A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

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sábado, 24 de julho de 2021

Friaca lascada, 'cringe' e Nathanael Neves.


Nathanael e Izabel

< O som de fundo de hoje é o de Jimmy Cliff... Reggae do bom!  >

01. A notícia chata é que um velho amigo, o Natha, nos deixou. Estava bem idoso, e ultimamente permanecia só acamado. Descansou. Sua esposa, a querida Izabel, já tinha partido para o Oriente Eterno há alguns anos. Logo depois ele foi residir no Lar São Vicente de Paulo, onde também tive a oportunidade de fazer a barba e cabelo dele. Eu o ajudei a escrever seu livro de memórias, publicado tempos atrás; houve até um evento de lançamento e autógrafos no Salão Nobre do Unifae. Foi sepultado em São Paulo; nem pudemos nos "despedir" por causa da pandemia. Deixou filhas e netas, uma linda Família. Que Deus possa consolar os corações enlutados.

02.  Houve recentemente em sociedade um certo bafão, veiculado em diversos meios de comunicação. Alguns segmentos da mocidade começaram a usar de modo pejorativo o termo "cringe", que em inglês pode significar 'vergonha alheia' ou vivência de situações desconfortantes ou constrangedoras, e isto para rotular condutas (percebidas como demodé) de pessoas de outra adiantada geração. A intenção do uso da palavra, ao que parece, era comunicar que certa pessoa estava a  pagar mico, 'passando vergonha' com determinado comportamento ou condição, esta caída doravante em desgraça. Desde pequeno vejo isso - uma geração criticar outra - e acho que é até normal no ser humano. Mas nestes tempos de exacerbada cibernética (esta seguramente uma expressão 'cringe'!) as sensibilidades foram feridas ao extremo. Ainda bem que, na minha idade, agora vejo tudo isso com leveza... Tem tanta coisa mais importante para se preocupar!

03. Os meios de comunicação tem começado a falar de impeachment... Que coisa esta necessidade jornalística de assunto ruim, credo! Pode ser que exista(m) até motivo(s), mas é muita coisa ao mesmo tempo para processar agora, não é mesmo? Esta pandemia virou tudo de ponta-cabeça. Já tem desgraça demais ultimamente...

04. Se o ser humano tivesse um botão do tipo 'desligar de viver' mais à mão, menos complicado, a Humanidade já estaria extinta há tempos.  Este é um assunto triste, chato de falar: suicídio é atitude extrema, definitiva, que 'espalha' certa perda de sentido aos que permanecem, em especial aos amigos e familiares. Tema por demais complexo, que quase todo dia vira notícia, onde quer que se resida. O que eu noto é que a atualidade parece dar mais e mais motivos para o cidadão se sentir desacorçoado! Eu vejo a aniquilação de si mesmo como resultado de um somatório de ocorrências acima e abaixo da pele da pessoa, mas é impactante o fato do falecer vir a constituir-se, para um ser humano, em única saída para o sofrimento... Na realidade, sabemos pouco da processualidade existencial desta tragédia.

05.  Sempre apreciei a nossa mais saborosa e portentosa bebida rubiácia! Tenho agora três sistemas de fazer café, mas não o tipo 'coado', que desperdiça pó. O mais saboroso e prático é o tipo expresso, de cápsulas. O inopinado da estória é que fui recentemente ao médico (coisa costumeira comigo nos últimos anos...)  e o mesmo proibiu-me doravante sorver a preciosa bebida. Sou disciplinado e mui treinado em desapegar, e já risquei o 'quitute' do cardápio... (que voltas a vida dá!)

06. Adoro filmes japoneses, especialmente os de samurai. Mas não tem muitos disponíveis no circuito  normal dos cinemas e também na TV. Eu tenho uns 40 filmes em DVDs, que vejo de vez em quando. Outro gênero tipo 'oriental' que aprecio são aqueles da máfia japonesa, que costuma exercer certo fascínio em alguns ocidentais. Outro dia vi um filme da Netflix de nome "Família Yakusa", muito bem feito mas, como de costume, triste e de sentimentos extremos. E com muita violência gratuita, como gangsters parecem gostar. Ruth não se importa quando assisto pois ela dorme o tempo todo. Um dia aprendi que um segredo de bom casamento moderno é ter mais de uma TV, mas ela é tão bacaninha que nem faz questão de ter a posse do controle... 

07. Recebo ali e acolá notícias de outra forte onda de frio que acometerá este inverno de 2021 o Sul e Sudeste, forte como a onda polar de 1.955, ouvi dizer. Fazia tempo que não observava um clima gelado assim. Tive que recorrer a gorros e luvas para dormir. Parece sintoma da mudança climática, junto com o forte calor da Europa e os recorrrentes incêndios da América do Norte. A tristeza é constatar por aqui o número de falecidos por causa da friaca, em especial os moradores de rua. Vida triste.


domingo, 1 de março de 2009

Receita de um café especial.

Tenho um costume já estabelecido em meu casamento – fazer o café matinal de Ruth. Não entendam mal – não é obrigação, e sim ato de amor, que se estabeleceu sem que palavras fossem necessárias. Ela me brinda com tantas coisas que até que faço pouco por ela (concedo sempre às representantes do belo sexo: a mulher vive muito bem sem o homem; este sem a mulher não vive), mas não é de ‘trocas’ que falo aqui, é cortesia, ações-de-quem-gosta, concretudes, ausência de só-discurso. Pego o café em grão, premium, de Minas, duas precisas porções de uma medida já padronizada – uma ‘colher’ de plástico em forma de ‘v- e pulverizo-o num moedor só a isso destinado. Enquanto isso, escaldo a canequinha de porcelana que ela aprecia (deixando dentro da mesma uma colherinha de prata que servirá para mexer o açúcar). Se eu não fizer a bebida na nossa máquina doméstica de café expresso, coloco então a água filtrada (proveniente do pote de barro que a mantém suavemente oxigenada e descansada) no compartimento inferior do bule de café, bule este específico para café rápido aquele tripartido que faz a água ebulir rapidamente da parte inferior para o depósito superior, passando por um filtro, também de alumínio, onde repousa o pó, já previamente ali depositado. Antes de se colocar o equipamento ao fogo brando, estas 3 partes do bule são firmemente rosqueadas entre si pela porção medial, conferindo certa segurança na operação. Ao escutar-se a água esgotar, apaga-se o fogo, retira-se a água quente da canequinha, coloca-se o ebúrneo açúcar cristal na medida certa e deposita-se gentilmente o precioso néctar até o segundo terço. Serve-se em salva de prata com um toalhete de papel sedoso, adornado com um beijo, sem precisar perguntar se ficou gostoso, pois sempre se sabe a resposta. (P.S. - não tomo mais café - nem vinho, que eu gostava, por problemas de saúde. Um dia comento...)