A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

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sábado, 11 de maio de 2013

Comentários do sábado...

Man (Elderly) Unidentified
Fotógrafo:  Holsinger, Rufus W., 1866-1930 (Holsinger Studio, Charlottesville, Va.).
Obtida em 21/abril/2013 via DPLA - Digital Public Library of America (www.dp.la), de 
UNIVERSITY OF VIRGINIA LIBRARY - http://www.library.virginia.edu
(Special Collections, University of Virginia Library, Charlottesville, Va.) 
Endereço do arquivo: http://search.lib.virginia.edu/catalog/uva-lib:1039734

Vejam que foto incrível; eu estava pesquisando arquivos para compor outro blog - um blog acadêmico para um projeto no Centro Universitário que trabalho, sobre o envelhecimento, e encontrei a figura acima. É uma espécie de 'mistério' esta pessoa, não é mesmo? Imagino o quanto deve ter vivido, trabalhado, amado, viajado, etc. mas uma vida da qual nada se sabe,  mas também  'igual' a tantas outras, inclusive a nossa, em certo sentido... Quer ver? Será que os netos dos meus netos saberão (ou se interessarão) pela minha pessoa, lá no futuro? Creio que não. Nossa vida é um átimo, um quase-nada no existir de tanta coisa concomitante e passageira... Somos nem um grão de areia, uma partícula de pó, talvez. Deus nos retira desta vida com um estalar de dedos. Me sinto como uma pulga, às vezes. Mas nada de imaginar depressão ou revolta nestas palavras... é algo que constato sem emoção, podem acreditar. Na ordem da grandeza do Universo, não somos nada mesmo. Por isso que acredito que a humildade é a virtude cardinal no relacionamento com o próximo. Causa-me espécie quando vejo um reles semelhante arrogando-se soi-disant importância, em geral indevida. Que desimportante!

Outro dia, cansado de estar no 'socovão' aqui de casa, fui degustar um café comprido num simpático botequim aqui do centro. Uma balzaquiana estava a falar ao telefone celular, de um modo que impunha a todos do local a participação em sua comunicação. Cheguei a imaginar que era simulada a conversa, tal os disparates, a palermice. Mas creio que era uma espécie de (real) performance teatral, para impressionar os circunjacentes... Que triste espetáculo, e tão comum hoje em dia. E como falava alto no aparelho, a moça. Curioso mesmo são os olhares cúmplices e complacentes (com um sorriso por vezes amarelo) que as contíguas pessoas trocam nestas horas. É quase mágico!

domingo, 4 de dezembro de 2011

Morte sem graça...

19 fev 1954 - 04 dez 2011

O ex-futebolista Sócrates faleceu na madrugada de hoje, em São Paulo; estava internado no Hospital Albert Enstein desde o dia primeiro, por complicações advindas de uma infecção intestinal. Ele morreu em decorrência de um choque séptico por volta das 4 horas e 30 minutos. Sua saúde já estava abalada por dificuldades anteriores (esteve internado há pouco por problemas hepáticos decorrentes do abuso do álcool), o que determinou a  complicação do seu caso, levando-o a óbito.

Tinha um nome bem comprido: Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira, mas apelidos solenes e que homenageavam condignamente seu talento ou o seu biotipo: Doutor Sócrates, Doutor, Magrão, Calcanhar de Ouro. Era uma pessoa inteligente, querida pela nação corintiana, principalmente, e manteve-se sempre ligado ao esporte, atuando inclusive como comentarista esportivo. Quando lembro dele vejo uma pessoa recolhida, ensimesmada, de olhos tristes. Quem pode saber o que vai no coração do outro?

Sua partida precoce deixa-nos, a todos, mais carentes; cada ser que fenece é um empobrecimento da humanidade, mas morrer assim, 'bestamente', como se diz em minha terra, é muito triste. Fico chocado com estes paradoxos todos. Ele era médico, sabia o que fazia quando bebia sem medida. Fico aturdido com pessoas que se mutilam, aniquilam-se paulatinamente (ou não) via drogas ou procedimentos manifestadamente nocivos. Como não amar um patrimônio tão nosso como nosso corpo - é o nosso único meio de relacionamento como o mundo!

Cedo compreendi que seria muito bronco, obtuso, se não gerenciasse minha saúde com o melhor conhecimento disponível. Lembro-me das palestras familiares que minha mãe promovia em casa com a filharada, explicando a função dos diferentes alimentos, os grupos diferenciados de nutrientes e o papel dos reguladores, tudo contribuindo para o apropriado funcionamento do complexo organismo. Somos (em grande medida) o que comemos. Eu prometi doravante a mim mesmo alimentar-me bem, valorizando cada variada garfada. Agradeço a Deus esta abrangente graça imerecida. Ainda mais agora vejo como o conhecimento do que Deus espera de cada um pode ajudar a encontrar o caminho correto também neste particular...

Esta morte assinala a necessidade de promover-se mais e mais a informação adequada sobre a alimentação e os amplos cuidados com a saúde, adornada com a orientação apropriada sobre o respeitar, cada qual, a si mesmo (e os demais), em amplo espectro, pois é incongruente vivermos impondo-nos (e, reciprocamente, aos demais) encargos que poderiam ser evitados com a honesta e coerente ação voltada à preservação de nosso vigor, em todos os níveis.

Esta, a contradição, é uma marca que vejo como a mais marcante de nossa geração: tanta informação veraz no sentido de pautarmos de modo salutar (noss)as ações para termos uma vida com qualidade, de um lado e, de outro, tantas atitudes em sentido contrário com o que seria coerente com os ensinos destas multifacetadas informações, do conhecimento que a humanidade vem consolidando há tanto tempo. Mas parece que está embutido no ser humano o retrocesso, a burriquice: agir seguidamente como se não detivesse tão críticos conhecimentos. É nossa natureza, ao que se afigura... Que a morte deste ser humano afável, de gestos elegantes, de talento reconhecido, não seja em vão.