A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

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domingo, 10 de abril de 2011

Massacre do Realengo (RJ), tempo que passa, e casamento....

Rio de Janeiro, RJ, Brasil

1. Domingão... saudades de escrever aqui! Nesta semana, inegavelmente, o assunto majoritário foi o massacre do Realengo (RJ). Perguntam-me a razão disto, como se eu fosse oraculu – só se for na forma figurativa! Existiriam “mil” razões, explicações, portanto, não esclareceriam muita coisa. Só o Pai Celestial poderia dizer com certeza; nós, somente especulações. É que o absurdo do ato obsta qualquer razoamento produtivo sobre o mesmo. O fato concreto é o resultado (trágico, em todos os sentidos) e a sociedade precisaria precatar-se contra estas reais possibilidades de seus membros – Lei de Murphy! Eu acho absurdez uma escola ou qualquer instituição ou local onde se aglomera pessoas, a qualquer título, que não disponha de aparatos de segurança das gentes, em diversos níveis. Eu, que não sou especialista, sempre tenho ‘mentalidade de espião’ (quem não viu aquela película, “Identidade Bourne”?) quando estou em aglomerações e fico a imaginar o que eu poderia fazer em caso de grave crise, ou de atentado, de baralhada, etc. O que constato é que a maioria dos lugares nesta brazólia carece de condições mínimas de suporte a pessoas, como áreas de escape apropriadas, informações sobre ‘como proceder em caso de’, etc. Somos um país com muito amadorismo, em se tratando de administração pública (para não falar do resto... eu, que sou da área da educação, nem me atrevo a comentar ali coisas as mais comezinhas... ).

          O fato concreto é, depois de tudo ocorrido, como ficarão as famílias destroçadas, as crianças sobreviventes (que moram numa cidade onde violência em suas diversas formas ocorre em maior profusão em comparação com as demais) que presenciaram os acontecimentos ou que estavam perto, os profissionais que cuidavam delas, etc. Confesso que, como muitos, me emocionei diversas vezes, pois como não pensar nos meus filhos e netos (Lívia com idade praticamente igual às das crianças brutalizadas) e, nesta conjuntura, como são insondáveis os desígnios divinos, em especial no que tange à minha pessoa. Somos tão frágeis; o Pai nos consumiria com menos de um estalar de dedos, se quisesse! Quedo-me com o rosto por terra pela magnificência de sua Soberania; nem tenho como razonar sobre tudo de modo claro, sinto-me impotente em todos os sentidos.

2. Somente nove semanas de aula temos, para terminar este semestre letivo. Costumo dizer que o tempo ‘passa mais depressa’ para quem mais se envelhece. A cada dia vejo mais e mais se confirmar esta minha observação, pois as aulas parecem ter começado ‘outro dia’!... Tenho o costume de acordar e dizer, enquanto abro a janela e vislumbro a criação de Deus, ‘mais um dia perto da morte!’ (Ruth detesta quando digo isso - será que ela tem medo de morrer?; bobagem!...) mas digo a frase como agradecimento ao Pai Celeste, pela graça (e encargo) de viver aqui mais um dia, com todo o enfado e cansaço que, dia-a-dia, se avolumam. Penso como Paulo, que assumia ser graça maior o estar com o Cristo, se privilegiado assim fosse... Mas o Pai nos quer estar por aqui; façamos de tudo, em disciplina e ordem!

3. Gosto de ler e, mais ainda, de reler certas obras. Tenho este costume desde moço. É a terceira vez que releio “O que estão fazendo com a Igreja”, de Augustus Nicodemus Lopes (Teólogo e Chanceler do Mackenzie), Ed. Mundo Cristão, SP, agosto de 2008, 201 páginas. É tiroteio para todo lado, principalmente contra os liberais. É o prolífero escritor, creio, um lúcido comentarista do movimento evangélico nacional, e fiel às suas convicções.

          Ele escorrega um tanto quando esquece que certos temas não podem ser considerados de modo superficial (como no capítulo 21, sobre casamento e divórcio), simplista, reducionista, o que nos leva a violar certos valores, como a caridade. Em todo caso, sei que é mais ‘fácil’ ou tentador observar que um perneta não corre bem quando temos as duas pernas... Eu agradeço a Deus ter estudado Psicologia, o que me faz mais humilde nas apreciações sobre os defeitos ou imperfeições dos outros, pois 'cada caso é um caso', mesmo que não sejamos relativistas ou liberais ou libertinos. Mas recomendo firmemente o livro a todos. Leitura obrigatória a qualquer reformado que efetivamente sabe da contribuição de Calvino.