A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

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terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Sex-agenário...



Foto baixada agora (via Google Images) de 
http://l-amour.net/papi-et-mamie-saiment-encore/

1. Ultimamente tem sido engraçado: desde que virei sex-agenário tenho aproveitado as oportunidades em filas, estacionamento, etc. Por vezes as pessoas olham desconfiadas, intrigadas para a minha figura mas, não sei se pelos meus 1,90m. ou porque meu rosto normalmente é de poucos amigos, as pessoas não dizem nada - conformadas, ao que parece.

Agora há pouco estive no plano de saúdo ao qual sou filiado, para atualizar umas guias de exames. A sala estava cheia! Pensei que iria demorar bastante, mas com o acesso privilegiado pela idade, até que foi rápido. Sei que já amarguei muita fila interminável antes dos 60 anos, mas ainda agora sinto-me como que abusando, ainda que seja direito meu.

Mas vejo que logo-logo a coisa vai desandar: já tinha lá na oportunidade muito idoso na minha frente, sem falar nas mães com bebês de colo ou grávidas. Daqui a pouco, a taxa de idosos na população vai ser muito mais elevada e não vai adiantar muito ter a legislação a diferenciar as idades para dar mais qualidade de vida... 

Mas enquanto isso Ruth é que vai gostando mais da ideia: nos Shopping Centers agora podemos colocar o carro mais perto da entrada, aproveitando as vagas de idosos do estacionamento, e ela não precisa andar tanto como antes. Eu já acho que sempre uma atividade física a mais é bem vinda para tirar-nos da pasmaceira...

2. Hoje cedo fui no Lar São Vicente (antigo Asilo...) fazer barba e cabelo dos idosos, como sempre faço às terças e sábados. Sempre é um privilégio esta honra que o Senhor me concede em servi-lO. Ele me guia na ida e na volta à minha casa, e sinto-me jubiloso em realizar algo para engrandecimento do Seu Nome. Muitas vezes aproveito para relembrar algum idoso de lá sobre as bênçãos de nosso Deus e muitos ficam gratos em compartilhar. Neste mundo decaído e nas condições de saúde que muitos estão lá somente pelo espírito que se consegue proferir algo que seja edificante para a alma deles.  Falar de Deus é algo que nos aproxima da pessoa idosa, pois a maioria teve formação cristã, e estas recordações sempre são gratas, de parte a parte.

Não sei sobre o futuro, mas os jovens parecem estar sempre em outra motivação, onde a religiosidade não ocupa lugar primordial, como nas gerações pregressas. Com tudo o que vi e vivi, sei que religião ainda é a via que efetivamente resgata o ser-aí, que parece mais e mais perigosamente balançar entre a sanidade e o desespero, nestes nossos dias. Na sociedade de hoje, é muita maluquice alvoroçada, ansiosa e recorrente que se presencia, suscitada pela tecnicidade tirânica, onipresente, e também pelos valores cada vez mais hedonistas.  Tenho conversado muito com minha caçula, e parece que a mente dela é bem alerta, orientada, conscientizada. Quanta preocupação para o pai moderno! Quem viver verá...

3. Trouxe de Campinas mais alguns DVDs Blue-Ray para passar as tardes e algumas manhãs na minha 'maratona' de videos chambara. Tirei também do baú alguns mangás sobre as sagas samurai de diversos heróis, que aprecio sobremaneira. As histórias são um belo mostruário dos valores daquela época, que muito aprecio. E são muito bem desenhadas, com enredos emocionantes. Só quem conhece pode aquilatar a enormidade dos afetos envolvidos...

A julgar pelo que se vê cotidianamente nos jornais, a Civilização vai ter que se reinventar, pois parece que os valores mais elevados estão démodé, e o interregno das gerações maior, a cada vez.  No que tange à educação, tomei algumas decisões 'didático-propedêuticas' para adequar/facilitar minha vida profissional doravante. Vou mudar meus valores sobre o processo ensino-aprendizagem, e adaptar minhas ferramentas aos novos tempos. Não, não é só usar mais intensamente os recursos digitais, mas ter uma relação professor-aluno mais diversificada, em sala de aula principalmente. A moçada não tolera mais aquela aula tradicional, quase-professoral. A tônica hoje em qualquer organização é o trabalho colaborativo, e vou por esta via, inclusive porque facilita a aquisição de habilidades de tomada de decisão. Vou acelerar o processo de aquisição aos alunos destas competências. Vou ter que reformular muita aula, mas "faz parte"...