A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

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quarta-feira, 25 de abril de 2012

docência...


foto obtida agora de
http://www.betomenezes.biz/?p=462
(também homenageando o grande Chico Anísio...)


Grande tarefa, a de colaborar para o aprendizado (ia dizer 'ensinar', mas acho que este é um termo complicado - quem se ensina é a pessoa; pode ser assim quanto mais pequeno é o aprendiz mas, quanto mais maduro fica o aluno, menos o professor 'ensina'... Por isso gosto de dizer que eu sou um 'educador' - um facilitador da aprendizagem, um colaborador que, além de técnicas e modos de pensar veicula também valores...).

Quanto mais trabalho nesta área (já se vão quase 35 anos... meu primeiro emprego foi na Universidade Metodista de Piracicaba, campus de Santa Bárbara do Oeste, SP) vejo quanto posso aprender. O grande problema hoje é (paradoxalmente, ainda que não para todas os estratos sociais e educandos), em especial para o ensino de terceiro grau, o excesso de informação, de fontes, de meios, de 'entendidos', de especialistas, de saberes e ''saberes". 

Preocupo-me muito com a formação de meus alunos, mas vejo que os mesmos não tem tanta assistência neste mister como seria necessário.  Hoje estava vendo/refletindo uma discussão interessante sobre a temática (veja em http://bit.ly/I5DA8E ) e vejo como é por demais complexa. Aqui, mais do que muitos outros assuntos, não cabe reducionismos, simplismos.

Creio que, para o docente, o labor de educar, donde também ele ou ela obtém a subsistência, acaba confundindo-se com o diuturno significar de sua existência. Como que não se deixa de ser docente quando a aula acaba - os valores humanos (portanto existenciais) que embasam o fazer do professor em sala de aula acompanham-no no trajeto para casa, no clube, nas demais coisas se faz no resto do dia - o educador vive sempre no 'fio da navalha', confrontado com a vida que o interpela, ali e acolá. Digo: se ele ou ela não se questiona a todo momento, já se alienou...

Na verdade, a escola é um fenômeno humano que não prepara somente para uma profissão, um complexo ofício, mas para um viver, ou seja, um modo de vivenciar a própria vida, que é em si interconectada, imbricada, compartilhada.  Enquanto as pessoas, com todos os seus papéis, não se conscientizarem desta verdade, o espaço da Escola (que, além do prédio e suas facilidades constitui-se com a burocracia e do conjunto de alunos, funcionários e professores - mas que se expressa muito mais do que esta simples somatória...) será visto de modo deturpado, ilusório.