Meu primeiro post deste ano... gostaria de escrever algo mais 'palatável' mas, de ler as notícias, desanimei. Os jornais exploram demasiado o tema dos acidentes automobilísticos, e o resultado é ficarmos chocados com a ignorância das pessoas. Gosto de iniciar a conversa com uma gravura, uma foto, uma imagem, só que não vai ser possível... Eu havia entrado no google images para pesquisar algo mas, colocando o termo 'acidentes automobilísticos' no robot, as cenas que foram devolvidas, de acidentes e de corpos destroçados são horríveis - daí percebi que seria apropriado aqui-agora. Pelo menos valeu para relembrar como somos efêmeros, cascas que podem ser aniquiladas num estalar de dedos, num piscar de olhos, como se diz.
Quantas famílias destruídas pela morte no trânsito, decorrentes em grande medida pela embriaguês. O menos triste é saber-se da certa impunidade que abrange esta esfera de decidir abusar do álcool + decidir dirigir um veículo + impingir sofrimento/morte ao semelhante pela nossa imprudência e imperícia decorrentes do estado alterado de consciência que a bebida determina. A maior perda, da vida ou da saúde ou da qualidade de vida, é inimaginável quanto à dor e revolta; só quem vivencia que pode saber. E isto normalmente atinge além da(s) vítima(s) todos os familiares.
Falo sempre para Ruth como é desalentador viver num país onde, a começar pela elite (em especial nossos políticos), as pessoas se mostram despreparadas, 'amadoras' em seu fazer, e isto problematizado pela amoralidade, aparente ou real, que as pessoas demonstram nas relações com o semelhante ou com a causa pública.
Já não é hora de apenar-se com mais severidade os celerados que dirigem alcoolizados? Vi numa reportagem que um destes assassinos do trânsito já havia se envolvido em acidente com vítima anteriormente. Não era caso de estar, ao menos, sem a Carteira Nacional de Habilitação? Será que eu é que sou falto de bom senso em assim julgar esta obviedade? Não dá para entender. Por estas e por outras é que nosso sistema judiciário e os políticos estão entre as instâncias mais desacreditadas pela sociedade. Bom, mas aqui em Brazólia, a considerar o nível do apreço a que os professores foram nas últimas décadas rebaixados, tudo se pode esperar... Que Deus nos proteja.