A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Fim de semestre letivo

          Vocês já perceberam que aprecio muito fotografias. Gosto de colocar aqui imagens que garimpo pela internet. Penso que é um bom lembrete do quanto é maravilhosa a Natureza e que, apesar de ficar 'congelada' numa pequena janela a enorme complexidade implícita do evento, do momento, a mesma não deixa de nos sensibilizar, nos emocionar.
     
          Todo fim de ano é aquela 'choradeira': alunos que ficaram de exame, ou de DP (dependência), ou que querem agora recuperar o que a si próprios sonegaram durante o ano. Que coisa aborrecida tudo isso, tira a beleza da docência, o que vai nos cansando ano após ano (mas não vou comentar;  já perpetrei peroratione sobre isso outro dia).
         
          Durante o dia fico pensando coisas legais para postar aqui, mas distraio-me seguidamente e esqueço o que tinha para dizer; creio que devo ter um gravador para não me deixar trair a memória, que já prega peças. Sempre inspeciono esta importante competência - detestaria ser um incômodo aos demais pelo meu exagerado esquecimento... Tenho que me acautelar. Tomo todos os cuidados para evitar a decrepitude, os efeitos deletérios da senilidade, o quanto possa nos incapacitar de conviver com o próximo.   [[Quando tinha 30 anos praticava muita Meditação, tendo investigado e praticado bastante o Zen-Budismo (cheguei a fazer votos no Zen-budismo Sotô) e o Yôga, em suas diversas manifestações - e eu era muito mais concentrado, 'focado', atento... Creio que vou voltar a praticar; tenho ainda meu 'zafu', a almofada zen que ganhei da  minha amiga - onde andará?? - Helena Hiromi Hayashia ]]   Creio que uma especial dentre tantas coisas que meus pais me passaram é a de ter a capacidade do 'desconfiômetro' - verificar sempre se não estamos nos portando inconvenientemente... Que vergonha ficar 'pagando mico' perante os outros! Mas isto é um valor já não tão cultivado nos dias de hoje, como podemos ver diuturnamente...

          Outro dia tive a lembrança de um fato ocorrido com minha mãe - todos temos tantas lembranças com elas, não é mesmo? Os pais são fundamentais também, mas no meu tempo, nossas mães ficavam a maior parte do tempo com a gente... Agradeço a Deus todo o dia meus pais terem consensuado aquela maneira tradicional de criar filhos... Eu pude fazer isso no meu primeiro casamento, mas no segundo, que fazer... Mas a Livia é uma doce menina, o que não me faz sentir culpa ou qualquer arrependimento em relação à minha convivência com ela em sua infância. 

          Quando eu era pré-adolescente via muita TV. Havia já bastante filme americano dublado, em branco e preto. Meus favoritos eram Combat e The Rebel. O primeiro era sobre a campanha americana na II Grande Guerra, e o segundo narrava as aventuras de um soldado americano sulista após ter terminado a Guerra Civil americana. Sobre este último, num dos episódios, o personagem era abraçado e louvado por um homem nobre, pertencente ao Norte, ex-inimigo, a respeito de uma ação que o ex-soldado tinha praticado anteriormente. Como eu não tinha entendido, perguntei à minha mãe e foi aí que recebi as minhas primeiras instruções sobre o que era a honra e o decorrente proceder ético, conjunto de qualidades morais que nos fazem aparentemente agir contra  nós, mas que, no fundo, embutem elevada apreciação no que diz respeito aos valores de uma vida civilizada. Nunca mais esqueci estas lições.

          Acho que vou fazer um chá; aprecio bastante o tipo Earl Grey tea. Pequenos prazeres, mas que tem que saber realizar... É um aprendizado que tive nos meus tempos de ensinamentos budistas: simplicidade e o valor das pequenas coisas, pequenos momentos só nossos.
          Para terminar, uma homenagem ao Millôr Fernandes, um grande erudito popular brasileiro,  por vezes também frasista temido.  [[ Tenho encadernado comigo um de seus livros, chama-se Reflexões sem dor, uma edição em papel quase-jornal, publicado em 1977 pela Editora Edibolso, 94 p., um clássico! ]]  Acima vemos uma das suas famosas charges publicada nos jornais - seu traço é inconfundível. Soube agora há pouco que o palhaço Tiririca, o deputado mais votado nas últimas eleições, foi absolvido das acusações que ameaçavam sua diplomação no Congresso. E foi lapidar esta ilustração do notável escritor e chargista sobre o clima que podemos legitimamente esperar doravante quanto aos nossos dignos representantes no parlamento... Não lhes falta mais nada!