A V I S O


I am a Freemason and a member of both the regular, recognized ARLS Presidente Roosevelt 75 (São João da Boa Vista, SP) and the GLESP Grande Loja do Estado de São Paulo, Brazil. However, unless otherwise attributed, the opinions expressed in this blog are my own, or of others expressing theirs by posting comments. I do not in any way represent the official positions of my lodge or Grand Lodge, any associated organization of which I may or may not be a member, or the fraternity of Freemasonry as a whole.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Conhecemos Nicolle! (clique nas fotos para ampliar...)

Avô corujíssimo e sua mais nova queridinha

          Neste fim de semana passado fomos Ruth, Lívia e eu para Campinas (sempre ficamos no super apê do meu pai, no bairro do Cambuí...) pois, no sábado, houve rega-bofe (nossa, que termo antigo, segundo o Houaiss, apareceu em 1560 - sim, estou velho mesmo!) na mansão do mano Sérgio, capitaneado com a costumeira competência gastronômica pelo cunhado Neyroberto.


          Lívia adorou a sobrinha; ela tem outras priminhas e sobrinhas do parentesco materno, e todas se dão muito bem com ela. Lívia tem muito jeito com crianças, mas Nicolle também é muito dócil: vai no colo de todos e fica apaixonando quem está perto com seu charme. Fiquei deslumbrado apreciando a nenê olhando a cada um com um rosto muito meigo, já tão delicado e encantador. Fiquei muito orgulhoso; vi nela muito da sua mãe, minha primeira filha Mariana, charmosa e meiga.

          Olha a turma aí. Este modo de segurar bebês é bem apreciado pela nenezada - meus filhos adoravam, todos. Nicolle ficou cantarolando todo o tempo que fiquei com ela assim. Leonardo, o pai, também muito 'coruja'... Mariana revela muita desenvoltura com a filhinha, apesar de ser a primeira... tomara que outros venham logo, a 'fôrma' está super-aprovada!!!

   
          Os bisavós Firmina e Geraldo, também  muito orgulhosos e felizes em conhecer a fofura. Que família linda este casal soube construir. Somos 5 filhos com seus respectivos cônjuges (menos Luciano, que tem a namorada Inês) e um monte de netos - e bisnetos! Costumamos dizer que o Neyroberto, esposo da nossa querida irmã Lúcia, é o nosso 'sexto' irmão, pois soube cativar desde cedo a todos com sua simpatia e imenso, generoso coração. Ele é o tipo de pessoa que, se tiver algum defeito, fica tão pequeno perto da enormidade de suas muitas virtudes... Já o Serginho é o irmão mais querido de todos os filhos do casal Geraldo-Firmina. De imenso coração também, e incapaz de entristecer alguém, ético, afetuoso, gentil e prestativo. Estes dois, quando se juntam com a irmã Lia Cristina, animam qualquer festa... Pessoas que fazem muito bem estar perto! Agradeço a Deus todos os dias ter nascido nesta família.

Serginho, Neyroberto (eles subiram na escada, atrás) e eu

Ruth, eu e Lívia, filha querida

          Oro ao Pai Celestial para que nos reencontremos logo; a gente fica com 'rápidas' saudades de todos. Dependendo de como enfocamos nossa vida, ela pode representar-se triste, frustrante; prefiro sempre agir para ver o "copo meio cheio" pois, se atentarmos bem, somos MUITO abençoados, todos os dias, pelas gratuitas graças de nosso Deus. E uma grande bênção consiste em termos uma família, aquela que a gente veio, aquela que originamos...

sábado, 9 de julho de 2011

'Esfinge' (ou minha Mona Lisa), fábula e outros comentários.

Ruth Barroso - meu arquivo pessoal

          Sim, é Bilú, em foto normal (ela pediu para não colocar, sabe como é mulher vaidosa; mas é ela, 'total', misteriosa, uma 'Mona Lisa' com estes olhinhos tristes que me cativa, e é a ilustração do que quero iniciar este post) do dia-a-dia. Uma mulher como as outras, mas tão especial - minha esposa! Disse dos olhinhos tristes porque ela tem tantas memórias e lembranças que me esconde, como uma esfinge a ser decrifrada - pergunto a ela a razão da tristezinha e ela nunca me diz (bem, às vezes sim, depois de muito implorar...). Mas o normal é ve-la enigmática,  sorumbática, ensimesmada, em vero solipsismo. Entendo-a. Vivi muitos anos da adolescência assim, organizando meus pensamentos confusos, mesclados. Passava horas no quintal de casa (que saudades da rua 3, #95, em Rio Claro, em frente ao Velo Club; um dia preciso fazer um post desta casa, onde moramos por 45 anos...) cogitando, cismando  (penso que nestas fases muitos se viciam em cigarro ou bebida ou algo pior - é complicado confrontar-se; felizmente, pela Graça de Deus, tive pais ótimos que pavimentaram bom caminho, sem perigo de desvio ruinoso, como tanto se vê hoje em dia). Mas o assunto é Bilú: que rica vida interior, seguramente! Mas ela não compartilha muito, a não ser que eu me aproxime com jeito e na hora dela, que coisa!  Mas vale a pena; que bom seria se tivéssemos nos encontrado antes - era com ela que eu tinha que ter minha prole; estariam todos perto da gente, e ambos curtindo nossos netos e uma vida como deve ser, não esta solidão de casal que ninguém nota, ninguém priva... Paciência.

toalhas de fio barbante (por Ruth Barroso)

          Vejam estes caminhos de mesa. Fotografei-os pelo celular Nokia agora cedo. Clique na foto para ver melhor os detalhes. Imagine que Bilú elabora estes intrincados trabalhos numa tarde!  Que velocidade... Ela maneja a pequena agulha com tanta maestria que fico embasbacado. Ela diz que aprendeu com sua querida avó Maria (de sua mãe Lourdes, minha querida sogra - já vi Bilú fazendo de olhos fechados os complexos pontos!) e que é sua 'terapia' - quase a invejo. Tenho as minhas terapias também, como escutar hinos sacros antigos (tenho 20 CDs instrumentais,  presentes de minha querida filha Marília quando fui a visitar nos Estados Unidos,  são quase 400 preciosas obras musicais) ou ler, ler, ler... (antes, montava aviões em miniatura e aeromodelos de madeira de balsa, e colecionava moedas quando criança; na faculdade, fumava cachimbo).

          Continuo relendo, estudando As Institutas da Religião Cristã, de João Calvino, sua obra prima.  Que obra maravilhosa, quanto esclarecimento. Estou no volume II (são quatro) realizando novamente ali a intelecção sobre o arrependimento. Aprendi muito sobre o perdão divino e sobre o confessar  de nossos pecados. Como saber com clareza sobre a Vontade de Deus se não nos aplicarmos a desvendar, mediante nossa limitada mente, a Palavra? Graças dou ao meu Pai Celestial ter chamado a Calvino para nos ajudar, com sua imensa erudição e disciplinada argumentação, a controlar nossa mente carnal e incompleta inteligência, colocando em ordem cristalina e inequívoca o santo ensino, de modo a que possamos discernir o Plano que Deus tem para nós, sem desvios das nossas crendices e desejos pessoais! Que santo privilégio termos As Institutas em nossas mãos! É o melhor livro, depois da Bíblia... Para mim, consigo entender de modo explícito, evidente, a Palavra, sob Calvino e suas meditações e preciosa reflexão fundada  somente nas Escrituras. Uma alma santa, alçada pelo Pai em nosso favor, como Agostinho, Lutero e tantos outros.

          Agora, uma fábula. Escolhi hoje a de número LXVI, do libreto já citado em outros post. Chama-se O Vento e o Sol. Conta a quimera que... Certa vez o vento e o sol tiveram uma discussão sobre qual era o mais forte dos dois e então concordaram em resolver a questão por meio de uma competição: aquele que primeiro fizesse um viajante tirar seu paletó seria reconhecido como o mais poderoso. O Vento iniciou e soprou com toda sua força, levantando uma rajada de ventania fria e aterradora como uma tempestade do Alasca. O mais fortemente ele golpeava, mais apertado o viajante segurava em si seu paletó com as mãos. Então o Sol surgiu, e com seus raios abundantes dispersou as nuvens e o frio. O viajante sentiu a súbita mornura e, assim como o sol  foi brilhando mais e mais, ele sentou-se, dominado pelo calor e, abrasado,  jogou seu paletó ao chão.

          Dessarte, o Sol foi declarado vencedor e, desde então, a persuasão é apreciada em mais elevada estima do que a força. Realmente, um alvorecer luminoso ou as gentis maneiras abrem mais prontamente o coração das pessoas do que todas as ameaças e a força de uma tumultuosa autoridade. 

          Gosto desta fabela pois encerra precioso ensinamento - temos que aprimorar os modos pelas quais a alma humana é alcançada, mesmo as mais encapsuladas e renitentes em se desvelar (em especial as femininas...). Que esfuziante desafio! Mas o importante é auferirmos  a regra geral de que mais vale usar a razão, a calma e a persistência (o que se nos custa...) para demonstrar ao próximo o acerto de nossas idéias (o quanto seja, cremos,  errônea a do outro) do que fazer, como muitos, por preguiça ou impaciência ou incapacidade, uso da força, do 'argumento baculino' (de báculo...).

Ruth e uma de suas melhores amigas,
a sua colega de faculdade, a querida Lígia.
( foto por Lucas V. Dutra )

sexta-feira, 1 de julho de 2011

As Lebres e as Rãs; fim de semestre...


Gravura obtida nesta data de 
http://ailhadaspalavras-alvarinhos.blogspot.com

          Hoje, fuçando no google images - que faríamos hoje sem o Google? - para ilustrar esta fábula (nro. LXIV do libreto - página 67 - já evocado anteriormente...) achei a acima colocada; inclusive a autora do despojado mas atraente blog também comenta (com foco diverso) esta mesma fábula. Estou curtindo muito esta série, pois descubro sites interessantes pela web!

          Diz a narrativa alegórica que ... desde que as lebres eram continuadamente ameaçadas pelos inimigos à sua volta, certa vez fizeram uma reunião para debater sua lamentável condição. Consequentemente, elas decidiram que a morte seria mais preferível à sua desesperada situação e saíram para um lago próximo, determinadas a se afogarem como as mais miseráveis e desgraçadas das criaturas.

          Ocorreu que um grupo de rãs estavam assentadas à margem do lago, admirando o luar, e quando ouviram as lebres se aproximando, assustaram-se e saltaram às águas em grande alarido e confusão.  Vendo o rápido desaparecimento das rãs, uma das lebres gritou às companheiras: 'Parem, amigas! Nossa situação não é tão desesperadora como parece! Existem outras pobres criaturas ainda mais covardes que nós!' O  compilador aduz a máxima, fechando a narrativa: "Lembre-se, não importa quão infeliz você seja, haverá sempre alguém que não gostarias de estar  no lugar dele... "

          Muitas lições cabem nesta fabela. Para mim, a mais óbvia é o fato de sermos por vezes pouco indulgentes conosco mesmo, exigindo de nós mesmos perfeição e realizações ótimas em todas as situações. Não nos perdoamos errar, não ser realizador ou competente. Comparamo-nos com os outros, e sempre vemos pessoas 'melhores' que nós, nisto ou naquilo, com mais ou mais vistosa fortuna, etc.   O fato é que sempre encontraremos pessoas melhores (e piores, também) que nós, não importa com o que nos comparemos e com quem... O problema é então a malévola tendência de ficar comparando a todo momento. Nosso foco acaba na constatação de coisas 'resultantes',  das quais desconhecemos precisamente a processualidade que levou ao resultado que estamos a comparar. O foco deveria ser em nosso comportamento - como aperfeiçoa-lo paulatinamente, de modo que a recompensa seja uma decorrência natural. Quando se olha somente resultados, corre-se o risco que julgarmo-nos miseráveis, incapazes, despossuídos, desprezados, etc...

          Quando se cultiva a virtude da humildade, aprendemos logo que tal disposição de ficar comparando é lorpice. Da comparação surge inveja e outros sentimentos perniciosos que obnubilam nosso entendimento, enredando-nos num cipoal difícil de discernir. Mas se olharmos ao outro e vermos que estamos todos juntos 'condenados' a viver num mundo  dado, que recebemos 'pronto', cada um na sua pessoal condição, poderemos divisar que podemos suplantar nossas imperfeições naturais, esperadas, habilitando-nos  de um lado à solidariedade, ao companheirismo, à mútua instrução e, de outro, à sábia apreciação do que  efetivamente somos aqui e agora, e assim poder planejar a pessoa que desejamos ser. Nossa vida, nossa existência, é determinada por aquilo que planejamos ser, pois livre-arbítrio, se o temos, constitue nossa principal natureza - poder decidir quem queremos ser.

          Fim de semestre letivo. Passou depressa mesmo desta vez! (dizem que quando o tempo corre célere é sinal inequívoco de nossa ancianidade...) Espero que consiga descansar neste julho da faina escolar. Outro dia estava comentando com um amigo, veja só, sobre aposentadoria, e ele me disse que, se pudesse, tinha já se aposentado 'ontem', dada a canseira que as relações interpessoais hodiernas determinam. Cansa-se demasiado porque as pessoas não são polidas como antigamente; ser tosco, rude hoje parece ser 'normal' no trato comum. Concordo com o colega - vejo isso em sala de aula muitas vezes, e também pelos corredores da escola, nas ruas, na igreja! A saída para problemas que temos é culpar ao próximo, ou a sociedade, ou ao governo, ou a Deus. Quão sábio aquele cientista que esclareceu que a inteligência abarca muito mais dimensões do que pensávamos, sendo a emocional a primordial. Eu creio que esta dimensão (inteligência emocional) precisamente organiza, estrutura as demais, pelo menos no trato interpessoal. É muito cansativo hoje em dia conviver! E o pior, quanto mais velho se fica, menos paciência parecemos ter, daí o cansaço (ou será o famigerado fastio, o antojo, o enfado, o tédio??)...