( da esquerda para a direita: )
Vovó Zizi, Tia Cordélia, tia-avó Ester, Vovó Mariquinha.
1. Bilú foi dar aulas de Pilates no Studio Damasceno em frente aqui da casa e eu, após dar a ela o café às 06:20hs (dou café a ela 3 vezes ao dia - 7hs, 10hs e 16hs - , senão ela fica indócil... aqui em casa sou o cafetão, digo, cafeteiro, digo, barista oficial rs rs rs) sento aqui no meu lap-top para dedilhar alguns pensamentos, que serão logo perdidos na poeira do tempo... Tento deixar - principalmente aos netos que não convivo - uma ideia do meu dia-a-dia, seu entorno e minhas cogitações. A vida passa tão depressa que daqui a pouco estamos deixando esta esfera e seremos um nada, e ninguém se lembrará que tivemos uma vida proveitosa, feliz, abençoada! Sinto falta de saber dos meus antepassados, afinal, muitas de minhas bênçãos de hoje sei provém deles (Êxodo 20:6; 34:7; Deuteronômio 5:10)!
2. Hoje em dia a presença do celular como ferramenta é avassalador... É mesmo o nosso 'tricorder' - é este mesmo o nome? - dos personagens da série de TV de ficção científica mais famosa de todos os tempos - Star Trek - , uma maquineta, um gadget/traquitana que realizava/informava mil coisas; quem a usava de forma 'mágica' era o Spok, o tripulante da nave inter-estelar Enterprise mais sabido (e lógico) de todos. Lembranças queridas de minha infância tardia. Meus manos Luciano e Sérgio tinham fascínio por assistir aos muitos episódios... Virou muitos filmes no cinema.
Eu tenho um avançado modelo coreano, Samsung S9 plus, rápido e cheio de Apps, penduricalhos cibernéticos (nossa, imagino o que o pessoal vai pensar deste linguajar e acontecimentos se algum arqueólogo pesquisar minhas mal-traçadas linhas no futuro...), adquirido com certo desconto numa grande loja de artigos (Saraiva) que não anda muito bem das pernas, mas que aceitou meu aparelho antigo, um iPhone 6 como parte de pagamento, e ainda faturou o bruto em quinze vezes. Imperdível!
3. Sobre a fotinho acima, que devemos a lembrança aos pendores "historicistas-arqueológicos" de minha mãe... temos quatro mulheres valorosas da família, todas falecidas - Tia Cordélia não faz muito, aos 99 anos. A Vó Zizi, mãe de meu pai, de gostosas lembranças gastronômicas infantis, que já devo ter falado aqui. Tia Cordélia, elegante e suave, ajudou como irmã mais velha a criar o caçula da família (meu pai...); Tia-avó Ester de minha mãe, que deu nome à querida tia Ester, última irmã que minha mãe enterrou não faz muito - agora só tem minha mãe dentre 14 irmãos de Souza Vieira - e a vovó Mariquinha, baiana, a mais baixinha da família, mãe da vó Zizi que, falecida de gripe ao oitenta e poucos anos, nem meu pai a conheceu direito.
4. Que gostoso este tempo friozinho... tomamos, Bilú e eu, uma taça de vinho todo dia no almoço (em vez da cerveja dos tempos mais quentes). Minha rua aqui - que vejo do meu escritório - de nome Prudenciana de Azevedo, bem na esquina com a Teóphilo Ribeiro de Andrade (centro de Sanja) é bem tranquila, com ótima vizinhança. No verão vejo o sol nascer inclemente da janela, no inverno quase 90 graus o sol se desloca à minha esquerda, "nascendo mais tarde" atrás de uma enorme casa na esquina bem à frente da minha casa. De vez em quando um celerado passa com o escapamento aberto da motocicleta em alta velocidade, o que me faz desejar ao biltre um acidente pavoroso. Quem sabe darwinisticamente nos livramos desta casta.