Foto obtida agora (via Google Images) de
https://blogwithvhelps.files.wordpress.com/2014/09/memories-2.jpg
1. Pessoal, acho que estou com um processo de depleção de memórias... Não estou em pânico porque acho até que é da idade (interessante, ao sentar aqui na barbershop e começar a escrever, este termo 'depleção' veio dos meus subterrâneos - palavra que devo ter aprendido nas minhas leituras de juventude e/ou na idade quase-madura) - e, afinal, lembro de algumas coisas antigas razoavelmente, e consigo hoje ter boa autonomia, mas para assuntos recentes ou banais tenho uma dificuldade quase-exasperadora de rememorar. Estou começando a avisar as pessoas mais amigas ou íntimas: se a coisa desmemoriante piorar (e eu não me der conta, pois até agora parece que estou no comando...), ou eu desandar, peripatético ou não, por favor, eu rogo, me avisem! No limite, determinei à patroa para não perder a saúde por minha causa (já é um assunto sólido de pesquisa na Academia o stress do cuidador...), deixando o meu cuidado a profissionais. Imagino se um dia ficar com Alzheimer e ela for me visitar num nosocômio ou Lar, vou certamente ficar alegre conhecendo 'todo dia' uma mui atraente moreninha...
2. Hoje cedo assisti a dois DVDs com os Bee Gees (Live By Request, e One Night Only) e matei as saudades. Quantas décadas de sucesso musical fizeram estes irmãos! Melodias lindíssimas eles compuseram e que marcaram muitas vidas.
Então... eu faço muitas coisas para treinar a mente/memória, como ler, experimentar sons, odores e imagens diversificadas; levo vida bem ativa, como uma noz ou amêndoa todo santo dia, tomo alimentação bem 'colorida' etc. e tal; portanto, se ficar gira um dia, vai ser certo azar... Agora, por exemplo, estou a relembrar um cara que ouvi muito, principalmente na faculdade - nossa, acho que já falei sobre tudo isso aqui... rs rs - o Johnny Winter, muito bom, um blues-man e roqueiro norte-americano da maior constelação. Estou espanando os neurônios, decididamente. Mas no fundo, amigo, Deus está no comando e tudo vem pela Soberania d'Ele portanto, confio e agradeço, o tempo todo. E quando lembro/reconheço vez por outra que esqueci maldades e porcariadas das pessoas, até acho bom! Mas eu gostaria de lembrar mais do tempo, principalmente, em que convivi com as crianças, que foi muito intenso, mas quase nada restou. Muitas coisa 'sumiram' de minha mente; parece que pouco vivi - apesar 62 anos... Às vezes penso que meu treinamento zen-budista e do Yôga (que me foram muito intensos em algumas décadas), ensejando o desapêgo e o viver inarredável do aqui-e-agora, determinaram-me uma modalidade alternativa de considerar precisamente o vivenciar. Medito muito nisso e, cáspite!, não chego a conclusão.
3. Bilú voltou agora de um passeio à tarde no centro da cidade e, homessa! trouxe-me um jornal. A esta hora um 'hebdomadário' é difícil de se achar nas bancas de revista. Como mudei meus hábitos desde que abri este estabelecimento, trabalhando aqui de terça a sábado das nove às treze horas e das quinze às dezenove horas, fica mais apertado dispor de uma hora para fazer o que precisamos fora de casa. Mas quem tem uma 'santinha' como esposa não se aperta...
foto obtida agora (via Google Images) de
http://www.menscosmo.com/wp-content/uploads/2011/07/short-term-memory-
loss1.jpg