A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

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quinta-feira, 2 de julho de 2009

Mudanças...

Estou me lembrando de uma grande amiga que há muito não vejo - a Vó Cotinha. Ela era avó de uma ex-namorada, e era uma finíssima dama, na verdadeira acepção da palavra. Precisaria de muitas páginas para descrever suas virtudes (que se espraiavam em múltiplas dimensões, desde as gastronômicas, passando pelas interpessoais, até as espirituais...), mas a que mais gostava era a sua sedutora jovialidade, do alto dos seus mais de 70 anos. Espirituosa também, e por um de seus luminosos comentários me lembrei de sua adorável pessoa. Ela disse que nos anos de sua meninice em Taubaté, haviam tão poucas pessoas a vagar pelas suas ruas poeirentas que ela, à época de nossas conversas (1979-1980...), se admirava como a cidade havia crescido e quanto os costumes haviam mudado. Relatava que havia visto valores de cinco gerações - da avó, da mãe, os da sua própria, a dos filhos e, à época, a dos netos (e se estiver viva, agora a dos bisnetos...) e que tal maravilha causava espantosa espécie. Estou agora no mesmo patamar experiencial e espero ver meus bisnetos. Eu, que via somente tv branco e preto na infância e música em bolachões 78 rotações, vi surgir o computador pessoal, algo banal nos dias de hoje; surpreendo-me como a tecnologia avançou, e quem sabe o que mais verei ainda! Mas o ponto que quero chegar é que (e digo isso facilitado pelas experiências que tenho a partir de minhas profissões), paradoxalmente a estes tempos ricamente 'tecnocráticos', os jovens de hoje aparentam estar mais e mais necessitados daquelas instruções vivenciais que eram tão caras a nossos genitores antigamente - a urbanidade e virtudes ditas 'espirituais' - especialmente esta, como aquela dimensão que dá a 'liga' a outras tantas habilidades e competências que a técnica aparentemente supre hoje, mas que faltam ao completo e harmônico/equilibrado existir num mundo cada vez mais caótico... O problema hoje é que temos tantos 'gurus', livros e informação, que os verdadeiros critérios para discernir esta barafunda estão embaralhados e indiscerníveis dos 'maus' critérios. Neste âmbito, como crítico exemplo, nem a religiosidade mais é veiculada nos meios de comunicação de massa como um referencial crível, dada a polifacetada expressão. É lugar comum referir-se aos 'bons tempos' (o que é uma certa ilusão de veros macróbios...) mas, ao contrário de alguns amigos meus, não gostaria de ser jovem nestes últimos dias...