A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

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domingo, 31 de dezembro de 2023

Fim do ano... Feliz 2024!!

(Figuras elaboradas com o Bing Microsoft)

1. Tenho lido muito com o meu leitor Kindle, presenteado no Natal pela Ruth. Andava preguiçoso mas já estou "tirando o atraso". As leituras primordiais que realizo são sobre Filosofia - Bertrand Russell, Nassim Nicholas Taleb e Espinoza - e sobre a Arte Real. Que alegria renovada burilar o razonar, a interpretação, a compreensão... Que dádiva ter u'a mente que pode discernir as coisas, ainda que por vezes de modo trabalhoso. A tendência é entendermos errado, tendencioso ou de modo incompleto, então temos que ser vigilantes sempre. A clareza fornece a base para a felicidade, não importa a temática...

2. Que calor... Agora dou ainda mais valor à minha decisão de plantar estrategicamente 2 árvores à frente e ao lado da casa, árvores que não soltam muitas folhas e que tem flor. Praticidade (uma das faces da Sabedoria) e Beleza (Força elas tem de sobra). Creio que estas tão-faladas mudanças climáticas ainda vão me exigir muitas providências. Se for necessário colocarei mais um ar-condicionado em casa (já instalei três), mas por enquanto os ventiladores e climatizador estão também ajudando a dar conta do recado. Felizmente nossa antiga vivenda aqui tem 2 forros e telhado com telha branca esmaltada, o que ajuda a ser fresca no verão e acolhedora no inverno.

3. Passo os dias lendo, assistindo doramas e escutando música (a maioria smooth jazz, como já sabem). Com este calor insano o vivente não se anima em sair à rua. Vida de aposentado tem vantagens. Trabalho agora somente voluntário! Hmm, e sim: também trabalho para a patroa, quando necessário... Certa vez li que o grande erudito Renè Descartes afirmou que uma grande tarefa que temos nesta vida é envidar esforços para conservar a saúde, pois sem ela nada tem valor. Quando li isto decidi parar de fumar charutos e cachimbos, minhas grandes paixões na juventude. Tenho até hoje os diversos apetrechos, alguns até valiosos.... Decisão racional.

4. Este ano passou bem depressa (é sinal que estamos envelhecendo o constatar que o tempo anda rápido...) e logo teremos Ano Novo, com todas as expectativas boas e ruins que determina. Planejam-se lá eleições novamente, e portanto decepções renovadas neste particular. Que tristeza, mas políticos tem no mundo inteiro (mal "necessário"?) e todos com o mesmo perfil. Lembrei-me de uma citação do grande ex-Presidente Jânio Quadros, docente de Português, que disse que "no Congresso, metade é incapaz, e a outra metade é capaz de tudo"... sábio!

5. Uma última palavra à minha adorada esposa, Ruth, uma bênção em minha vida. Pessoa sensível, "trabalhadeira", caprichosa, feminina, refinada, fiel à Palavra e profissional ao extremo. Poderia desfiar aqui muuuuiitos atributos mais. Se ela tem um defeito, como todo ser humano, consigo enumerar diversas qualidades em contraponto. Que possamos ter muitos anos alegres e cúmplices à frente, cuidando um do outro, orando juntos todo dia e louvando a Deus. É o meu desejo.

6. Meus votos de rico e alegre 2.024 a todas e todos junto às Famílias e Amigos, que é o que importa mais neste mundo. 

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Paraphernalia...

Imagem obtida agora (via Google Images) de
https://www.flickr.com/photos/rw_photography/3231613295

1. Este mundo moderno é de deixar qualquer um boquiaberto... (imagine agora - tempo real -  que estou a batucar aqui estas mal-traçadas linhas e que acabo de 'receber' um pop-up informando que existe uma atualização do software Java disponível... cacildis! - nossa, sou muito fã do Mussum...) Mesmo aqui em brazólia tem começado faz tempo iniciativas de empreendedores oferecendo serviço de qualquer coisa - não digo em São João, uma quase-bucólica cidadezinha do interior - mas nos centros maiores... maluco!, e tudo facilitado pela mobilidade facilitada pelos aparelhos celulares. Temos hoje em dia uma parafernália, gadgets, softwares, de todo tipo, à disposição do vivente... é só ficar antenado. 

2. Estou usando o micrinho de Bilú para perpetrar este post, pois os meus outros equipamentos estão longe dela (no escritório o principal, de uso mais ou menos dedicado; outro no meu cafofo de trabalho, no porão aqui de casa, ao lado do consultório da Fisiodermato da patroa, e o quarto micrinho nosso - um notebook - deixo no UNIFAE, para trabalhos esporádicos ou ministrar aulas com MS power-point, a partir de um projetor de multimídia que comprei há tempos) e agora na hora do almoço a gente sempre toma ou um vinho ou uma cerveja enquanto ela prepara a comida; então, assumo que gosto da companhia dela. Digo micrinho porque é um netbook HP muito bom, e que não é desconfortável para digitar. 

3. Até que este clima, apesar de não ser verão efetivamente, não está de todo mal - tem chovido bem e as manhãs são agradáveis. Depois que coloquei ar-condicionado no quarto de dormir a vida aqui melhorou em sua qualidade... De dia a gente vai levando; o ruim é ter que tomar 2 ou 3 duchas, gastando mais água, ainda que sejamos breves neste ritual...

4. Novamente vamos a Campinas nas festas de fim de ano - é tradição na família e temos que aproveitar bastante, principalmente pelo fato dos velhos ainda estarem com a gente. Não consigo imaginar como vai ser triste quando eles forem se encontrar com o Absoluto; é o destino de todos nós, mas a mudança é por demais portentosa e acachapante, como se dizia em Rio Claro. Espero que eu consiga ter meus irmãos juntos nos posteriores festejos, mas cada qual tem sua família, e como eu só tenho Bilú, a tendência é a gente ir ficando meio de escanteio quando os nossos pais se forem. Não tenho filhos ou netos comigo há muitos anos, para a alegria de minhas ex-esposas.  

5. Pelo menos as perspectivas de trabalho para 2016 melhoraram. Para manter minha posição como professor no Mestrado de minha Universidade terei que publicar um ou dois artigos científicos por ano, trabalhar a interlocução com colegas em Grupos de Estudo CNPq  e atender a orientandos, coisas que não me causam espécie de forma alguma. Preciso de ânimo mesmo, pois o avançar da idade, além de periclitar a saúde e as demais potencialidades corpóreas, costuma abater o espírito aos desavisados. Não creio ser bem o meu caso esta última cláusula, visto que - até estava a comentar isto agora há pouco com um humilde Pastor amigo meu, o Ricardo, marido da Deise, via telefone - depois que um cristão devoto estuda as Institutas da Religião Cristã, de Calvino, não há mais desculpa para enfraquecer a Fé. Não há meio-termo. Sabe-se de plano, com clareza, de que lado deseja-se estar.

6. Gente, em todos os jornais que leio diariamente (são pelo menos 4) só vejo notícia ruim sobre Economia e Política, principalmente. O negócio é não ter dívidas, para passar incólume por esta crise (aliás, desde que me conheço por gente escuto que o Brasil "está em crise"...) e saber manter o bom humor. Eu sou muito abençoado, e o Lions, os Gideões e meu trabalho (especialmente este, com todos os seus desafios...) são a fonte de minha disposição positiva, além da esposa abençoada com que Deus me coroou. Sinto-me um privilegiado num mundo de tanta tristeza. Por isso que me sinto tão bem quando Deus me honra em permitir que eu sirva no trabalho como voluntário no Asilo, toda quinta feira. É uma fonte de alegria esperar por quinta feira!!

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Bênçãos...


Firmina e Geraldo Vieira Dutra

Olha os meus pais no começo dos anos 70... eram bonitos, hein? Sou muito grato a eles por terem - perseverantemente - nos ensinado (meus irmãos e eu) nos valores cristãos. O ensino dos filhos é um dos aspectos mais importantes do convênio do cristão com o Pai Celestial, conforme vemos em Hebreus 12, 1 a 17. Nos versículos de 6 a 9 lemos (Almeida Corrigida e Revisada Fiel):

6 Porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho.
7 Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos;  
porque, que filho há a quem o pai não corrija?
8 Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, 
sois então bastardos, e não filhos.
9 Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos?

Agora idoso, vejo quanto tempo perdi em não ter reverenciado o ensino e a Palavra como devia. Mas acho que o Senhor em sua misericórdia me preservou e me resgatou, regenerando-me em definitivo nesta fase que posso finalmente entender Seu Plano Eterno. A Fé Reformada foi central nesta minha conversão. Quando digo Fé Reformada reverencio o grande teólogo João Calvino, o maior que consigo divisar.

Hoje temos muita boa instrução sobre os desígnios celestiais, fundados nas Sagradas Escrituras. Indico aqui um ótimo livro, escrito por dois pastores inigualáveis, Herman Hanko & David J. Englesma. O nome é 'Keeping God's Covenant', e pode ser adquirido no site  http://www.britishreformedfellowship.org.uk , mais especificamente  http://www.britishreformedfellowship.org.uk/index.php/books-a-pamphlets

Sou muito grato a Deus pela sua instrução e amor a uma pessoa tão viciosa como eu. Ele nunca desistiu de mim. Honrarei sempre a meus pais e a memória dos meus antepassados, pois sei que foi por eles que o Pai Celestial me ama...

Saberás, pois, que o Senhor teu Deus, ele é Deus, o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e
 guardam os seus mandamentos.  (Deuteronomio, 7:  9)

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Fim de semana...

Foto de Utah obtida agora (via Google Images) de
http://www.goodfon.com/wallpaper/414007.html

Ontem fomos a Mogi Mirim, aqui perto, para uma reunião em familia... Bons papos, comida ótima preparada pelo nosso Cordon-bleu, o Neirobert... Foi aniversário da Talita e apresentação do irmãozinho Jorge (filhos da Julia, filha mais velha do Nei e de minha irmã Lúcia). Toda a paz e saúde do mundo para eles e seus pais; ahh... e também para os vovôs corujas, ótimos anfitriões! Meus pais e o mano Serginho também estavam lá. Lia, a outra irmã, estava em Piracicaba a trabalho, e o mano mais velho Luciano estava comemorando o natalício de uma de suas filhas em outra cidade.

No sábado fomos a uma festa de 15 anos linda, linda. Emocionante na hora da bênção, realizada por dois sacerdotes católicos. Os pais estavam radiantes; imaginem a Beatriz, impecável, muito bonita, inteligente. Impossível não lembrar que não pude fazer isso com minhas meninas, que coisa... pensamentos que não podem se instalar em minha mente. Xô! (até este termo - uma interjeição... - tem no Houaiss!!)

O semestre vai se escoando; o tempo passa célere entre os dedos - é a idade, seguramente, que faz presente esta percepção bem concreta... por isso que muitos ficam estressados, esta contemporânea afecção, com a enormidade de coisas para fazer, e tão pouco tempo. Quem não sabe se organizar, adoece mesmo! Quer ver um exemplo? Tenho um destes celulares smartphones, plugados na web o tempo todo. A toda hora o dito faz 'plim-plim', sinalizando a chegada de uma mensagem, que pode, sabe-se-lá, ser essencial, determinante para o sucesso de uma empreitada. Uma pessoa com nível mínimo de ansiedade (do tipo 'e se eu deixar de ver algo importante?') não se permite perder a oportunidade de se atualizar e 'corre' verificar o que há de novo. E, se faz isso a todo instante, resultado: não produz, pois sempre está a interromper o que está fazendo. Isto tudo gera, no limite, um incremento na ansiedade geral que pode acabar ficando insuportável, ao longo do tempo. Eu, psicólogo, tenho salvaguardas para lidar com isso, mas quem não pode obter este tipo de adestramento? E a vida moderna tem computador, telefone, TV, inúmeras 'traquitanas' eletrônicas, digitais, que nos enlouquecem, é só a gente deixar...

Porisso que temos que nos resgatar, voltar às coisas básicas, ler despreocupadamente um bom livro, desfrutar um poema, passear em belas paisagens, cultivar os amigos, nos reconectar com a Natureza e, o mais importante, vislumbrar o Pai Celestial em tudo e em todos (mesmo que às vezes isto seja difícil). Este exercício é uma espécie de 'vacina' contra estas vicissitudes normais do viver atual. Desejo sucesso para você!!

terça-feira, 6 de março de 2012

Saudades de Rio Claro...

Arquivo pessoal

Esta foto foi retirada quando ainda morávamos em Rio Claro (SP) na casa da Rua Três, no bairro de Copacabana, em frente ao estádio do Velo Club. Como sempre, a mana Lia está no centro da bagunça. A gente era (bem, ainda somos...) muito festeiro, muita comemoração - com 5 filhos casados e com netos sempre tem um motivo! Esta casa deixou muita saudade, afinal, moramos todos lá (com intervalos de estudo, casamento, divórcio, e trabalho) por 40 anos. Meu pai fez umas 4 grandes reformas e ampliações na mesma...

[ Eu já tive o cabelo ainda mais comprido do que aparece na foto (não dá mais para deixar assim, que pena...) mas meu mano mais velho, Luciano desde o final da adolescência já tinha cabelo em queda - é o único calvo dos manos, como meu pai. O Sergio, à direita, ainda ostenta densa cabeleira. ]

Que família bonita, esta do Sr. Geraldo e de Dona Firmina. Três engenheiros, uma fisioterapeuta e um psicólogo. Dois PhD, um Mestre e duas pós-graduadas Especialistas. Tal resultado deve-se ao precoce incentivo que os genitores deram aos filhos, com grande sacrifício, em termos de leitura, estudo, cursos e oportunidades. Lembro-me das conversas com meu pai e ele me dizendo como ia ser o futuro... muito antes do surgimento do computador pessoal e outras coisas comuns hoje em dia ele alertava para a importância de estudar informática e inglês. Todos nós, adolescentes, cursamos inglês, e os meus dois irmãos efetivamente acabaram realizando estudos graduados e pós-graduados sobre computação e sistemas informatizados. Eu e minha mana Lúcia fomos para a área da Saúde; Lia também virou engenheira, mas da área de Saneamento, mas hoje ministra aulas e trabalha com arte (jóias artesanais).

Penso nas tragédias diárias que vemos nos meios de comunicação - principalmente originadas ou problematizadas pelo abuso de substâncias. No fundo, em geral, desgraças oriundas de pessoas que tiveram famílias desfuncionais, desestruturadas, com pais problemáticos, sem um apoio, sem muitas vezes, uma palavra boa, colocada na hora apropriada... Resultado - pessoas desarvoradas, principalmente jovens, que tristeza!

Quão importante nos foi (filhos e netos) uma família bem estruturada, firme mas afável, irmanada em torno do amor de um casal à moda antiga. Somos muito ligados, os cinco, apesar das distâncias e diversas atividades, cada um com sua nova família... Que Deus nos conserve, e aos nossos pais, ainda por muito tempo, com saúde e amizade eternas.

sábado, 2 de abril de 2011

Meu menino...


          Este é o José Geraldo menininho... Que saudade! Outro dia me ligou e disse que vai me dar outro neto. Que coisa boa, pena que vai ser mais uma alma a vicejar longe deste avô... Meus planos futuros (aposentado...) incluem visitar sempre esta meninada, para não ficarem com má imagem da minha pessoa, pois se depender de certa avó... 

          Ele foi sempre ótima pessoa enquanto comigo esteve. Rapaz valente e decidido. Afetuoso, criterioso e ordeiro, sempre escutava o conselho dos pais. Realizou trabalho missionário de dois anos pela sua Igreja (Igreja de Jesus Cristo dos Santos do Últimos Dias), tendo terminado as tarefas com honras. Lidera sua família de acordo com o Evangelho, coadjuvado pela sua especial esposa.

          Estive em seu casamento, lá em Salt Lake City, estado americano de Utah. Voltei lá  para conhecer meu primeiro neto, Drake. Como já disse em crônicas passadas, espero visitar ainda muito aquela localidade, muito bonita e com gente muito acolhedora. 

          Que falta nos faz a convivência familiar! A vida admoesta nossas faltas de modo impiedoso, por vezes. O insidioso, pela nossa fraqueza e pequenez, é que, aprendidas as lições, o passado não se nos retorna, de modo a reabilitar as oportunidades perdidas, as riquezas disperdiçadas, o tesouro desprezado, como que considerado com desapreço...

          O interregno da convivência estabelece por vezes inexorável 'falta de jeito' entre as pessoas. Quando nos falamos, JG e eu, fica sempre algo por dizer; sinto que pareço ao meu filho um ser estranho, desconhecido em muito. No entanto, eu morreria feliz por ele, doaria  a ele qualquer órgão que ele precisasse para continuar sua vida... Oro sempre por ele, sua família e suas irmãs.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Lembranças familiares

Tia Cordélia, GVD, Liv & Fir

Outro dia estava parlando com Ruth  sobre certas tradições familiares que tanta coisa nos ensinam... Quando criança, meus pais tinham o costume de fazer com que o aniversário  natalício de qualquer um, pai ou mãe,  fosse bem comemorado pela família.  Eles compravam diversos presentes, um para cada filho ou filha entregar para o aniversariante, como se fosse dele(a)s (para nós crianças, era assim mesmo; éramos nós que presenteávamos...): no dia do natalício, meu pai (ou mãe) nos acordava bem cedinho, enfilerava silenciosamente, no maior segredo (adorávamos o 'suspense'...), as crianças na entrada do quarto, entregava um presente para cada um (a começar do mais velho, que ia na frente) e, ao sinal do pai (ou da mãe), entrávamos ‘de surpresa’  no quarto, fazendo o maior alarido, cantando parabéns, etc. e pulando na cama e entregando os presentes.

[ Devo dizer que NUNCA a gente entrava no quarto do casal sem bater na porta (mesmo porque invariavelmente sempre se encontrava trancada...) ou mesmo dormíamos na mesma cama que meus pais.  Quando alguém estava doente meus pais velavam o sono, mas na própria cama da criança, nunca na cama dos meus pais. Também nunca ninguém perguntou ou questionou tal costume, depois de velho é que a gente percebeu; era natural meus pais terem sua privacidade e creio que era certo. Que eu me lembre, quando chegou a minha vez de ser pai, sempre que eu podia carregava minhas crianças para a minha cama, doentes ou não.  Cada um com seu costume – o importante é que se respeite! ]

Pois bem, continuando com a memória – sempre o pai (ou a mãe) levava ‘susto’ com a algazarra de 5 crianças entrando repentinamente nos aposentos, cheios de presentes e o mesmo (ou a mesma) demonstrava muita alegria com nossas gentilezas e carinhos; abriam-se todos os presentes e todos comemorávamos o natalício de um dos queridos genitores. Depois,  íamos todos tomar café e tocar as atividades do dia...

Meu pai sempre presenteava minha mãe. No aniversário, ela ganhava diversos cortes de tecido, que ela costurava com maestria - ela chegou a dar aulas de corte e costura às amigas da vizinhança, e muita neta sua aprendeu a costurar com ela, que tinha o maior carinho em repassar seus conhecimentos, entre as diversas aptidões que era (e é) detentora (uma das mais apreciadas por todos são os dotes culinários!). Lembro que uma vez ela aproveitou a barra de um casado de pele e fez 3 casacos de feltro para os meninos - eu adorava a gola macia, sedosa do dito indumento. Antigamente poucos tinham dinheiro para comprar roupas em lojas - as mulheres costuravam as roupas de uso comum em casa mesmo.

Todos os dias, os 5 filhos reuniam-se às 11:30h em volta da mesa do almoço para a principal refeição, com meu pai numa cabeceira, com seu olhar grave e penetrante, e minha mãe na outra ponta da mesa, administrando a distribuição dos pratos. Ninguém faltava, e aí eram repassadas as instruções, pedidos e, por vezes, algum ‘pito’, exprobação, reprimenda ou sarabanda necessária a algum petiz da vez...

Laços familiares que nunca se quebram!