A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

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sábado, 10 de março de 2012

Um filme que honra a indústria do Cinema...

Emma Thompson, via web


Uff...  ontem cedo  na TV a cabo (Cinemax),  um filme americano (HBO Films) de 2001 que é um soco no estomago. O título original, ‘Wit’, foi aportuguesado como ‘Uma lição de vida’, o que faz perder um pouco do sentido: como substantivo, WIT quer dizer juízo, razão, inteligência viva, ou destreza, habilidade, além de finura, perspicácia, agudeza, sagacidade, pessoa espirituosa ou brincalhona, aspectos intrínsecos à personalidade da personagem principal. É película do Diretor Mike Nichols, com a fabulosa Emma Thompson no papel principal, coadjuvado por Audra McDonalds como a enfermeira-chefe, e também a grande atriz inglesa Eileen Atkins,  ainda que esta apareça pouco no filme.

É uma história ambientada em nossa época, sobre uma celebrada professora (que é catedrática de poesia inglesa do século XVII), de nome Vivian Bearing, que descobre ter câncer no ovário, em estágio avançado. Ela é uma pessoa fria, inflexível, que se fragiliza posteriormente com a grave doença. Esta película pode ser apreciada em muitas dimensões, além de ser uma reflexão pessoal e tanto sobre a transitoriedade da vida. Eu o vejo também como uma excelente ferramenta para treinamento de estudantes da área da saúde, posto que propicia valiosas intelecções sobre o relacionamento profissional-paciente, sobre questões éticas como, p. ex., suicídio assistido (não diretamente abordado ali), sobre Deus, sobre cuidados paliativos, sobre solidão e desamparo, sobre liberdade, sobre a finitude e a efemeridade da vida, etc... é um filme denso, profundo mesmo. Honra a sétima arte!

Comento uma passagem que me foi marcante (entre várias, algumas bem impactantes – não vou dar mais detalhes para não ser ‘desmancha-prazeres’...): aquela em que, às 4 da madrugada, paciente e enfermeira-chefe conversam, compartilhando um sorvete (bom para minimizar os desconfortos gastrointestinais da terapia anticâncer), sobre a opção que a doente tinha de ser ou não ressuscitada, em caso de parada cardíaca. A única pergunta da professora é se a enfermeira iria continuar cuidando dela...; depois que a enfermeira se vai, a professora se pergunta se tinha se tornado piegas; discute consigo sobre vida & morte, e se questiona, porque imaginava que “ser inteligente fosse suficiente...” A cena seguinte dela de se encolher no leito, embaixo do cobertor, totalmente desarvorada, desamparada, lembra um desejo de voltar ao útero... Ela diz... “dor, uma palavra tão pequena..., mas que paradoxalmente significa estar viva...”

Impossível não se comover, ainda mais sendo um profissional que vivencia ocasionalmente estes desafios em seus clientes. Como sempre digo, somos frágeis, uma ‘casquinha’... Nada como um filme de alto nível assim para nos relembrar velhas lições!

terça-feira, 6 de março de 2012

Saudades de Rio Claro...

Arquivo pessoal

Esta foto foi retirada quando ainda morávamos em Rio Claro (SP) na casa da Rua Três, no bairro de Copacabana, em frente ao estádio do Velo Club. Como sempre, a mana Lia está no centro da bagunça. A gente era (bem, ainda somos...) muito festeiro, muita comemoração - com 5 filhos casados e com netos sempre tem um motivo! Esta casa deixou muita saudade, afinal, moramos todos lá (com intervalos de estudo, casamento, divórcio, e trabalho) por 40 anos. Meu pai fez umas 4 grandes reformas e ampliações na mesma...

[ Eu já tive o cabelo ainda mais comprido do que aparece na foto (não dá mais para deixar assim, que pena...) mas meu mano mais velho, Luciano desde o final da adolescência já tinha cabelo em queda - é o único calvo dos manos, como meu pai. O Sergio, à direita, ainda ostenta densa cabeleira. ]

Que família bonita, esta do Sr. Geraldo e de Dona Firmina. Três engenheiros, uma fisioterapeuta e um psicólogo. Dois PhD, um Mestre e duas pós-graduadas Especialistas. Tal resultado deve-se ao precoce incentivo que os genitores deram aos filhos, com grande sacrifício, em termos de leitura, estudo, cursos e oportunidades. Lembro-me das conversas com meu pai e ele me dizendo como ia ser o futuro... muito antes do surgimento do computador pessoal e outras coisas comuns hoje em dia ele alertava para a importância de estudar informática e inglês. Todos nós, adolescentes, cursamos inglês, e os meus dois irmãos efetivamente acabaram realizando estudos graduados e pós-graduados sobre computação e sistemas informatizados. Eu e minha mana Lúcia fomos para a área da Saúde; Lia também virou engenheira, mas da área de Saneamento, mas hoje ministra aulas e trabalha com arte (jóias artesanais).

Penso nas tragédias diárias que vemos nos meios de comunicação - principalmente originadas ou problematizadas pelo abuso de substâncias. No fundo, em geral, desgraças oriundas de pessoas que tiveram famílias desfuncionais, desestruturadas, com pais problemáticos, sem um apoio, sem muitas vezes, uma palavra boa, colocada na hora apropriada... Resultado - pessoas desarvoradas, principalmente jovens, que tristeza!

Quão importante nos foi (filhos e netos) uma família bem estruturada, firme mas afável, irmanada em torno do amor de um casal à moda antiga. Somos muito ligados, os cinco, apesar das distâncias e diversas atividades, cada um com sua nova família... Que Deus nos conserve, e aos nossos pais, ainda por muito tempo, com saúde e amizade eternas.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Catástrofe no Rio de Janeiro

          Descobri um site maneiro: www.freedigitalphotos.net . Tem fotos incríveis lá, da melhor qualidade. Foi de lá que eu trouxe estas fotos, para ilustrar o que tenho a dizer sobre a recente tragédia ocorrida nas cidades serranas do Rio de Janeiro.

           Estas notícias nos dão um misto de tristeza e indignação, sempre, para não dizer do horror que causa. Já se sabe que muitas pessoas com parcos recursos (em todos os sentidos) farão de tudo para, ao fim e ao cabo, acabar prejudicando a si mesmas. As pessoas simples tem ainda mais dificuldades em acomodar suas expectativas imediatas com as por vezes funestas consequências de suas decisões, ao longo do tempo. Não somos humildes - pensamos que sabemos, mas não somos sábios, evidentemente...

          Obviamente, quando a enxurrada de entulho e lama desce morro abaixo ou quando o rio sobe além das margens todos se conscientizam ('instantaneamente') que construir habitação de modo irregular em encostas ou terrenos instáveis/várzeas de rios é uma espécie de bomba relógio armada contra nós mesmos, visto que desmatamos, poluimos, queremos tudo 'de graça', não respeitamos a Natureza e seus imperativos. Ora, não é o caso então das autoridades  - presumivelmente mais cônscias - impedirem estes pobres coitados de cometerem tal sucessão de sandices? Já não vejo mais o noticiário - se achar culpados "resolvesse", muitos problemas nacionais  já seriam só (talvez) memória.

          Sim, sei que água não distingue classe social; o problema é mais complexo do que podemos imaginar, mas desde que me conheço por gente ouço que tais ocorrências são manchetes... E sabemos que no ano que vem, certamente, tais tragédias serão 'reeditadas', inclusive porque, pelas mudanças climáticas, estes fenômenos serão mais frequentes e mais  intensos. 

          Impossível não pensar - eu poderia estar no lugar de qualquer pessoa que aparece como vítima nos telejornais. Como somos frágeis; somos um 'estalar' de dedos; para sermos aniquilados basta quase nada! A soberania divina e seus desígnios são insondáveis, e quedo-me tão pequeno! Pouco posso fazer, além de orar a Deus...