A Ciência é o grande
empreendimento humano dos últimos séculos. A Ciência emprega a Pesquisa
Científica, que é um conjunto articulado de procedimentos sistemáticos,
fundados no raciocínio lógico, objetivando encontrar soluções para os diversos problemas
humanos que são propostos, mediante o emprego de métodos (incluído aqui as
técnicas e procedimentos) científicos.
Para realizar em sofisticado
empreendimento, os homens aprenderam a concatenar recursos humanos, materiais (inclusive
disponibilidade de tempo), financeiros e, em especial, a qualificação dos
pesquisadores, de modo a realizar os propósitos de auferir o melhor conhecimento
sobre o Cosmos (incluído aqui o microcosmo... nós mesmos!) e isso com o mínimo de
gastos e no melhor tempo. O pesquisador tem um importante papel nesta equação,
e ele ou ela deve ter os requisitos seguintes para dar conta de tão complexa
tarefa: (1) Conhecimento do assunto a ser pesquisado; (2) Curiosidade
científica; (3) Criatividade; (4) Integridade intelectual; (5) Atitude
autocorretiva; (6) Sensibilidade social; (7) Imaginação disciplinada; (8)
Perseverança/paciência, e (9) Confiança na experiência. A partir desta lista vemos
que não é qualquer um que pode arvorar-se em ser cientista. Alguns acreditam
que o são, mas não satisfazem a maioria destes critérios.
Porquê se pesquisa cientificamente? Temos duas
finalidades: (1) Razões de ordem
intelectual (para alcançar o saber, satisfazer o desejo de adquirir
conhecimento correto), realizada por cientistas e diferentes pesquisadores para contribuir para o
progresso da Ciência. É a denominada Pesquisa
pura ou fundamental. E (2) Razões
de ordem prática (visa aplicações práticas, com objetivo de atender às
exigências concretas da vida moderna), realizada por vezes por empresas que
criam tecnologia. É denominada Pesquisa
aplicada. Não existe uma fronteira intransponível entre estes 2 tipos principais.
A Ciência é uma espécie de vacina
moderna contra a irracionalidade e o primitivismo, que insistem em acompanhar
os homens. Como tudo hoje em dia, é atacada, desafiada e contrastada como
adversária de outras formas de conhecer, como a pertinente à religião ou as
maneiras alternativas de se conhecer a realidade. Mas a Ciência nada mais é que
uma construção humana, imperfeita, mas é o que é – uma ferramenta - que pode ser
mal ou bem utilizada, como qualquer outra.
Quer saber mais? Quando colocamos o verbete 'Ciência' no Google, recebemos uma miríade de sites instigantes, como o http://labdeensino.blogspot.com.br Clique lá e você saberá de muita coisa legal. Este, no caso, é despretencioso, mas tem outros sites bem sofisticados, como o http://blog.cienctec.com.br De qualquer modo é uma área estratégica a educação em Ciência (veja um interessante exemplo inglês em http://www.ase.org.uk/resources/classic-resources-and-archive/global-dimension ) Eu sou apaixonado por este tema, e a melhor coisa que desenvolvi a partir destes estudos todos foi respeitar de igual modo outras maneiras de se ver o Mundo, em especial a Religião. Sim, sei que tem muitos que acham que são - Ciência e Religião - coisas incompatíveis, mas no fundo são Magistérios diversos, que não tem que ser adversários, necessariamente... Quem conhece um pouco destes dois domínios não os vê como opostos.
Eu, como professor da área,
vejo com tristeza a falta de familiaridade dos meus alunos com este campo.
Quando comparamos nossa nação com aquelas que estão mais avançadas, vemos que
elas alcançaram posições elevadas de desenvolvimento por causa do cultivo do
espírito científico. Somos ainda, de certo modo, reféns de estruturas arcaicas,
quase rudimentares de discussão e gerenciamento de nossa realidade, em suas
multicores e multidimensionais matizes. No fundo, acabamos sempre averiguando
que nossa Educação é rudimentar (em especial em Ciência), quase incipiente, o
que nos leva a sermos insipientes em diversos graus, apesar de nossas "ilhas de
excelência”.
Vou propor à minha Universidade
a realização de atividades de extensão visando minorar esta deficiência que
noto em quase a totalidade dos alunos. Creio que seria o melhor caminho para
dotar nossos jovens de ferramentas mais acuradas de pensamento, de julgamento.
Tenho já duas instâncias que me podem ajudar lá naquela Instituição de Ensino
Superior: um Grupo de Pesquisa e o Comitê de Ética. Bom desafio vejo à frente –
trabalho para muitos anos. Mas estou bem animado!