A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Newtown, Connecticut, EUA

Imagem obtida agora via Google Images, no site
http://02varvara.wordpress.com/tag/newtown-ct-school-massacre/



Tem ocorrido muitas coisas impactantes ultimamente, que ensejaram em mim desejo de comenta-las aqui, mas as mesmas tem se sucedido e sobreposto de modo tão acerbo que logo minha atenção se desvia e ‘perco’ minhas confabulações, isto é, acabo desperdiçando a oportunidade de posta-las aqui em estado mais puro, sem ficar  ‘exagerando’ na reflexão. Prometi a mim mesmo doravante não falar de política - não tenho mais estômago para isso, a coisa está ficando insana (de insânia...).

Se eu trabalhasse diuturnamente frente a um terminal de computador (como muitas profissões hoje em dia) teria mais azo para deitar palavras em crônicas e comentários; como quase raro recorro a esta ferramenta, ‘desmotivo-me’ facilmente. Na verdade, procuro preservar o lúdico deste desvanear cibernético, pois é o meu principal divertimento hoje em dia, depois da leitura. Ah, sim, estudar a Palavra é um tipo de obrigação do espírito; a alegria aqui resultante é maior do que a do folguedo, da folgança, mas é coisa mais que vital – obrigação vivencial do mais alto grau.

Mas agora, passado o estupefato da carnificina de Newtown (pequena cidade do estado de Connecticut, nos EUA), posso manifestar algo que importa. Se a insensatez choca a qualquer um, imagine para mim, um profissional da saúde mental. Meu primeiro impulso é averiguar o que os colegas manifestam pelos veículos de comunicação. Um profissional que gosto de ler é o psicanalista Contardo Calligaris. Ele escreve uma coluna num dos melhores jornais paulistanos, às quintas feiras, no caderno ‘Ilustrada’. Ele é habitualmente ponderado e arguto e em seu comentário do dia 20 de dezembro (O massacre de Newtown, Folha de São Paulo, ano 92, #30.577, p. E-12) aborda dois aspectos que sempre são aventados em chacinas, em especial a que envolve crianças: a previsibilidade (de algum celerado perpetrar tais morticínios) e o controle da posse e uso de armas nas mãos das pessoas, especialmente os civis. A conclusão que o articulista chega (e que concordo) é que, apesar de devermos melhorar sempre os controles e vigilância dos potenciais facínoras, além de proibir ou acompanhar devidamente quem tem armas (e que tipo, etc.), tudo o que se faça não vai impedir que tais loucuras ocorram novamente; assim, não devemos continuar nos enganando, pensando que podemos efetivamente prevenir estas ocorrências, complexas e com muitos prós e contras, a partir dos multifacetados pontos de vista.

Na mesma edição deste jornal, à p. A-20 do caderno ‘Mundo’, Ricardo Bonalume Neto nos relembra, com certa frialdade, que assinar muitas pessoas é, de certo ponto de vista, (também, digo eu,) uma questão de tática, pois é como pensa o assassino. “O alvo está parado ou é móvel? Está em um lugar fechado ou ao ar livre? E que arma ou armas usar?” E por aí vai, o articulista, contribuindo, com sua crueza, para tentar definir melhor a obscuridade do quadro todo da carniçaria.

Tanto mais articulistas se escuta ou lê, tanto percebemos que todos veem (uns mais veridicamente, outros mais desacertados aqui ou ali) uma parte do controverso evento, do qual nunca saberemos em sua total realidade, tantas as dimensões e seus diversos atores. O que resulta para mim é que é um dos exemplos tenebrosos da corrupção que denota a natureza humana, determinando que estejamos todos, a qualquer tempo, tanto perto de Deus quanto do grão-tinhoso, do mofento, do temba. Por isso, cada um vigie a si próprio, em primeiro lugar...


Quer  ver? Ontem estava seguindo de carro por uma das ruas aqui e, numa das esquinas, com sinal verde para mim, um rapaz (nos seus 30 anos + ou - ) cruzou a rua. Parei abruptamente o carro e, pasmo, sinalizei ao bronco a falta de atenção: fiz aquele gesto que os italianos fazem com as 5 pontas dos dedos unidas para cima, 'ma que cosa'... Sei que não é um gesto obsceno, e não pretendia ofender o gajo, mas levei certo susto, apesar de sempre estar atento ao trânsito - pois pode surgir uma criança correndo atrás de uma bola (como já ocorreu comigo, e sempre lembro que poderia ser um dos meus). O rapaz - sei lá o que pensou; acho agora que estava drogado, pelo semblante, pela marcha dos seus passos, pelos olhos, pela conduta - fez diversos gestos obscenos e provocativos, penso que para chamar a atenção dos passantes, para arranjar briga; nunca saberei o certo.

[[ Não costumo comentar isso - mas estudei muitos anos karatê, tive armas, soco inglês etc. Cabeça de homem panaca: via possíveis ameaças por todo lado e me preparava para possível situação, que nunca ocorreu (talvez pela minha vigilância ou prevenção de situações, pode ser). As pessoas não imaginam como é fácil infligir dor, colocar um oponente fora de combate, matar alguém. Isto é uma espécie de insânia, e não é mais típico de nossos dias do que antigamente - na História temos inúmeros casos da irracionalidade humana, e qualquer um pode ter seu dia de fúria... ]]

Fiquei grato a Deus por estar perto Dele atualmente; se fosse alguns anos atrás eu certamente daria volta no quarteirão, pararia o veículo antes, desceria e iria ensinar àquele jovem lições que talvez o pai dele (se é que ele tem ou teve, vai saber) deixou de ensinar, expondo-me assim a diversos perigos, certamente, coisa de aloprado... Fui embora feliz pois, no fundo, o Pai, em sua misericordiosa Soberania, me ensinou e livrou, mais uma vez.