A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

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quarta-feira, 4 de abril de 2012

161a. postagem: mais uma do aforista amador...

gravura obtida agora de
http://www.substantivoplural.com.br
(ótimo site que aborda o que discuto agora...)


Outro dia aprendi um outro apotegma fantástico, de Georg Simmel (1858-1918), filósofo e sociólogo alemão:

"O deslumbramento das pessoas diante do telégrafo e do telefone leva-as a esquecer o fato de que aquilo que realmente importa é o valor do que se tem a dizer". 

O que este scholar (sim, tem no Houaiss...) apontou continua válido ainda hoje - e vai continuar sempre atual. Vemos nas mídias o enorme bafafá em torno das redes sociais, de ferramentas como celular e tablet e suas possibilidades. Mas o que presenciamos (principalmente aqueles que se preocupam mais com o espírito...) é a valorização da forma, dos processos e da estrutura, em detrimento do conteúdo. Todos são fundamentais, por assim dizer (quando 'tudo' é fundamental, já imagina o que sobra...), mas sempre o Homem é que deveria ser a destinação de tudo, e não precisamente aquilo que as pessoas usam, criam, destinam, humanizam. 

Não se valoriza mais a leitura dos clássicos, o cultivo do espírito, as boas maneiras (só para citar alguns exemplos), como se fazia até há pouco. Evidentemente mudam-se o foco, as modas, as prioridades. Só que esta mudança evidencia a colocação do Homem para planos inferiores àquilo que ele mesmo criou e continua criando. O exemplo mais onipresente hoje corporifica-se no robô de busca Google. Muitos jovens ordenam suas mentes a partir daquele instrumento, daquele mecanismo, daquele dispositivo que trabalha dia e noite. Chega a parecer que não foi o homem que o criou. Não está distante, pressinto, os tempos que nos foram advertidos pelos visionários quase-apocalípticos da sujeição do homem pela maquinaria, pela tecnologia. Veja a medicina de hoje - os médicos, por vezes, parecem escravizados a uma 'bateria' de exames - não se diagnostica a não ser a partir de uma barafunda de inspeções e discussões... 

Vamos voltar às origens, obviamente 'guardadas as proporções'... ninguém quer voltar à Idade Média. Mas se não cultivarmos, resgatarmos as coisas do espírito, onde vamos parar?