A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

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sábado, 27 de abril de 2013

A morte...

Gravura obtida agora (via Google Images) de
http://alesfuck.deviantart.com/art/Death-is-Coming-176501316

As notícias recentes dos meios de comunicação de massa mostram como tirar a vida do semelhante banalizou-se, trivializou-se. Facínoras adentraram um consultório odontológico na região metropolitana da Capital e, após atemorizar a dentista e seu cliente, atearam fogo àquela profissional, ceifando cruelmente sua vida, pelo motivo dela não ter dinheiro no banco.  Não podemos imaginar a dor dos familiares, em especial dos pais da jovem profissional. É revoltante; estamos a ponto do povo começar a fazer justiça com as próprias mãos, o pior dos cenários. Sei que estes bandidos são muito valentes quando estão armados ou em bandos, mas quando são eles mesmos as vítimas, acovardam-se.

Conta o fabulista ("The Old Man and Death", in: Jack Zipes' Aesop's Fables. London: Penguin, 1996, p. 150. Fábula CXLIII) que um macróbio, que havia percorrido uma longa caminhada com um enorme feixe de lenha às costas, extenuou-se de tal modo que jogou seu fardo ao solo e desejou morrer, de modo a libertar-se de sua miserável, deplorável condição.

A Morte veio rápida ao seu lado e perguntou o que ele queria. O velho replicou: "Por favor, bondoso senhor, tenha a caridade de me ajudar a levantar e colocar esta carga  em minhas costas!"  Como 'moral' da estória o autor ensina que uma coisa é chamar a morte e, outra, perceber que ela está chegando...

Mas coisa estranha esta de pensar que um dia vamos falecer. A aniquilação é uma das maiores fontes de pavor entre as gentes, seguramente. Creio que nem tanto pelo pessoalmente (e irreversível) inusitado do evento, mas mais pelo desconhecimento do que possa existir do 'outro lado do rio', como se diz. Sei de pessoas que experimentam caliginoso sobressalto e batem na madeira quando aparece o tema. À vezes quando brinco com alguém e digo 'mais um dia perto da morte!' noto o desconforto e contrariedade estampados instantaneamente... Acusam-me de ser tétrico, funéreo, e outros adjetivos mais incisivos. 

Porque não discutir algo que todos enfrentaremos (e que está ficando a cada dia mais corriqueiro)? Como Benjamim Franklin ensinou, só existem 2 certezas na vida, a morte e os impostos. O resto, depende... Dizem que religiosidade é um tipo de resposta que o homem inventou para lidar com esta inelutável convicção, e faz certo sentido. Eu creio até que, por causa desta certeza, possa existir pessoa que chega às raias de perder a razão ou 'acelera' ou realiza o encontro final, pela insuportável angústia da 'espera'. E discutir a morte ajudaria a lidar com a perda de entes queridos, pelas inúmeras situações que a modernidade propicia neste sentido como a violência, o trânsito, o stress...

Já escrevi aqui que, para o crente sincero, que estuda a Palavra, tal problema inexiste. Como diz São Paulo na sua carta aos Filipenses 1: 21, " (...)  o viver é Cristo e o morrer é lucro" (NVI). Estamos aqui e vivamos uma vida reta; se o Pai nos chamar, é para nos coroar, para morarmos junto dEle - podemos ter maior esperança, maior contentamento? Ouvi certa vez que, quando abrimos os olhos, do outro lado, Cristo, nosso mestre e irmão, está de braços abertos para nos receber com um abraço. Não pode existir nada melhor! Quantas coisas eu teria para conversar com Ele! Mas depois iria procurar Lutero, João Calvino, John Stott, meus avôs e outros queridos para abraçar!

Com o conforto e as benesses que algum vivente possa deter, esvair-se-lhe a vida, abruptamente ou não, deve ser bem decepcionante. Por isso que o budista ensina que devemos aprender a nos desapegar de tudo nesta esfera pois, quando o exício, a libitina aparecer, até do exacerbado apego à vida vamos conseguir nos livrar também... O certo então é vivermos os momentos intensamente e contentes, como se fosse o último!