A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

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segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Ocasionais reflexões...


1. Hoje em dia, aposentado da docência  ( mas ainda laborando como psicoterapeuta )  tenho todo o tempo do mundo agora para fazer o que mais gosto: ler. Quando criança aprendi algo do grande Monteiro Lobato sobre o valor do livro e da riqueza de ler, e fiquei convencido destas verdades, tanto que foi natural eleger posteriormente a vocação de professor. Mas, como bom filho de mineiro  ( meu pai é de São Sebastião do Paraíso, do Estado de Minas Gerais ), tive profissionalmente planos "B" e "C" na vida, por isso trabalhei ocasionalmente como administrador e mais seguidamente também como Psicólogo Clínico e Organizacional. Olho para trás e sinto-me feliz; creio que faria tudo de novo  (mas com menos erros, obviamente!).

Mas estava falando da coisa boa que é ler. Que riqueza, realmente. Sou daqueles que acabam com muitos livros e revistas abertas ao mesmo tempo sobre a mesa  ( tive em casa e nos escritórios mesas grandes, que nada mais eram que portas lisas, envernizadas, que 'viravam' tampo de mesa, apoiadas sobre apropriados cavaletes )  pois os assuntos levam a outros e detesto ficar sem compreender ou saber de algo que leio em meus textos, o que me leva a abrir 'parenteses' na leitura... O resultado desta estratégia de leitura/estudo é que fiz, além do Mestrado e Doutorado, seis pós-graduações Lato Sensu, mormente direcionadas às necessidades das diversas atividades profissionais que tive, mas que acabaram depois me ajudando no preparo e manejo das muitas disciplinas que ministrei ao longo de 42 anos...

2. Minha casa tem tanta coisa de decoração  ( Ruth e eu gostamos muito de 'empetecar' os cômodos  - mas com critério, viu? ),  quadros etc. que às vezes julgamos que exageramos, chegando talvez a um bric-à-brac.  Mas quem consegue ter coesão em motivos e temas na decoração? Isto seria possível se tivéssemos muito dinheiro mas, como nem de longe é o caso, nosso 'castelo' acaba tendo algo que denominamos divertidamente entre nós de 'rococó chinês'; porém, acaba dando certo. Creio que o fato de Ruth adorar flores, plantas, vasos e afins torna tudo muito harmonioso. Nossa casa quase parece um museu, mas nos sentimos bem aqui: tem objetos oriundos de muitas fontes  ( presentes de amigos e parentes, principalmente meus pais, que viajaram muito pelos outros continentes )  e de muito bom gosto, denotativos de muitas culturas diferentes. Penso em doar para museu de verdade muito dos artigos daqui, pois tem valor educativo...

3. Hoje dia vemos a irracionalidade grassar impunemente pelas diversas paragens sociais  ( em especial e mui lamentavelmente nos preconceitos de genero, no racismo e na política ),  fato que 'autoriza' muitas vezes os viventes a se expressarem em suas diversas dimensões como veros cretinos.  Um comportamento abjeto desta classe de criaturas é interromper a fala do outro, impedindo a pessoa de terminar apropriadamente suas frases. Eu costumo, nesta situação, a continuar a falar, como se o interlocutor não estivesse a perpetrar sua grosseria vocal. É algo constrangedor, mas o curioso é que em geral o(a) malcriado(a) não se dá por vencido(a). Já ocorreu de eu ter que descrever a situação para o indivíduo grosseiro: "você percebeu que eu ainda não tinha terminado de falar?"  ou  "porquê você está me interrompendo quando falo?"   (  já ganhei muitos desafetos pelo fato de denunciar estas más condutas para eles ou elas, mas prefiro perder estas 'amizades' do que ser obrigado a tolerar estes boçais a vida é muito curta para perder tempo com eles ou elas ).  E geralmente, como eu disse, o(a) rude, tosco(a) criatura ainda tenta justificar os maus modos. É de amargar... Alerto aos navegantes que tal impropriedade é muito malvista nas organizações empresariais, o que, junto com outras inadequações, determina em grande parte o cancelamento abrupto de contratos de trabalhos...

4. Uma última observação. Estou lendo o livro do renomado estudioso brasileiro Dr. Sidarta Ribeiro, de nome "O Oráculo da Noite"  (Companhia das Letras, 2020)  e estou adorando. Uma obra densa sobre o sono e o sonhar, indispensável para profissionais de saúde, mas mui adequado a todos os que se interessam por esta importante função da vida. Imperdível. Comprei pela Amazon, e em 4 dias estava em minhas mãos. Fui ver primeiro para comprar um exemplar nos sites das fornecedoras tradicionais, mas o preço final era bem mais caro... Por isso que grandes redes de livrarias nacionais estão no vermelho. Nos Estados Unidos foi a mesma coisa. Triste. Eu gostava de ir nas mega-lojas e lá ficar 'assuntando'' novidades e comprando com desconto livros e demais produtos associados... que fazer, agora é a Era Digital!

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Barbeiro e professor...


Foto obtida agora (via Google Images) de
http://thisisthebarbershop.com/barber-services/

1. Quinta feira, depois de feriadão... certa preguiça se instala, quer queiramos ou não. Nova rotina agora em minha vida, com a Garage Barber Shop São João. Desço (pois esta barbearia fica numa das garagens aqui de casa, no andar de baixo, o porão, mas que, pelo desnível da rua de um dos lados da esquina, acaba ficando no nível da calçada...) mais cedo para ajeitar as coisas, averiguar equipamentos, limpar, etc. Sempre coloco um musical para ouvir na TV, depois de acabado os noticiários matinais. Coloquei um DVD do conhecido conjunto black americano Earth, Wind e Fire, que fez muito furor em certa época. Era um Show, verdadeiramente! Os vizinhos e passantes ficam ainda curiosos com esta minha 'novidade' aqui no pedaço. Ruth acaba de descer com um cafezinho que deixei arranjado para ela terminar antes, e já me convocou para pintar o cabelo dela, vejam só. Encararei o inusitado desafio.

2. Na casa da frente temos uma certa 'república' de dois senhores, e alguns de seus familiares, que trabalham com raspagem de tacos. Eles tem uma cadelinha já entrada em muitas primaveras, que é ótima para guardar nosso perímetro. Ela não gosta de carteiros e de gente mal-ajambrada. Por vezes ela fica "latindo para a lua" curtindo sua voz, aparentemente, e aí custumo perpetrar certo "Chiu!!" bem alto, e ela pára. De qualquer forma, parece que alguém já condicionou este serhumaninho simpático com esta advertência/protesto para os latidos, e ela respeita em geral. Latidos persistentes impedem-me de pensar com clareza ou me concentrar, pois sou muito 'distraível' pelas circunstâncias. Eu olho agora para fora e ela está ali, me tolerando. Outro dia ela se aproximou, inspecionou o 'novo' espaço e, ainda que eu a cumprimentasse, ignorou-me com certo enfado, como faz à vezes certas damas pomposas.

3. Enquanto não aparece ninguém para cuidar das madeixas fico aqui batucando no computador, revisando e-mails, ruminando no blog e postando no Face. Já coloquei tereré no copo e ajeitei a bomba para bebericar - tenho percepção de sede constantemente, visto que meu desvio de septo faz-me respirar muito pela boca (preciso agendar uma cirurgia logo-logo; quanto mais velho fico acho que o potencial de perturbação vai aumentar!!...). Às vezes saio para a rua e converso com meu vizinho Sr. Paulo, vizinho de garagem, que tem, na dele, um empório bem arrumadinho (chama-se "Empório das Águas") onde costumo convenientemente (às vezes até pedimos coisas, eu e Ruth, pelo muro que separa nossas casas; a esposa dele, D. Elisete, faz cada comida!!)  abastecer a despensa de casa. Coisas de antigamente, com caderneta mensal e tudo. Muito legal.

 4. Como a percepção da gente sempre é 'endereçada', enviesada não é mesmo... Outro dia ouvi num texto de jornal uma obviedade: toda narrativa (ou discurso) carrega, pela visão de mundo, valores, portanto, opções preferenciais, determinando que a intenção de 'neutralidade' nas falas normalmente deva ser encarada com reservas. Eu tinha certa percepção despretenciosa de que esta arte (e sua circunstância, apesar da agitação inerente, pois trata de beleza e sua complexidade) de mexer com cabelo não tinha muita sofisticação, mas agora, pesquisando - pois costumo 'mergulhar' de cabeça em tudo que investigo/pratico - vejo como simplifiquei neste particular as coisas em minha mente. Má impressão desfeita!

domingo, 10 de março de 2013

Surpreso a cada dia pela novidade de vida

Brendan Michael Hamilton
Fotinho obtida agora, via Google Images, de
http://mhamilton.net/Personal/Brendan.html
(muito legal o 'tipo' blog; vejam só... um barato!!)

Acabo se ler a Folha de domingo, que leio re-li-gio-sa-men-te. Leio também depois o 'Estadão',  que troco com o amigo Nathanael. É um bom painel do que anda acontecendo em brasólia e no mundão louco de meu Deus. Como sempre, depois da leitura, minhas preocupações, principalmente a acadêmica - meus alunos estão sempre presentes em minha mente, na maior parte do tempo, depois da minha fé no Pai Celestial, a partir da minha abordagem Reformada.  

Nada é mais fixo (já o disse outras vezes), certo, determinado, ao que parece, no mundo das idéias. As coisas mudam com velocidade desconcertante; os valores cambiantes não deixam a gente se acostumar com elas - mudam no momento seguinte, é o que aparenta!. Como se situar nestas alterações tão céleres? Como eu tenho que agir em sala de aula, contando (nem sempre ocorre...) que os alunos estejam interessados no que eu apresento? Sempre digo que imediatamente após o dia em que eles se formarem, vai 'bater' aquela angústia - 'e agora?, quê faço, por onde começo?'...  O que acho mais engraçado é perguntar no primeiro dia de aula (quando falo que eles começam 'neste dia' a ser psicólogos - ou economistas, ou engenheiros, ou contadores, dependendo da classe - e não no dia que receberão o diploma das mãos do Magnífico Reitor) "onde eles e elas planejam estar daqui a quinze anos? "... A maioria não tem palavras - nunca pensaram nisso! E eu digo que se eles não começarem 'agora' a planejarem onde querem estar daqui a dez ou quinze anos, seguramente não vão chegar lá... "Deixa que quando chegar lá eu vejo" é o que muitos respondem àquela pergunta (ou imaginam intimamente, sei lá), e eu os advirto que esta é a pior resposta que podem dar. Não se vai chegar lá, talvez cheguem em cenários bem diversos (e nada agradáveis). Empregabilidade, encarreiramento é coisa séria para ser tratado assim tão, ao que parece, levianamente.

A vida reserva sempre muitas surpresas e ainda que plenejemos, determinemos o que desejamos que ocorra, muita coisa não está sob nosso controle (assumindo que, se estivesse, manejaríamos bem os acontecimentos etc. ...) e assim as coisas se nos sucedem como uma boa espécie de 'loteria' mesmo. Mas este é o sistema de vida divinamente determinado: só nos cabe nos preparar mais e melhor a cada momento para poder lidar com esta quase-barafunda. A gente vem a este mundo para ganhar um corpo e aprender, e isto até o último suspiro. Costumo dizer aos meus queridos alunos que, segundo Benjamin Franklin, só há duas certezas no mundo: a morte e os impostos! Ou seja, o resto, 'depende'...

'Lógico' que quem detiver bom sistema para facilitar a organização desta miríade de situações e valores e determinações e desafios etc. vai ter melhor chance de se 'situar', de separar o joio do trigo, mas muita coisa a gente aprende fazendo, graças a Deus. Eu acho, a despeito das muitas bobagens que os neo-ateus veiculam (se bem que perderam um pouco a aura de novidade que a mídia insiste em dar a eles...) ainda a religião pode ajudar, e muito. Mesmo porque não dá para prever tudo mesmo e quem tenta este caminho acaba ficando neurótico e neurotizador da vida dos outros, um horror (quem não tem um amigo ou colega assim que jogue a primeira pedra)! 

Então, caro amigo ou amiga - siga seu caminho procurando fazer o melhor, segundo seus valores (no fim é você mesmo/mesma que será responsável; portanto; veja que valores você esposa), vivenciando intensamente cada minuto de sua vida, seguindo aqueles preceitos norteadores, e seja feliz! Mas se prepare; não seja ingênuo(a), pois como dizia minha querida e saudosa sogra, "a dança da nêga é feia!!"... E feliz dia (atrasado) internacional das mulheres!!

quarta-feira, 25 de abril de 2012

docência...


foto obtida agora de
http://www.betomenezes.biz/?p=462
(também homenageando o grande Chico Anísio...)


Grande tarefa, a de colaborar para o aprendizado (ia dizer 'ensinar', mas acho que este é um termo complicado - quem se ensina é a pessoa; pode ser assim quanto mais pequeno é o aprendiz mas, quanto mais maduro fica o aluno, menos o professor 'ensina'... Por isso gosto de dizer que eu sou um 'educador' - um facilitador da aprendizagem, um colaborador que, além de técnicas e modos de pensar veicula também valores...).

Quanto mais trabalho nesta área (já se vão quase 35 anos... meu primeiro emprego foi na Universidade Metodista de Piracicaba, campus de Santa Bárbara do Oeste, SP) vejo quanto posso aprender. O grande problema hoje é (paradoxalmente, ainda que não para todas os estratos sociais e educandos), em especial para o ensino de terceiro grau, o excesso de informação, de fontes, de meios, de 'entendidos', de especialistas, de saberes e ''saberes". 

Preocupo-me muito com a formação de meus alunos, mas vejo que os mesmos não tem tanta assistência neste mister como seria necessário.  Hoje estava vendo/refletindo uma discussão interessante sobre a temática (veja em http://bit.ly/I5DA8E ) e vejo como é por demais complexa. Aqui, mais do que muitos outros assuntos, não cabe reducionismos, simplismos.

Creio que, para o docente, o labor de educar, donde também ele ou ela obtém a subsistência, acaba confundindo-se com o diuturno significar de sua existência. Como que não se deixa de ser docente quando a aula acaba - os valores humanos (portanto existenciais) que embasam o fazer do professor em sala de aula acompanham-no no trajeto para casa, no clube, nas demais coisas se faz no resto do dia - o educador vive sempre no 'fio da navalha', confrontado com a vida que o interpela, ali e acolá. Digo: se ele ou ela não se questiona a todo momento, já se alienou...

Na verdade, a escola é um fenômeno humano que não prepara somente para uma profissão, um complexo ofício, mas para um viver, ou seja, um modo de vivenciar a própria vida, que é em si interconectada, imbricada, compartilhada.  Enquanto as pessoas, com todos os seus papéis, não se conscientizarem desta verdade, o espaço da Escola (que, além do prédio e suas facilidades constitui-se com a burocracia e do conjunto de alunos, funcionários e professores - mas que se expressa muito mais do que esta simples somatória...) será visto de modo deturpado, ilusório.