A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

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domingo, 17 de fevereiro de 2013

Raízes...

Ilustração obtida agora via Google Images de
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Todos sabem de minhas raízes cristãs - já comentei aqui anteriormente. Dos 5 filhos do casal Geraldo e Firmina sou o único que professa a Fé Reformada, um dos maiores ramos do movimento protestante. Relembro, já comentei aqui, com carinho, as reuniões familiares que minha mãe dava na sala de jantar com a filharada, falando da Bíblia. Naquela época eram-me coisas um tanto incomprensíveis, mas ficou a semente, inequivocamente. Sempre senti um apelo intenso 'pedindo' minha volta ao redil - coisa que nunca duvidei que seria agraciado (não sei porque, pois os desígnios de Deus são incompreensíveis a nós, finitos e decaídos que somos) - mas que agora com todo o ensinamento que recebi (e continuo buscando) eu consigo entender melhor. 

Foi muito doloroso o período afastado de Deus, agora consigo dimensionar. Quanto tempo perdido. Mas quanta misericórdia e graça sobre graça! Minha gratidão ao Pai Celestial não tem tamanho. Sei agora que Ele nunca desistiu de mim. O peso de minhas faltas era enorme para carregar, e ainda me enche de tristeza (pois muito do mal que fiz não tem volta ou reparação), não importa que eu saiba que Jesus vai estar pronto para me abraçar quando eu atravessar o rio.  Mas o horror do peso dos meus pecados, do afastamento que implica entre meu Criador e eu, é algo que chega a desesperar. Mas a certeza do sacrifício expiatório de Jesus pelos seus eleitos nos conforta e enche de esperança. Não há lugar mais para o desepero, e sim contentamento e gratidão. 

O que o Pai Celestial espera que nós façamos é que O temamos, O obedeçamos. E uma das incumbências mais especiais que podemos receber é o casamento. O desafio de cumprir o que Deus determina em seu Pacto no tocante ao matrimônio é, antes de tudo, uma bênção e um privilégio. Bênção de recebermos uma esposa nesta jornada, para nos ser como co-adjutora, conselheira e companheira nas tarefas que devemos cumprir. E um privilégio no sentido de termos uma rara oportunidade de aprendizado e de serviço.

Gosto muito de ver minha esposa ser a pessoa que é. Nosso dia-a-dia é permeado 98% de risos, alegrias, brincadeiras e companheirismo puro. Somos parceiros em tudo, sem perder a identidade de nossas existências específicas, nossos afazeres pactuados. Gosto de ver como Bilú cuida tão zelosamente da casa, dos seus adereços e guarnição; como ela, vaidosa que é, cuida de seu corpo e mente de modo a ser sempre uma bonita criação de Deus. Até as manias, as idiossincrasias de mulher costumo achar bastante graça. Gosto de ver as caras que ela faz quando a provoco. É muito engraçado, ela, que não faz mal a uma môsca, com seu metro e meio de altura, ficando brava comigo... Sou sempre atento ao ensinamento que Deus me provê por meio dela, pois isto também me foi designado por Ele através dela. Procuro cumprir o que o Pai Celestial espera de mim diante dela. É muito divertido - nunca entramos em tédio, apesar de nossa vida ser bem regulada, rotineira, previsível... nossa casinha velha, humilde mas muito arrumada é a nossa grande bênção, graça recebida sem o merecermos. É o nosso castelo, e apraz-me muito viver aqui, com nossos vizinhos; aqui, tão perto do centro da cidade, com tudo à mão, com tantas facilidades... Imaginava uma casa assim, mas recebê-la de Deus foi algo que guardo em meu íntimo como uma revelação e confirmação - só eu o sei.

Sei que tive dois casamentos anteriores que não deram certo, e não fico procurando culpado(s) porque os relacionamentos não continuaram. Casei na Igreja e no cartório das duas vezes anteriores também; nunca desejei terminar nenhum casamento. Fico mortificado pelo fato de meus filhos terem crescido longe de mim - não pude acompanha-los convenientemente, já o disse várias vezes. Não penso nisto como 'castigo' ou algo parecido; deixo muitas coisas para saber quando me encontrar com Ele (vai, inclusive, que estas preocupações não sejam mais importantes lá...) naquela outra dimensão, noutra Vida. Procuro meditar onde errei, onde não agi como devia, onde não amei minhas ex-esposas como deveria. Nem o fato de ter pedido perdão as fizeram me perdoar. Mas o importante é que sei que Ele me perdou. Este peso de ser divorciado é fardo pesado de carregar, e vou morrer com ele, lembrando-o todo dia de minha vida.

Sou muito grato ao Pai Celestial pela oportunidade de voltar ao redil - não compreendo aqui nesta esfera como Ele se apiedou e tem misericórdia de um ser tão abjeto como eu. Com todas estas experiências que vivi, todas serviram - agora vejo - para confirmar em meu íntimo (muito, muito mais espiritualmente do que racionalmente, ainda que nossa Fé seja racional) as verdades da Fé Reformada, de como a Palavra deve ser estudada unicamente a partir do que encerra a Bíblia. Tudo o que passei nesta vida, vejo agora, vai se 'encaixando', se significando em meu íntimo como uma sucessão de misericórdias imerecidas, tantas as coisas 'boas' (inúmeras) quanto os percalços e  provações. Deus Soberano dirige minha vida, ainda que eu seja tão imperfeito e decaído.  Nada aqui vale mais do que isso.