A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

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sexta-feira, 3 de abril de 2015

Bioética



Obtido agora (via Google Images) de
http://carfleo.com/tag/bioethics/

Tenho estudado esta temática ultimamente, e como ela é vasta (bem, como qualquer área de  investigação e discussão), com muitas nuances, dimensões, interfaces. É um campo muito gostoso de refletir, pois trata da vida do dia-a-dia, que a todos interessa. O legal nestes tempos cibernéticos é que temos muito material bom na web, à disposição de quem quiser.

'Navegando' há pouco descobri um material bem feito, muito útil para o iniciante: http://lejeuneusa.org/sites/lejeuneusa.org/files/prepress_manual_13050027.pdf   pois  traz os temas mais comuns que impactam o debate, não só entre estudiosos.

Mas se você deseja um livro ótimo, veja o que eu encontrei (colocando no Google a frase 'bioethics free book' ) e está disponível aqui:  http://bit.ly/1BZuwdJ    Um dos melhores livros que eu já vi.  Completo e ainda atual; um dos editores, o Prof. Peter A. Singer, muito conhecido na área, apesar de polêmico, é muito respeitado pelo seu ativismo em prol dos animais.

Mas vasculhando a web, que é algo bem acessível hoje (quando fiz o mestrado, a gente tinha que ir para as boas bibliotecas, como as das Universidades; fui muito abençoado em poder ter perto de mim a da UNESP e a da UNICAMP, fantásticas!), podemos encontrar muita coisa boa. Veja por exemplo http://www.ufrgs.br/bioetica/biosubj.htm    Ali temos um texto que faz parte de um contexto maior, criado por um dos maiores especialistas em Bioética no Brasil, o Prof. José Roberto Goldim. Nesta página vemos a referência do texto, que é: Goldim, J. R. Bioética e Interdisciplinariedade. Educação, Subjetividade & Poder,  1997; 4: 24-8. Vou fazer um pequeno resumo deste texto abaixo - com contribuições das outras páginas do site - para sua informação. Espero que seja útil.

Ética, uma área da Filosofia, abrange um catálogo articulado de conhecimentos oriundos da discussão racional da conduta humana, intentando explicar as diretrizes ditas ‘morais’ de forma racional, justificada (ou seja, fundamentada), utilizando-se da contribuição de outras áreas rigorosas, como as diversas disciplinas científicas. É uma reflexão sobre a moralidade; assim, podemos dizer que é como uma ‘filosofia moral’.

‘Moral’ é o conjunto de regras que o homem consolida ao longo das suas atividades do dia-a-dia, abrangendo a totalidade dos indivíduos dentro de uma cultura situada no tempo e espaço. Tais regras viram, grosso modo, orientar o bem atuar de cada pessoa perante os demais e suas instituições, tentando pautar com equilíbrio as suas ações e os seus julgamentos sobre o que seria moral/imoral, certo/errado, bom/mau. Assim, no aspecto prático do com-viver, Ética e Moral tem fins semelhantes, esclarecendo os fundamentos que esculpem o caráter das pessoas e suas virtudes, facilitando a aprendizado da mais apropriada maneira de agir em sociedade.

A Ética abrange teorização e a aplicação destas reflexões: a Ética Aplicada. Esta consiste no esforço de dar respostas apropriadas a problemas concretos – os dilemas - do existir cotidiano das pessoas, constituindo-se em uma reflexão (prática) com base na realidade concreta, situada. A Bioética, atualmente, é considerada como sendo a Ética Aplicada às questões da saúde e da pesquisa envolvendo seres humanos. A Bioética aborda problemas das pessoas – muitas originadas da evolução dos costumes e da emergência de novas tecnologias -  de forma rigorosa, mas também de maneira original; marcadamente secular, mas sem desprezar as contribuições da reflexão ética de cunho religioso; inter/multidisciplinar; contemporânea, mas sem esquecer as conquistas do passado; global (ampla e inclusiva) e articulada/sistemática. Desta forma, estimula novas dimensões de discussão e de reflexão, que podem possibilitar soluções adequadas para uma enormidade de questões.
Existem várias definições para o termo Bioética, do grego bios (vida) e ética. Uma das mais completas diz que Bioética é um conjunto de pesquisas, discursos e práticas, normalmente multidisciplinares, cuja finalidade é esclarecer e resolver questões éticas suscitadas principalmente pelos avanços e pela aplicação da medicina e da biologia. A Bioética, portanto, tem forte ligação com a filosofia (pois discute as questões éticas) e considera a responsabilidade moral dos diversos tipos de cientistas em suas pesquisas e práticas. É o estudo dos problemas e implicações morais despertados pelas pesquisas científicas em biologia e medicina, e suas determinantes psicológicas, legais e filosóficas. 
A Bioética discute questões como a utilização de seres vivos em experimentos; questões sobre a definição de morte e a retirada ou não de tratamento médico destinado a  prolongar a vida; diagnóstico pré-natal e aborto; a estocagem e uso de embriões humanos congelados;  o uso de tecidos humanos, fetais ou animais para a pesquisa científica; a investigação de possível contaminação pelo vírus HIV ou outras infecções; a expansão da engenharia genética e a destinação de escassos recursos de promoção da saúde etc. No âmbito das pesquisas com pessoas, toda investigação científica tem que passar por um Comitê para averiguar a eticidade dos procedimentos, como o que temos no UNIFAE.
Nas minhas aulas de Ética no Centro Universitário sempre relembro aos alunos e alunas que esta disciplina - como a disciplina-mãe, a Ética - visa, em grande medida, a despertar nas pessoas o senso do diálogo, visto que nossos valores e atitudes, bem como nossos sentimentos, são a matéria-prima da reflexão ética, mas utilizando precisamente a Razão para garantir que estes esforços possam efetivamente redundar em mais equilíbrio e justiça - harmonia - nas relações (por vezes conflituosas, dada os multifacetados interesses e expectativas) inter-humanas.