubro. Vai ser muito legal - brincaremos no Clube e até vou leva-la na Universidade... Ela está moçinha e muito amiga - conversa qualquer coisa!!

          Ontem corrigi provas avulsas de várias classes. Impressiona a dificuldade de alguns dos alunos em articular seus pensamentos. Causa espécie também a quantidade de erros gramaticais. Acho que o mundo está com o rumo incerto mesmo...


domingo, 25 de setembro de 2011

115a. postagem... reflexões sobre uma porção da espiritualidade

Gravura obtida hoje de
http://www.viadelsole.it/cycling/cycling-Sicilywhole.htm
(é um site para pessoas que querem percorrer a Sicília,
na Itália, de bicicleta... interessante!)

          Hoje vou contar algo caro para mim. Como aqueles que me acompanham devem saber, fui batizado desde nenê na Igreja Católica Romana (fui crismado quando adolescente, e realizei meu primeiro casamento nela também). Estive no catecismo, tinha Bíblia, minha mãe realizava reuniões com a filharada para discutir pontos da doutrina. Devo muito aos meus pais, católicos caridosos, comprometidos, fiéis na Oração - sempre admirei ver os dois recitarem o Terço ou o Rosário e via que realmente Jesus preside onde dois ou mais estão reunidos em Seu Nome.

          Como sempre gostei de Psicologia da Religião, estudei muito o Zen-Budismo, em especial o da seita Sotô. Fiz meus votos no Templo Bussingi, do bairro da Liberdade, em São Paulo (cheguei a conhecer a casa antiga, antes da demolição e da construção do belíssimo tempo de madeira, que existe hoje no local; fiz muito 'retiro' lá - fins de semana de estudos e meditação intensivos). Estes votos leigos são para auxiliar ao budista a observar determinadas práticas que, visto em sua essência, nada se opõem à vida santa requerida dos cristãos. Aprendi a acalmar a mente realizando muito zazen - ficar horas com os olhos semicerrados, olhando para uma parede, sentado numa almofada (de nome 'zafu' - tenho ainda hoje uma que ganhei de presente da amiga Helena Hiromi Hayashia - saudades dela, mora em Rio Claro com os irmãos e sua mãe, uma adorável japoneza que aprecia a milenar luta nipônica de Sumô, como eu) circular típica desta tradição.

          Quando fui ao estado de Mato Grosso do Sul (trabalhar como Consultor numa cidadezinha chamada Sidrolândia) converti-me e batizei toda a família na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, conhecida como os Mórmons. Obtive o Sacerdócio Aarônico e posteriormente o Sacerdócio de Melquisedeque; fui ordenado Sumo Sacerdote e cheguei a ser segundo conselheiro na Estaca de Rio Claro (SP) que, à época, abrangia uma região eclesiástica enorme, o que obrigava aos oficiais da Igreja percorrerem vasta kilometragem para visitar as capelas sob sua jurisdição. Foi uma época de enorme aprendizado, sob a orientação do meu querido Presidente Odival Luciano Barbosa, um vero homem de Deus, humilde, dedicado, honrado em todos os sentidos. Conheci ali muitos homens e mulheres que praticam realmente a caridade e humildade do Cristo.

          Por força de inúmeras reviravoltas da vida, cheguei ao conhecimento da Fé Reformada, postulado por Calvino, e fiz a Profissão de Fé, sendo batizado na Igreja Presbiteriana da Vila Brasil. Hoje congrego na pequena Igreja Presbiteriana do Jardim, em Santo Antonio do Jardim, uma cidadezinha rural, distante uns 20 km  aqui de São João da Boa Vista.Vejo que o Plano de Deus para mim culminou na chegada deste conhecimento e espiritualidade que hoje detenho, somente quando pude efetivamente compreender estas verdades do Evangelho.

          Trabalho em asilos mantidos por obreiro(a)s ordenados e leigos, ligados à tradição católica. Relaciono-me maravilhosa, 'celestialmente' com eles, pois vejo que os move a pura caridade de Cristo. Conheci e conheço monges budistas, padres santos (não direi nada dos réprobos), pastores mórmons santos (e desviados também), e conheço pastores crentes santos e também ímpios. Conheço batistas, espíritas, assembleianos e congregacionistas maravilhosos, honestos, praticantes fiéis e que honram a Deus. Felizmente aprendi a separar doutrina das pessoas, igreja de seus dirigentes, que são imperfeitos como eu também (muito) o sou. Sempre que decidi reorientar meus caminhos espirituais, isto deveu-se a conjecturas, reflexões, oração e convicções que fui percorrendo ao longo de minha estada nesta esfera (que sei que não passa de um átimo, um estalar de dedos). 

          A grande formação espiritual que obtive foi efetivamente na família de meus pais, que educaram cinco filhos no amor e no seus exemplos de fidelidade ao Cristo ressurreto, como pedagogia prioritaria. O resto que detenho foi-me acrescentado nesta base, nesta rocha, como ordena a Palavra, no que foram fiéis meus pais, desde o início. 

          Tenho tristeza pelo estado decaído da humanidade que nos compele (todos os crentes) a perfazer caminhos doutrinarios dentro do Cristianismo vistos como antagônicos. Sei que a Palavra é uma, mas os homens vão sempre interpretá-la segundo suas propensões históricas, políticas, sociais, antropológicas, ... (quaisquer que sejam os motivos, as rubricas que se arroguem os homens ou sua liderança). Estudando a doutrina romanista, a luterana e a reformada (só para circunscrever neste momento minhas meditações), vejo que compõem sistemas articulados ao longo dos séculos, em grande parte realmente elegantes, pela mão de doutos (alguns nem tanto...) teólogos que encerram argumentações extensas, que exigem laborioso escrutínio.

          Ao fim e ao cabo vejo que, para efetivamente se auferir a Luz, o desejo de Deus a nosso respeito, necessita-se averiguar onde a Lógica (assistida pelo Santo Espírito), de um lado, e a fundamentação bíblica per se, de outro,  sustentam as intelecções que se postulam (entre as variegadas correntes) para afirmar para nós, incultos, x ou y ser a Palavra de Deus. De mim, agradeço aos Céus, depois de tudo o que já vi e vivi em família original e na família da Fé, ter-me chegado obras como as Institutas da Religião Cristã, de João Calvino, e a Teologia Sistemática, de Louis Berkhof, que pacificaram minha mente, no requisitos que aludi no começo deste parágrafo. Ao Deus Eterno seja para todo o sempre toda a Glória e Louvor!

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

dilema existencial...

gravura obtida nesta data de
http://www.overmundo.com.br/banco/duvidas-dilemas-existenciais

Outro dia surgiu numa das classes de psicologia a questão do ‘maior dilema existencial’ das pessoas. Todos ali escreveram seus comentários. O professor foi instado a escrever também... Abaixo coloco o que entreguei aos alunos:

            a) Primeiramente, um conhecimento que se obtém pelo simples exame dos termos. A palavra ‘dilema’ remete, numa primeira instância, à necessidade de se escolher entre duas saídas contraditórias e igualmente insatisfatórias, configurando assim uma situação embaraçosa, contendo duas alternativas difíceis ou penosas a que se deve optar. Pode-se pensar (erradamente, e de modo costumeiro), que esta palavra é sinônima de ‘sinuca’, que significa situação difícil ou embaraçosa para a qual o indivíduo não vislumbra qualquer saída ou solução. Vemos que existe uma diferença aqui: dilema abrange duas opções que não são satisfatórias, mas que são conhecidas, enquanto que sinuca abrange uma situação onde o indivíduo não sabe nem sobre o quê poderia optar. 

            Se dizemos de algo ser-nos ‘existencial’,  isto quer dizer que implica uma reflexão que toma como ponto de partida e objeto principal (desta reflexão) o modo de ser próprio do homem na sua concretude individual, singular e solitária. Esta reflexão não leva a encarar o resultado dela como algo que deva ser ‘insatisfatório’ para o homem ou para a mulher (como se devesse pensar sobre um ‘dilema’). Quando se pensa o SER, pensa-se o que é do existente, ou aquilo que o constitui; o quê pertence à (nossa) existência; aquilo que nos é, e que, assim, não é em si ‘bom’ ou ‘mau’,  simplesmente ‘é’, independentemente do que possamos pensar sobre o que quer que seja. Quando se questiona o SER, reflete-se sobre o que se põe como existente: o que configura o ente (em nosso caso, a pessoa); pensamos sobre aquilo que nos faz, de maneira concreta, fática ou atual, e isto – o que nos faz - não é, como dissemos, em si, ‘bom’ ou ‘mau’. Por extensão, não existe MAIOR (ou ‘menor’) ato ou movimento para realizar nosso ser – todos os atos e aquisições que constituem diariamente nosso rumo em direção à efetivação de nosso ser são importantes, fundamentais, ou seja,  precisamente  ‘existenciais’!

            Resumindo: em nosso caso, quando se pede para identificar qual nosso maior dilema existencial, tem-se a impressão de que se deve ‘optar’ por uma entre duas vertentes ou constituintes do ser (da pessoa), sendo, qualquer coisa que se escolha, ‘ruim’, ‘insatisfatório’. Na verdade, o uso comum da asserção DILEMA EXISTENCIAL é impróprio, posto que dispõe ali um erro lógico, levando a pensar em algo reprovável. Qualquer que seja o movimento da pessoa no sentido de efetivamente SER, isto é algo ‘ótimo’, desejável. Assim, o homem ou mulher deve tornar-se pessoa, realizar seu SER de modo a cumprir a medida de seu potencial, assumindo-se como ser-em-potência que deve, responsavelmente, realizar-se enquanto tal, a partir de suas decisões.

            b) Em segundo lugar, e feitas as considerações anteriores, posso tentar responder ao desafio, entendendo a questão como uma forma (inapropriada, mas comum) de situar (encarar) uma decisão de alguém para, assumindo-se, ‘decidir e/ou enfrentar seu destino’; realizar-se a partir de algo fundamental em sua vida, algo que caracterize seu existir, e isto com responsabilidade e autonomia. Nesta acepção, podemos provisoriamente afirmar um resultado de reflexão, que nos é vislumbrado (pessoalmente) como importante nesta processualidade de tornarmo-nos pessoa.

            Em meu caso, creio que um movimento vital (não visto por mim como um ‘dilema’, ‘menor’ ou ‘maior’...) que cotidianamente assumo, de modo responsável e para constituir com liberdade o meu existir, seria encarar o perene desafio de (a partir do horizonte que percorri até aqui), lidar efetivamente com a limitação da Razão (e, principalmente, da linguagem), e isto, em direção ao conhecimento, de um lado, das qualidades transcendentais e, de outro, da espiritualidade cristã.

Tenho dito!

sábado, 17 de setembro de 2011

Sabadão... e a idéia de Liberdade

Gravura obtida nesta data do site:
http://www.comunidadenews.com/cultura/
liberdade-de-expressao-e-marca-de-artista-plastico-brasileiro-5256
(É um site de comunidade de brasileiros nos Estados Unidos
Connecticut - tem coisas bonitas, vale a pena navegar lá...) 

Tenho que andar com um gravador! Tenho muitas idéias que necessito colocar aqui - ontem estava 'meditando' na sessão de acupuntura (tenho que ficar parado uma hora lá pelo menos...) - e tive várias intelecções que agora esqueci, ora bolas! (é a idade, que fazer...) Pelo menos aprendi a rir de mim mesmo, o que não me causa espécie, neste particular.

Estive meditando outro dia sobre a questão da liberdade, para preparar uma aula para meus alunos do terceiro ano de Psicologia. Acho que posso colocar aqui algumas ‘descobertas’... Vejo que a nossa vida, isto é, a vida de cada um, em sua realidade concreta, não é ‘coisa’ alguma, e sim, projeto, missão, ou seja, um processo. A vida é-nos dada, mas não é dada pronta, feita, acabada. A vida é um ‘por-fazer’, e qualquer um tem que conquistá-la com as coisas, em contextos, em situações que, em parte, nos determinam e  é precisamente esta determinação que possibilita a liberdade.  Ante as possibilidades que o mundo me faculta, tenho que eleger (decidir) por algo, com algo, para algo. Isto implica que tenho que justificar minhas decisões, implicando a idéia de responsabilidade pelos meus atos. Assim vemos que a idéia do que seja LIBERDADE é uma aquisição existencial fundamental, e factível no agir humano. Para um dos pilares do existencialismo, Maurice Merleau-Ponty, a liberdade constitui-se em processo vivido, transcendendo condicionadores conceituais que se possam estabelecer a priori. Para descobrir o sentido do ser, deve-se investigar a situação humana.  Consciência e mundo constituem-se numa ambigüidade que rompe com a “presunção da razão” de explicar tudo. O que existe é apenas e imediatamente uma consciência da realidade: não há, de um lado, ‘uma consciência’ e, de outro, ‘uma realidade’...

A liberdade aparece como um fenômeno social e historicamente determinado; efetiva-se na ação e na produção e adquire consciência de si junto ao agir e ao fazer. É no presente pré-objetivo (da percepção) que o Homem encontra sua corporeidade, sua sociedade, a pré-existência (já dada) do mundo, que são os fundamentos da liberdade. Em outros termos, liberdade é considerada como relação entre o sujeito e o seu corpo, seu mundo e sua sociedade, e não como uma simples (mesmo ‘complexa’...) relação causal ou motivada. A liberdade é anterior à consciência; não pode fundar-se  nos limites previamente determinados pela consciência. Tudo o que alguém seja, devido à natureza ou à história, nunca o é por si mesmo, mas o é para outrem. No entanto, permanece livre para colocar o outro como uma consciência que o atinge no âmago do seu ser. A crença em motivos que nos podem determinar significa exatamente ser  livre para examinar precisamente estes motivos (“um rochedo só é um obstáculo para alguém que se propõe a ultrapassá-lo”...). 

Se ser livre é ser livre para agir (se é que concordamos que temos livre-artbítrio); é agindo que a liberdade se realiza, e se escolher sempre supõe possibilidades, então só há uma escolha livre se a liberdade se compromete na sua decisão e coloca a situação que ela escolhe como situação de liberdade. A liberdade é uma conquista do Homem situado e histórico e nunca uma mera escolha de caráter inteligível, uma decisão abstrata. A liberdade requer engajamento, comprometimento na ação e que a ação seja conseqüente de uma nova visão – uma liberdade que não se constitua meramente em pura possibilidade.

O Homem dá um sentido à sua vida, porém o sentido não nasce de uma concepção, mas de um modo de existência presente – um projeto não se efetiva por uma simples decisão, mas deve vir acompanhada de ações concretas. Os atos tem sentido quando praticados em situações de convivência e não como atitudes isoladas.

Dá para ver que esta concepção é eminentemente mundanal, mundano – não pressupõe a Deidade, o divino. Por isso que, por vezes, leva esta concepção a uma insatisfação intrínseca – este mundo é  por demais falível e limitado para o humano do homem que, em seus desejos, embute-se-lhe um transcender insuperável neste plano, plano que envolve principalmente convivência, relações interpessoais complicadas, complexas, frustrantes... Quem busca a Deus encontra outro tipo de relacionamento, de engajamento, ainda mais necessário ao ser do homem. Pense, medite, ao final e ao cabo: só em Deus podemos encontrar sentido, nesta nossa humana dimensão, sentido mesmo para o nosso livre-alvedrio!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Fábula de Esopo: O lobo e o cordeiro

Gravura obtida nesta data, de
http://digiport.athabascau.ca/fp/fontaine.php

        Uma fábula (nro. LXXII, p. 75) do libreto já comentado... Diz o texto que, após ser atacado por uns cães, um lobo estava ferido e não podia mover-se. Por essa razão, quando um cordeiro passou por ali, o lobo rogou a ele que fosse buscar-lhe água de uma fonte próxima. "Se você me conseguir algo para beber", ele disse, "logo poderei ser capaz de conseguir comida por mim mesmo". "Sim", disse o cordeiro, "não tenho dúvida de que, assim que eu me achegasse com a água, você certamente me faria servir  de sua comida...". Moral da estória: hipocrisia é chegada à mentira.

        O grande problema do mentiroso é que ele mormente subestima a inteligência do pretenso incauto. Uma das principais formas com que o mentiroso imagina dissimular suas intenções é pela hipocrisia de sua articulação, sua argumentação. O mentiroso vê-se sempre mais inteligente do que os outros, e aí está sua miséria, reveladora precisamente de sua falta de inteligência: desdenhar do outro, de modo a minimizar a si mesmo a vilanagem que sabe perpetrar.

      Insegurança, auto-estima baixa, boçalidade intrínseca, e outros motivos ensejam a esta classe de criaturas a se engajarem sistematicamente nesta lutuosa classe de condutas. Recentemente vislumbrei certo segmento da categoria dos parvenu que se embrenharam neste manancial de péssimas estratégias de relacionamento, e alguns até pejados de suspeita jactância!

      O rol de pessoas que se valem destes oprobriosos expedientes parece aumentar exponencialmente nos dias de hoje. Sei, de auditu, de empresas onde o clima de trabalho é pavoroso, com as pessoas espreitando como podem espezinhar, debicar o colega, de modo a se 'dar bem' em tudo. Que os céus me protejam de trabalhar com semelhante plévia!