A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Razões para viver ;-)

fotinho que Marília me mandou do seu diário...

Agora é hora de celebração.... Coloco um CD de George Benson no CD Player, ponho um mug com cappuccino na mesa, uma bala coffe drops (Cavendish and Harvey) para degustar depois e... dar asas à emoção!

Marília me mandou singelo e-mail comentando a última postagem deste blog; adicionou a foto acima, que ora reproduzo (clique nela para aumentar). Tal lembrança me deixou emocionado. Ela fotografou um pedaço de papel que ela guardou, no qual eu resumia alguns dos muitos ensinamentos que eu procurava passar para meus filhos, conversando (e eu gosto de fazer esquemas, para ajudar a fixar). Analisando mais a foto (que inclui outra foto de Marília adolescente, linda, no meu colo - até hoje meus filhos 'monstrinhos' sentam no meu colo, inclusive o JD, com seus quase 2 metros - somos muito afetuosos, sempre fomos!) podemos ver que no meu rascunho consta 3 dos melhores aprendizados de minha vida, que comento abaixo.

O primeiro é um ensino do famoso filósofo ateniense Epicuro (341 - 270 A.C.), um 'remédio' quádruplo que ele costumava ensinar aos seus contemporâneos, e que nos serve ainda hoje. Ele estabeleceu, nestas quatro afirmativas, àquele que se disponha a meditar nelas, que o mesmo estaria como que 'vacinado' contra a depressão e outros males da alma, por isso ele a chama 'tetrafármaco' - um remédio quádruplo. Consta assim:

Não há o que temer aos deuses,
Não há que temer a morte,
O sofrimento pode acabar,
A felicidade é possível.

Poderia comentar extensivamente estas asserções, mas fica o desafio para quem se dispuser... Na verdade elas são quase auto-explicativas. Quantos 'deuses' imaginamos a nos apoquentar, apegos que nos fazem escravos e nos mortificam, determinando-nos, pela nossa mente defeituosa, a sermos mais miseráveis do que somos realmente. A morte, ahh, este pavor que todos sentimos, como se fôssemos terminar, sermos aniquilados... Que lancinante medo deve ser para aquele que a teme. Mas compensa averiguar porque Epicuro assim afirma ser a morte não tão apavorante assim!

Sobre o sofrimento não ser eterno e ser possível ser feliz, isto resume a aventura humana em querer evitar toda e qualquer dor, desconforto (e a quimera que isto significa), contrastado com a promessa de que, se desejarmos e batalharmos para isso, efetivamente podemos, todos   e cada um, sermos felizes, posto que é processo, e não necessariamente estado, condição. Mas fica reafirmado este desafio, para cada um averiguar por si só como é verdadeiro este tetrafármaco...

O segundo ensinamento é uma frase antológica atribuída ao ex-escravo romano Epiteto (55 a 135 D.C.), outro grande filósofo (uso esta palavra no sentido que pretendeu Pitágoras - séc. VI antes de Cristo - 'aquele ou quem ama a sabedoria, movido pela consciência lúcida da ignorância inerente à condição humana' ), talvez o maior moralista estoico.   [ Estoicismo, segundo o Houaiss, é a doutrina fundada por Zenão de Cício (335-264 A.C.), e desenvolvida por várias gerações de filósofos, que se caracteriza por uma Ética em que a imperturbabilidade, a extirpação das paixões e a aceitação resignada do destino são as marcas fundamentais do homem sábio, o único apto a experimentar a verdadeira felicidade. O estoicismo exerceu profunda influência na ética cristã, e é por isso que a aprecio. ]  

Mas Epiteto teria afirmado uma sentença (que muito uso em psicoterapia): "Não são as coisas que são problemas e, sim, o que o Homem pensa a respeito destas coisas" . Ou seja, as coisas são o que são; o significado que acrescemos, juntamos a elas, é o que as fazem (ou não) nos perturbar, posto que considerados como problema. Isto significa que podemos lidar eficientemente com os desafios e percalços quando questionamos, em princípio, o mecanismo mental que utilizamos para retratar as coisas como tal e tal, etc. Cristalino ensinamento: assim podemos ver que muitas vezes mais criamos 'problemas' do que eles realmente existem.

E o terceiro ensinamento (que coisa linda que este encontro - que eu nem lembrava mais -  tenha ficado assim no vivenciado de minha filha - é por isso que vale a pena viver!) vem de meu diuturno experienciar - trata-se do que é o amor, coisa difícil de definir e constituir em nós.

Em minhas palestras e terapias coloco para as pessoas que AMAR na verdade é a somatória dinâmica de 3 instâncias imbricadas, interligadas: Zelo, Comprometimento e Respeito. Analise bem, quando somente vemos - no outro, nas relações, na vida enfim - 2 ou uma só destas 3 coisas, não é amor, é 'interesse', 'conveniência', 'oportunidade'... Mas amor, amor a Deus, ao seu trabalho, amor a alguém, só é amor se compreende, abarca estas 3 dimensões. Faça seu check-list para quem ou o quê te importa; se passar pelo teste de ali existir estas 3 coisas, temos então 'amor', senão, é outra coisa...

Agora, a hora da verdade: você se ama? Zelas por ti mesmo, te cuidas de verdade ou te arruína com comidas, fazeres, coisas que te estragam? Estás comprometido(a) contigo mesmo, com tua vida, onde queres estar daqui a 15 anos? Você se respeita, ou exige de si mesmo(a) algo que não tens, que não podes fazer, você se deprecia, etc.?  Se você não se amar, como o outro vai poder também fazer isso? Temos que ter amor-próprio, menos valioso  neste mundo somente do amor a Deus, que nos é requerido.

Se você olhar na foto acima, esquematizo o amor figurativamente como um banquinho de 3 pernas, com cada dimensão sendo uma perninha que, tirando uma, o banquinho não fica de pé...

Obrigado, Marília, pela alegria que mais uma vez me deste!


foto por Ruth R. B. V. Dutra

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Epicuro

Epicuro (341 - 270 a.C.)


Hoje relembrei uma lição do grande filósofo grego, que há tempos estudei, em minhas investigações sobre a arte do viver. Ele discutiu intensivamente sobre as bases da felicidade humana, e a Psicologia teve/tem muito a aprender com suas intelecções, seguramente. O grande problema do homem, desde sempre (e continua atual...) é que ele teme a morte e a ira divina. Certa vez Epicuro disse algo como "Nunca nos encontraremos com a morte, porque enquanto somos, ela não é, e quando ela passa a ser, nós não somos mais"... Nada mais cristalino, ainda que, bem, não 'explique' muito... Mas assim mesmo são as palavras; já deveríamos todos, principalmente desde Ludwig (Josef Johann) Wittgenstein, 1889-1951, estar convencidos  de suas (palavras) limitações.

Muitas reflexões se pode tirar deste elegante aforismo. A morte não faz parte do que somos aqui-agora, a não ser indiretamente, como ideia, que vislumbramos, imprecisamente, vendo-a, imaginando-a nos outros e nas coisas, pois não se a vivencia essencialmente, mas somente como simulacro (com todas as suas significações). Como quase tudo na vida, é um processo, mas esta tal de morte, quando se nos apresentar taxativa e verazmente, já não 'estaremos' aqui para realizar a compreensão da mesma. A ilusão de a compreendermos é a mesma que a Ciência fornece sobre os outros estados, fatos e/ou acontecimentos - aproximações, abordagens mais ou menos ilusórias, que nos levam a outros incontáveis questionamentos, igualmente com potencial quimérico...

Então, para quê perder tempo com este fato, posto que inexorável, inelutável, mas igualmente (efetiva e praticamente) incognoscível?  A lição que fica é a necessidade de guardar o foço na vida, com todas suas nuances, que é o que (ainda que pauperrimamente) temos... 


Amanhã iremos, Bilú  e eu, para a cidade de Socorro; ela tem lá o tio Zezé (irmão de sua mãe) e esposa, simpatias! De lá vamos a Campinas; dia seguinte, rumamos a Sorocaba; apanhamos Marília no apartamento de Mariana, e voltamos, por dois dias, a Campinas. Volto de lá a São João (via Rio Claro, para poder Lívia rever a irmã depois de muitos anos) para curtir a filhota por alguns dias, antes de a levar - dia 31 de janeiro - para o aeroporto de Guarulhos, donde voltará aos EUA. Já sinto saudades, vita brevis...

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Tempos modernos

Foto de Rodrigo Baleia (AE)
obtida agora de www.cartacapital.com.br

Estava agora à tarde, passeando por Poços de Caldas (Minas Gerais) confabulando com Ruteca. Eu estava reclamando que minha memória anda falhando (ainda mais que vi, hoje, no jornal Folha de São Paulo, que estudos ingleses afirmam que certo declínio cognitivo ocorre após os 45 anos, e não depois dos 60, como se acreditava até então) e ela ponderou que, em nossa mocidade, não havia tanta estimulação, tanta solicitação de nossa atenção como agora. Pode ser mesmo que, com menos itens a processar, a assimilação de objetos pela mente era mais facilitada. Esta é uma questão já há muito debatida pelos especialistas, não levando a resultados definitivos. Mas é inegável que, atualmente, o caudal de informações oferecidas/despejadas em nossas cabeças, a cada momento, é avassalador.

Fizemos o 'link' deste fato com a religião. Muitas pessoas hoje agem como ateus ou agnósticos, desdenhando da espiritualidade como significador em suas existências. Já é sabido o resultado para a pessoa quando falta em sua vida um amplo referencial, um amplo patamar que dê foco ao agir diuturno. A voragem que a velocidade dos acontecimentos  determina para o existir hoje em dia impede a pessoa de verificar/tratar a efemeridade dos valores. Resultado - insegurança, ansiedade, desorientação, impaciência...

Somos, todos e cada um, aparentemente mais solitários, isolados, ensimesmados, apesar das distâncias do outro parecerem menores, e isto principalmente pela moderna parafernália, disponível, para qualquer um, para entrarmos em contacto com este outro. Paradoxos modernos... Vejo que, a cada vez, faz-se necessário, como se diz, 'voltar ao básico' - resgatar, recuperar o modo de ser do homem que se relaciona calma e proficuamente consigo e com os demais, coisa complexa, trabalhosa de se auferir - noção contrária (este modo de ser) àquilo que os gurus da modernidade (tantos oráculos existem hoje! e quase todos best-sellers...) simplisticamente consideram. 


Notícia auspiciosa: minha filha Marília, depois de longo tempo, virá semana que vem a brazólia nos visitar... que saudade! Vamos colocar a conversa em dia. Quando criança, eu a chamava um 'pingo' (de mel), pela cor do cabelo e pela doçura. Acho que só eu a chamo assim. Vai ser remoçador! Já sinto saudade quando se for...

sábado, 5 de novembro de 2011

Quarta netinha...

Noemia Marie Dutra
*02 de Novembro 2011, Salt Lake City (Utah)

          Estamos em festa, as Famílias Jones e Dutra - nasceu mais um membro! Como de praxe, digo que ela é muito parecida com meu filho, que coisa linda; lembro-me de quando ele nasceu, em 04 de novembro de 1982, lá em Rio Claro, no Hospital Evangélico. 
Minha filha Marília com a nova sobrinha
Marília é muito 'coruja' com a sobrinhada...

          Ficamos aqui orando ao Pai Celestial para que Ele abençôe esta nova pessoinha; que ela tenha todo o amor do mundo e o acompanhamento de seus pais em todos os seus passos. Os irmãos Drake (o mais velho) e Gavin estão 'babando', como o pai. Que 'inveja', imagino a felicidade!

 Drake Boyd, JD & Gavin Ross, os 3 Dutras...
 Meu filhão é 'agarrado'  nos meninos como eu era com ele!
(JD conta que os 2 são muito 'arteiros'...)

Olha os dois garotos com a irmãzinha; imagino o trabalho que ela vai ter com os dois manos e mais o pai 'pegando no pé' dela por causa de namorado, etc... Coitadinha!

Espero que Deus me abençôe num futuro próximo para que eu possa acompanhar o crescimento destes meus netos lá nos Estados Unidos. Tenho que ajudar meus filhos com a filharada... Bem, não esqueço que ainda tenho a Lívia - ela está com 10 anos e, 'imagina', daqui a uns 15 anos quem sabe também já encaminhou sua vida - ela já disse que ter 'muitos' filhos. Ela adorou a nova sobrinha - ela se dá muito bem com crianças, nenês especialmente; se tudo der certo iremos todos o ano que vem conhecer lá a nenezinha....

          Quando aposentar (faltam somente 8 anos) irei sempre para a América do Norte ver a turma. Marilia - quem sabe até lá também vai estar casada...- vai me dar outros netos e vamos fazer 'aquela' bagunça. Nada como curtir a familia - o tempo vai passando e os cenários vão se alternando, é a lei da vida. Oro para que o Pai Celestial me conserve com saúde para eu poder ver meus netos ainda por muitos e muitos anos!

sábado, 19 de setembro de 2009

Reminiscências...

Neste sabadão friorento e chuvoso, estou agora aqui em meu apartamento, no escritório que eu mesmo desenhei - na verdade, um espaço composto basicamente de uma peça de mobília de madeira feito sob medida, compreendendo uma mesa suspensa, em forma de 'v', num canto da parede, com uma estante (colocada de modo equidistante acima da mesa, a 30 cm.) que lhe percorre toda a extensão. Entre a estante e o tampo da mesa coloquei computador, impressora, scanner, e toda sorte de utensílios que um professor pode ocupar, além de porta-retratos diversos, chicletes, minha figura do Shrek, lembranças e outros objetos. Tenho tendência a acumular coisas, como minha mãe. Não, não é um apego daninho, como se pode pensar, mas algo positivo, como que para se resignificar constantemente através dos objetos. Nada mais rejuvenescedor do que cultivar lembranças, ainda que isto possa ser polêmico. A vida é para ser celebrada, e o que fizemos e tivemos faz parte de nós, tanto quanto o aqui-agora que pensamos deter.

Eu tinha planejado escrever tantas coisas nestas semanas, mas se não posto as idéias quando ainda estão frescas, parece-me depois que já não se faz meritório. Hoje "falei" via MSN com minha filha Marilia, que mora em Utah, EUA, mais precisamente em Salt Lake City, sede de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, onde já estive duas vezes em seu magnífico Templo. Ela pretende acelerar seus créditos na faculdade de Psicologia e se graduar no ano que vem. É muito especial a idéia de um rebento seu seguir a mesma profissão que você escolheu. Será uma experiência marcante em minha vida. Ela e eu já "trocamos algumas figurinhas", apesar d'eu ter me formado há mais de trinta anos, e numa faculdade brasileira, ainda que esta tenha tanta influência (ainda hoje) das abordagens norte-americanas de psicologia.

Nestas semanas todas que se passaram, o que mais sobressai é o passamento da minha sogra, D. Lourdes Pereira Barroso, aos oitenta e três anos, de maneira súbita mas suave (faleceu dormindo, e sem estar enferma, há pouco mais de um mês). Deixou um enorme vazio, principalmente na vida de minha esposa, que se emociona todo dia ainda.

Para terminar, tive um dia dos Pais triste e alegre este ano - triste por causa da distância total dos meus filhos (não "vi" nenhum crescer...) e netos, mas alegre por ter recebido um mimo simbólico de uma criança na cerimônia do cultinho infantil da Escola Dominical da Igreja Presbiteriana da Vila Brasil, onde sou professor e Diácono. Penso em adotar uma criança, já que Ruth não pode mais conceber. Que falta faz a companhia de quem amamos tanto!