A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

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segunda-feira, 9 de julho de 2012

FRESNO, CA


Hoje o calor amainou um pouco... ate' fomos almocar fora (desta vez, no no jardim em frente 'a casa...) um gostoso sanduiche, petiscos e, aahh... as famosas cervejas. Up to now, tenho tomado muito a Budweiser Light (Anheuser-Bush), bastante parecida com nossa Itaipava (que e' a unica que consigo apreciar). Ate' um morador simpatico parou para bater papo comigo e ficou muito surpreso da gente vir de tao longe. Ele lutou na guerra do Vietnam e comentou a recente luta do Anderson Silva com o americano Chael. Nao imaginava eu como nossa terra esta' famosa aqui por causa desta tal MMA... (Voces continuam notando que escrevo em um keyboard sem acentuacao... e' estranho; mas a gente acostuma!)

Estava falando com Livia hoje cedo sobre a complexidade do mundo e a paradoxal necessidade que temos de simplificar a descricao de suas partes. Ela costuma (como todos os outros filhos ficavam - ou ficam) fitar-me com olhar distante, o que sugere os pensamentos mais tenebrosos, mas acho tudo isso engracado. Enfim, creio virei um velho 'mala'; boring, falam meus netos de 6 e 7 anos... A juventude tem cada vez menos paciencia de ficar nos escutando... (isto e' assustador no meio universitario, entre outros problemas...) Mas continuo me divertindo (ainda; a hora que nao tiver mais isso juro que paro)!

Nao sei se me acostumaria a viver nesta terra. Eles tem muito conforto e opcoes, mas (Ruth concorda comigo) fica a faltar sempre algo. Nem mesmo as hordas de latinos (onipresentes) nos fazem sentir mais em casa... Em todo caso, minha nora esta' cozinhando feijao preto aqui hoje para o jantar; o resto parece muito o que temos no Brazil, guardadas as proporcoes... Bom, o ar condicionado ligado dia e noite e' estranho para mim, mas acostuma-se rapido tambem. As lojas em geral sao muito parecidas em seu layout e produtos, mas as mulheres que as frequentam sao algo diferentes das brazucas (o espaco aqui nao condiz com certa linha de analise antropologica, portanto nao entro em detalhes, sorry). Creio que Brasolia se parece cada vez mais com os Estados Unidos; ate' a musica que toca em toda radio brasileira e' americanizada, senao a propria, em seus variados estilos. Eu nao sou muito afetado por este tipo de estrangeirismo porque sempre escuto em Sao Joao da Boa Vista a Radio Imprensa FM, uma das melhores que ja' vi, e que privilegia a MPB em quase a totalidade de sua programacao.

Semana que vem vamos a Salt Lake City, no vizinho estado de Utah, meu velho conhecido - estive la' no casamento do filho e depois,  quando nasceu o primeiro neto. Acho aquele meio do deserto muito bonito - tao diferente da natureza brasileira. Mas muito interessante tambem, como toda criacao de Deus.

No mapa abaixo pode-se ter uma ideia do enorme vale que surge quando se vai de Los Angeles em direcao a Fresno, no rumo de Sacramento. E' uma planicie sem fim, cheia de plantacoes e de trabalhadores mexicanos, com muitas cidades conurbadas. Estamos a duas horas do mar, e acho que amanha ou quarta-feira vamos passear na praia. Vamos tirar fotinhos...


quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Barafunda...

http://www.neighborhoodnewspapers.com

Nestes dias de fim-de-mundo quanta coisa se pode obter, principalmente pelos jornais... Mas o que vejo mais é a enormidade de 'fatos', misturados em tamanha baralhada que produz  enorme pandemônio na cabeça do incauto, determinando mais confusão que esclarecimento.

Não basta por vezes ter um foco ou interesse - hoje todo mundo é expert, produzindo tantas versões da realidade que não se tem balizamento para dirimir dúvidas ou sedimentar um ponto de vista confiável. 

Veja o ocorrido (uma suposta violação, de cunho sexual) no tal programa BBB da Rede Globo. Eu nunca vi este tipo de entretenimento, por razões óbvias, mas ficou onipresente em diversas mídias. Que tipo de assunto para tomar o noticiário! Mas nesta aldeia global não se consegue mais alhear-se... A qualquer hora alguém pode inquirir nossa opinião sobre o 'acontecido'...

Por estas e outras razões que sempre falo que a leitura de boa literatura, de bom textos é o que mais faz falta ao pessoal hoje em dia. A rapidez das mudanças traz esta superficialidade em tudo, esta mesmice, esta certa 'preguiça mental' em analisar os eventos e suas relações. Sim, hoje tudo é 'relativo' - parece que não se pode, por vezes, precisar o critério basilar que moldaria uma abordagem profícua de qualquer assunto. 

Por isso, insisto que a religião verdadeira continua sendo como que um corrimão, uma barra de ferro num denso nevoeiro, nestes tempos turbulentos - a busca por uma totalidade de valores conectados em torno de referenciais bem demarcados que possam significar as ações (aquilo que resulta de um agente, com determinada intencionalidade, realizar atos, comportamentos), que guardam enorme complexidade. A existência desta tríade agente-intencionalidade-conduta implica em risco enorme ao se analisar (as ações) de maneira simplista, reducionista.  Explico melhor. Imagine o ato de puxar um gatilho. É um comportamento bem delimitado, que se pode filmar e descrever como tal e tal músculo do dedo tal se flexiona ou contrai, aplicados com tal força acima de uma determinada peça de armamento, resultando no 'puxar o gatilho'. São ações diferentes se praticadas por agentes diferentes (imagine uma criança que pega o revolver do pai em cima  do guarda-roupa, para brincar de 'moçinho' com o coleguinha; um ladrão que empunha e dispara um revolver para praticar assaltos; um soldado constitucionalmente comissionado pelo seu país a atirar em inimigos no campo de batalha) com suas diversas intencionalidades... Como se pode analisar legitimamente o ato de puxar o gatilho de uma arma nestas 3 situações? - temos, assim, 3 ações diferentes.

Como avaliar, analisar apropriadamente ocorrências, qualquer tipo onde está presente o homem e suas ações, sem a posse de um certo tipo de metodologia mental como a que esbocei acima - o que só se aprende se se dispuser calma, serena e detidamente a meditar e considerar os constituintes fatos e valores deste mundo agitado? Quanta afobação se vê hoje em dia, principalmente nos alunos, cáspite! 

Lembro-me dos meus tempos de meditação zen-budista (umas das investigações existenciais que percorri em minha juventude de estudante de Psicologia) - estudei a vertente Soto-Zen, que  pratica o exercício do silêncio sentado, respirando - onde o que mais se ensinava era a 'limpeza' da mente da mixórdia natural do pensar, do estar acordado. Estar consciente significava expurgar a 'mente de macaco', que fica pulando ali e acolá, sem se fixar apropriadamente em um objeto que forneça utilidade existencial.  Bons tempos... Ainda é valiosa prática.