OZZY (John Michael) OSBOURNE
(nasc. 03 December 1948, Aston, Birmingham, England, UK)
Foto obtida agora (via Google Images) de
http://www.imdb.com/name/nm0005285/
De tempos em tempos sinto vontade de fazer uma espécie de 'imersão' nos CDs deste artista - tenho quase todos. Quando entrei na faculdade fazia pouco tempo que ele tinha 'estourado' nas paradas musicais da Inglaterra (e logo depois no resto do mundo ocidental) com sua inovadora abordagem de rock, conhecida hoje como a vertente 'metal'. Como muitas de suas letras - ele é prolífero e influente compositor - são trash ou nonsense, creio que são a saudade daqueles tempos aliada à estética sonora que me levam primaria e necessariamente a este inusitado degustar. Sim, porque quem me conhece ouvindo jazz, folk, country, música clássica ou spirituals estranha tal diversidade 'auditiva'. Mas sendo boa música até rap e sertanejo universitário já ousei...
O fato é que o avançar da idade determina alterações as mais impactantes - no meu caso creio que muito mais intrigantes do que foram na adolescência ou na famosa 'crise dos 40'. Posso dizer que não tive estas duas citadas - eu sempre li muito sobre este mistério que é o (co-)existir; coloco junto estas duas dimensões pois vejo muita unicidade neste aparente dualismo - visto que sempre conseguia produzir um bom ou satisfatório entendimento de minha condição. Sempre me acautelei contra a irracionalidade, e tal projeto me 'vacinava' contra mim mesmo, permitindo-me vislumbrar o absurdo do (caos do) viver-no-mundo com certa adequação, quer dizer, conseguia ser muito feliz e realizado a maior parte do tempo.
Mas este vivenciar será sempre um mistério, pois o transcendental sempre subjaz à nossa condição, quer queiramos ou não. Obviamente sei que esta (transcendência) é uma polissêmica e polêmica afirmação, mas não deixa de ser prevalente. E me parece que sempre (pelo menos é a impressão que tenho...) estamos ou somos 'despreparados' para lidar com estas antinomias do existir, que está a nos interpelar a todo momento.
De qualquer modo minha postura sempre foi e continua sendo de estar maravilhado, fascinado com privilégio de conseguir inteligibilidade, ou seja, atônito com a faculdade da intelecção.