A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

domingo, 20 de março de 2011

Deus Meu, Deus Meu, porquê me abandonaste?


                Hoje coloco neste espaço a compilação que realizei, para fins de uma pregação que irei fazer na Igreja, c0mo parte de uma série de Preleções sobre AS SETE PALAVRAS DA CRUZ (que Jesus pronunciou quando da cruxificação), preparando-nos para a Páscoa. A que ficou sob minha incumbência tem como tema a passagem de MARCOS 15: 34  - Eloí, Eloí, lamá sabactâni? que, traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? 
                
                [ Baseio estas considerações na Bíblia de Estudo de Genebra, editada pelas Ed. Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil. Esta obra tem mais de 1700 páginas. O site http://www.editoraculturacrista.com.br é local onde a mesma está disponível. Eu tenho a primeira edição (de 1999) que é excepcional. Costumo ver em outras obras ali e lá compreensíveis erros tipológicos e de revisão e, confesso, nesta Bíblia de Estudo de Genebra ainda não vi nenhum, o que me autoriza a dizer que sua edição foi extremamente bem-cuidada! Soube que temos a segunda edição (2009), com muitas facilidades adicionadas. Segundo meu pastor, é a melhor Bíblia de Estudo à nossa disposição. Eu digo mais que, pelo custo (acabo de ver o preço no site em 75 reais...) é a melhor equação custo/benefício que já vi por uma obra tão essencial a quem deseja estudar a Palavra! ]
               
                A perícope abrangida pela pregação envolve  Marcos 15: 33 a 39 (coloco em negrito a Palavra, e ocasionalmente alguns comentários, quando oportuno) :

33: E, chegada a hora sexta  (MEIO DIA), houve trevas sobre toda a terra até a hora nona. (TRES HORAS DA TARDE)
34: E, à hora nona, Jesus exclamou com grande voz, dizendo: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? que, traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?
35: E alguns dos que ali estavam, ouvindo isto, diziam: Eis que chama por Elias.  (alguns circunstantes, conforme se lê na Escritura, confundiram “Eloi” por “Elias” porque em alguns círculos, acreditava-se que ELIAS voltaria....)
36: E um deles correu a embeber uma esponja em vinagre e, pondo-a numa cana, deu-lho a beber, dizendo: Deixai, vejamos se virá Elias tirá-lo.  (aqui não há desejo humanitário de abrandar o sofrimento, mas o cruel desejo de prolonga-lo, mantendo Jesus vivo, para ver se Elias viria mesmo, ao ser chamado por Ele)
37: E Jesus, dando um grande brado, expirou.  (já haviam 6 horas que Jesus estava pendurado no madeiro, mas sabe-se que a cruxificação podia estender-se por dois ou 3 dias...)
38: E o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo. (o sacrifício de Jesus é o sacrifício final e definitivo pelo pecado. A velha dispensação da aliança da graça é levada assim a um final decisivo. Assim, o Sumo Sacerdote não mais teria necessidade de entrar no Santo dos Santos, atrás do véu, para expiar os pecados do povo. Jesus é o novo e eterno Sumo Sacerdote e, também, a perfeita vítima sacrificial, que obtém deste modo a ‘eterna redenção’ para o seu povo).
39: E o centurião, que estava defronte dele, vendo que assim clamando expirara, disse: Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus.
                
                Vemos que, no verso 34, Jesus repete o que encontramos no PRIMEIRO VERSÍCULO do Salmo 22: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que te alongas do meu auxílio e das palavras do meu bramido?

                E neste mesmo Salmo, lemos no versículo 2: E, Deus meu, eu clamo de dia, e tu não me ouves; de noite, e não tenho sossego.
                É onde vemos a expressão de sofrimento, e clamor por misericórdia, vindo de Davi. Mas, pela vocalização do Cristo, ali naquela vera hora, vemos que mesmo na morte, a vida de Jesus é determinada por aquilo que está nas Escrituras!  Mas Davi não foi totalmente abandonado por Deus, e Jesus, sim.  O grito do MESSIAS que morre refere-se ao mistério das duas naturezas de Cristo, DEUS e HOMEM. Vamos examinar melhor isso:
                A Trindade e a Encarnação estão mutuamente integradas: a Trindade declara que CRISTO é verdadeiramente divino, e a doutrina da Encarnação declara que o mesmo CRISTO é também plenamente humano. Sabemos que Jesus é da mesma substância ou essência do Pai. O Filho é gerado, e não ‘feito’, por isso dizemos que o Filho é o Unigênito do Pai. A distinção entre Pai e Filho está dentro da unidade divina, de modo que o Filho é Deus da mesma maneira que o Pai é. 
                Jesus não é a união de duas pessoas, como dizia a heresia nestoriana, e nem a sua divindade absorveu a sua humanidade, como dizia a heresia eutiquiana.  JESUS é uma só pessoa com duas naturezas, ou seja, com dois conjuntos de capacidades para a experiência, expressão e ação. As duas naturezas estão unidas nele, sem mistura nem confusão, sem separação nem divisão, e cada natureza tem seus próprios atributos. Em outras palavras: tudo o que está em nós (menos o pecado), como tudo o que está em Deus, está e sempre estará verdadeira e distintivamente presente no único Cristo.
                Juntas, estas duas doutrinas proclamam a plena realidade do Salvador revelada no Novo Testamento, o Filho que veio da parte do Pai e, pela vontade do Pai, tornou-se o substituto do pecador na cruz.
                Os Evangelhos mostram Jesus experimentando limitações humanas: fome, como em Mateus 4.2 , fadiga, como em João 4.6 , desconhecimento de fatos, como em Lucas 8: 45 a 47 , e tristeza, como em João 11. 35 e 38.   A Carta aos Hebreus, em várias passagens,  insiste em que, se Jesus não tivesse compartilhado de todas estas facetas da condição humana – fraqueza, tentação, sofrimento – não estaria qualificado para ajudar-nos  em tais provações. 
                Sua plena experiência humana garante que, a qualquer momento em nosso relacionamento com Deus podemos recorrer a Ele, confiando no fato de que Ele passou por isso e é o ajudador de que necessitamos.
                Podemos pensar (se nos concentramos somente na divindade de Jesus) que minimizar sua humanidade é motivo de honra para Jesus. Podemos pensar que Jesus sempre esteve consciente de sua onisciência e que só fingia desconhecer os fatos. Veja a ilogicidade da colocação... mas como, Jesus ‘FINGIR’ ? Outros podem pensar que Jesus só representava estar cansado e faminto porque, como uma espécie de super-homem, Ele estava acima das necessidades da existência do dia-a-dia. Mas como, Jesus, ’REPRESENTAR’ ? Não se supõe isso sobre o Mestre!
                ENCARNAÇÃO significa  que o Filho de Deus é uma só pessoa, que existe em duas naturezas e que nada, exceto o pecado, falta à sua natureza humana. 
                De igual modo, pensar que Jesus uma hora ‘usava’ sua natureza divina e outra hora ‘usava’ sua natureza humana, “ligando” uma e “desligando” outra, também são idéias erradas. Quem assim cogita necessita estudar mais o que diz as Escrituras...
                Jesus não podia pecar, mas podia ser tentado. Satanás o tentou para que desobedecesse  ao Pai através da auto-satisfação, da auto-exibição e da auto-exaltação, como vemos em Mateus 4, de 1 a 11 e, de modo idêntico, a tentação para fugir da cruz era constante, como vemos em Lucas 22. 28 - confrontar com Mateus 16. 23, e também a oração de Jesus no Getsêmani. 
                Jesus não podia vencer a tentação sem luta porém, como ser divino, sua natureza era fazer a vontade do Pai, conforme vemos em João 5. 19 e 30.  Sua natureza era a de resistir e lutar contra a tentação até vencê-la. Sua natureza humana era conformada à sua natureza divina e, por isso, era impossível a Jesus falhar no decorrer de sua resistência às tentações.
                Assim, era inevitável que Jesus suportasse as tentações até o fim, sentindo toda a sua força, e emergindo vitorioso para seu povo. 
                Do que ocorreu no Getsêmani, ficamos sabendo quão agudas e agonizantes foram suas lutas.  Mas, na hora da cruz, Cristo diz, entre outras palavras, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?
                Esta expressão reflete a desolação, o desamparo  de  Jesus Cristo, separado do Seu Pai Celestial por causa do pecado do mundo que Ele levava sobre a Sua inocente Pessoa. Esta exclamação foi feita às 15.00h, quando terminaram as três horas de escuridão. Como dissemos, são palavras profetizadas no Salmo 22: 1-3, onde encontramos também a resposta "porém Tu és santo". Deus, em Sua Santidade, não podia fazer qualquer concessão; ao contrário, em Sua justiça, tinha que punir o Seu Filho que se oferecia como substituto vicário pelos pecadores.
                Mas irmãos, este versículo 34 tem a palavra DESAMPARASTE nas versões Almeida, corrigida e revisada fiel, Almeida revista e corrigida e Almeida revista e atualizada. Nas versões NVI, Católica Paulinas, na Bíblia do Peregrino e na Bíblia de Jerusalém temos, em vez de DESAMPARASTE, o termo ‘ABANDONASTE’. Pode parecer pouca a diferença, mas para quem vive a situação, não. De qualquer modo, o exame destas palavras no ensina, e muito, sobre o sacrifício expiatório de Jesus.
                Quando somos abandonados, somos deixados à nossa própria sorte, mas podemos ter conservados nosso poder e recursos, não estamos necessariamente desamparados, impotentes. 
                Agora, quando nos sentimos desamparados, o estado psicológico é aterrorizador, pois somos mais que abandonados, sofremos o desapreço do outro, nos sentimos isolados, sentimo-nos deserdados!!  Em outros termos, sentimos que NÃO TEMOS MAIS DE QUEM DEPENDER... A pessoa sente angústia extrema – muitas pessoas adquirem Síndrome de Pânico neste tipo de situação...  Não poucos desenvolvem até DEPRESSÃO.
                Todos já ouviram o choro da criança que se perde de seus pais? A criança se desespera quando não entende algo, e esta incompreensão a desespera. Lembro-me que certa vez, reciclando lixo, achatei uma garrafa ‘PET’ de refrigerante para que a mesma ocupasse menos espaço no contêiner. Minha filha Livia, novinha, vendo aquilo, brigou comigo com todas as suas forças, e só ‘sossegou’ quando eu desamassei a garrafa (tive que soprar com força pela sua boca!) de modo que a mesma voltasse sua estrutura e perfil  à  condição inicial. Outro dia, conversando com ela, que agora tem 10 anos, a mesma me disse que não se lembra do porquê que ela não tinha gostado de ver a garrafa amassada... Eu sei – ela não compreendia como uma garrafa pudesse se tornar algo diferente do que ela tinha como representação em sua mente... e isto a perturbou sobremaneira.
                Quando estamos desamparados falta-nos o chão, não temos em quem nos valer, sentimo-nos verdadeiramente  “despossuídos”.  Muitos não se conformam em sentir-se desamparados – 'e a solidariedade, onde está ? ' , perguntamo-nos...
                Digo tudo isso para tentar dimensionar o sofrimento que Jesus experimentou na cruz.  O peso dos pecados da Humanidade foi tamanho e, pelo fato de Jesus ter sofrido por todos nós juntos, de modo definitivo, nos é difícil compreender; podemos só tangenciar, pobremente, tamanho mistério.  Nós não podemos compreender tudo aquilo que estava envolvido no pagamento do preço do nosso pecado. É suficiente entender que todos os nosso piores medos sobre os horrores do inferno – e mais – foram sentidos por Jesus quando ele recebeu a pena pela ampla iniqüidade alheia.  E, para satisfazer a Justiça, sendo Jesus nosso representante, Ele cumpriu a vontade do Pai de modo cabal e definitivo, alçando à direita do Pai. “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Coríntios 5:21).
                Assim, nessa hora terrível, sagrada, era como se o Pai o tivesse abandonando. Embora seguramente entendemos não haver nenhuma interrupção no amor do Pai por Ele como um Filho, Deus, no entanto, O rejeitou e O desamparou, como nosso substituto.
                O sofrimento vicário de Cristo é loucura para o mundo – pode ser que alguém morra por um justo, mas sofrer, morrer-se por pecadores imundos, corrompidos?...
                Jesus disse muitas “loucuras”... Ele certa vez disse, como lemos em Mateus 5: 4  – “Bem-aventurados os que choram”... mas como, chorar agora é ‘bom’?  Mas aqui vemos que aqueles que choram pelos seus pecados, arrependendo-se, estes são bem-aventurados, e isto o mundo não compreende facilmente. Insanidade!
                Arrependendo-nos adquirimos o direito de compartilhar com Cristo do seu sacrifício, credenciando-nos, ao fim e ao cabo,  a voltar para a companhia de nosso Deus.
                Devemos dar todos graças ao Pai por nos ter enviado à Terra Seu Filho Unigênito pois, conforme lemos em Hebreus 2, 18, por tudo o que ele passou,  Naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados.
                Meus irmãos, um último versículo precioso para compartilhar com vocês. Paulo, escrevendo na prisão uma carta aos Filipenses, no capítulo 4, verso 22, lemos: Todos os santos vos saúdam, especialmente os da casa de César. Na Bíblia de Jerusalém lemos explicitamente ‘da casa do Imperador”... Na Bíblia do Peregrino, lemos “os servidores do imperador”. De qualquer modo, é significativo que o Evangelho já estivesse, naquela época, tão disseminado, e entre pessoa as mais diversas, inclusive aquelas a quem se poderia pensar que estivessem mais perdidas pelo jugo do mundo!  Vejam então, meus irmãos onde a Palavra vicejou, entre soldados, escravos e libertos, mesmo no âmago do corrompido e decadente Império Romano, e isso só ocorreria por meio da Igreja de um Deus que se fez carne, conhecendo em sua divina e humana (ainda que sem pecado) natureza o que é efetivamente o ser da pessoa humana.
                
                 É minha oração que a meditação do brado da cruz possa ajudar a aperfeiçoar-nos no amor, na  Fé, na sinceridade, gratidão, louvor, santidade e adoração a Deus; e, consolidar a nossa honestidade, compaixão, solidariedade e ternura para com o próximo; e favorecer-nos na execução de nossas sagradas obrigações pactuais  no nosso lar, na Igreja, no trabalho e na sociedade em que vivemos.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Fernando Pessoa



           Hoje comento, como prometi, um vate da língua portuguesa. Um dos maiores, em todos os sentidos, é o grande Fernando (António Nogueira) Pessoa, nascido em Lisboa em 13 de Junho de 1888 e lá falecido em 30 de Novembro de 1935. Sua participação no Modernismo deu à Literatura Portuguesa uma destacada significação em toda a Europa. Tornou-se fluente em inglês, (passou  infância e adolescência em Durban, África do Sul) sendo nesta língua seus primeiros versos, publicados em 1918. Em 1934 surge seu primeiro livro em português, Mensagem, que atraiu pouca atenção. Ficou afamado após sua morte, pela publicação das obras tais como Poesias de Fernando Pessoa (1942), Poesias de Álvaro de Campos (1944), Poemas de Alberto Caeiro (1946) e Odes de Ricardo Reis (1946) onde, através de alter egos (que ele imaginava viverem dentro de si) produziu diferentes estilos de escrita.

           Outro site que contém informações interessantes sobre a vida e a obra do celebrado poeta é http://www.biografia.inf.br/fernando-pessoa-poeta.html  (interessante que, segundo o Aurélio, 'poeta' vem do grego poietés, 'aquele que faz')

           A poesia abaixo retirei do site do UOL (o melhor em conteúdo, creio eu), no endereço http://pensador.uol.com.br/.  (o endereço específico é http://pensador.uol.com.br/poesia_de_fernando_pessoa )  Veja a profundidade psicológica, coisa marcante na obra do famoso poeta (não consta título):


É fácil trocar as palavras,
Difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado,
Difícil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto,
Difícil é chegar ao coração!
É fácil apertar as mãos,
Difícil é reter o calor!
É fácil sentir o amor,
Difícil é conter sua torrente!

Como é por dentro outra pessoa?
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.

Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição
De qualquer semelhança no fundo.


          Digo aos meus alunos que, se desejam ser bons Psicólogos Clínicos, uma boa vivência é aprimorar-se na leitura de inspirada poesia. Noutro sentido,  o nosso Machado de Assis também fornece muito fundamento para se conhecer o humano do homem.

          Duas outras pessoas que muito me atraem pela maestria, sensibilidade com as palavras são Cecília Meireles e Clarice Lispector. Um dia falo sobre estas pessoas excepcionais.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Dicas aos Alunos 2

Hans-Georg Gadamer (1900-2002)

          Hoje, uma pequena homenagem ao meu 'orientador' de Doutorado, um dos grandes filósofos alemães, talvez o principal da Hermenêutica moderna. Tenho vários livros dele, leitura agradabilíssima e grande lucidez. Coloque o nome dele no google e veja quanta coisa surge!!!  Obrigatório...

          Abaixo uma coletânea de sites que eu sugiro aos meus alunos todo começo de ano...  Copie e cole o link desejado na barra de endereço do seu navegador e < enter!! >.  As melhores coloquei em negrito. Imperdíveis!!

          Uma boa dica de pesquisa bibliográfica geral são os sites de universidades (públicas – especialmente as federais e estaduais, e também algumas particulares) que têm serviço gratúito de envio de textos em pdf de teses e dissertações dos programas de pós-graduação existentes em seus campus, além de papers e artigos de suas revistas. A variedade e oferta atualmente é enorme, e nestes tipos de documentos sempre podemos ‘garimpar’, em suas Referências, bibliografias interessantes e, importante também, atuais.

LIVRARIAS VIRTUAIS:

http://www.amazon.com   (Maior livraria on line do mundo, ótima!!))
http://www.books.google.com.br   (maior buscador do mundo, ótimo!!)
http://www.estantevirtual.com.br   (maior rede de sebos do Brasil, ÓTIMO!!)
http://www.livrariacultura.com.br
http://www.livrariaresposta.com.br  (brasileiro, bom!!)
http://www.livrariasaraiva.com.br  (brasileiro, muito bom!)
http://www.livrosdepsicologia.com.br  (livraria virtual especializada em livros sobre psicologia, psiquiatria, psicanálise, dinâmica de grupo, sexualidade, orientação vocacional, psicoterapia, parapsicologia, psicologia social, etc.  Parece ser muito boa!!)
http://www.prometeolibros.com  (ESPANHOL)
http://www.scortecci.com.br  (livraria e editora brasileira, bons livros, diferentes...)
http://www.siciliano.com.br   (brasileiro, bom)
http://livraria.folha.com.br   (brasileiro, muito bom!!)

SITES DE ARTIGOS E DOCUMENTOS ACADÊMICOS DIVERSOS:

http://periodicos.capes.gov.br  (procurar ‘ textos completos ’, depois, quando surgir o  link, clicar  “ Sites com periódicos de acesso gratuito:
http://pierprofessional.metapress.com  (inglês – vende artigos na área de saúde e humanas)
http://www.bibvirt.futuro.usp.br
http://www.bireme.br
http://www.dominiopublico.gov.br
http://www.gutenberg.org
http://www.medpedia.com   (inglês)
http://www.openj-gate.com   (inglês – acesso a jornais grátis – muito bom)
http://www.questia.com/Index.jsp  (inglês - vende artigos ótimos)
http://www.redalyc.org  (português e espanhol – muito bom!!)
http://www.scielo.org   (português e espanhol – brasileiro, um dos melhores!!)
http://www.loc.gov   (inglês) Biblioteca do congresso dos EUA – fantástica, imensa, “obrigatória”.
http://www.brasiliana.usp.br – 1500 títulos para consulta ou baixar em PDF.   Tem raridades!
http://www.brasiliana.com.br - Digital da UFRJ – livros antigos de diferentes áreas do conhecimento.
http://ims.uol.com.br  - Instituto Moreira Salles – Coleções de musicas, pinturas, obras literárias e fotos.
http://www.wdl.org   -  Biblioteca digital mundial – documentos históricos imperdíveis (acervo eclético).

SITES QUE FAZEM DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA – ÓTIMOS!!

http://www.comciencia.br/comciencia/  -  do Labjor  da Unicamp, um dos melhores.
http://www.inovacaotecnologica.com.br/index.php  -   em português.
http://www.science.ie/ -  é da Irlanda, em inglês; tem newsletter tb.

Bom proveito!!!

segunda-feira, 7 de março de 2011

Emily Dickinson


          Mais uma dica (dentro do espírito do Dia Internacional da Mulher, e homenageando Bilú em particular...) de poesia da melhor qualidade. Na próxima vez comentarei alguém da língua pátria, prometo! O fato é que adoro todos os jogos de linguagem, e isto transcende países e idiomas... 

          Emily (Elizabeth) Dickinson, poetisa lírica americana, nasceu em 10 de dezembro de 1830, em Amherst, Massachusetts, e ali faleceu em 15 de maio de 1886. Era a segunda de três crianças, que permaneceram próximas até a idade adulta: Lavínia permaneceu na casa paterna, não tendo se casado, e seu irmão mais velho, Austin, viveu em uma casa da vizinhança depois de seu casamento com uma amiga de Emily.  Seu avô Samuel Fowler Dickinson foi um dos fundadores do afamado Amherst College, e seu pai, Edward Dickinson,  serviu como tesoureiro da instituição de ensino de 1835 a 1872. 

          Emily começou a escrever poesia em 1850 e sua correspondência revela uma pessoa tímida, refinada mas alegre, mesmo jocosa, vivaz e animada. Sua temática poética, expressa em figuras de fala doméstica e pessoal, íntima, envolvia a natureza, a morte e o amor. Vemos um contraste evidente entre a vida reclusa na casa onde nasceu e morreu, e a profundidade e intensidade de sua poesia que denota, desvela uma mulher sensível, apaixonada, arguta e espirituosa. Tinha a saúde frágil e não publicou sua poesia em vida (na verdade somente sete dos seus mais de 1.700 foram publicados antes de sua morte, cinco deles no periódico Springfield Republican), tendo sua irmâ Lavínia publicado postumamente sua vasta obra. 

          Esta poesia encontrei no site especializado http://www.completeclassics.com  (mais especificamente no endereço http://www.completeclassics.com/p/m/poem.asp?poem=364713&poet=3053&num=181&total=1114) e recomendo que você veja com seus próprios olhos a beleza e enormidade da obra. 
43
Could live—did live

Could live—did live—
Could die—did die—
Could smile upon the whole
Through faith in one he met not,
To introduce his soul.

Could go from scene familiar
To an untraversed spot—
Could contemplate the journey
With unpuzzled heart—

Such trust had one among us,
Among us not today—
We who saw the launching
Never sailed the Bay!


domingo, 6 de março de 2011

08 de Março - Dia Internacional da Mulher

          Olha que foto mais linda. Apanhei-a (e digitalizei para colocar aqui...) de uma propaganda que recortei, há tempos, numa revista VEJA (da Abril Cultural). Quem souber dos direitos autorais me avise para eu colocar os créditos. Antes que as feministas (acho que quase inexiste atualmente aquelas pioneiras, referenciadas pelos machistas pela pecha de empedernidas, mas digo, aqui, das que possam achar que pretendo diminuí-las) achem que distorço a imagem da mulher, afirmo que dimensão da maternidade (mesmo que em potência) neste ser é tão esmagadora, preeminente, que determina em toda alma a forma de se aperceber a sua essência. 

          Nada mais agradável que apreciar a delicadeza, a formosura, os gestos contidos, o mistério do olhar, o olor, a inteligência, enfim - a feminilidade - em toda pessoa do belo sexo (veja as onze acepções que o adjetivo 'belo' tem, no Dicionário Aurélio - aplico-as aqui, todas, à mulheres), não importa a idade, condição ou posição. Bem, é isso que vejo, principalmente quando penso em minha mãe, em minha esposa e em minhas filhas (não nos esqueçamos de Nicolle, primeira neta...). Esta apercepção devia-nos ser natural, em que pese os valores cada vez mais decaídos desta pós-modernidade, que tendem a menosprezar o papel desta criação de Deus para a Humanidade. Eu, já afirmo que o humano que discernimos no Homem deve-se mais à mulher do que ao homem...

          Assim, rendo homenagens a todas estas mulheres especiais que cruzaram e cruzam o meu existir. Aprendo muito observando-as, e creio que é este o meu mais sedutor desafio, posto que nada mais se-me constitui tanto como um 'não-eu' quanto o modo feminino do ser que entra em contacto comigo, a partir destas doces e misteriosas, quase imponderáveis criaturas. O encontro com outros homens tem um quê de já-sabido de minha parte, posto que muitos são como pastichos, ou mesmo espelhos - repetimo-nos uns com os outros, com enfastiante regularidade... Já com a mulher nossos encontros são sempre adornados com um misto de curiosidade e desvelamento, sintoma da procura ancestral de uma 'metade' que resolva este inacabamento primevo, inerente a todos nós.

          Coloco isto tudo aqui nesta época dos, por vezes, lutulentos festejos momescos, onde se rebaixa, em muitos contextos, o que a mulher tem de mais feminino. Agradeço aos Céus vir de um lar onde os valores cristãos foram sempre a tônica, em todas as dimensões da vida social. Nos diversos meios de comunicação vemos notícias de desastres, acidentes, onde vidas jovens são ceifadas, restando a muitas mães chorarem a mais triste das dores, pela perda de filhos e filhas que deixam este mundo tão precocemente. Só sendo mulher e mãe para dimensionar a idéia de tão grande aflição. E é preciso aprender com elas como não se deixar vencer entre tamanha provação e efetivamente conseguir, como se vê tantas vezes, retomar a vida. O fato de compartilhar com Deus o milagre da doação da vida pode explicar em muito este outro verdadeiro milagre.
 

quarta-feira, 2 de março de 2011

Tempos difíceis...


          Inicio com uma foto sobre flores, uma das mais belas criações de Deus, para contrabalançar o que vem abaixo... Vejam o e-mail que recebi do meu irmão Sergio (caso verídico ocorrido com nosso pai):

"
          Não sei se vocês já passaram por isso, mas aconteceu na ultima segunda feira com meu pai, que me contou a historia ontem. Como alguns de vocês sabem, ele já tem 84 anos e anda meio devagar nas ruas. Ele me contou que na segunda, no meio da tarde, ele estava passando pelo Centro de Convivência (uma das áreas centrais de Campinas, com muito movimento) quando escutou uma “explosão”, um barulho forte. Como ele já não escuta bem deve ter sido mesmo forte. 

          Ele se assustou, achando que era alguma coisa no carro mas continuou porque não sentiu nada na direção ou outra alteração no carro. Aí, um 'cara' no carro ao lado começou a buzinar e gesticular. Qdo ele abriu a janela, o indigitado elemento começou a dizer que estava saindo fumaça do carro dele. Mas como ele não viu nada,  continuou. Uns dois quarteirões à frente, nova “explosão” e ele acabou estacionando, em frente a um cartório. No mesmo momento, o mesmo motorista estacionou também ao lado dele (um Honda Civic novinho, segundo ele) dizendo para  encostar melhor para ver o que estava acontecendo, que ele poderia ajudar. Meu pai entrou de novo no carro, ligou a chave, viu que não tinha nenhuma luz de alerta ou coisa parecida e simplesmente saiu, deixando o cara lá na calçada. Até chegar em casa, nada mais aconteceu.

          Dia seguinte, velho mineiro, ele foi para a concessionária verificar o carro. Conversando com o atendente, foi informado que isso é um golpe que está ficando muito comum na cidade. O tal cara joga algo debaixo do carro no trânsito, e aí, o motorista assustado acaba caindo em um golpe. O meliante joga óleo no motor (assim que abre o capô) para gerar fumaça e corta vários fios. Desse modo, acaba “oferecendo” um conserto na hora e cobrando por isso. Disse o atendente que já teve um cidadão que pagou R$ 1.000,00 reais pelo “conserto” eficiente do carro. 

          Que desgraça não? Tá ficando realmente difícil.

 "

          Concordo, isto é resultado da ausência de Deus e da nossa essência, nossa natureza decaída. Vem coisa pior por aí...
         
          Prevenir é a melhor proteção hoje em dia!  Bom carnaval a todos...

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Dica de leitura aos meus alunos

          Hoje uma dica especial, de um escritor fecundo que não é muito comentado hoje em dia, mas cuja leitura atenta me ajudou em muitos úteis  insigts. Era comum, além dos professores, a moçada que fazia o curso de Psicologia da PUC-Campinas comigo indicarem livros legais, instrutivos para a nossa formação e profissão. Li diversos, com a graça de Deus e a ajuda dos meus pais. 
          Hermann Hesse (em muitos lugares o pessoal grafa ‘Herman’) nasceu em 02 de julho de 1877 em Calw, Alemanha, e faleceu em 09 de agosto de 1962, em Montagnola, na Suíça. Foi novelista, contista, ensaísta, poeta, e ganhou o prêmio Nobel de Literatura de 1946 – desnecessário maiores detalhes sobre sua habilidade com as letras. Foi editor de importantes obras da literatura alemã. Um dos seus maiores temas foi a libertação do homem das maneiras cristalizadas pelo processo civilizatório/social para alcançar a essência de seu espírito. Ele pregava diversas idéias que são caras ao movimento da nova era, e é apreciado por muitos psicólogos humanistas. Entre suas obras mais conhecidas cito os ótimos Gertrud (1910), Rosshalde (1914), Demian (1919), Siddhartha (1922), O Lobo da Estepe (1927), Narciso e Goldmund (1930). 
          Durante a Primeira Guerra Mundial Hesse viveu na Suíça, escrevendo contra o nacionalismo e militarismo, tornando-se residente permanente naquele país em 1919 e um cidadão naturalizado em 1923. Foi adversário declarado do nazismo e se opôs à ascensão da ditadura via publicação de muitos artigos. Hesse submeteu-se a sessões de psicoterapia com J. B. Lang, um discípulo de Carl Gustav Jung, este o mais famoso dos alunos de Freud. Estas experiências com a análise transparecem no romance Demian, que aborda a conquista da auto-consciência por parte de Sinclair, um adolescente atormentado. Os trabalhos posteriores de Hesse denotam sua grande preocupação com a dualidade da natureza o homem e também seu amplo interesse nos conceitos junguianos de introversão e extroversão, do inconsciente coletivo e dos símbolos. 
          Eu recomendo especialmente a você, leitor interessado em psicologia, uma edição lançada no fim do ano passado (custa pouco!!) pela edições BestBolso (um selo da Editora Best Seller, do Rio de Janeiro – pertencentes ao Grupo Editorial Record), contendo o aqui nominado Sidarta e Demian – é um livro tipo ‘dois-em-um’ (www.edicoesbestbolso.com.br). Boa leitura!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Lembranças familiares

Tia Cordélia, GVD, Liv & Fir

Outro dia estava parlando com Ruth  sobre certas tradições familiares que tanta coisa nos ensinam... Quando criança, meus pais tinham o costume de fazer com que o aniversário  natalício de qualquer um, pai ou mãe,  fosse bem comemorado pela família.  Eles compravam diversos presentes, um para cada filho ou filha entregar para o aniversariante, como se fosse dele(a)s (para nós crianças, era assim mesmo; éramos nós que presenteávamos...): no dia do natalício, meu pai (ou mãe) nos acordava bem cedinho, enfilerava silenciosamente, no maior segredo (adorávamos o 'suspense'...), as crianças na entrada do quarto, entregava um presente para cada um (a começar do mais velho, que ia na frente) e, ao sinal do pai (ou da mãe), entrávamos ‘de surpresa’  no quarto, fazendo o maior alarido, cantando parabéns, etc. e pulando na cama e entregando os presentes.

[ Devo dizer que NUNCA a gente entrava no quarto do casal sem bater na porta (mesmo porque invariavelmente sempre se encontrava trancada...) ou mesmo dormíamos na mesma cama que meus pais.  Quando alguém estava doente meus pais velavam o sono, mas na própria cama da criança, nunca na cama dos meus pais. Também nunca ninguém perguntou ou questionou tal costume, depois de velho é que a gente percebeu; era natural meus pais terem sua privacidade e creio que era certo. Que eu me lembre, quando chegou a minha vez de ser pai, sempre que eu podia carregava minhas crianças para a minha cama, doentes ou não.  Cada um com seu costume – o importante é que se respeite! ]

Pois bem, continuando com a memória – sempre o pai (ou a mãe) levava ‘susto’ com a algazarra de 5 crianças entrando repentinamente nos aposentos, cheios de presentes e o mesmo (ou a mesma) demonstrava muita alegria com nossas gentilezas e carinhos; abriam-se todos os presentes e todos comemorávamos o natalício de um dos queridos genitores. Depois,  íamos todos tomar café e tocar as atividades do dia...

Meu pai sempre presenteava minha mãe. No aniversário, ela ganhava diversos cortes de tecido, que ela costurava com maestria - ela chegou a dar aulas de corte e costura às amigas da vizinhança, e muita neta sua aprendeu a costurar com ela, que tinha o maior carinho em repassar seus conhecimentos, entre as diversas aptidões que era (e é) detentora (uma das mais apreciadas por todos são os dotes culinários!). Lembro que uma vez ela aproveitou a barra de um casado de pele e fez 3 casacos de feltro para os meninos - eu adorava a gola macia, sedosa do dito indumento. Antigamente poucos tinham dinheiro para comprar roupas em lojas - as mulheres costuravam as roupas de uso comum em casa mesmo.

Todos os dias, os 5 filhos reuniam-se às 11:30h em volta da mesa do almoço para a principal refeição, com meu pai numa cabeceira, com seu olhar grave e penetrante, e minha mãe na outra ponta da mesa, administrando a distribuição dos pratos. Ninguém faltava, e aí eram repassadas as instruções, pedidos e, por vezes, algum ‘pito’, exprobação, reprimenda ou sarabanda necessária a algum petiz da vez...

Laços familiares que nunca se quebram!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Pentateuco

Nebulosa (c) Microsoft
Coloco hoje aqui alguns apontamentos de uma das aulas (estudos no Pentateuco) do curso de Teologia que faço no Mackenzie, e que recomendo a todos  http://ead.mackenzie.br/cpaj .  Te convido a refletir comigo uma das passagens mais impactantes que existe nas Sagradas Escrituras. Refiro-me aos acontecimentos da libertação dos judeus do domínio egípcio (com as diversas idas de Moisés ao Faraó e as pragas que sobrevieram), e sua jornada pelo deserto, por 40 anos. Os fatos abrangem Exodo 4 a 32.  Abaixo temos os pontos principais (entre tantos outros que se poderia ressaltar...) que ora destaco.

A idéia de ‘fugir’ do Egito já estava prevista no Plano original de Deus:
Era necessário que o povo padecesse e fosse provado no deserto, conforme Deuteronomio, 2 e 6 e, além disso, Deus já havia feito saber a Abrão o que sucederia à sua posteridade (Genesis 15, 13 a 16), e isto seria para confirmar a palavra que Deus jurou a Abraão, Isaque e  Jacó (Deuteronomio 9, 4 a 6). 

As idas de Moisés ao Faraó:
a) Na primeira vez que Moisés foi a Faraó, sua a petição era, em nome de Deus, “deixar ir do Egito os filhos de Israel, para que me sirvam no deserto” (Ex 7: 2); Moisés deveria fazer sinais para que acreditassem nele, como lançar o bordão para que virasse serpente. Ainda assim o coração do Faraó se endureceu (7: 13). Como resultado, adveio a primeira praga (7: 17) – as águas se tornarão em sangue. Os egípcios cavaram poços para beber.
b) Na segunda vez que Moisés foi a Faraó,  8:1, a petição foi igual à que vemos em 7: 2, e ‘se Faraó se recusar, castigarei com rãs’segunda praga. Faró pediu ( 8: 8) para Moisés tirar a praga e prometeu libertar o povo. Deus fez conf. Moisés falou (v. 13); Faraó, aliviado, não cumpriu, endureceu seu coração. Deus ordena a Moisés: dize a Arão – estende o bordão para que o pó da terra se torne em piolhos – terceira praga. Os magos não puderam igualar: “isto é o dedo de Deus” (v. 19). Ainda assim Faraó não os ouviu.
c) Pela terceira vez, Moisés vai a Faraó, com a mesma petição (8: 20). Caso não deixasse ir, Deus mandaria um enxame de moscas – quarta praga (v. 25). Faraó promete (v. 30); Moisés ora (v. 31), Deus atende Moisés e tira as moscas; Faraó não cumpre sua palavra.
d) Pela quarta vez (9: 1), a petição é igual à do 7: 2. Se o Faraó recusasse, sobreviria a peste no rebanho – quinta praga. No verso 6, vemos que morre todo o gado egípcio e nenhum dos judeus. Ainda assim Faraó endurece o coração e não deixa o povo ir. Deus manda a sexta praga – úlceras, pegas inclusive pelos magos! Lemos, em 9: 12, que o Senhor endureceu o coração do Faraó e ele “não os ouviu”.
e) Pela quinta vez, Moisés vai a Faraó e renova (9: 13) a mesma petição vista em 7:2. Vemos, no vv. 18, 22, que Deus manda a sétima praga – a chuva de pedras. Moisés estende o bordão e cai chuva copiosa de pedras e fogo, menos em Gósen, onde estavam os judeus. Faraó diz “esta vez pequei” e promete (v. 28). Deus atende ao pedido de Moisés (v. 33), mas Faraó torna a pecar (v. 34), ao ver que a chuva de pedras cessou...
f) Na sexta vez que Moisés vai ter com Faraó (10: 1) e exclama ‘até quando recusarás humilhar-te, ó Faraó?’ A petição é a mesma ‘deixai o povo ir para que me sirva’. Pela dureza do Faraó, a oitava praga – gafanhotos, é ministrada. Faraó diz que ‘só os homens podem ir’. Eram muito numerosos os insetos (v. 14) e vemos, no v. 16, Faraó dizer  novamente ‘pequei’...Lemos que (v. 19) após Moisés orar, Deus livra o Egito da praga mas, no v. 20, ainda assim ‘Deus endureceu o coração do Faraó’. Moisés estende a mão e houve tenebrosa treva por 3 dias – é a nona praga. Faraó promete (v. 24), mas o Senhor endurece o coração do Faraó (v. 27).  Assim, Deus diz a Moisés – ‘darei mais uma praga’ (11: 1) a décima praga: morrerá todo primogênito (11: 5; 12: 29), ‘então Faraó vos deixará ir’. O porquê destas coisas? No v. 9, diz o Senhor a Moisés – ‘Faraó não vos ouvirá, para que as minhas maravilhas se multipliquem na terra do Egito’. Mas depois deste último sinal, lemos em 12: 31 que faraó chama Moisés e Arão e ordena, finalmente,  que se vão.

Sobre a jornada no Deserto:
A pretensa ‘demora’ para Deus cumprir as promessas feitas aos Patriarcas (os descendentes de Abraão esperaram 4 gerações para vê-las, principalmente a Terra Prometida) deveu-se, podemos ver pelos diversos versículos, à contaminação, abominada por Deus, das terras que seriam dadas ao seu povo santo por parte dos habitantes que lá estavam anteriormente. Sendo Deus Santo, nada impuro pode acercar-se d’Ele, e seu povo eleito deveria saber, assimilar e imbuir-se desta necessidade de santidade. 

Creio, adicionalmente, pela perfeição do Plano Celestial, que sempre provê o aperfeiçoamento dos Santos - Deus proveu tudo para que o Pacto fosse efetivo – mesmo em Deuteronomio, no capítulo 8, nos versos 2 e 6 vemos que “o Senhor te guiou no deserto estes 40 anos para te humilhar, para te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias ou não os seus mandamentos”... O amor de Deus pelo seu  povo excede todo entendimento!

A rebeldia do povo eleito:
A natureza da queda do povo de Israel, que magoou profundamente ao Pai Celestial tem como característica a rapidez  com que o povo se desviou do Pacto, e consiste essencialmente esta rebeldia como fazer uma imagem de um outro deus (o bezerro de ouro) e lhe prestar culto.

Estes fatos são importantes para compreendermos o valor do NOVO PACTO, que Jesus veio cumprir. Aprendi ainda mais nestes estudos do Pentateuco o valor da obediência e da disciplina, e vejo com olhos renovados meus Salmos prediletos,  37: 4   e   86: 11. 

Nesta noite vou dar mais uma palestra na Igreja, sobre comunicação interpessoal. Que bom sermos instrumentos da obra; é nosso grande privilégio!


Boa semana e que o Pai Celestial possa também muito lhe abençoar!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Sabadão, arte e poesia...

          Sabadão... tempo para colocar a casa em ordem, preparar aulas, realizar tarefas do curso de Teologia (ler e compor textos), organizar e dealbar os pensamentos aqui... À tarde temos reunião na Igreja. Primeiro, umas dicas importantes. Neste mundo conturbado que (ao que tudo indica) parece estar efetivamente entregue ao debo, precisamos nos prevenir contra a inexorável surmenage que espreita, sem nos apercebermos... Uma chave para conseguir se proteger é precisamente equilibrar o nosso eu frente às provações mundanas. E, neste sentido, ao lado do esporte, da religiosidade e outros procedimentos preventivos e ‘resgatadores’, sugiro que analise o poder da arte (uma que aqui aprecio muito é a boa música!), principalmente pinturas e poesia. 

          Se você acredita que a arte é um dom de Deus e que nos aproxima d’Ele, acesse www.googleartproject.com   Incrível como mais de mil reproduções selecionadas de importantes galerias de arte americanas e européias estão disponíveis na ponta dos dedos! Imperdível. 

          Para quem gosta de poesia na língua inglesa, existem dois sites imperdíveis: http://www.completeclassics.com  e    http://www.poemhunter.com  (clique neste aqui  classical poets). Neste último,  a dica legal é ler os poemas de Elizabeth Bishop, que está ‘bombando’ (ela viveu um tempo no Brasil, de 1951 a 1967 onde teve muitos amigos). Veja abaixo o mais conhecido dela, retirado do ótimo site:

One Art
The art of losing isn't hard to master;
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster,

Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn't hard to master.

Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.

I lost my mother's watch. And look! my last, or
next-to-last, of three beloved houses went.
The art of losing isn't hard to master.

I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn't a disaster.

-- Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan't have lied. It's evident
the art of losing's not too hard to master
though it may look like (Write it!) a disaster. 


          No fim de janeiro (sábado, dia 29, à p. E-10 do caderno Ilustrada) saiu na coluna da Folha de São Paulo do Drausio Varella o texto Descobertas da década, comentando as dez descobertas científicas mais relevantes da década passada, segundo os editores da prestigiada revista científica ‘Science’.  Podemos ver quanta informação existe por aí e que contribuem para deixar a cada vez o homem mais isolado, por mais paradoxal que seja (sim, não dá para viver como dentro de um escaparate...).  Penso, de auditu, que não se nasce com ‘manual de instruções’, e as pessoas tem, ao que parece,  cada vez menos tempo (e paciência) para ensinar ao outro como se faz para bem viver... Creio que isto (a arte de viver) é algo que mais e mais vai ficar na responsabilidade de cada um! Considere apreciar poesia e arte para ajudar a  purificar a alma e, assim, protege-la dos inimigos do mundo que a querem faze-la miseravel como eles...

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Buscar a Deus...


          Anteontem ministrei a Palavra na Congregação. Como sempre, uma experiência muito especial. Falei sobre 'buscar a Deus', que acho um grande desafio para o Homem hoje em dia. Na modernidade, buscar a Deus parece algo deslocado, démodé...  A Ciência (e alguns filósofos) parecem 'decretar' a  todos a desnecessidade de qualquer espécie de deidade. À parte qualquer análise antropológica ou sociológica  que se possa  assacar  aqui (para não dizer da minha especialidade), prefiro constatar a inutilidade desta  pretensão ou mesmo a imposição desta inexistência de Deus  para a realidade do homem comum, daquele ou daquela despossuída dos mais comezinhos aspectos de uma digna vida.

           Todos sabem que, em todo tempo e lugar, o homem expressou e expressa/expressará  sua espiritualidade. E, ademais, quando se carece de tudo, o bastião último a resguardar o que resta de sanidade e ânimo para o vivente restringe-se à esperança, ao espiritual, mesmo que se chegue, em alguns casos, ao numinoso de Rudolph Otto...

          No caso de minha preleção, ponderei (fundado na Palavra) que o imperativo do cristão de buscar a Deus se faz intrínseco à própria Fé, posto que desconhecemos em grande medida a este Pai Celestial que se nos fez inequívoca intelecção, e que, em decorrência, tem uma relação individual com cada qual.  Expus que esta insuspeitada ignorância pactual que nos auto-impomos nos prejudica em muitas dimensões, posto que deixamos de receber, de auferir graça e bênçãos, e o pior, não oferecemos o louvor devido ao Eterno.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Firmina, minha mãe...


          Dito já algo do meu velho, hoje vou dizer algumas coisas da  mommy's (como meus irmãos gostam de chamá-la), a matriarca da família, o esteio silencioso (bem, às vezes ela assume o palco, principalmente nas festas - a familia dela era 'festeira'...) em quem todos se apoiavam, desde que me conheço por gente. Personalidade forte, católica ferrenha e devotada, nascida em 1929, em ótima forma, como podem ver - ela se cuida, é vaidosa, muito ativa ainda hoje e até faz Pilates!

          Ela fundou um Clube de Mães em Rio Claro (quando os 5 filhos estavam crescidos e 'encaminhados'), na Paróquia do Bom Jesus, onde congregávamos, e foi sua Presidente por décadas, deixando a obra consolidada nas mãos das voluntárias que ela treinou.  'Passou o bastão' da Ong para outra mulher somente quando acompanhou meu pai na mudança para Campinas. Esta obra assistia uma enormidade de mães carentes, dando toda espécie de auxílio, principalmente educação, artes domésticas e encorajamento. Trabalhei muitas vezes lá, dando palestras, orientando alguma coisa do trabalho com as crianças na creche anexa, ajudando nas quermesses que regularmente aconteciam (quanta gente prestigiava...), buscando leite em pó na LBA em Piracicaba para ser distribuida para as mães assistidas...

          Firmina criou os 5 filhos com mão de ferro (no bom sentido; bem, às vezes tinha chinelada, mas ninguém ficou com 'trauma' por causa disso...), e creio que se tivesse uns 10 filhos teria dado conta tranquilamente. Ela ficava na retaguarda, e meu pai podia batalhar o pão de cada dia, na empresa onde trabalhou, desde que o casal se mudou de São Paulo para Rio Claro, nos anos de 1955, comigo e com o Luciano (ou seja, Luíz Sergio, Lúcia Helena e Lia Cristina nasceram  nesta cidade, e no mesmo hospital que meus 3 filhos nasceram, o Hospital Evangélico, de grata memória).

          Poderia contar tanta coisa que compartilhamos... Eu era o mais 'encapetado' dos 5 filhos.  Eu creio que eu tinha TDAH, analisando uns videos antiquíssimos e pelo relato de todos. Parece que eu 'infernizava todo mundo'. Eu era o mais forte, e costumava castigar quem se opunha aos meus desmandos.  Minha mãe era a defensora dos demais, óbvio. Mas, no geral, a gente se dava bem, e agradeço a firmeza da correção e do acompanhamento, principalmente na escola.  O ambiente em casa era intelectualmente muito estimulante. Toda a minha vida meu pai  e mãe assinaram os 2 principais jornais diários, o 'Estadão' e a 'Folha', e também diversas revistas. Minhas irmãs fizeram faculdade e trabalharam nas respectivas profissões e, com o casamento, elas se ocuparam de outras prioridades; eu e meu irmão Luciano fizemos pós-graduação até o Doutorado, e o Luís Sergio não pode fazer mais do que Mestrado, por causa das suas obrigações profissionais. Lembro-me que meus pais nunca foram ver se o dinheiro que eu sempre pedia para comprar livros era mesmo gasto com aquelas obras todas que eu ia acumulando... cheguei a ter 3 mil livros! E hoje tenho somente uns mil pois, com a internet, tem tanta coisa útil ao alcance da mão, e já doei os  outros  para as duas principais bibliotecas universitárias aqui de São João - mais um benefício que meus pais fizeram sem o saber! Aliás, o tanto de pessoas que meus pais ajudaram, sem fazer alarde, ou querer retribuição, é um dos tantos motivos de orgulho e gratidão por Deus ter me dado genitor e genitora tão especiais! É a maior graça que recebi dos Céus, sem dúvida.

          Minha mãe tem uma fé cristã muito diferenciada - ela pratica  efetivamente sua religião e sempre lutou com os filhos para serem firmes na fé. 'Para variar', o único que não é católico sou eu - sou reformado (quer dizer, grosso modo, 'calvinista'; não é bem a mesma coisa que 'protestante') faz alguns anos, e estou estudando Teologia no mais prestigiado instituto  teológico presbiteriano (o  CPAJ, do Mackenzie). Mas não existe pedra de tropeço entre nós; ela até me presenteia com Bíblias e outros recursos - ela me forneceu obras utilíssimas! Eu já a presenteei com livros de bons autores (inclusive católicos) e trocamos idéias, o que é salutar em todos os sentidos.

          Fico a pensar um tanto sobre quando não mais a tiver entre nós. Ruth perdeu sua mãe há mais de ano e sofre até hoje. Meu sogro diz que o que temos que fazer é viver bem com todos,  dizer que gosta, amar, conviver, enquanto a pessoa está viva - depois que o Pai  Celestial chama a pessoa não adianta ficar se lamentando! Mas vai ser um baque  para todos da família quando ela faltar! Na verdade, quando os dois se forem, imagino que vazio enorme - me preparo há muito para isto que deverei enfrentar; não fujo disso, é o destino de todos nós. Encaro como uma espécie de 'rito de passagem' - aceitando com gratidão a Soberania de Deus em tudo!