A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

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sexta-feira, 22 de abril de 2022

Esparsos comentários...

Seriado "Bosh" (Amazon Home Video)

1. Tenho re-assistido a séries de TV, da Netflix e da Amazon Home Video, perpetrando verdadeiras maratonas. Uma das que mais gosto é a do marrento detetive (Hyeronimus) Bosh, muuuito bem feita e eletrizante! Existem 7 temporadas, uma melhor que a outra. E, de quebra, ficamos conhecendo no programa artistas de smooth jazz fantásticos. Outra série, obrigatória (mas da Netflix) é o impactante Orange is the new Black. Eu, como psicólogo, sempre descubro ali nos episódios nuances novas do humano, ainda que com viés por vezes violento, quase psicopático...

2. Existem pessoas que vemos pouco, às vezes uma ou duas vezes por ano, como o Contador que faz meu Imposto de Renda (que faço desde que comecei a trabalhar), ou o médico que acompanha meus exames clínicos anuais (check-up) - que faço 'religiosamente' desde os 40 anos... Tenho saudades de outras pessoas que, infelizmente, o destino nos afastou. Existe uma pessoa de nome Ariovaldo César Júnior, que deve ainda estar residindo em Araraquara, município do interior de São Paulo, que tenho certeza que, se nos encontrássemos novamente (depois de décadas sem nos vermos), seria como fossem somente alguns meses de separação - que alma boa, santa mesmo, em todos os sentidos. Moramos por um tempo nos anos 70 na mesma república estudantil e afeiçoei-me pela nobreza de seu caráter. Um grande cristão, patriarca de linda Família. Acho que um dia logo-logo vou ter que ir atrás dele... Fecho os olhos e vejo-o sorrindo, alegre e grato pela vida. Soube que sempre realizou obras caritativas, fiel espírita que é. Deus o abençoe!

3. Estou lendo bastante ultimamente. Retomei o gosto pela leitura, um tanto deixada de lado por causa da dor e desconfortos gerais da artrose e da artroplastia, que tiraram muito da minha vontade de viver. Mas tudo já passou e retomo aos poucos as minhas delícias. Leitura seguramente é a maior delas. Posso ficar sem vinho ou cerveja, mas sem leitura é quase impossível... É quase como ficar sem a Ruth - nem imagino!

4. Uma das pragas modernas da cidade são aqueles motoqueiros (motociclista de acôrdo não faz isso) que danificam o escapamento de suas máquinas, determinando a emissão de elevadíssimos decibéis de irritante barulho, perturbando definitivamente a paz social onde quer que infelizmente se encontrem. Abusam da falta de vigilância das autoridades, posto que constitui flagrante prática ilegal. Tristes personalidades que, no afã de chamar a atenção dos semelhantes, acham bacana detonar nossos delicados tímpanos. Mal sabem que, gradativamente, estão periclitando sua acuidade auditiva, ficando não poucos quase surdos ao longo de suas míseras existências, que não respeitam o próximo.

5. O verão foi embora mas o abafamento teima em não nos deixar - que triste sina. Nem na praia gosto de calor. Temo que, com a evidente mudança climática, nossa temperatura em geral vá se situar no topo do termômetro ao longo do ano, com escassos episódios de friozinho, que aprecio tanto. Sofro demais com isso, fico suado, irritadiço. No frio é tudo melhor; conseguimos nos agasalhar e apreciar melhor um vinho... 

6. Agora à noite o nosso guarda noturno se faz presente. Ele é um autônomo que vem nos cobrar a taxa pela vigilância, mais ou menos certeira, todo começo do mês. Das 22 horas até as 4 da madrugada nosso valente paladino percorre nossas ruas e avenidas com variada periodicidade. O ruim é que o gajo, apesar de eu ter já lhe pedido modificar sua conduta, insiste em ficar tocando tresloucadamente um característico apito, que curiosamente denuncia sua presença já no quarteirão anterior. Imagino que o mesmo deva - comercialmente - nos certificar de sua pontual presença, mas também creio que, se houver meliante na circunvizinhança, o mesmo (oops!) também será alertado com incompreensível antecedência, dando tempo de evadir-se em segurança. Intrigante dualidade de seu importante serviço...


domingo, 6 de setembro de 2015

Razões...

última foto que tirei.. (agora)

Sim, tenho escrito pouco, quase nada. As razões?

1. Troquei minha moto pelo Fusca, como disse, e agora a parte mecânica está ok, permitindo-me extrair do recurso automobilístico seu ótimo emprego, sem sustos ou outras intercorrências. Vou me divertir muito (por muitos anos) com este bólido, reciclando também os neurônios, seguramente, pois ainda tem muita coisa para nele consertar -  de pequena monta, mas tem. Mas aí reside a beleza de ser ter um carro quase tão velho como eu, coisa que muitas mulheres não entendem... 

2. Tem acontecido tanta coisa maluca neste mundo absurdo e no meu entorno (especialmente no meu trabalho), que certo desânimo se me acometeu, infelizmente. A maioria não devo comentar aqui, em especial para não aborrecer meus poucos leitores. A última foi...



Ainda que eu ache certa hipocrisia de todos, foi muito impactante, realmente, ainda que logo fique esquecida... Quer ver? Imagine se fosse um menininho afrodescendente, será que seria a mesma enormidade a ampla comoção? Creio que não.

3. Tenho me preocupado mais em fazer o que preciso. O que tem significado mais minha vida atualmente são 3 coisas: distribuir a Palavra trabalhando como Gideão (www.gideoes.org.br) ; fazer semanalmente a barba e cabelo dos meus velhinhos no Lar (Asilo) São Vicente de Paulo, e atuando com meus companheiros do Lions, fazendo fraldas geriátricas e outras ações para melhorar nossa Comunidade Sanjoanense e da região. Tenho encontrado muito companheirismo e coleguismo nestas atividades, coisa que vinha sentindo muita falta, e que cada vez menos se encontra no mundo em geral, em especial no trabalho 'oficial' que fazemos. (Não, na minha Igreja não temos vida social ou mesmo muitas atividades, infelizmente.) Como decorrência destas minha atividades voluntárias, nossa vida social ficou um tanto mais agitada - mas estava muito 'parada' mesmo, inclusive porque Ruteca e eu somos muito caseiros!

4. Fiquei sabendo outro dia que mesmo estas nossas memórias registradas aqui na nuvem podem se evaporar dentro de alguns anos. Pen-drives, DVDs e outros suportes não duram mais que papel ou outro material assemelhado. Como não dá para gravar tudo em aço ou pedra, fica ao sabor das conveniências. Por outro lado, não sei se o Google vai durar tanto, se não vai virar outra empresa ou mudar de política. Mas no fundo sei que depois de uma ou duas gerações ninguém vai se lembrar da gente mesmo. Não sei quem foram os pais de meus avôs, e alguns destes nem conheci pessoalmente, como a mãe de minha mãe. E veja só, no meu caso, como não convivo com meus netos, talvez nem destes serei relembrado daqui a alguns anos! Meus irmãos, esposa e filhos falecendo, serei menos que uma poeira de estrela, como sou agora...   < certa vez tentei baixar todo meu conteúdo googleano para fazer back-up... Ia demorar alguns dias para isso se realizar, e ia gastar um 'monte' de DVDs. Com a baixa conexão que dispunha, desisti. >

5. Reformei todo o telhado aqui da cazupita. O dono anterior fez uma reforma muito pobre e deixou todo o telhado 'quase-centenário' sem qualquer manutenção. Removemos uma grossa camada de fuligem entre o telhado e o forro. Estava um horror. E o que foi retirado de ninhos de passarinhos... Imagino se houvesse uma faísca o incêndio seria total!. Mas agora, com a graça de Deus, estamos com a casa bem ajustada. Futuramente realizaremos a pintura e vai ficar cem por cento. Tenho muitos anos ainda, se o Pai Celestial permitir, para me entreter aqui com a casa.  É o meu castelo, e muito bem cuidado pela Ruth; que amor ela tem pela casa - como cuida bem dela (coisa que matrimonialmente nunca tinha visto)...

6. Viciamo-nos, Ruth e eu, no Netfix. Bilú comprou uma Smart TV e agora nossa programação de filmes e documentários está bombando via streaming, coisa louca! E nem precisa ter uma conexão tão veloz de internet como eu imaginava. A enormidade de séries e filmes é avassaladora. Tenho agora  'mil'   filmes para ver e o lazer nosso é garantido e, melhor, por um preço muito baixo!

7. Tenho tido alguns problemas de saúde. A última coisa, de certo modo muito 'aborrecente' foi o herpes zoster nas costas. Coisa de maluco. Nunca tive isto; herpes simplex (nos lábios) sempre tive, mas nos últimos anos parece que desapareceu, o que não é verdade - está ali nos recônditos, amortecido... Mas com este herpes zoster, que não sei como surgiu, pensei estar com pedra nos rins, problema na vesícula biliar, problema de estômago, problema muscular, coceira, tudo junto!! (nossa, coisa de idoso ficar falando de doença, mas sou-o!!)  Teve noites que não consegui dormir com o desconforto geral. Tive que me valer dos remédios da farmacinha de Bilú, coisa que nunca faço. Mas já foi tudo resolvido, com a graça do Pai Celestial. Mas foi um mês de infortúnio. E temperado com mau atendimento de médicos, etc. Ôo vidinha (rs rs rs)  Estou sentindo falta de alguns emoticons aqui do WatsApp...

Bom, vamos ver se volto mais vezes aqui neste espaço. Tenho muitas coisas para dizer, mas será que vale? Às vezes me pergunto - iniciei meus escritos aqui neste espaço por causa dos netos e dos meus alunos, mas estes... não sei se se incomodam mesmo - em sala de aula vejo tanta alienação e desrespeito! É a maior fonte de certo banzo que se me instalou no espírito... Imagine você sonhar em realizar ( e isto operacionalizar arduamente depois de tantos anos) uma vocação que acredita possuir e, depois, como que se arrepender de ter trilhado aquele caminho... Ainda bem que tenho encontrado minha significação de vida nas minha atividades voluntárias!




quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Izabel



Ante-ontem faleceu nossa amiga, depois de uma vida abençoada e frutífera. Eu a conheci faz pouco tempo, mas sabia muito a seu respeito, pelo seu marido Nathanael. Quando penso nela relembro a passagem da Mulher Virtuosa que lemos em Provérbios 31: 10 a 12 

Mulher virtuosa quem a achará? O seu valor muito excede ao de rubis.
O coração do seu marido está nela confiado; assim ele não necessitará de despojo.
Ela só lhe faz bem, e não mal, todos os dias da sua vida.

Ela estava debilitada pela idade avançada, mas nunca deixou de exibir seu sorriso (e muitas risadas!!) e alegria a todos que se aproximavam. Todas as pessoas com quem converso tem palavras doces para se referir a ela, mas o maior fã foi sempre o Nathanael. Ele me disse muitas vezes como ela foi esposa conselheira e parceira, ótima dona de casa e serva fidelíssima do Nosso Senhor Jesus Cristo. Ficamos saudosos, mas alegres também porque todos temos a certeza de que Ele a recebeu de braços abertos assim que abriu os olhos na Glória. Nathanael ontem mesmo (de São Paulo,  onde ocorreu o sepultamento) me ligou pedindo para ir colocar no Jornal  O Município (sairá na edição do próximo sábado) a mensagem abaixo:

AGRADECIMENTO

                A Família Nathanael Oliveira Neves vem a público agradecer aos amigos e em especial ao irmãos e irmãs das Igrejas Presbiteriana Central, Presbiteriana da Vila Brasil, Presbiteriana de Águas da Prata, Presbiteriana Boas Novas e Batista de São João da Boa Vista, nas pessoas dos Pastores Rodrigo, Alex, Matheus, Ivã, Aldair e Mário, o carinho e amizade recebidos por ocasião do passamento da inesquecível

IZABEL MAGALHÃES NEVES
ocorrido em 28 de Janeiro de 2014 em nossa cidade. O sepultamento ocorreu às 14 horas do dia 29 de Janeiro em São Paulo (SP) no Cemitério dos Protestantes.

Saudades do esposo Nathanael, das filhas Naísa, Maria Cristina e Maria Isabel, dos genros Werner e Norivaldo, e das netas Heloísa, Débora e Victória.


Izabel fez parte daquele seleto grupo de eleitos que conseguem ver o Cristo nos necessitados, nos desvalidos. Ela adorava cantar, e fez parte de muitos corais. Fundou Igrejas, junto com o marido. É daquelas pessoas que perfumam a nossa existencia. Uma pessoa a ser invejada, uma filha dileta do Pai Celestial.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Dia dos professores


Sei... esta foto não tem muito a ver com o que vou dizer, mas 'só por Deus' mesmo, hoje em dia, para sentir alegria em ser professor. Longe vai o tempo que eu admirava meus professores e dizia a mim mesmo "meu sonho é ser professor!!". Li duas matérias a respeito da (des)valorização do docente que se instalou em brazólia na edição de hoje do jornal CORREIO POPULAR, de Campinas, que assino via web (que facilidade baixar todo o jornal diariamente em pdf...). Quanta mudança de valores em tão pouco tempo, deixando-nos pouco espaço para adaptações... Quem ficar curioso mande um e-mail para mim (tecnoleto arroba live.com) que eu envio anexo as cronicas... vale a pena! 

Mas sigo fiel ao que aprendi da profissão docente, que acho das mais sublimes, posto que voltado para a formação do ser humano integral, da pessoa em desenvolvimento. Que papel lindo reservado a este tipo de profissional. Ainda é valorizado no mundo todo, mas aqui... Creio que será uma das boas memórias que terei para curtir na velhice, apesar dos últimos anos.

Outro dia comentei que até levando borrachada de policiais os professores estão se sujeitando, sofrendo nos olhos as irritações do spray de  pimenta; logo-logo levar tiro de bala de borracha ficará também comum, como já o é levar tiro de verdade de algum aluno em sala de aula (como vimos outro dia uma professora em Ribeirão Preto, salvo engano).

Mas o que mais causa espanto e espécie é observar que ocorre, por vezes, uma das cenas mais perversas para o preceptor vivenciar - quando alguns de seus colegas são colocados em posição de mando, logo travestem-se de déspotas, sujeitando seus companheiros de lida, de labuta como se nunca tivessem sido profitentes. Triste, mas humano, demasiado humano.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Dia de solteiro e memorabilia

Fotinho de Aline França, obtida agora (via Google Images) de

http://www.flickr.com/photos/rockaline/4793283176/


Tô 'solteiro' hoje; Bilú foi com as colegas num programa acadêmico na Capital (quem diria - só faltam 2 meses para ela se formar em sua segunda faculdade...) e só volta tarde da noite. Umas das sobrinhas dela trouxe, há pouco, uma marmitinha, uma 'quentinha', como se diz, para eu 'enganar' o estômago (Bilú tinha dado dinheiro para elas me socorrerem, vejam só... a gente não "véve sem mulé" mesmo, como diz a música caipira!). Mas eu não esperava a gentileza, a surpresa - eu iria comer em algum botequim... (já vejo a expressão de Ruth a me zoar: ô dó!... )

Sempre fui pessoa, desde criança, a ficar matutando o que queria ser na vida. Sempre me impressionei com a complexidade da existência e, quanto mais eu lia - 'devorava' livros e livros que haviam em casa e outros que comprava (meus pais sempre me deram dinheiro para isso) - mais me assombrava, ao mesmo tempo que agradecia a Deus pelo privilégio de aprender. Divertia-me com a inscícia que a média dos meus conhecidos revelava sobre coisas que eu já 'dominava'. Mas não gostava de me gabar disso; guardava tudo em meu coração. Hoje vejo que as letras, as palavras, sempre me fascinaram - cheguei até a escrever poesias modernistas, sob influência do grande Manuel Bandeira, que eu admirava. Ainda é muito do que me move.

Depois das leituras teológicas/eclesiásticas matinais, li de novo uma crônica do cineasta e dublê de cronista Arnaldo Jabor que saiu no Estadão de terça feira (OESP, ano 134, n. 43.645, "Um coração triste", 'Caderno_2', 18 de abril de 2013, p. D_8) - não costumo ler este articulista, pois a maioria de seus textos são eufuísticos, gongóricos, empolados, rebuscados, o que me cansa sobremaneira. Mas este, mêmore de sua babá, foi poético, natural, bem humano, como eu gosto. Senti saudade dos meus filhos, e tristeza por nunca poder estar por perto quando eles precisam de mim. Não consigo entender o gozo que as ex-mulheres podem sentir ao ver a tristeza do pai afastado do convívio da prole (até consigo sim, mas  sou movido aqui mais pela intelecção profissional, o que me impede de externar).

De qualquer modo, o dia vai se arrastar com certa e aborrecida dilação; tenho reunião do nascente Grupo de Pesquisa mais à tarde; depois, corrigir provas; arrumar-me para as 4 aulas noturnas; enfim, a 'vida funcionária', como dizia o grande Pedro Nava (como não gostar de "Baú de Ossos" ?).  Será que o leve resfriado - que já está sendo debelado - ajuda neste meu sorumbatismo?  Pelo menos, o friozinho, que já se insinua por entre as frestas da janela da sala,  vai me animando, enquanto beberico um vinho chileno, de tênue trescalo... Evoé!!

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Ainda em Belo Horizonte...

Tia Cordélia e Elaine
(fotógrafo Lucas)

Uff! Vejam só um almoço típico na casa da tia, elaborado com maestria pela Elaine (aliás, obrigado pelo empréstimo do computador para estas postagens): arroz, feijão, 2 tipos de suco (além da água de coco), carne assada com batata, salada com 7 tipos de verduras e legumes, suflê de queijo, e sobremesa (arroz-doce) indescritível... É difícil manter o peso aqui! Já estamos nos preparando para dar uma extensa caminhada até o centro da cidade de modo a manter as calorias sob controle, isto depois do cafezinho das 16 horas...

A semana toda tem chovido, e bem. Eu gosto demais de chuva, e sente-se até certo frio por aqui. Logo cedo saio para comprar o jornal Folha de São Paulo, que é encontrado com facilidade. Gosto de me manter 'antenado', e sempre retiro dali algum material para preparar aulas para meus alunos. Quando forneço um texto de jornal parece que os alunos se motivam mais a ler a matéria, e podemos debater os assuntos de modo mais aprofundado. Tenho a impressão que a moçada não aprecia muito ler, não... então a gente lê em sala mesmo, que fazer. O resto do tempo vejo a TV - sempre se acha algo 'palatável' na tv a cabo, principalmente nos canais de documentários e ponho a leitura em dia. 

Ainda antes de pegar o avião para vir para cá descobri um livro recente sobre religiosidade e já estou quase terminando. Chama-se 'A razão de Deus: ciência e fé, criacionismo e evolução, determinismo e liberdade', de José Carlos de Assis (Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012). O título me pareceu ambicioso, e o autor não reconheci entre os habituais da área. Vi depois que é (aparentemente, pois a plataforma Lattes/CNPq informa somente mestrado e doutorado em Engenharia, sem declarar formação acadêmica) um economista político, mas que talvez tivesse algo a dizer. De qualquer forma, pareceu sério, ainda que a proposta fosse inusitada: defender a existência de Deus, ao falar sobre Estado, valor, Criação, e paranormalidade, além dos temas 'normais' de homem, da religião, do bem e mal, e da ética (ele coloca o termo 'estado' com  maiúsculo, como também 'criação' e 'deus'; os demais tópicos com letra inicial minúscula...). Como esperado, o capítulo sobre Estado é muito bom, mas outros deixam a desejar, pela superficialidade. Mas não é um pastiche oportunista, ao que parece. Encontrei poucos erros de revisão, que fazem algumas frases perderem o sentido, mas o que me chamou a atenção é a citação (p. 93), inusitada para um acadêmico (há 7 anos ele é professor numa Universidade Federal), de uma passagem da Wikipedia para ilustrar um fato da Reforma Protestante, ocorrido em 15 de maio de 1525. Todos sabemos que esta fonte não é das mais acreditadas para sustentar discussões, mas como o autor trabalhou muitos anos na área de jornais como repórter e editor, não parece preocupado em discutir, mas apresentar suas idéias. Ah, e numa passagem (p. 211) ele diz que 'homossexualidade e uso de contraceptivo não são uma questão ética, mas moral'. Não posso afirmar que o autor não saiba que 'ética' e 'moral' são, grosso modo, no âmbito da Ética, sinônimos. Mas recomendo a leitura - sigo a máxima "leia de tudo, retenha o que é bom". Para mim fica principalmente a lição de ter sempre muita humildade na hora em que eu for escrever meus futuros livros, com prudência e cuidado redobrado. 

Estas duas semanas de férias que sobram vou me ocupar em preparar todas as aulas do semestre. Muitas disciplinas são reedições do mesmo conteúdo previsto em ementas oficiais fixas, mas sempre tento atualizar os temas com textos e materiais recentes. 'De quebra', procuro com esta estratégia incentivar os alunos a lerem jornais (e revistas, especialmente as científicas ou de divulgação científica), especialmente alguns colunistas ligados à nossa profissão, como o psicanalista Contardo Calligaris, que escreve às quintas no caderno 'Ilustrada' da Folha de S. Paulo

Amanhã retornamos a Campinas, devendo chegar ao cair da tarde. E já vamos pensar em quando voltar a Belô...  

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Saudades da viagem aos EUA

Um dos prédios governamentais de Utah, em SLC

Esta semana, para variar, quedei-me vendo as mais de 500 fotos que tirei da recente viagem aos Estados Unidos, para conhecer a Noemia e rever a patota. Impossível não reviver certas emoções. A capital de Utah, Salt Lake, é muito legal de se visitar, principalmente o centro. Apesar de ter bastante habitantes, parece ter muito, muito menos - e esta percepção creio que tive por causa do trânsito, bem calmo, tranquilo, diferente do que vejo em nossas cidades do mesmo porte. Mas vendo a quantidade de Wall Marts - além de outras redes de grandes supermercados, como Costco (www.costco.com) , Smith's (www.smithsfoodanddrug.com) e outras - cheias de gente comprando, comprando... Tem que ter demanda para esta oferta toda. Cada 'loja' destas que a gente vê parece nossas grandes "lojas-âncora" que vemos em nossos maiores shopping centers, como aquele Shopping Dom Pedro, de Campinas, mas a maioria das instalações é maior: a oferta de produtos e a variedade é bem mais ampla. O que você imagina tem lá, uma 'loucura'. Por isso é que achamos que os americanos são consumistas - tem muita coisa em promoção e a gente acaba sentindo certo 'impulso irresistível' para sair da loja com coisas que não temos efetiva necessidade - uma ameaça para o bolso, sem dúvida.

Centro de visitantes, no Square Temple - SLC

Outra coisa que me lembro foram o tamanho dos inúmeros quadros religiosos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Vários eram gigantescos, com paisagens belíssimas. Muitos membros da Igreja lá são afamados pintores, e é uma arte muito incentivada por lá. Nem tentei ir a algumas galerias para não passar 'nervoso', mas sei que tem também empresas especializadas em vendas de fotografias, estas muito apreciadas. Cheguei a ver algumas, de passagem, mas achei muito caro!! 


O que é muito bonito é a devoção que os mórmons tem de Jesus Cristo. Diferentemente dos protestantes, eles não tem problemas em usar imagens (pintadas ou em escultura) da Deidade em seu louvor, ensino ou adoração, apesar de não ser costumeiro encontrar figuras nas capelas, estas normalmente bem simples, sem ostentação. A arquitetura das mesmas são muito bonitas, práticas e, detalhe que também impressiona - eles sempre usam material de primeira qualidade em tudo, o que me parece muito sábio, pois dura mais e minimiza os gastos de manutenção. 


Mas a maior saudade que dá é da família, incluído os sogros do meu filho, os outros avós dos meus netos, todos pessoas amabilíssimas, gentis, educadérrimas e, não bastasse, gente bonita e charmosa também. Gary e Sue tem mais dois filhos além de Michelle, que não estão na foto.  Os pais de Sue infelizmente são falecidos (cheguei a conhece-los, maravilhosos também), e os de Gary são vivos, muito bacanas e simpáticos, como toda a família Jones. A gente acaba se apegando também, principalmente pelo amor que eles todos devotam à criançada, e isto fruto também de sua religião, que coloca a Família em primeiro lugar. Todos tem lugar em minhas orações diárias. Boas lembranças. Guardo em meu coração todas estas bênçãos que recebemos, sem merecer, fruto do amor do Pai Celestial por todos nós. 

Hoje reiniciei meus exercícios diários em minha 'mini-tramp' - uma cama elástica individual, destinada à prática de corrida estacionária. É a melhor equação que divisei para o meu caso - não consigo mais correr na rua, como fiz toda vida, mesmo com tênis especial, com borracha macia, etc.; doem-me as juntas, principalmente os joelhos. Já fiz até artroscopia num deles, e temo ter problemas novamente - fadiga de material, creio... Mas recomendo o uso desta ferramenta - barata, cabe em qualquer lugar, manutenção quase-zero e não tem impacto nenhum, possibilitando atividade física sem dor, e o que é mais legal, praticando em frente à TV, vemos um ou dois programas e, quando percebemos, já se foram pelo menos os 60 minutos necessários para manter o sistema cardio-vascular em dia. Eu uso extensores de borracha e pesos metálicos para tonificar os músculos dos membros superiores, enquanto dou meus pulos... Muito legal!

Mas retornei com tudo na ginástica não só por causa dos perigos do sedentarismo. Engordei uns quilinhos com esta viagem aos States - culpa dos litros e litros de refrigerante que o pessoal lá toma diariamente. Coisa rara ver o pessoal lá tomar pura água - tem 'mil' tipos de beberagens industrializadas à disposição, uma mais interessante que a outra. Eu quase sempre almoçava salada com peito de frango mas, com o ar seco, entornei litros de refri. Um horror, mas sabia que era por pouco tempo; aqui não compro mais este tipo de bebida, impliquei... Doravante, somente água mineral gaseificada, como a maravilhosa Água Prata, do vizinho município de Águas da Prata. 


sábado, 7 de julho de 2012

Here in Fresno, California, USA...

uma das entradas da cidade

Chegamos... uff, que calor!! A viagem foi cansativa, mas fomos bem tratados em todos os trajetos. Achei que, da ultima vez que voei pela American Airlines, a distancia entre as poltronas estao maiores... consegui ate' dormir um pouco (um pouco mesmo...)  As instacoes dos aeroportos (este teclado aqui nao tem acentos de forma alguma!!) sao sempre portentosas - como este pais tem riquezas... mas e' um pais de contrastes, realmente. 

Hoje 'as 6:30 da madruga...

Meus netos estao muito bonitos. A nenezinha e' um charme e logo se acostumou comigo. Ja' troquei varias fraldas e ministrei muitas mamadeiras - inevitavel matar as saudades dos meus filhos, que curti muito, em todos os sentidos. Livia fica o tempo todo no computador, quando nao esta' brincando com a molecada. Comprou um iPod esta' se divertindo. Eu comprei tambem um gadget que desejava, o Kindle modelo Fire, que e' um show. Vou doar o outro que tenho (aquele tablet AOC, modelo Breeze)  para a Livia, apos a Ruteca aprender a lidar profissionalmente com esta ferramenta - depois compro um 'decente' para ela. Livia se ambientou bem, ao que parece; tem falado no facebook com as coleguinhas every day....

Noemia Marie

Nossa, a gente fica correndo atras da molecada o tempo todo - tinha esquecido como foi minha vez com minhas criancas; aproveitei bem 'a epoca, mas vejo que agora e' tempo de curtir netos mesmo, pois nao temos vigor para 'pagear' eles all the time ou ficar acordando no meio da noite para dar mamadeira e trocar fraldas!!! Ate' que ainda sirvo para isso...

A gente tem almocado todo dia em restaurantes, como e' o costume aqui. A mulherada nativa nao costuma cozinhar - somente as latinas e algumas orientais. Os bairros sao amplos e as casas todas de madeira, aquelas paredes de compensado/aglomerado e divisoes internas de madeira e/ou gesso. Todas tem ar condicionado central, tanto para o calor quanto para o frio. Outro costume interessante e' que os carros (normalmente 2 por familia) ficam de fora, em frente 'a garagem, e esta, cheia de bagulhos, uma caqueirada interminavel. Como sao consumistas... e parece que os brazucas, que adoram TUDO o que os americanos tem/fazem, estao indo pelo mesmo caminho. 

Liv, Ruth, Noemia and Drake Boyd

O entorno aqui e' muito silencioso, e o pessoal muito educado. Os centros comerciais muito amplos tem sempre bastante estacionamento, ao contrario das congeneres brasileiras. As avenidas amplas (e' comum as vias expressas e algumas coletoras principais terem quatro pistas, um 'exagero'...) e os carroes - muitas caminhonetes - chamam a atencao, bem como as centenas de motos Harley Davidson com seus motoqueiros a carater. Chama a atencao tambem a quantidade de gente com tatuagem, muito mais que no Brasil (a maioria das tatoos nem bonita e'...). Este pessoal parece ignorar o que ocorre quando se envelhece...

Vamos ficar umas duas semanas aqui e uma em Salt Lake City, onde mora a outra filha. Espero ver novamente Park City la' em Utah, que e' uma cidade turistica, tipo do velho oeste,   que e' bem interessante. Depois conto mais novidades!

domingo, 1 de julho de 2012

Cantata na Vila Brasil e quase viagem...

Frente da Igreja Presbiteriana
da Vila Brasil - SJB Vista (SP)


Ontem fomos à noite na IPB Vila Brasil ouvir uma cantata realizada pelo Coral da IP de Itapetininga (SP), sobre o amor de Jesus. As palavras nunca alcançarão um milésimo da beleza da apresentação. Sucesso em todos os sentidos. Difícil segurar a emoção; em alguns momentos arrependi de não ter trazido lenço (um adereço que os homens de hoje não portam, mas muito útil...) - vou lembrar da próxima vez. Em dois momentos fiquei muito tocado: sobre o olhar de Cristo (imagino se vou conseguir levantar os olhos para Ele quando chegar a hora - sinto que não; a distância que nos separa é inimaginável) e, como vemos em Mateus 11:29 (Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas) a mansidão amorosa do Cristo é um fato e mistério que me deixa sempre estupefato, aturdido.

Estar ali naquela linda edificação e rever tantos irmãos queridos foi emocionante; o clima estava muito caloroso e afetivo; igreja cheia e apresentação primorosa. Todos, todos ali irmanados em louvar somente ao Deus grandioso; toda a Glória somente a Ele, em Cristo! Parabéns aos irmãos de Itapetininga, igreja presbiteriana centenária, e à liderança da IPB da Vila Brasil pela iniciativa.

Acabo de terminar as correções das últimas avaliações de aprendizagem dos meus alunos. Este semestre foi algo 'corrido': 6 disciplinas para ministrar. Vou postar os resultados no portal da universidade; muitos alunos ficarão aborrecidos com suas notas, mas o que fazer; o sistema não é perfeito, mas é o que se tem. O fato é que nossos alunos vem do ensino de segundo grau com graves deficiências que comprometem seu aproveitamento no ensino universitário. E isso se agrava (observação unânime de vários colegas) a cada ano... Lamentável, mas enquanto nossos políticos não pararem com sua demagogia, a Educação nunca será prioridade e sempre seremos país de segunda classe. Já perdi as esperanças neste sentido. Semestre que vem terei novamente 6 classes para gerir: 3 de Psicologia, uma de Ciências Contábeis e duas de Engenharia. Vou passar estas férias programando aulas em novas disciplinas e um curso de extensão que pretendo oferecer a toda comunidade acadêmica. 'Enquanto descanso carrego pedras'....

Amanhã vamos buscar Lívia em Rio Claro; seguimos a Campinas na terça feira e embarcamos na quarta feira. Que saudades da 'netaiada'... e dos meus filhos, lógico! E de viajar para o país mais controverso da atualidade, os Estados Unidos. Como é portentosa aquela terra; tão patente suas contradições! Como o Brasil, há 'diferentes' Estados Unidos; é de uma complexidade sem limites. Vamos apreciar algumas 'janelas' de sua cultura e riqueza, mas nunca teremos um bom painel do que é aquela terra, inclusive pelas distorções ditadas pela mídia e pela imensa (e algo tendenciosa) produção cultural (notadamente os filmes) dos americanos. 

Nas duas vezes que lá estive anteriormente sempre fui muito bem tratado e tive a melhor das impressões. Dois de meus quatro filhos e três de meus quatro netos vivem muito bem lá, amam aquela terra e, quem sabe, eu também não vá para lá no futuro? Mando notícias de lá nas próximas 3 semanas... Não aprecio viajar de avião; cansativo e 'aborrecente', mas Deus está soberanamente no comando e tudo ocorre segundo Sua vontade...


segunda-feira, 11 de junho de 2012

Aniversário e saudades

Uma das fotos de meu casamento:
D. Lourdes, Bilú, eu, Sr. Barroso e, mais atrás, a querida Magé


Semana passada foi aniversário de meu sogro, ainda forte e lúcido. A minha finada sogrinha também aniversariava no mesmo dia que seu esposo. Comemoramos no sábado, com boa turma da família, mas sempre se lembra um pouco de D. Lourdes. Eu lembro dela quase todo dia, e lamento não a ter curtido mais. Tenho comigo alguns objetos que ela me deu. Como meu sogro diz, temos que gostar da pessoa enquanto ela está viva, querendo dizer que hoje é o dia para apreciarmos, amarmos alguém, pois depois que ela se vai não adianta ficar se arrependendo disto ou daquilo (parodiando um comediante, digo que atrás daquele bigode tem um filósofo!!).

Uma das coisas preciosas que guardo de minha sogra é o manuscrito sem título, escrito numa pequena folha de caderno, com o seguinte teor:

Na encruzilhada da vida, quantos tombos levei,
caía, levantava, sorria, chorava, mas nunca desanimei.
Porque em todas as encruzilhadas uma saída eu achei;
tinha meu lar, meu esposo, filhos, jóias que Deus me deu.

Era feliz, mesmo com o que passei - perdi filhos, mas netos ganhei.
Hoje cansada, mas ainda não desanimei; sonho em ver meus filhos
unidos como verdadeiros irmãos; que as mágoas sejam esquecidas, 
que cada um estenda suas mãos, se abracem, e tudo volte ser como
criança feliz; não tinha esta tolice não...

Que sempre lembrem: Jesus não merecia, e foi castigado pelas
nossas traições... por isso eu digo, encruzilhada não me assusta não!

Não conseguimos abarcar a totalidade do sentimento destas palavras, mas vejo o amor de matriarca em cada letra, pois eu conheci a preocupação e o zelo desta Mãe, piedosa filha de nosso Pai Celestial. E como ela gostava de cantar hinos sacros... Saudade.

Hoje, vasculhando a web li algo que me deixou triste, com vontade de fazer algo. É sobre a situação das crianças em processo de adoção, frente àquelas que se encontram em abrigos, bem cuidadas no mais das vezes, mas perdendo sua infância, por culpa dos trâmites que nossa legislação determina, não podendo ser adotadas. Veja em http://bit.ly/Li4wAs   (texto original em http://bit.ly/KgOHxH ) Como este mundo é um lugar triste para se viver, às vezes...

sábado, 2 de abril de 2011

Meu menino...


          Este é o José Geraldo menininho... Que saudade! Outro dia me ligou e disse que vai me dar outro neto. Que coisa boa, pena que vai ser mais uma alma a vicejar longe deste avô... Meus planos futuros (aposentado...) incluem visitar sempre esta meninada, para não ficarem com má imagem da minha pessoa, pois se depender de certa avó... 

          Ele foi sempre ótima pessoa enquanto comigo esteve. Rapaz valente e decidido. Afetuoso, criterioso e ordeiro, sempre escutava o conselho dos pais. Realizou trabalho missionário de dois anos pela sua Igreja (Igreja de Jesus Cristo dos Santos do Últimos Dias), tendo terminado as tarefas com honras. Lidera sua família de acordo com o Evangelho, coadjuvado pela sua especial esposa.

          Estive em seu casamento, lá em Salt Lake City, estado americano de Utah. Voltei lá  para conhecer meu primeiro neto, Drake. Como já disse em crônicas passadas, espero visitar ainda muito aquela localidade, muito bonita e com gente muito acolhedora. 

          Que falta nos faz a convivência familiar! A vida admoesta nossas faltas de modo impiedoso, por vezes. O insidioso, pela nossa fraqueza e pequenez, é que, aprendidas as lições, o passado não se nos retorna, de modo a reabilitar as oportunidades perdidas, as riquezas disperdiçadas, o tesouro desprezado, como que considerado com desapreço...

          O interregno da convivência estabelece por vezes inexorável 'falta de jeito' entre as pessoas. Quando nos falamos, JG e eu, fica sempre algo por dizer; sinto que pareço ao meu filho um ser estranho, desconhecido em muito. No entanto, eu morreria feliz por ele, doaria  a ele qualquer órgão que ele precisasse para continuar sua vida... Oro sempre por ele, sua família e suas irmãs.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Dia dos Pais - "salvo pelo gongo" !

Menos pior... graças aos céus não foi tão triste assim meu dia dos pais: meus filhos me ligaram para conversar; José Geraldo, graças ao milagre do Skipe, ficou falando comigo dos Estados Unidos quase por uma hora;  Marilia deixou recado na secretária eletrônica, pois me ligou duas vezes em horário que estávamos na Igreja... e deixou e-mail também. Mariana mandou um e-mail, o que é grande progresso (ela que, aparentemente por influência da mãe) resolveu me colocar em certo ostracismo... Perdoada está, querida, desde sempre. Foste minha primeira filhinha, adorada, delicada como uma boneca de porcelana, com pele tão fina e brancosa como a aurora rosicler... Agora que ela vai ter nenê (Nicole) vai poder averiguar como sofremos no Paraíso (não é só mulher não...), em silêncio por vezes lacrimante...

Livia me ligou à tarde, depois de tentar cedo (quando estávamos no labor dominical). Cada dia fica mais moçinha, linda e educada, em todos os sentidos. Soube que ela ligou até para meu pai, avô dela. Quem disse que os pais não se realizam nos filhos?

Mas o ideal seria receber o abraço apertado, ouvir, 'em pessoa', aquelas palavras que, a cada dia, ficamos mais carentes delas,  e que pelas quais trocaríamos, de bom grado, nosso maior tesouro... Mas deixemos de lado estas lamúrias, que pode pegar mal... mas esta tal inclinação a cada dia mais teima se instalar em nosso velhentado espírito, com velicativa contumácia...

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Dia dos Pais ou desabafo...

Ontem foi mais um dia dos pais, triste, pois não convivo com meus filhos, 'roubados' de mim pelas ex-esposas... (que anacronismo pérfido esta prática de achar que só mulher que cuida bem de filhos... mas 'quê fazer', é o costume!). O mais obnóxio de tudo é a ilusória crença que estas viragos possuem de achar que tem o direito de atrapalhar, melar a vida do pai com as crianças... Muito lamentável tudo isso. Como sou observador treinado, constato as práticas que por vezes estas infelizes realizam, lançando diuturnamente todo tipo de impostura, fábula ou ficção (a respeito dos pais) sobre as mentes das inocentes pessoinhas, condenando-as muitas vezes a serem miseráveis neuróticas como elas, acreditando que, com isso, purgam suas culpas pelas nefastas consequências de seus caprichos, passados ou presentes... Cada caso é um caso, sei de mulheres santas, que reagem inopinadamente à violência dos seus antagonistas, mas estes movimentos são tão velhos como a própria humanidade, oriundos de nossa natureza decaída, desde Adão, condenando todos os genitores, culpados e inocentes, ao desterro da convivência com a prole, sendo a idéia de rebento para estes pais algo quase virtual, posto que intangível, no mais das vezes. Vejam no noticiário da mídia, sedenta de sangue e miserê o estrago que a falta de Fé em Deus (pois só isso para nos manter sãos neste quase lodaçal de paixões) por vezes realiza nos corações dos envolvidos, as crianças no meio. É muito triste; vemos casos de homens que, ex autoritate legis, tem que se submeter a esbulho vil, aos desmandos de mulheres, sem lídimo direito de convivência com o objeto de seu amor. É castigo muito penoso...