2. Na casa da frente temos uma certa 'república' de dois senhores, e alguns de seus familiares, que trabalham com raspagem de tacos. Eles tem uma cadelinha já entrada em muitas primaveras, que é ótima para guardar nosso perímetro. Ela não gosta de carteiros e de gente mal-ajambrada. Por vezes ela fica "latindo para a lua" curtindo sua voz, aparentemente, e aí custumo perpetrar certo "Chiu!!" bem alto, e ela pára. De qualquer forma, parece que alguém já condicionou este serhumaninho simpático com esta advertência/protesto para os latidos, e ela respeita em geral. Latidos persistentes impedem-me de pensar com clareza ou me concentrar, pois sou muito 'distraível' pelas circunstâncias. Eu olho agora para fora e ela está ali, me tolerando. Outro dia ela se aproximou, inspecionou o 'novo' espaço e, ainda que eu a cumprimentasse, ignorou-me com certo enfado, como faz à vezes certas damas pomposas.
3. Enquanto não aparece ninguém para cuidar das madeixas fico aqui batucando no computador, revisando e-mails, ruminando no blog e postando no Face. Já coloquei tereré no copo e ajeitei a bomba para bebericar - tenho percepção de sede constantemente, visto que meu desvio de septo faz-me respirar muito pela boca (preciso agendar uma cirurgia logo-logo; quanto mais velho fico acho que o potencial de perturbação vai aumentar!!...). Às vezes saio para a rua e converso com meu vizinho Sr. Paulo, vizinho de garagem, que tem, na dele, um empório bem arrumadinho (chama-se "Empório das Águas") onde costumo convenientemente (às vezes até pedimos coisas, eu e Ruth, pelo muro que separa nossas casas; a esposa dele, D. Elisete, faz cada comida!!) abastecer a despensa de casa. Coisas de antigamente, com caderneta mensal e tudo. Muito legal.