A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

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domingo, 15 de novembro de 2015

Kelci Lewis...

Kelci Lewis

Katerra Lewis
Fotos obtidas agora (via Google Images) de 
http://www.mirror.co.uk/news/world-news/boy-8-charged-murdering-baby-6812100

A notícia que mais (me) impactou recentemente foi o motivo do passamento da bebê Kelci Lewis (um ano de idade),  assassinada por um garotinho. Ele, de oito anos, será indiciado segundo as leis do estado americano de Alabama. A mãe da bebê, Katerra, que também será indiciada (por homicídio culposo), havia saído pra balada com uma amiga, deixando sozinhas as seis crianças (nenhuma com mais de oito anos de idade) com quem viviam em casa.

O menino, que não era aparentado, espancou Kelci 'porque ela não parava de chorar', segundo a polícia da cidade de Birmingham, onde ocorreram os fatos. Esta notícia apareceu também no jornal Folha de São Paulo (Ano 95 #31.634, 12/11/2015, Cad. Mundo, p. A-15). 

Este tipo de acontecimento suscita diversos questionamentos, inclusive sobre o problema do Mal - porque Deus, amor infinito, permite este tipo de coisa (a questão já começa na forma desta frase, mas é complicado analisar agora - fica a dica). Isto já me perturbou anteriormente, quando ignorava a Palavra. Era uma das razões pelas quais minha ficou abalada até os alicerces (faz tempo isso!). O que me resgatou definitivamente foi a leitura das Institutas, de Calvino, fato que já relatei aqui. Mas imagino o que pensam aqueles que não buscaram na fonte o entendimento de tais desafios. Fica difícil conciliar a paz de Espírito, seguramente, pois esta esfera aqui  não tem muita 'lógica' mesmo.

Na verdade, o sistema todo se-nos mostra embaçado e confuso se vemos somente suas partes - o todo é necessário pra averiguar as parceladas expressões. Não tem sentido mesmo o mundo se visto parcialmente (esta é uma das causas de suicídio - falta de sentido para a vida, que se revela como um absurdo mesmo, visto deste prisma). Precisamos de um marco que organize estas expressões, por vezes dissonantes. A Religião foi para mim este critério. Cada um deve buscar e vivenciar por si mesmo - ainda que tenhamos guias e mestres, o nosso relacionamento com Deus é particular e único; é uma relação pessoal. Só Ele poderá conferir ao vivente a Paz no coração. Além disso só Ele poderá responder a algumas perguntas que nos deixam aqui atazanados...

terça-feira, 17 de junho de 2014

Ciência



A Ciência é o grande empreendimento humano dos últimos séculos. A Ciência emprega a Pesquisa Científica, que é um conjunto articulado de procedimentos sistemáticos, fundados no raciocínio lógico, objetivando encontrar soluções para os diversos problemas humanos que são propostos, mediante o emprego de métodos (incluído aqui as técnicas e procedimentos) científicos.

Para realizar em sofisticado empreendimento, os homens aprenderam a concatenar recursos humanos, materiais (inclusive disponibilidade de tempo), financeiros e, em especial, a qualificação dos pesquisadores, de modo a realizar os propósitos de auferir o melhor conhecimento sobre o Cosmos (incluído aqui o microcosmo... nós mesmos!) e isso com o mínimo de gastos e no melhor tempo. O pesquisador tem um importante papel nesta equação, e ele ou ela deve ter os requisitos seguintes para dar conta de tão complexa tarefa: (1) Conhecimento do assunto a ser pesquisado; (2) Curiosidade científica; (3) Criatividade; (4) Integridade intelectual; (5) Atitude autocorretiva; (6) Sensibilidade social; (7) Imaginação disciplinada; (8) Perseverança/paciência, e (9) Confiança na experiência. A partir desta lista vemos que não é qualquer um que pode arvorar-se em ser cientista. Alguns acreditam que o são, mas não satisfazem a maioria destes critérios.

Porquê se pesquisa cientificamente? Temos duas finalidades: (1) Razões de ordem intelectual (para alcançar o saber, satisfazer o desejo de adquirir conhecimento correto), realizada por cientistas e diferentes pesquisadores para contribuir para o progresso da Ciência. É a denominada Pesquisa pura ou fundamental.  E (2) Razões de ordem prática (visa aplicações práticas, com objetivo de atender às exigências concretas da vida moderna), realizada por vezes por empresas que criam tecnologia. É denominada Pesquisa aplicada. Não existe uma fronteira intransponível entre estes 2 tipos principais.

A Ciência é uma espécie de vacina moderna contra a irracionalidade e o primitivismo, que insistem em acompanhar os homens. Como tudo hoje em dia, é atacada, desafiada e contrastada como adversária de outras formas de conhecer, como a pertinente à religião ou as maneiras alternativas de se conhecer a realidade. Mas a Ciência nada mais é que uma construção humana, imperfeita, mas é o que é – uma ferramenta - que pode ser mal ou bem utilizada, como qualquer outra. 

Quer saber mais? Quando colocamos o verbete 'Ciência' no Google, recebemos uma miríade de sites instigantes, como o http://labdeensino.blogspot.com.br   Clique lá e você saberá de muita coisa legal. Este, no caso, é despretencioso, mas tem outros sites bem sofisticados, como o http://blog.cienctec.com.br  De qualquer modo é uma área estratégica a educação em Ciência (veja um interessante exemplo inglês em http://www.ase.org.uk/resources/classic-resources-and-archive/global-dimension ) Eu sou apaixonado por este tema, e a melhor coisa que desenvolvi a partir destes estudos todos foi respeitar de igual modo outras maneiras de se ver o Mundo, em especial a Religião. Sim, sei que tem muitos que acham que são - Ciência e Religião - coisas incompatíveis, mas no fundo são Magistérios diversos, que não tem que ser adversários, necessariamente... Quem conhece um pouco destes dois domínios não os vê como opostos.

Eu, como professor da área, vejo com tristeza a falta de familiaridade dos meus alunos com este campo. Quando comparamos nossa nação com aquelas que estão mais avançadas, vemos que elas alcançaram posições elevadas de desenvolvimento por causa do cultivo do espírito científico. Somos ainda, de certo modo, reféns de estruturas arcaicas, quase rudimentares de discussão e gerenciamento de nossa realidade, em suas multicores e multidimensionais matizes. No fundo, acabamos sempre averiguando que nossa Educação é rudimentar (em especial em Ciência), quase incipiente, o que nos leva a sermos insipientes em diversos graus, apesar de nossas "ilhas de excelência”.

Vou propor à minha Universidade a realização de atividades de extensão visando minorar esta deficiência que noto em quase a totalidade dos alunos. Creio que seria o melhor caminho para dotar nossos jovens de ferramentas mais acuradas de pensamento, de julgamento. Tenho duas instâncias que me podem ajudar naquela Instituição de Ensino Superior: um Grupo de Pesquisa e o Comitê de Ética. Bom desafio vejo à frentetrabalho para muitos anos. Mas estou bem animado!

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Frio e chuva

Foto obtida (via Google Images) de:
http://oddessey2000.com/index.php?/archives/2355-rainy-day.html
(um blog familiar interessante...)

Você acredita que um dia frio e chuvoso assim me anima a escrever, a sair e até a me exercitar? É que tenho lindas lembranças dos tempos em que eu treinava atletismo (lançamento de disco) no Esporte Clube Pinheiros, em São Paulo, nos idos de 1970, 1971, 1972, e sempre que ia (de trem) à capital estava um tempo nublado, chuvoso, frio - que delícia!

Mas agora aqui em São João o tempo está assim. Gosto de ficar olhando para fora, vendo na rua as pessoas passarem, os carros, os animais tomando chuva - quantas estórias, e eu aqui assistindo ou fazendo parte da cena, de certo modo. A vida é muito breve mesmo; vivemos um átimo, um estalar de dedos!

Metade das 'férias' já se foi. Ruth arranja 'coisa' para a gente fazer quase todo dia (hoje à noite vamos nuns amigos muito queridos da Igreja), e eu vou preparando as aulas, fazendo barba no Asilo, colocando a leitura em dia, visitando a parentela, passeando de motocicleta.

Minha vida foi feita de muitas mudanças radicais - ainda hoje, que começo a me sentir velho, sinto vontade de mudar radicalmente, sei lá; mas agora não é mais possível. Mudanças extremas talvez só quando aposentar. Já não se tem atualmente muito espaço para se aventurar, mesmo com planejamento. O mundo mudou demais para mim. Está tudo muito 'acelerado'; a gente não acompanha mais as alterações - vamos 'levando', ao que parece. Difícil manter a criticismo nesta borrasca toda. Somente a religião nos mantém firme...

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Correria e futuro...

foto obtida agora de
http://www.rotamogiana.com/

Nóossa, faz um 'tempo' que não escrevo aqui; correria com tantas aulas para preparar e atividades complementares (outras nem tanto) de minha vida feliz. Revi um site muito legal, abrigado no megasite UOL, se não me engano, é o www.olhardigital.com.br ; vale a pena visitar e manter-se informado!

Vou dar palestra para um pessoal que gosto muito, aqueles que tem algum tipo de limitação (ficou muito feio dizer 'deficiência', porque é meio reducionista e ilusório... ) e aqueles que estão avançados na idade - ou seja, vale para mim também e para você, com certeza. Como tudo na vida, as coisas que postulamos sobre o outro e suas qualidades ('positivas', 'negativas', 'excessivas', 'em defict', etc.), comparando conosco, na verdade variam em número e grau, então constituem sempre relatividades. Vou falar sobre como manter-se ativo e feliz neste mundo tão mutante e aceleradamente transformado/transformador - principalmente pelos avanços da tecnologia - que inter-vivenciamos cotidianamente.

Domingo agora vai haver festança em casa. Meus manos e os pais vem para festejar mais um niver da Dona Firmina; Livia vem também, não vai ser legal? Ela chega já no sábado com seu padrinho José Antonio, aquele sobrinho bacano, bacanudo, que ganhou o apelido carinhoso do vô Niniu, pai de minha mãe (quem acessar este blog no futuro - será que ainda vai subsistir quando eu não estiver mais por aqui?? - vai achar interessante a quantidade de usages [the way in which words or phrases are actually used, spoken, or written in a speech community http://www.thefreedictionary.com ] em português que emprego aqui nos meus textos!). Farei um post sobre isso, certamente.

Pensei em falar sobre o Mensalão - mega julgamento do STF sobre políticos supostamente corruptos, conforme noticia-se pela mídia. Mas não vou perder tempo; só imagino como a população vai reagir se tudo acabar em pizza... Dá certa canseira continuar por aqui com tudo isto acontecendo sempre, o caos das greves, a incerteza do dia-a-dia em muitos aspectos; crédo, que horror, comentei com a patroa hoje mesmo o 'trabalho' que dá viver, mas não se pode pedir 'pare o bonde que eu quero descer' , como entoava certa canção tempos atrás... [mas o que chama mesmo minha atenção é ali no Supremo Tribunal Federal, a mais alta corte do Judiciário, um poder essencialíssimo, o embate surdo de certos egos inflamados que por lá viceja...]

O antídoto para tudo isso só vejo, hoje, na Religião. Mas na apropriada religiosidade, aquela que promova uma espiritualidade conforme a Palavra, coisa (a religiosidade) que está muito deturpada em certos setores e seitas. Ficamos escandalizados com o que se lê nos jornais e com o que vemos em certos canais de TV. Como o povo é enganado, vilipendiado!

Como é gostoso começar o dia estudando as Escrituras, orando e preparando nossa alma para  as coisas da jornada! Impossível não se condoer com aqueles que estão em trevor... e são tantos; somente podemos fazer nossa (pequena) parte. O que nos conforta é a convicção da Soberania celestial e sua Consolação. O que um devoto (e assumo neste termo também 'intrinsecamente esclarecido') cristão constata aqui é o imperativo da oração, motivo de escândalo para muitos; que fazer. Cumpramos nossa obrigação, lembrando sempre da pergunta que Cristo fez ..."que te importa a ti?" (João 21: 22)

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Stress e sua gestão

(Pinturas digitais feitas especialmente para este Blog por Lívia V. Dutra, janeiro 2011)
          
Outro dia pediram-me 'dicas'  para lidar com o famigerado stress. Parece ser a doença destes últimos tempos (a moda sempre se transmuta, outro dia era a ansiedade, outro, a angústia...). Segue abaixo meus recursos; como sempre, faço um condensado do que aprendi por aí... se servir a alguém, valeu a pena! Você vai ver que todos estes procedimentos se interconectam, fazem parte de uma totalidade. Mas olhe, não existe 'fórmula mágica' - cada caso é um caso.  Verifique outros decálogos deste tipo e compare com este. Não costumo fornecer conselhos deste tipo, mas vamos considerar pelo lado construtivo. Aceitamos sugestões, reparos e outras observações educadas...

'Stress'  não é doença, é uma reação adaptativa do organismo (ou seja, é algo normal,  desejável, natural) frente a certas situações - que hoje imprecisamente se rotulam de 'estressantes'... O estresse nocivo à saúde pode se caracterizar por certas reações físicas exacerbadas, problemas físicos difusos e/ou uma sensação contínua de "não se ter tempo". E está demonstrado que, quando o elevado estresse é crônico, o sistema imunológico se torna mais vulnerável, facilitando aparecimento de doenças; a qualidade do sono é prejudicada e pode ocorrer queda de concentração, facilitando ocorrer acidentes. É imprescindível nestes tempos de globalização aprender a gerenciar o nível de stress. Na terapia comportamental, um capítulo importante é dedicado às técnicas de lidar (coping) com estes desafios. Assim, alguns procedimentos úteis podem ser aprendidos e contra-atacam o stress nocivo:

1. Desconecte-se do problema.
É preciso aprender a se desconectar do problema. A saída é mudar a inércia habitual e ter consciência de que é possível, sim, controlar as dificuldades que surgem na vida. Cada caso é um caso - temos que compreender o que ocorre (isso, o compreender,  implica inicialmente em ver como interpretamos aquilo pelo qual estamos passando - ver o item 3. abaixo. Se temos dificuldade nesta fase, não é sinal de fraqueza pedirmos conselho...). A idéia é que você não se sinta agoniado por completo, pois caso isso aconteça dificilmente poderá assumir as rédeas dos acontecimentos que vão se acumulando...

2. Aprenda a relaxar.
O relaxamento contribui muito para o bem-estar. Pratique alguma terapia alternativa, como o yôga, acupuntura ou, se você puder incluir um pequeno luxo na rotina, faça uma sessão de massagem semanalmente. Um bom profissional acupunturista e/ou massoterapeuta à nossa disposição é um achado dos céus! Ter o corpo e a mente relaxados fará com que as situações de estresse sejam menos freqüentes. Muitas pessoas aprendem a utilizar técnicas de meditação (não é nada ‘religioso’, necessariamente, e contribui muito para o autocontrole). Existem centenas de obras no mercado que ensinam isso, e os critérios para escolha (tanto para obras quanto para os profissionais) são os tradicionais - referências, credibilidade, racionalidade, singeleza, cordialidade...

3. Controle seus pensamentos.
O estresse é um processo que depende em grande parte da interpretação que fazemos da realidade. Portanto, aprender a controlar e mudar a "tradução" que fazemos dos acontecimentos são boas estratégias de combate. Pode ser necessária a ajuda de um psicólogo, pois muitas pessoas tem em seu repertório de pensamentos verdadeiros esquemas de idéias irracionais, crenças e máximas que tem efeitos altamente tóxicos em nosso diário cogitar, enredando-nos em práticas nocivas de relacionamento intra e interpessoal.

4. Reestruture suas prioridades.
Se sua grande fonte de preocupação é o seu trabalho e não há possibilidades de você mudar de emprego, pelo menos por enquanto, considere todas as alternativas prazerosas que sejam possíveis. A mais simples é dedicar o seu tempo livre a atividades agradáveis, como p. ex., trabalho voluntário em prol de necessitados. Já se a sua perturbação começa quando você chega em casa, procure distrair-se com programas longe desse ambiente, nem que seja por curtos períodos de tempo. E por aí vai. O quê te preocupa?

5. Adquira hábitos saudáveis.
Infelizmente, os estressados recorrem com certa facilidade ao consumo de álcool, tabaco, fast foods e atividades passivas, como ficar no sofá, assistindo aos programas e filmes na televisão. Os danos que esses hábitos podem causar se multiplicam com a presença do próprio estresse. Tente fugir disso. OUTRA PROVIDÊNCIA IMPORTANTE – Realizar chek-ups anuais completos, com orientação médica específica.

6. Pratique exercícios – ou seja, atividade física que leve a pessoa a molhar efetivamente a camiseta...
O exercício físico está no topo da lista de quem busca saúde, inclusive mental. Somente 45 minutos por dia (pelo menos 5 vezes por semana) ajudam a relaxar a mente e eliminar o estresse, enquanto você aproveita para entrar em forma, e ficar mais atraente, melhorando assim a auto-estima. A maior riqueza é preparar o caminho para uma velhice digna, pois saúde é qualidade de vida! Grande dica (ou recomendação obrigatória...):  consulte um professor de Educação Física (ver critérios no item 2. acima).

7. Pense positivo.
Reverter as idéias negativas e aprender a focar no lado positivo ajuda a reduzir as tensões e a alcançar suas metas. Por exemplo, se está ansioso(a) porque tem um compromisso em que falará em público, pense nas piores coisas que poderiam acontecer e, em seguida, nas possibilidades para que elas ocorram. Formule, a partir destas considerações, um resultado favorável e desenvolva um plano para alcançá-lo. PLANEJAR É TUDO!  Muitas psicoterapias objetivas ensinam procedimentos para tornar isto 'natural' para a pessoa. Digo isso porque temos que aprender, cada um (do seu jeito, com suas idiossincrasias, na sua velocidade, etc...) a lidar com estes desafios (coping), e não é algo fácil. Ver o copo 'meio cheio' é mais difícil do que ver o copo 'meio vazio'...

8. Use o humor.
Manter o senso de humor nas situações difíceis é uma recomendação dos experts. O sorriso alivia as tensões e contribui para manter a perspectiva da situação. Já está mais do que comprovado que o bom humor é um mecanismo eficaz para suportar o estresse agudo e sociabilizar com os demais. Aprendi quando pequeno: "Ria, e todo mundo vai rir com você; chore, e você vai chorar sozinho..." É cruel, mas real neste mundo pós-moderno de pessoas egoístas e consumistas... E, principalmente, aprenda a rir de si mesmo!

9. Estabeleça uma rede de apoio - o famoso 'networking'.
A maioria das pessoas que se saem bem em situações de estresse elevado possui uma boa relação social, com amigos, irmãos da Igreja, colegas de trabalho, companheiros do clube... O apoio em momentos de tensão é sempre muito útil. Tem também os benefícios promovidos pela presença de um mascote em casa, preferencialmente cães, mas pessoas se sentem bem com gatos, pássaros e até peixes com que se responsabilizam. Pessoas compromissadas tem menos tempo de ter pena de si mesmo... Agora, nossos melhores amigos deveriam/poderiam estar em nossa família (aquela de onde você vem e/ou aquela que você construiu) - se você não vive bem em família, verifique os porquês...

10. Considere praticar efetivamente a sua Religião. 
           Espiritualidade é uma experiência universal fundamental, presente em todas as civilizações (tanto as antigas quanto as atuais). Encontre, mediante o cultivo (estudo + prática) de sua Fé, o sentido da sua vida. "Vida sem sentido" é a reclamação mais ouvida entre as pessoas desadaptadas, infelizes, adoecidas psicologicamente.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Do velho embate entre Religião e Ciência...

Volta e meia vemos na mídia (e, para os interessados, especialistas e estudiosos, também em seus respectivos fóruns acadêmicos) pessoas perpetrando comentários sobre o dito embate acima citado. Eu sempre gostei do tema da Psicologia da Religião (uma interface entre estas duas áreas, obviamente mais focada no âmbito científico) mas sempre soube conciliar este mundo com a da vivência de uma religião (minhas raízes são cristãs, do Catolicismo Romano). Tento escolher bem as palavras, pois sei o quanto elas são 'perigosas' para efetivamente transmitir o que pensamos. Como não sou nenhum Affonso Romano de Sant'Anna (recomendo-lhe dele uma obra muito legal de se desfrutar - 'Tempo de Delicadeza', Porto Alegre: L&PM, 2009) um Saramago ou Machado, "todo cuidado é pouco"... (perdoe o lugar comum, mas na minha idade não precisamos mais ter tanto escrúpulo assim!! - aqui, bem, veja só, o Dicionário Aurélio Sec XXI eletrônico, sobre escrúpulo, das 3 acepções, refiro-me precisamente  à primeira - 1. hesitação de consciência, remorso... Mas concedo que, das outras 2, delicadeza de carater, senso moral, zelo, destes não abro mão).

Mas voltando, dos 16 livros que li sobre o assunto, um pouco tardiamente em relação ao rebuliço observado na mídia em seu auge - gosto de deixar a 'poeira assentar', para não ser influenciado - vejo que os querelantes por vezes se pronunciam com inusitado ímpeto... Vejo também que são poucos os que conhecem efetivamente os dois lados para, efetivamente, fornecer uma contribuição polida, como convém. Ora, qual a razão de se gastar a pena com tal tema se não for para contruir 'pontes' entre estes saberes? O número de diatribes é enorme, o que nos faz, quase, arrepender de ter investido alguma soma na aquisição do papelejo. Acabo mais lendo críticas das críticas, o que acaba sendo divertido.

Mas creio que, modestamente, eu obtive uma boa estratégia para não ter qualquer aproximação viesada (o que leva, seguramente, a mal-entendidos e radicalizações...) sobre tão complexa temática - o que aliás procuro, desde a faculdade, seguir para meus estudos e mesmo, creia, nas minhas deambulações... Estudando Psicologia, vi como a Linguagem (um acontecimento incrível, complexo, verdadeiro horror dos polifóbicos) é o fenômeno que subjaz em qualquer manifestação humana. Investi um bom tempo tentando entender suas nuanças, posto que, inclusive, para o fazer psicoterapeutico com a clientela, este entendimento é fundamental. Obviamente, meu treinamento acadêmico em Metodologia Científica e em Métodos e Técnicas de Pesquisa ajudou em muito também a manter um espírito mais desarmado e buscador da Verdade, não tanto das verdades ilusórias a que somos submetidos a toda hora...

Esta idiossincrática estratégia consiste em assumir, em princípio e a princípio, que todas posições e discussões, 'no fundo',  são confrontos de narrativas, de discursos,  de plano eivados ("nossa!", esta palavra é 'pesada' - ainda que me pareça apropriada para o que penso), ou melhor, continuando, de plano plenos de valores e posições assuntíveis e assuntivos, o que faz sempre periclitar  qualquer debate que se pretenda isento. Poucos, não importa o lado, conseguem sucesso nesta empreitada.

Poderia tecer aqui considerações metodológicas, teóricas, filosóficas, sobre o tema, mas somente conto, superficialmente, 'o milagre, não conto o santo'.  Para não ser leviano, em resumo, digo que uma pessoa, pode, sim, abrigar em si diferentes narrativas, basta ser coerente, e não ficar impingindo 'idiomas' peculiares de certa seara em domínios que praticam outras linguagens. Para discutir linguagens, respeitemos as regras do jogo (deste jogo...). É, creio, eu, o que muito estudioso esquece de fazer.

(P.S. de 13 de setembro de 2010 - vejam em http://blogdasciam.blog.uol.com.br a postagem de 03/09/2010 que Ulisses Capozzoli - Editor da Scientific American Brasil - escreveu sobre este tema, comentando o novo livro de Stephen Hawking - The Grand Design. De um modo geral, temos nesta revista um bom painel do que acreditados cientistas pensam sobre este embate...)