Relembro aqui agora, resumidamente, minha trajetória rumo à Paz... meu maior bem.
A minha subjetvidade considero
ter iniciada na adolescência, quando quedei-me um ser de relações, situado num
pré-determinado mundo complexo que, para mim, assim apresentava-se como quase-incognoscível...
Tive que me esforçar por muito tempo em examinar minha condição, auxiliado por
numerosas leituras e reflexão minudente sobre meu entorno e suas determinações.
Passava “horas” sentado, como em meditação, enredado em dilemas, mormente
existenciais...
Quando pude colocar certa ordem
na bagunça solipsista/subjetivista, pude então considerar os múltiplos assuntos
de modo mais tranquilo, sem o bulício característico da juventude. Felizmente nesta
empreitada pude ter o concurso da doutrina Zen-budista da Escola japonesa Soto,
que exige certa disciplina e rigor intelectual. Sim, porque sabia que sem sistema ou uma
espécie de ‘barra de ferro’ não conseguiria sair do nevoeiro sem danos ou
arrependimentos. Posso dizer que, malgrado certo distanciamento e modos
ensimesmados que deixavam os circunjacentes algo encafifados, meu
empreendimento foi vitorioso. Nunca me aproximei de certas modas ou paixões que
devastam tanto o corpo como a alma, como diuturnamente observamos em certas
criaturas, abandonadas à própria sorte, que se extraviam inapelavelmente em ‘viagens’
por vezes sem volta.
Resolver fazer posteriormente o curso de Psicologia
me auxiliou a sedimentar os rudimentos de uma metodologia de entendimento da
realidade mais palatável, dada as minhas notórias limitações. Intuí que duas
disciplinas acadêmicas acessórias iriam me facilitar no assimilar de uma enormidade de conhecimento daquele
campo do saber, em pouco tempo: Metodologia Científica e Estudos da
Linguagem. Fiquei feliz ao ver, ao longo dos anos, o acerto de minha intuição.
Realmente dominei um amplo espectro de habilidades que me favoreceram muito em
meu fazer profissional. E minha mente,
não obstante as dificuldades de trabalho, dos casamentos e da saúde por vezes precária,
ficou gradualmente mais pacificada, culminando em meu reconciliar tardio com o
Pai Celestial, pela Graça imerecida, que detenho desde então. Ter Paz é tudo o
que importa, ao fim e ao cabo.