A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Naturais momentos tristes...

Foto obtida agora via Google Images de
http://quentinmccall.com/ten-steps-to-healing-from-bitterness-and-resentment/
(muito legal este blog, de um palestrante cristão muito conhecido)

Hoje relembrei importante lição sobre uma majoritária vivência humana, importante para o 'sentir-se vivo'... Quando as coisas saem erradas, ocorrem de modo que não esperávamos, ou quando as más notícias nos surpreendem, ficamos  tristes, por vezes aterrados. Para o cristão esta experiência pode se traduzir em profundo aprendizado de relacionamento que devemos ter com o Pai Celestial.

A primeira noção que devemos apreciar neste âmbito é que é normal, natural sentir-se deprimido, entristecido com estas situações - o nosso corpo parece responder de modo autônomo. Muitas pessoas odeiam entrar neste estado, mas ele é tão natural quanto a alegria ou a saudade. Sim, pode ocorrer que ela venha 'do nada', sem razão ou motivo - e temos de igual modo que investigar seu porquê. Pode ser necessário a ajuda de um terapeuta para debelar o incômodo físico, mas o maior problema situa-se na mente, ou na alma, se você preferir. Veja a camiseta acima: ela diz que a amargura, a mágoa é (um tipo) de veneno que tomamos e que se espera (por vezes) que outra pessoa vá morrer... É horrível passar por isso, e precisamos dar conta da provação. O problema é como lidamos com o sentimento.

Vi no devocionário hoje cedo que o cristão deve meditar um aspecto desta vivência de tristeza, de amargura natural que todos passamos: onde estamos a derramar nossas lágrimas? Se a jogamos no chão, nos ombros de pessoas (que acreditamos vá nos fazer suplantar a dor), no lenço ou no travesseiro pode ser que elas vão secar sem que as coisas mudem para mudar também nosso sentimento. Quantas vezes não queremos que primeiro  se mude o cenário, os fatos, as pessoas ou as notícias para daí sim a gente tornar o sentimento? É uma espécie de 'mágica' o que queremos.

 Agora, o cristão que faz jus ao nome deve saber que nossas lágrimas devem ser derramadas aos pés do Senhor, e crer que Ele nos dará a paz que necessitamos. Não, isto nunca se assemelha ao processo 'mágico' aludido acima, pois ser cristão não implica inação; aprendi certa vez com um importante líder que, 'imediatamente' após a oração, devemos fazer de tudo para que a bênção rogada se realize...  Ou seja, nunca se deve abster de fazer o que temos (nós e, por vezes, somente nós) que fazer. Isto implica sempre estudar a Palavra para saber o que necessitamos saber (para todos os momentos, inclusive para os tristes).

Nossa fé em Cristo determina que, pela confiança nEle, teremos o auxílio, o amparo que necessitamos em qualquer situação, mesmo as inesperadas, as temidas, as entristecedoras.  Isto é um ensino espiritual - não espere que o mundo materialista e determinista vá entender o processo e as implicações conexas. No limite, trata-se de uma experiência pessoal, pertencente ao Convênio (Pacto), à Aliança que todo cristão adentra ao aceitar Jesus como seu Salvador. O mundo exige fatos, demostração inequívoca (ou estatística) do relacionamento causa-e-efeito entre os fenômenos, mas no campo que estamos aqui refletindo, o requisito primeiro é a fé. Isto estabelece um patamar diferenciado de julgamento, de consideração das coisas, dos sentimentos e pensamentos. O cristão acredita e tem certeza que o Senhor vai ajudá-lo (soberanamente) a superar a situação, a Seu tempo e modo.

Estas vivências não se demonstram - somente podemos dar nosso depoimento. Cada um deve passar por ela e julgar. Quando se procura a Deus em primeiro lugar (e não uma pessoa e/ou suas idéias...) demonstramos que confiamos nEle. Quando procuramos alguém, pode ser que esta pessoa não nos ouça como necessitamos, mas podemos ter certeza que Ele nos ouvirá. Não podemos passar pelas experiências espirituais com os olhos do mundo - nunca nos satisfaremos com as 'justificativas', com as suposições especulativas, com as expectivas causais, deterministas que o senso terreal  solicita ou fornece. 

No domínio do mundo, temos que 'ver para crer'; ou seja, demonstrado os fatos e sua ligação, aí (então) cremos. No reino espiritual, temos que ter em mente que a questão é pessoal (entre Deus e nós, sua especial criação), e que a equação se inverte. O que ocorre é que a todos é feito o convite: "vem, e vê" (João 1: 46; 11: 34; Lucas 6: 47; Apocalipse 6: 3 e 7; 22: 17)... ou seja, experiencie, vivencie o relacionamento com Deus, experimente a graça (sobre graça) imerecida, e saiba do fundo do coração que, se tiver a fé, aí então 'verá', conhecerá, saberá.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O Pensamento Correto


O Pensamento Correto é o que resulta quando a Compreensão Correta se configura como parte integrante de nosso ser; esta, a Compreensão Correta, é o fundamento, o alicerce do pensar. E se aprimorarmos o Pensamento Correto, reciprocamente nossa Compreensão Correta irá se aperfeiçoar.

No Budismo se diz que o processo de pensar é a fala da mente, e o Pensamento Correto tornará nosso falar mais claro e benevolente. Como o pensamento é o motor da ação, conduz ao agir, o Pensamento Correto é fundamental para conduzir a cada um ao caminho da Ação Correta. O Pensamento Correto reflete a maneira, a forma como as 'coisas' se constituem. O pensamento errôneo faz-nos visualizar os fenômenos de modo confuso, desfocado, e é um sintoma de como nosso corpo e nossa mente estão dissonantes, ou seja, estão funcionando em desarmonia, de forma não unificada, como na situação onde nossa mente está pensando uma coisa e nosso corpo está fazendo outra. Esta é uma situação muito comum - mais usual ainda, penso eu, nestes tempos altamente cibernéticos...

Quando a mente e o corpo não funcionam em uníssono, 'perdemo-nos' a nós mesmos e não se pode afirmar realmente que se está - aqui-e-agora -  presente. Isto, a dissonância, ocorre em grande parte por causa do fato do nosso pensar ser, em sua maior parte, desnecessaria, visto que nossos pensamentos comuns são limitados, dotados de parca compreensão. Nunca a nossa mente descansa (nem quando dormimos - o que são os sonhos, os pesadelos?) e nossos pensamentos ficam 'pulando' para ali e acolá, percorrendo assuntos díspares constantemente - é o que o budista diz da 'mente de macaco'.

Uma explicação para esta 'mente de macaco' é o apêgo excessivo às palavras e conceitos. Quando, em meio à cotidiana voragem do nosso existir, nos perguntamos 'o quê estou -a aqui-e-agora - fazendo?' podemos subitamente nos libertar das amarras a que nos dispomos - tanto ao passado quanto ao futuro - e podemos retornar ao momento presente, de modo a vivenciá-lo integralmente. Aprendi meditando que as pequenas ações são preciosidades particulares. Quer ver um exemplo? Lavar pratos para muitos é tedioso e aborrecido, mas se nos dispomos a vivenciar plenamente o momento, aprendemos que lavar pratos pode ser uma meditação preciosa, se a realizamos com atenção e gratidão. Ou seja, se estamos realmente presentes (pois o passado já foi, é memória, e o futuro é uma abstração, uma possibilidade) lavar pratos pode ser uma experiência intensa, profunda e extremamente agradável. Mas se lavamos pratos pensando no que se poderia estar fazendo, sobre a obrigação que esta tarefa repetitiva traduz, sobre...; nosso corpo está a realizar tarefas mas nosso pensamento não está 'junto', e possivelmente não lavaremos bem os pratos e ficaremos aborrecidos, chateados!

Quando se pratica a Compreensão Correta e o Pensamento Correto, aprende-se a viver o 'aqui-e-agora', o momento presente, que é o quê unica e precisamente temos (pois o passado já se foi e o futuro é incerto) e assim poderemos entrar em contacto com a alegria, com a paz e a libertação das amarras que o viver nos habitua, nos condiciona, e para as quais não estamos  antenados, despertos, alertados, prevenidos. Estas amarras quase-invisíveis encerram muito de nosso sofrimento, fazendo-nos encapsular em nosso egocentrismo. Urge aprender o caminho que nos liberta de nós mesmos...

quarta-feira, 28 de março de 2012

Relacionamentos...


gravura obtida agora de 
http://fernandogomespr.blogspot.com.br/2010/04/como-cultivar-relacionamentos-saudaveis.html


Tenho muitos alunos e alunas. Alguns vem e vão. Poucos permanecem. Pouquíssimas vezes vemos iniciativas de com-vivências que marcam pela sinceridade. Recebo e-mails e comunicados de alunos, a maior parte para procedimentos acadêmicos, 'administrativos', ou de esclarecimentos sobre disciplina.

Uma das novas alunas, Ana Paula, mandou-me este seu texto:


Milésimo de segundo


'Como se toda a tristeza e a dúvida do mundo chegassem em um segundo. De felicidade plena tudo se transforma em incerteza, medo.

Todos os seus sonhos parecem impossíveis e tudo o que você mais quer é algo (ou alguém) que conforte o seu coração de uma forma rápida. Como um milésimo de segundo.
Todas as palavras e explicações são vazias, o que mais importa nesse momento é o final disso tudo.

A incerteza dói, e dói muito mais na solidão. Solidão entre muitos. Solidão na multidão.
Confortos falsos não importam mais. Que caiam as máscaras e se feche a cortina desse espetáculo da vida real!

O único espectador é você. O único ator principal é você. O mundo gira. Tudo passa, porém um instante parece ser infinito aos olhos do sofredor.
Drama, comédia, tragédia. Tudo se mistura em pouco tempo.
Em um dia, uma comédia de erros, fatos do cotidiano, nada muda.
No outro, uma tragédia grega, e tudo parece desmoronar.

Ao invés de um consolo, me consolo com o silêncio. Sei que os segundos e as horas vão passar, tudo vai se acertar. O destino é sábio, cria situações, sabe o fardo, o sofrimento, mas logo depois de tanta tristeza e incerteza a alegria impera.
Alguns segundos de tristeza são necessários para construir o resto de uma vida de alegrias.'


Pergunta se acho dramático ou melancólico... nem um nem outro, é dela, um texto denso, vivencial, carregado de pessoalidade. Fala de solidão, tristeza, sonhos, incertezas, medos e felicidade. Mas o que chama a atenção é que ela remete tudo isso à responsabilidade da pessoa em viver estes achados, estas vivências, e a paradoxal transitoriedade de tudo isso ... Acho que  ela será uma humanista-existencial, como eu.

Vou lhe remeter alguns textos, sei que ela vai gostar muito...

terça-feira, 24 de novembro de 2009

noticias... que horror!

Uff... não dá mais para assistir o noticiário, ler jornal, navegar nos sites de informação sobre o cotidiano. Só 'porcariada', como se diria na minha terra. Que horror! Sei que notícia boa não vende jornal, mas assim não dá, só "tragédia"... O que causou mais espécie neste humilde 'escrevinhador' foi a notícia que em nossa Corte maior, o Supremo Tribunal Federal, os ministros (sendo verídicas as informações..., 'salvo erro ou omissão'...) se degladiam como se estivessem num botequim de segunda. Não bastava a notícia que um membro foi indicado pelo Presidente Lula para esta Instituição, sem nem mesmo ter um Mestrado ou coisa assemelhada, agora essa... Sei que somos imperfeitos, todos, mas na Magna Corte esperamos que seus diletos membros sejam inegavelmente possuidores de virtudes elevadíssimas, afins à fina flor da elite nacional, detentores de integridade a toda prova, com o nível maior de preparo, em todos os sentidos, inclusive na moralidade, eticidade, racionalidade, etc... Quando estas expressões sofrem reparo, quando se sabe de condutas que mancham esta expectativa, é de chorar.... Já não falta mais nada!
Recebi de um dos porteiros do condomínio onde moro um recorte da Revista VEJA de 11 de março de 2009 (O Nelson sempre me brinda com textos - muitos eu já havia lido, mas nunca vou dizer a ele - tenho mais é que incentiva-lo a ler e me repassar o que ele considera digno de ler). À p. 22 leio a coluna da escritora Lya Luft, que teve livros categorizados como best seller já há algum tempo. Nomeia seu pequeno ensaio de "No paraíso da transgressão" e, 'lógico', fala do lodaçal da nossa sociedade atual, com seus valores estragados e o certo caos reinante. Ela tece bom panorama de nossa impotência frente a tantos desmandos. Eu poderia adicionar a assemelhada pequenez de nosso sistema educacional, em todos os níveis. Sei mais de perto sobre o nível universitário, calamitoso. Recomendo a leitura...
Na mesma linha, leiam o "manifesto" que o polêmico Ferreira Gullar escreveu na Folha de São Paulo de domingo, 20 de dezembro de 2009 (ano 89, nro. 29.481), à p. E-12 do Caderno 'Ilustrada', intitulado 'Cabra safado não se ama', sobre a classe política... Tenho ou não razão?