A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

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quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Espinosa (1632-1677)


Gravura obtida agora (via Google Images) de

Gosto de ler sobre as pessoas (especialmente filósofos, pois muito influenciaram a Psicologia) que contribuiram para a formação do pensamento ocidental e até do Oriente. Vejo que eram pessoas iguais a cada um de nós, apesar de terem intelectos por vezes muito privilegiados. Mas, reafirmo, sofreram igualmente das muitas mazelas e percalços que colorem nossa humana vida...

Outro dia vi um aforismo deste importante e polêmico filósofo, expoente maior do Racionalismo do século XVII. Os ingleses nomeiam-no Benedict (hebreu: Baruch) de Spinoza, mas seu nome português era Bento de Espinosa, visto que seu pai e avô (também sua mãe) eram de Portugal - apesar dele mesmo ter nascido em Amsterdam, na Holanda. Sua família - eram judeus - refugiou-se lá devido à perseguição da Inquisição, oriundo da Espanha. 

Foi um pensador que se interessou por uma infinidade de temas, oferecendo posições que influenciaram muitos intelectuais de seu tempo e da posteridade. Faleceu moço, antes de completar 45 anos, segundo consta, pela saúde frágil, e problematizado pela deposição de poeira de vidro em seus pulmões, que inalava no trabalho como polidor de lentes em sua loja.

Ele afirmou que 'a felicidade é a compreensão lógica do mundo e da vida'. Grande verdade, o quanto se pode averiguar o contexto e a dimensão enorme de cada termo que compõe o apotegma. Só para ilustrar o que pretendo ponderar sucintamente aqui - não quero cometer um estendal... , 'felicidade', que hoje é um termo muito discutido, debatido, encerra inúmeras concepções, definições as mais diversas, o quanto seja a perspectiva, a época, o viés de quem o considera. Esta particularização (quase que uma 'redução') que é colocada pelo nosso preclaro filósofo é apenas uma entre tantas... 

Quando estudei Hermenêutica no Doutorado (e olhe que, nesta disciplina, me limitei a um - renomadíssimo - autor, o alemão Hans-Georg Gadamer), fiquei pasmado com a discussão ampla que o termo 'compreensão' encerra, coisa que um não-especialista nem sequer imagina  a extensão. E quando apensamos o termo 'lógica' a esta compreensão, imagina-se a dificuldade para realizar o pleno entendimento da equação verbal. Pois 'mundo' e 'vida' são fenômenos ou realidades tão imensas, desmedidas, que julgo que somente a abordagem oferecida pela Lógica não poderia contempla-las... Sei, a Razão deve presidir todo esforço, por mais ingente que seja, de compreender, mas ela, a racionalidade, é tão limitada! Como o limitado pode entender o ilimitado? Sei que não temos outra saída a não ser empregar a Razão, mas quero aqui dizer que não se deve esperar muito dela...

O que quero afinal apontar é que muitos entendem - a partir de raciocínios como o ilustrado no aforisma -  que bastaria a racionalidade para dar conta de entender o mundo e a vida, levando o vivente a conquistar a tão-sonhada felicidade. Mas, a cada vez, o que vemos neste mundo, mais e mais dominado pela Ciência e sua tecnicidade, é o quanto infeliz o Homem é. Os fatos parecem contrastar o que estabeleceu o insigne pensador. 

Pensadores outros julgam identificar o que falta na equação, que é precisamente o sentido que estas coisas tem ou deveriam ter para o Homem. De nada adianta saber, se o quê se sabe não representa, não significa (existencialmente) algo que efetivamente importa para o vivente ou à Vida enquanto tal. Aqui entra, na minha concepção, a Religião, para dar conta da perspectiva, do sentido do mundo ou da vida, para a pessoa, lastreando, fundamentando para ele ou ela a posse da Felicidade. Bem sei; o mundo atual, em grande medida (em parte devido à defesa e/ou adoção de posições às quais alude o aforismo em tela), julga que este domínio já não se faz necessário - poderia mesmo ser dispensável.

De tudo o que já estudei, investiguei, vivenciei, vejo que é uma miopia deixar esta dimensão da religiosidade/espiritualidade de lado. Somos seres de sentido - as coisas tem que significar, a cada um de nós. Basear somente na racionalidade a compreensão do mundo e a vida não nos fornece 'felicidade', talvez o seu arremedo. Concedo que esta apreensão é algo particular, idiossincrático, pessoal. Cada um tem que trilhar seu caminho. Mas, preste atenção - veja também quem ou o quê se escolhe levar nesta caminhada...

domingo, 17 de março de 2013

Amizade...

Imagem obtida agora (via Google Images) de
http://zerotips.com/inspiration/quotes-of-friendship/
(tem diversos pensamentos sobre amizade... vale a pena ver)

Ontem passamos o dia num clube, comemorando com amigos o 'niver' do Júlio. Como sempre o Paulão foi o mestre-cuca, com os acepipes de costume. Já fazia um tempo que a gente não se reunia para estas celebrações. É um tempo muito gostoso, com a filharada deles correndo e se divertindo sob os olhares mais ou menos preocupados dos pais. Nem a chuva intermitente atrapalhou as prolfaças. Eu e Ruth somos habitualmente os mais velhos da 'turma' - todos os casaizinhos lá estão ou namorando ou com crianças pequenas - o que nos confere certa diferenciação (digo isso mais como uma percepção minha do que uma possível visão deles, pois nos integramos muito bem no clima da reunião...) com relação aos assuntos. Na verdade eu, como bom psicólogo, gosto mais de ficar observando e aprendendo com os outros; minhas falas as considero desimportantes em  si, a não que sejam expressamente requeridas... maluquice? Pode ser, mas creio, com meus botões, que seja certa eticidade (veja bem, não confunda com heticidade... curiosidades da língua portuguesa! Quem disse que blog não é cultura??) do meu cotidiano fazer, em especial com as pessoas de hoje, que parecem muitas vezes disputar a tapa a oportunidade de falar o que pensa. Mas, felizmente, neste grupo que privei ontem este costume não é muito presente. 

De passagem, tem uma radio do app aqui do computador que sempre coloco em segundo plano, o TOP RADIOS, do programador Reanderson Silva (já comentei sobre este notável programete aqui...), um gadget virtual de canais de música que escuto sempre, e recomendo: é a Sky FM Oldies On Line, que é muito legal. Para mim, que nasci nos anos 50, é uma oportunidade de 'espanar', espanejar os neurônios, mandando o Alzheimer para lá, e com um tipo de música que não é muito encontradiço hoje em dia, em termos de qualidade... Muito legal. Nada como trabalhar  ou se divertir (como faço agora) com boa música de fundo!

Mas voltando ao assunto do dia, que coisa boa a amizade; faz muita falta em nossas vidas, decididamente, ainda que as amizades tenham ficado um pouco mais superficiais, nestes tempos de redes sociais, paradoxal complexidade de tudo, e imediatismo relativista. Tive pouquíssimos amigos em minha vida; conto-os nos dedos de u'a mão, mas foram bons mesmo para minha formação. Quando se fica velho 'somos' mais seletivos, céticos e descrentes - isto atrapalha um tanto estabelecer novas amizades. Que fazer, parece certa praga, imprecação. Mas acho também que a pós-modernidade tornou-nos, a todos e a todas, mais medrosos, mofinos, espantadiços. Mas, graças à Providência, temos um amigo que nunca decepciona, felizmente, e vocês sabem de quem estou falando. Ainda bem. Senão a vida ficava muito chata de se viver...

segunda-feira, 9 de maio de 2011

... permanece a busca de sentido...

 obtido de http://pichorra.wordpress.com/2007/11/09/  via google...


          Gosto de garimpar imagens pela web e achei muito hílare a gravura acima. Eu pensava ilustrar  os pensamentos abaixo com algo parecido... O fato é que estamos vivendo tempos nunca dantes imaginados, sem dúvida alguma. A 'marca genérica' destes tempos é a elevada velocidade das mudanças e sua extensão, abrangência, alcance. Já se disse que voltaríamos célere à Idade Média se não tivéssemos mais energia elétrica, 'de repente'. Fica algo estranho pensarmos viver agora sem web, sem celular, sem e-readers, sem tablets

          Do modo que vejo alguns jovens plugados o tempo todo, imagino o mundo futuro com uma espécie de ecossistema integrado de quinquilharias tecnológicas (vi algo como imagino aqui naquele filme já-quase-antigo, o Matrix) onde o homem será uma espécie de 'adereço', não sei com que grau de importância.  Nossas idéias parecem ser cada vez mais contidas nos chips, e banais, dadas a sua transitoriedade... 

          Sou do tempo em que os objetos e as máquinas eram projetadas como criações do homem para humanizar (paradoxalmente) o ambiente à forma do homem, criando um mundo à maneira do homem (e suas necessidades); as formas, contornos e estrutura dos objetos visavam conformarem-se com suas funções projetadas, e faziam sentido o quanto eram superadas por aparatos mais aperfeiçoados, mais conformes com o que requeria o humanizado da natureza. Hoje já acho que chegaremos em breve na situação que teremos que nos adaptar à maquinaria, à tecnicalidade...

          O ambiente humano aparentemente parece mudar hoje a todo instante, e vemos que as referências  de uso, de destinação dos objetos definidos há pouco se esgotam rapidamente, pelo fracionamento, pela fragmentação das regras e dos padrões com os quais se planejava/ordenava  o entendimento e decodificação da vida cotidiana. 

          Dizem os entendidos de plantão que temos que reinventar o modo de pensar que utilizamos até então. A insegurança, a falta de parâmetros definidos nos deixam temerosos em priorizar também a flexibilidade, a adaptabilidade, a mobilidade, a velocidade, etc. como valores norteadores das nossas relações e cogitações.  Eu, educador,  ainda vejo como importantes saber conversar, ordenar as idéias, ser feliz com o que se tem (principalmente nosso corpo limitado e nossas incapacidades), saber encontrar  sentido nesta ampla constelação polivalente/multifuncional de fatos concretos e virtuais de crescente  e complexa decifração.  Vejo os jovens tão aturdidos (uso ambas as acepções do Houaiss eletronico que está aqui embarcado no meu computador), em derrelição...  que bom que sou 'velho'!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Stress e sua gestão

(Pinturas digitais feitas especialmente para este Blog por Lívia V. Dutra, janeiro 2011)
          
Outro dia pediram-me 'dicas'  para lidar com o famigerado stress. Parece ser a doença destes últimos tempos (a moda sempre se transmuta, outro dia era a ansiedade, outro, a angústia...). Segue abaixo meus recursos; como sempre, faço um condensado do que aprendi por aí... se servir a alguém, valeu a pena! Você vai ver que todos estes procedimentos se interconectam, fazem parte de uma totalidade. Mas olhe, não existe 'fórmula mágica' - cada caso é um caso.  Verifique outros decálogos deste tipo e compare com este. Não costumo fornecer conselhos deste tipo, mas vamos considerar pelo lado construtivo. Aceitamos sugestões, reparos e outras observações educadas...

'Stress'  não é doença, é uma reação adaptativa do organismo (ou seja, é algo normal,  desejável, natural) frente a certas situações - que hoje imprecisamente se rotulam de 'estressantes'... O estresse nocivo à saúde pode se caracterizar por certas reações físicas exacerbadas, problemas físicos difusos e/ou uma sensação contínua de "não se ter tempo". E está demonstrado que, quando o elevado estresse é crônico, o sistema imunológico se torna mais vulnerável, facilitando aparecimento de doenças; a qualidade do sono é prejudicada e pode ocorrer queda de concentração, facilitando ocorrer acidentes. É imprescindível nestes tempos de globalização aprender a gerenciar o nível de stress. Na terapia comportamental, um capítulo importante é dedicado às técnicas de lidar (coping) com estes desafios. Assim, alguns procedimentos úteis podem ser aprendidos e contra-atacam o stress nocivo:

1. Desconecte-se do problema.
É preciso aprender a se desconectar do problema. A saída é mudar a inércia habitual e ter consciência de que é possível, sim, controlar as dificuldades que surgem na vida. Cada caso é um caso - temos que compreender o que ocorre (isso, o compreender,  implica inicialmente em ver como interpretamos aquilo pelo qual estamos passando - ver o item 3. abaixo. Se temos dificuldade nesta fase, não é sinal de fraqueza pedirmos conselho...). A idéia é que você não se sinta agoniado por completo, pois caso isso aconteça dificilmente poderá assumir as rédeas dos acontecimentos que vão se acumulando...

2. Aprenda a relaxar.
O relaxamento contribui muito para o bem-estar. Pratique alguma terapia alternativa, como o yôga, acupuntura ou, se você puder incluir um pequeno luxo na rotina, faça uma sessão de massagem semanalmente. Um bom profissional acupunturista e/ou massoterapeuta à nossa disposição é um achado dos céus! Ter o corpo e a mente relaxados fará com que as situações de estresse sejam menos freqüentes. Muitas pessoas aprendem a utilizar técnicas de meditação (não é nada ‘religioso’, necessariamente, e contribui muito para o autocontrole). Existem centenas de obras no mercado que ensinam isso, e os critérios para escolha (tanto para obras quanto para os profissionais) são os tradicionais - referências, credibilidade, racionalidade, singeleza, cordialidade...

3. Controle seus pensamentos.
O estresse é um processo que depende em grande parte da interpretação que fazemos da realidade. Portanto, aprender a controlar e mudar a "tradução" que fazemos dos acontecimentos são boas estratégias de combate. Pode ser necessária a ajuda de um psicólogo, pois muitas pessoas tem em seu repertório de pensamentos verdadeiros esquemas de idéias irracionais, crenças e máximas que tem efeitos altamente tóxicos em nosso diário cogitar, enredando-nos em práticas nocivas de relacionamento intra e interpessoal.

4. Reestruture suas prioridades.
Se sua grande fonte de preocupação é o seu trabalho e não há possibilidades de você mudar de emprego, pelo menos por enquanto, considere todas as alternativas prazerosas que sejam possíveis. A mais simples é dedicar o seu tempo livre a atividades agradáveis, como p. ex., trabalho voluntário em prol de necessitados. Já se a sua perturbação começa quando você chega em casa, procure distrair-se com programas longe desse ambiente, nem que seja por curtos períodos de tempo. E por aí vai. O quê te preocupa?

5. Adquira hábitos saudáveis.
Infelizmente, os estressados recorrem com certa facilidade ao consumo de álcool, tabaco, fast foods e atividades passivas, como ficar no sofá, assistindo aos programas e filmes na televisão. Os danos que esses hábitos podem causar se multiplicam com a presença do próprio estresse. Tente fugir disso. OUTRA PROVIDÊNCIA IMPORTANTE – Realizar chek-ups anuais completos, com orientação médica específica.

6. Pratique exercícios – ou seja, atividade física que leve a pessoa a molhar efetivamente a camiseta...
O exercício físico está no topo da lista de quem busca saúde, inclusive mental. Somente 45 minutos por dia (pelo menos 5 vezes por semana) ajudam a relaxar a mente e eliminar o estresse, enquanto você aproveita para entrar em forma, e ficar mais atraente, melhorando assim a auto-estima. A maior riqueza é preparar o caminho para uma velhice digna, pois saúde é qualidade de vida! Grande dica (ou recomendação obrigatória...):  consulte um professor de Educação Física (ver critérios no item 2. acima).

7. Pense positivo.
Reverter as idéias negativas e aprender a focar no lado positivo ajuda a reduzir as tensões e a alcançar suas metas. Por exemplo, se está ansioso(a) porque tem um compromisso em que falará em público, pense nas piores coisas que poderiam acontecer e, em seguida, nas possibilidades para que elas ocorram. Formule, a partir destas considerações, um resultado favorável e desenvolva um plano para alcançá-lo. PLANEJAR É TUDO!  Muitas psicoterapias objetivas ensinam procedimentos para tornar isto 'natural' para a pessoa. Digo isso porque temos que aprender, cada um (do seu jeito, com suas idiossincrasias, na sua velocidade, etc...) a lidar com estes desafios (coping), e não é algo fácil. Ver o copo 'meio cheio' é mais difícil do que ver o copo 'meio vazio'...

8. Use o humor.
Manter o senso de humor nas situações difíceis é uma recomendação dos experts. O sorriso alivia as tensões e contribui para manter a perspectiva da situação. Já está mais do que comprovado que o bom humor é um mecanismo eficaz para suportar o estresse agudo e sociabilizar com os demais. Aprendi quando pequeno: "Ria, e todo mundo vai rir com você; chore, e você vai chorar sozinho..." É cruel, mas real neste mundo pós-moderno de pessoas egoístas e consumistas... E, principalmente, aprenda a rir de si mesmo!

9. Estabeleça uma rede de apoio - o famoso 'networking'.
A maioria das pessoas que se saem bem em situações de estresse elevado possui uma boa relação social, com amigos, irmãos da Igreja, colegas de trabalho, companheiros do clube... O apoio em momentos de tensão é sempre muito útil. Tem também os benefícios promovidos pela presença de um mascote em casa, preferencialmente cães, mas pessoas se sentem bem com gatos, pássaros e até peixes com que se responsabilizam. Pessoas compromissadas tem menos tempo de ter pena de si mesmo... Agora, nossos melhores amigos deveriam/poderiam estar em nossa família (aquela de onde você vem e/ou aquela que você construiu) - se você não vive bem em família, verifique os porquês...

10. Considere praticar efetivamente a sua Religião. 
           Espiritualidade é uma experiência universal fundamental, presente em todas as civilizações (tanto as antigas quanto as atuais). Encontre, mediante o cultivo (estudo + prática) de sua Fé, o sentido da sua vida. "Vida sem sentido" é a reclamação mais ouvida entre as pessoas desadaptadas, infelizes, adoecidas psicologicamente.